Mensagem

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terça-feira, 27 de julho de 2010

A REVISÃO CONSTITUCIONAL

O Passos, que tem um Coelho na cartola, num “passo” de mágica para fingir ser diferente do PS, tirou a revisão constitucional, como truque, para iludir a malta.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem desempenhado um papel insubstituível na resolução dos problemas essenciais da saúde da nossa população.
A revisão constitucional como pretexto para a destruição desses direitos sociais, são a razão fundamental de um comunicado da FEDERAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS (FNAM), que pode ler AQUI

segunda-feira, 26 de julho de 2010

TEMPO DE FÉRIAS
Para centenas de milhares de portugueses, falar de férias este ano, é conversa triste.
A única coisa que tem a certeza, é de que a crise de que ouvem falar e cujas consequências estão a sofrer há muito, não tem a mínima culpa.
Resta-nos propor, que em imaginação ultrapassem as obscenas dificuldades por que estão a passar e aproveitem este “power point” para facilitar a fantasia.
No fim acordamo-lo com uma solução, adequada á triste realidade a que os incompetentes, ladrões e corruptos, que têm dominado este desgraçado país, estão a reservar aos trabalhadores.


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CARLOS PAREDES

UMA SAUDADE, UM AMIGO, UMA MEMÓRIA…

“Amigos de há muitos anos, quantas vezes nos encontrámos nos mesmos espectáculos, actuando para o mesmo público…
Um dia António Vitorino d’Almeida sugeriu que tocássemos juntos. Eu, improvisando a minha parte e Vitorino d’Almeida improvisando a sua.
Assim fizemos várias vezes recusando a escolha prévia de temas ou sequências. Procuravamos, sobretudo, atingir a maior espontaneidade possível…”


Carlos Paredes


É a história deste “Um dia António Vitorino d’Almeida sugeriu que tocássemos juntos”, de que fomos o principal responsável, que nos propomos contar.
Consequência da natural modéstia que lhe estava na massa do sangue, Carlos Paredes achou que naquele ano (creio que 1985), não iria tocar no palco nº 1 da Festa do Avante, embora para isso tenha sido solicitado.
Quando nós tivemos conhecimento e lhe perguntámos a razão, respondeu com a humildade que o caracterizava “ As pessoas estão fartas de me ouvir”.
Nesse ano, como nós éramos responsáveis pela programação de alguns dos outros palcos da Festa do Avante e tínhamos concebido um programa especial sobre o fado, conseguimos convencê-lo a participar, com o argumento de que falar da história do fado, sem falar do seu pai Artur Paredes, não fazia sentido.
O argumento resultou e ficou assente a sua colaboração no palco do Comité Local.
No dia em que devia actuar, foi com bastante antecedência para os camarins para “aquecer”.
Nesse entretempo, aparece Ruben de Carvalho, responsável da programação do palco principal, preocupado com o atraso de António Victorino d’Almeida, que ali devia actuar dentro de poucos minutos.
Sabendo que o Carlos Paredes tinha uma actuação planeada neste outro palco, veio pedir-lhe o favor de ir para o palco principal, substituir o Vitorino d’Almeida.
O pedido era irrecusável para o militante Carlos Paredes, e como tarefa, lá se encaminhou para o palco principal, para a cumprir.
Quando precisamente estávamos a chegar, aparece o afogueado António Vitorino d’Almeida, pedindo desculpa do atraso.
Quando se apercebeu que ia ser substituído pelo Carlos Paredes, pediu-lhe como amigo de longa data, que fosse actuar com ele.
Os “IMPROVISOS” iam nascer!!!
Na excitação do momento que sabíamos ir viver, corremos para o responsável do som e pedimos para a fazer a gravação uma cassete, daquele que adivinhávamos ir ser um momento histórico.
E foi de facto um momento inesquecível
O único senão, que nos causou um grande desgosto, foi a cassete, por um problema com o cabo de retorno, não ter sido gravada.
As gravações em disco e os próprios espectáculos, que na sequência dessa gloriosa experiência tiveram lugar por estes dois incomparáveis artistas, nunca como naquele dia, correram tão bem, como mais tarde me confessou, o nosso querido e sempre recordado Carlos Paredes.








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quinta-feira, 22 de julho de 2010

PAI

JUAN MANUEL SERRAT

A arte em geral e a de Juan Manuel Serrat em particular, é uma janela que se abre para a contemplação do belo e permite apreciar os fenómenos da vida, sublimando o que ela tem de melhor e de pior.
A canção de Juan Manuel Serrat que apresentamos, é a prova de que a difícil conjugação do tema com a melodia, pode nas mãos de um génio, comover-nos até às lágrimas.
Dificilmente se ouvirá esta canção sem se sentir o que se designa de “aperto no coração”, que mais não é do que a expressão popular para reconhecer a emoção, na sua expressão física.
A guerra, violência endémica da sociedade, fruto da agressividade intrínseca do sistema capitalista, gera no povo a necessidade de uma poderosa mobilização para a paz.
Juan Manuel Serrat é um dos seus melhores arautos, que utiliza a música e a palavra como uma arma poderosa.
Desfrute essa música, e medite na sua arrebatadora e justa mensagem.


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O RISO MUITO SÉRIO

Os versos de José Carlos Ary dos Santos e a voz de Carlos do Carmo, servem de base a uma idílica imagem, dos putos..... que eram este povo!!!
Mas que lhes estamos a dar, em troca da bela poesia do Ary dos Santos?


Um futuro de exploração!
Um futuro de miséria!
Um futuro de violência!
Um futuro de incultura!


E se por felicidade, ouvem falar do “homem novo”
Só conseguem enxergar estes e outros ”homens velhos” deste vídeo




INACREDITÁVEL!!!

ESCANDALO NO PAGAMENTO MULTI BANCO


Tivemos conhecimento de que a UNICRE, pode mexer na conta dos clientes que utilizam o MULTIBANCO, sem autorização ou conhecimento dos titulares das respectivas contas.
A gravidade deste problema, ultrapassa o caso da cliente da ZARA relatado no vídeo que se segue e coloca várias questões.
1- É óbvio neste caso, que toda e qualquer mercadoria exposta, para venda ao público, têm obrigatoriamente de conter o preço a pagar pelo comprador, entre outras possíveis informações, obrigatórias por Lei.
2-É óbvio, com este exemplo, que qualquer compra que se faça, paga por MULTIBANCO, corre o risco de não corresponder ao preço fixado pela mercadoria, mas dos acertos que qualquer firma possa vir a fazer, á posteriori.
3 – É óbvio que, a UNICRE tem possibilidades de mexer na conta de um cliente de um banco, sem o seu conhecimento ou autorização.
4- Devia ser óbvio que a partir daí, o cliente só deveria pagar o preço que estaria exposto e atribuído nesse produto.
Transportar o critério da política fiscal deste governo do “PAGA E NÃO BUFES”, para o comércio, ainda está longe de ser protegido por lei, embora não saibamos até quando!!!
ACAUTELE-SE PORTANTO….MAS VÁ PONDO AS “BARBAS DE MOLHO”.



PARA TER SEMPRE PRESENTE!!!

NOTAS IMPORTANTES SOBRE “EMAILS”, VIRUS E INTERNET.

Embora seja frequente recebermos recomendações sobre este tema, nunca são demais .
É bom ter em conta que todos os dias nascem novos “militantes” da internet, que nunca tiveram ocasião de se aperceber da gravidade de certos procedimentos.
Consideramos que todas as recomendações neste sentido, nunca são demais.
E mesmo você que está farto de saber isso, não perde nada em abrir este” power point” , lê-lo com muita atenção, pois pode haver algo sobre o qual ainda não tinha pensado.

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MARAVILHAS DA NATUREZA

É verdadeiramente indescritível, o colorido das imagens mostradas neste “power point”.
Não é Photoshop, mas se o fosse, o artista mereceria todos os elogios adequados a quem faz uma verdadeira obra de arte, cheia de imaginação e harmoniosa combinação do colorido.



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QUE GRANDE MULHER!!!


QUE GRANDE DEPUTADA!!!


Em Portugal não poderia dizer o mesmo do nosso Tribunal de Contas, porque é a ultima abencerrage da nossa Justiça.
Mas ficava o campo aberto, para repetir o discurso com muitos dos nossos deputados e agentes da justiça.




quarta-feira, 21 de julho de 2010

UM TRUQUE DIGNO DE SÓCRATES

Os truques de magia atingiram tais níveis de perfeição, que não há capacidade para entender ou explicar como alguns deles serão conseguidos.
Já temos dado exemplos, que são paradigmáticos desta afirmação.
Hoje apresentamos mais um e desafiamos quem seja capaz de nos indicar, como se consegue semelhante efeito.




quarta-feira, 7 de julho de 2010

ONTEM MOSTRÁMOS UMA ESPECIAL VISÃO DO ALENTEJO
HOJE MOSTRAMOS UMA ESPECIAL VISÃO DOS ALENTEJANOS

POR FAVOR, VEJA O POWER POINT E ESQUEÇA O RATO….
DEIXE-SE LEVAR E FICA A CONHECER MELHOR OS ALENTEJANOS


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UROS

UM POVO ESTRANHO E EXÓTICO

Esta é uma das fantásticas virtudes da internet. O mundo está á distancia de um clique!!!
Neste caso podemos ir até um povo pré-colombiano, inicialmente caçadores-coletores tão primitivos, que para fugir da guerra ou de inimigos, aproveitando a Totora, a planta-mor do lago Titicaca, criaram com elas ilhas que flutuam no lago, desde época remota.
Tem uma língua própria, muito gutural e difícil.
A Totora é uma planta que nasce na água, mas, seca ao sol, é muito resistente e de grande capacidade de flutuação.
A raiz da planta é comestível e para além de outras numerosas utilizações, podem-se fazer chá e remédios de suas folhas e flores.


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NEGÓCIOS DAS ARÁBIAS

HOTEL INSTALA MÁQUINA, NÃO PARA VENDER

TABACO, MAS ”APENAS”….BARRAS DE OURO!!!

O hotel Emirates Palace em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, instalou uma máquina que vende lingotes de ouro.
O cliente coloca cédulas de dinheiro no equipamento e pode adquirir barrinhas de ouro de cinco e dez gramas e também de uma onça (28,35 gramas).











segunda-feira, 5 de julho de 2010


O ALENTEJO COMO NUNCA O VIU!!!

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CARTA PARA JOSEFA,

MINHA AVÓ
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Publicada por Saramago, em 14 de Março de 1968, no jornal lisboeta “A Capital”

A velha senhora era analfabeta.
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Tens noventa anos. És velha, dolorida. Dizes-me que foste a mais bela rapariga do teu tempo – e eu acredito. Não sabes ler. Tens as mãos grossas e deformadas, os pés encortiçados. Carregaste à cabeça toneladas de restolho e lenha, albufeiras de água. Viste nascer o sol todos os dias. De todo o pão que amassaste se faria um banquete universal. Criaste pessoas e gado, meteste os bácoros na tua própria cama quando o frio ameaçava gelá-los. Contaste-me histórias de aparições e lobisomens, velhas questões de família, um crime de morte. Trave da tua casa, lume da tua lareira – sete vezes engravidaste, sete vezes deste à luz.
Não sabes nada do mundo. Não entendes de política, nem de economia, nem de literatura, nem de filosofia, nem de religião. Herdaste umas centenas de palavras práticas, um vocabulário elementar. Com isto viveste e vais vivendo. És sensível às catástrofes e também aos casos de rua, aos casamentos de princesas e ao roubo dos coelhos da vizinha. Tens grandes ódios por motivos de que já perdeste a lembrança, grandes dedicações que assentam em coisa nenhuma. Vives. Para ti, a palavra Vietname é apenas um som bárbaro que não condiz com o teu círculo de légua e meia de raio. Da fome sabes alguma coisa: já viste uma bandeira negra içada na torre da igreja. (Contaste-me tu, ou terei sonhado que o contavas?) Transportas contigo o teu pequeno casulo de interesses. E, no entanto, tens os olhos claros e és alegre. O teu riso é como um foguete de cores. Como tu, não vi rir ninguém.
Estou diante de ti, e não entendo. Sou da tua carne e do teu sangue, mas não entendo. Vieste a este mundo e não curaste de saber o que é o mundo. Chegas ao fim da vida, e o mundo ainda é, para ti, o que era quando nasceste: uma interrogação, um mistério inacessível, uma coisa que não faz parte da tua herança: quinhentas palavras, um quintal a que em cinco minutos se dá a volta, uma casa de telha-vã e chão de barro. Aperto a tua mão calosa, passo a minha mão pela tua face enrijada e pelos teus cabelos brancos, partidos pelo peso dos carregos – e continuo a não entender. Foste bela, dizes, e bem vejo que és inteligente. Por que foi então que te roubaram o mundo? Mas disto talvez entenda eu, e dir-te-ia o como, o porquê e o quando se soubesse escolher das minhas inumeráveis palavras as que tu pudesses compreender. Já não vale a pena. O mundo continuará sem ti – e sem mim. Não teremos dito um ao outro o que mais importava.
Não teremos realmente? Eu não te terei dado, porque as minhas palavras não são as tuas, o mundo que te era devido. Fico com esta culpa de que me não acusas – e isso ainda é pior. Mas porquê, avó, porque te sentas tu na soleira da tua porta, aberta para a noite estrelada e imensa, para o céu de que nada sabes e por onde nunca viajarás, para o silêncio dos campos e das árvores assombradas, e dizes, com a tranquila serenidade dos teus noventa anos e o fogo da tua adolescência nunca perdida: “O mundo é tão bonito, e eu tenho tanta pena de morrer!”.
É isto que eu não entendo – mas a culpa não é tua.




FRASE DO DIA ....

DO MÊS.........

DO ANO.........
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AUTOR:

BARRA DA COSTA
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FOI UM DOS INVESTIGADORES CRIMINAIS
MAIS RELEVANTES DESTE PAÍS ! ! !

“Portugal é hoje um paraíso criminal onde alguns inocentes imbecis se levantam para ir trabalhar, recebendo por isso dinheiro que depois lhes é roubado pelos criminosos e ajuda a pagar ordenados aos iluminados que bolsam certas leis'.”


SEM COMENTÁRIOS...

UMA FRASE COM 2064 ANOS


SALÃO ALEMÃO DA FOTOGRAFIA

Das coisas mais bonitas e emocionantes que publicamos neste Blogue.
Veja com calma e ouça a música
Arte pura!!!


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JOSÉ SARAMAGO

Publicamos hoje um maravilhoso “power point”, sobre a vida de José Saramago.
Recordando os momentos mais importantes da vida deste grande escritor, orgulha-nos poder através dele dar uma clara imagem da grandeza do seu carácter.
Recordando as suas preocupações humanistas, lembrando pelas suas próprias palavras:
“A prioridade absoluta tem de ser o ser humano.
Acima dessa não reconheço nenhuma outra prioridade”.
A sua filosofia de vida e universalismo do seu pensamento sintetiza-se nestas suas palavras, proferidas numa das suas palestras:
“Falamos muito ao longo destes últimos anos dos direitos humanos; simplesmente deixamos de falar de uma coisa muito simples…que são os deveres humanos, que são sempre deveres em relação aos outros, sobretudo.
E é essa indiferença em relação ao outro, essa espécie de desprezo do outro….que eu me pergunto, se tem algum sentido numa situação ou no quadro de existência de uma espécie que se diz racional.”…..
Agora vejam a apresentação e mais uma vez recordem a enorme dor de ter perdido alguém que nos dava tanto orgulho e felicidade….


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FIDEL CASTRO
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SABER A VERDADE

A TEMPO

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Mais uma reflexão de Fidel Castro, publicada na “Prensa Latina” em 27 de junho de 2010.

Quando escrevia cada uma das minhas reflexões anteriores, à medida que uma catástrofe para a humanidade se aproximava aceleradamente, minha maior preocupação era cumprir o dever elementar de informar o nosso povo.
Hoje estou mais tranquilo que 26 dias atrás. Como continuam acontecendo coisas na curta espera, posso reiterar e enriquecer a informação à opinião pública nacional e internacional.
Obama se comprometeu a assistir, no dia dois de Julho, à partida de quartas de final, se seu país obtivesse a vitória nos oitavas de final. Ele deveria saber mais do que ninguém que essas quartas de final não poderiam realizar-se sem que antes ocorressem gravíssimos acontecimentos, ou pelo menos deveria sabê-lo.
Na passada sexta-feira, 25 de Junho, uma agência internacional de notícias de conhecida minuciosidade nos detalhes das informações que elabora publicou as declarações do "...comandante da Armada do corpo elite dos Guardiões da Revolução Islâmica, general Ali Fadavi…” -advertindo “…que, se os Estados Unidos e seus aliados inspeccionarem os navios iranianos em águas internacionais 'receberão uma resposta no Golfo Pérsico e no Estreito de Ormuz'".
A informação foi tomada da agência local de notícias Mehr, do Irã.
Essa agência, segundo a notícia, comunicou: "Fadavi acrescentou que 'a Armada dos Guardiões da Revolução possui actualmente centenas de embarcações dotadas com lança-mísseis'".
A informação elaborada quase na mesma hora do publicado no Granma, ou talvez antes, parecia, em alguns pontos, uma cópia fiel dos parágrafos da reflexão elaborada na quinta-feira, 24 de Junho, e publicada nesse jornal na sexta-feira, 25.
A coincidência se explica pelo uso elementar que sempre aplico do raciocínio lógico. Eu não conhecia uma palavra do que publicou a agência local iraniana.
Não tenho a menor dúvida de que, logo que as naves de guerra dos Estados Unidos e de Israel ocuparem seus postos "junto ao resto das embarcações militares norte-americanas localizadas nas proximidades das costas iranianas" e tentarem inspeccionar o primeiro barco mercante desse país, desatar-se-á uma chuva de projécteis em uma e em outra direcção. Será o momento exacto em que se iniciará a terrível guerra. Não é possível prever quantos barcos afundarão, nem de que bandeira.
Saber a verdade a tempo é para nosso povo o mais importante.
Não importa que quase todos, por natural instinto - poderia se dizer que 99,9% ou mais dos meus compatriotas -, conservem a esperança e coincidam comigo na vontade sincera de estarem enganados.
Tenho falado com pessoas dos círculos mais próximos e ao mesmo tempo tenho recebido notícias de tantos cidadãos nobres, abnegados e cumpridores de seu dever, que, ao lerem minhas reflexões, não contestam em nada suas considerações, assimilam, acreditam e engolem a seco os raciocínios que exponho, contudo, dedicam logo o seu tempo a cumprirem com o trabalho, ao qual consagram suas energias.
É isso precisamente que desejamos de nossos compatriotas. O pior seria que, de repente, se conhecessem as notícias de gravíssimos acontecimentos, sem ter escutado antes alguma notícia sobre tais possibilidades. Então espalhar-se-á o desconcerto e o pânico, que seria indigno de um povo heróico como o cubano, que esteve a ponto de se tornar alvo de um ataque nuclear maciço, em Outubro de 1962, e não hesitou um instante em cumprir com o dever.
No desempenho de heróicas missões internacionalistas, combatentes e chefes valentes das nossas Forças Armadas Revolucionárias estiveram a ponto de serem vítimas de ataques nucleares contra as tropas cubanas que se aproximavam da fronteira sul de Angola, onde as forças racistas sul-africanas tinham sido desalojadas após a batalha de Cuito Cuanavale e se entrincheiravam na fronteira com a Namíbia.
O Pentágono, com o conhecimento do presidente dos Estados Unidos, forneceu aos racistas sul-africanos cerca de 14 armas nucleares, por meio de Israel, mais poderosas que as lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, como explicamos em outras reflexões.
Não sou profeta nem adivinho. Ninguém me informou uma palavra do que ia acontecer, tudo tem sido fruto do que hoje qualifico como o raciocínio lógico.
Não somos novatos nem intrometidos neste complicado tema.
Na pós-crise nuclear, pode-se prever o que acontecerá no resto da América de língua ibero-americana.
Em tais circunstâncias, não se poderá falar de capitalismo ou socialismo. Só se abrirá uma etapa de administração dos bens e serviços disponíveis nesta parte do continente. Inevitavelmente continuarão governando cada país os que hoje estão chefiando os governos, vários muito próximos do socialismo e outros cheios de euforia pela abertura de um mercado mundial que hoje se abre para os combustíveis, o urânio, o cobre, o lítio, o alumínio, o ferro, e outros metais que, na actualidade, são enviados para os países desenvolvidos e ricos e que desaparecerão repentinamente.
Abundantes alimentos que hoje são exportados para esse mercado mundial também desaparecerão de forma abrupta.
Em semelhantes circunstâncias, os produtos mais elementares que se precisam para viver: os alimentos, a água, os combustíveis e os recursos do hemisfério ao sul dos Estados Unidos, abundam para manter um pouco de civilização, cujos avanços descontrolados têm dirigido a humanidade a semelhante desastre.
Contudo, ainda há coisas muito incertas: poderão se abster as duas potências nucleares mais poderosas -os Estados Unidos e a Rússia - de empregar uma contra a outra suas armas nucleares?
Do que não há dúvida nenhuma é que, da Europa, as armas nucleares da Grã-Bretanha e da França, aliadas aos Estados Unidos e a Israel, "que impuseram com entusiasmo a resolução que inevitavelmente desatará a guerra, e esta, pelas razões explicadas, de imediato se tornará nuclear", ameaçam o território russo, embora o país, como a China, tente evitar isso, na medida das suas forças e das possibilidades de cada um.
A economia da superpotência se derrubará como um castelo de cartas. A sociedade norte-americana é a menos preparada para suportar uma catástrofe como a que o império tem criado no próprio território de onde partiu.
Ignoramos quais serão os efeitos ambientais das armas nucleares, que inevitavelmente estourarão em várias partes do nosso planeta, e que, na variante menos grave, serão produzidas em abundância.
Se aventurar em hipótese seria pura ficção científica da minha parte.