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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PORTO

Algumas bela imagens da cidade do Porto.

NESTE LINK
por:Sophia de Mello Breyner Andresen

DATA

Tempo de solidão e de incerteza
Tempo de medo e tempo de traição
Tempo de injustiça e de vileza
Tempo de negação

Tempo de covardia e tempo de ira
Tempo de mascarada e de mentira
Tempo de escravidão

Tempo dos coniventes sem cadastro
Tempo de silêncio e de mordaça
Tempo onde o sangue não tem rasto
Tempo da ameaça
 AO QUE NÓS CHEGÁMOS!!!

Uma coisa que para nós verdadeiramente estrambólica, é desde sempre ou quase sempre, (entendendo este “sempre” como filho dos governos PS , PSD e CDS) os nossos governantes e economistas, assentarem o desenvolvimento do país quase exclusivamente em três  vertentes absolutamente singulares.
O Turismo, o investimento estrangeiro e exploração dos trabalhadores.
A quem começar a ler estas linhas, não desista de continuar, que nós vamos provar que não somos malucos,  nem tão parvos como parece.
Desta trilogia, separemos o baixo salário que não tem relação com as duas primeiras questões .
Aí o problema é outro!!!
Quando se determina que o "Turismo" é uma linha de desenvolvimento importante, está correcto.
Quando se pede "Investimento Estrangeiro", também é nossa opinião que não é asneira.
O problema começa quando se faz destas orientações as principais e quase exclusivas pistas de desenvolvimento deste país.
É um facto que Portugal é lindo e que não há outro que em tão curto espaço tenha uma diversidade de paisagem, clima (que vai das neves na serra da estrela, aos calores tórridos do deserto, no Alentejo), termas ou seja turismo balnear, gastronomia, diversidade linguística, património histórico e uma população hospitaleira como poucas.
De facto Portugal tem imensas potencialidades no campo do turismo.
Por outro lado, é um facto, que sem dinheiro pouco ou nada se pode fazer.
Como é mais fácil pedinchar ao estrangeiro, que criar fontes de produção de riqueza, aí estamos nós, de mão estendida a pedir aos estrangeiros a esmolinha de investimento, por amor de Deus!!!
Esquecemo-nos que os royalties e lucros desse investimento, são para exportar. Não fica cá nada.
Destruímos todo o nosso aparelho produtivo industrial, abatemos barcos indiscriminadamente, pagámos aos grandes latifundiários para não produzirem e dificultámos até á exaustão a vida dos pequenos e médios agricultores, que ainda iam produzindo qualquer “coisinha”, na espectativa frustrada de que melhores dias viriam.
Agora, numa tentativa de imitar os chineses, adoptaram a política dos baixos salários e dos horários desumanos.
Com os baixos salários querem aumentar o comércio interno, e com o aumento do numero de horas de trabalho e encurtamento do período de férias….combater o desemprego???
Sustentámos políticos que um após outro, numa estratégia criminosa de aproveitar a iliteracia política do povo português, se foram alternando, recriando sistematicamente novas esperanças, sempre frustradas, sempre perturbantemente repetitivas.
E para além de tudo isto, que tem a ver com a canalha que nos tem governado, para se governarem, levantam-se estas duas perguntas basilares:
Quando a crise se generalizar, como de certeza vai acontecer, onde vamos buscar os turistas???
Quando as fábricas de papel, que são os Bancos emissores, enfrentarem as consequências da inundação de dinheiro, sem correspondência á produção de bens a que estamos a assistir, quais são as consequências do investimento estrangeiro?
Vendemos tudo o que tínhamos em troca de papel impresso nas tipografias do Banco Central Europeu, da Reserva Federal Americana, ou das mais variadas “ Casas da Moeda”.
E vamos todos comer esse papel, indigesto e venenoso!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

PARQUE DA PENEDA-GERÊZ
A rústica beleza deste parque, onde os velhos trilhos romanos são uma atracção turística, tem a seu favor um encanto paisagístico. No entanto a sua floresta densa está em permanente risco de incêndio, sempre que se aproxima o verão.
O ano passado, rezam as estatísticas, registaram-se 34 incêndios na área do Parque, 20 dos quais em Agosto.
Quando passar este power point, certamente sentirá como nós, a profunda revolta que lhe causa haver incendiários que insensíveis a tanta beleza, por tara ou perversidade são capazes de a destruírem, para satisfazer os seus instintos doentios, ou interesses obscuros.
Ainda no passado sábado, aí lavrava um incêndio, que as autoridades atribuíam a mão criminosa, que teve de ser extinto com o auxílio de meios aéreos, dadas as inerentes dificuldades devidas á morfologia do terreno e ventos fortes que dificultaram o trabalho dos bombeiros.
Desta vez foram entre 6 a oito hectares que arderam, mas como ainda não terminou a época dos incêndios não se pode fazer o levantamento da área ardida este ano.
O ano passado, rezam as estatísticas, registaram-se 34 incêndios na área do Parque.
Agora goze as maravilhosas imagens daquele paraíso, enquanto gente malvada não lançar fogo ao que resta.
NESTE LINK

UM PAÍS OCUPADO
TÍTULO DE UMA CRÓNICA, BEM A PROPÓSITO DOS "CEM DIAS" DO GOVERNO PASSOS COELHO

POR JOSÉ VITOR MALHEIROS
PUBLICADO NO PÚBLICO EM 27 DE SETEMBRO DE 2011

"É espantoso como, no espaço de poucos meses, tanta coisa mudou. Não só nas nossas expecta¬tivas mas, principalmente nas nossas atitudes. Apesar de algum debate nos media, de algumas declarações políticas mais fogosas, de alguma indignação localizada, de alguns dirigentes sindicais mais aguerridos, aceitamos como inevitável esta crise e pare¬cemos resignados a sofrê-la. Na esperança, ténue, de que um dia passe. Enchemos bem o peito de ar, fechamos a boca com força e aceitamos que, durante os próximos anos, nos devemos resumir a tentar manter o nariz fo¬ra da água, apenas o nariz, sem fazer ondas, sem fazer barulho, sem gritar, sem protestar, sem dar nas vistas, sem viver, ondulando ligeiramente os braços para nos mantermos à tona, sem olhar quem está à nossa volta, concentrando-nos apenas na nossa respiração. A palavra de ordem é, apenas, respirar. Respirar e esperar. Até que passe. Ou até que nos habituemos. Respirar assim só é difícil nos primeiros anos. Depois, habituamo-nos. É uma questão de ritmo.
"Não é que queiramos, não é que gostemos, mas sabe¬mos que fomos vencidos. Não sabemos quando, nem como, nem por quem, mas sabemos que fomos vencidos. Ê verdade que sonhámos que não íamos ser vencidos mas hoje é evidente que esse sonho não tinha sentido. A derrota era inevitável. Toda a gente diz.
"Mas isto não é uma crise. Nem é uma simples derrota. Nem sequer é uma guerra. Isto é uma ocupação.

"Portugal é um país ocupado e não é o único. A presença do ocupante sente-se em cada rua, em cada esquina, em cada casa, em cada olhar. Os cartazes de propaganda do ocupante estão por todo o lado. O ocupante diz-nos que estávamos enganados e que temos de pensar de outra forma. Que agimos mal e que temos de vivar de outra forma. Que estávamos enganados em pensar que tínha¬mos direitos e que temos de abdicar deles porque esses direitos destroem a economia. Que estávamos enganados em pensar que os nossos filhos podiam viver numa sociedade de bem-estar e que temos de os desenganar. Que estávamos enganados em pensar que as desigualdades se iriam reduzindo e que a justiça social era o mais belo dos objectivos. Que estávamos enganados em pensar que a solidariedade era fonte de progresso, quando só a competição entre as pessoas garante o progresso. Que estávamos enganados ao defender soluções colectivas quando a vitória é sempre individual. Quando acreditá¬mos que saúde podia ser para todos. Quando pensá¬mos que a democracia se exprime pelo voto e no espaço público quando na realidade o poder está no euro e no dólar e nas bolsas. Quando pensámos que as pessoas são mais importantes que o dinheiro. Quando pensamos que havia sempre alternativas.

"Isto não é uma crise porque não estamos a corrigir nada do que nos trouxe até aqui. Isto não é uma crise porque não é um sacrifício que estejamos a fazer em nome do futuro. Isto é algo que estamos a ser obrigados a reviver em nome do passado. Isto é apenas o regresso do passa¬do, a vitória do que julgámos vencido mas regressou da tumba. Esta é uma vingança do passado, por nos termos preocupado tanto com o presente que nos esquecemos do futuro. Isto é uma ocupação. Uma ocupação com muito mais colaboracionistas que resistentes, como todas as ocupações. Colaboracionistas maravilhados com a pujan¬ça física do ocupante, com a sua filosofia hegemonista, com a sua musculada e sadia visão do mundo, com um mundo de eficiência e sem parasitas. Sem sindicatos e sem esquerdistas. Sem solidariedade e com total obediência aos chefes e ao serviço dos mais ricos.
"Só que não é possível viver assim. E, apesar de tudo, há alternativas. A alternativa é procurar sempre e incan-savelmente a alternativa, sem sacrificar nada do que nos é caro".

terça-feira, 27 de setembro de 2011


PORTUGAL É LINDO

E ESTE "POWER POINT" É DISSO TESTEMUNHA

NESTE LINK
ASSUNÇÃO ESTEVES
PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Reformou-se aos 42 anos de idade
Quadro do partido laranja, e pelo seu partido escolhida para o cargo mais alto da representação do Estado a seguir ao presidente da República.
Aqui se denuncia uma ética política, aqui se denuncia um açambarcamento faccioso, aqui se denuncia uma mentalidade de rapina.
Uns têm que trabalhar até aos 65 anos com reformas cortadas em 20%, mesmo que tenham descontado para a reforma durante 40 anos ou mais.
São os trabalhadores portugueses, o grosso da população, a classe mais débil, a mais necessitada, a que deveria de ter mais apoios do Estado. Aquela que tudo produz!
Esta personagem importante da quadrilha que governa Portugal, reformou-se aos 42 anos, com 2.445€/mês, após 10 anos de trabalho.
Os portugueses, têm de ganhar a consciência que esta canalha de gente nos destruirá.
Dizimar-nos é o objectivo central do grande capital financeiro.
Fá-lo-ão de qualquer maneira, sabedores que são, que o seu sistema político não lhes resolve o problema de enriquecimento ilícito ao mesmo tempo acompanhado de algum bem-estar social de décadas atrás.
O capitalismo tem como meta a atingir a dominação total dos povos e reduzi-los a uma nova forma de escravatura.

PAUL ELOUARD - " É preciso voltar a despertar veredas, a descerrar caminhos, a extravasar as praças e a gritar o teu nome - LIBERDADE."
CAVACO SILVA
A PRESIDÊNCIA DA REPUBLICA E AS CONTAS DO PALÁCIO DE BELÉM

O DN descobriu que a Presidência da República custa 16 milhões de euros por ano.
(163 vezes mais do que custava Ramalho Eanes), ou seja, 1,5 euros a cada português.
45 000€, por dia! É obra!..
Dinheiro que, para além de pagar o salário de Cavaco, sustenta ainda os seus 12 assessores e 24 consultores, bem como o restante pessoal que garante o funcionamento da Presidência da República.
A juntar a estas despesas, há ainda cerca de um milhão de euros de dinheiro dos contribuintes, que todos os anos serve para pagar pensões e benefícios aos antigos presidentes.
Os 16 milhões de euros que são gastos anualmente pela Presidência da República, colocam Cavaco Silva entre os chefes de Estado que mais gastam em toda a Europa.
Gasta o dobro do Rei Juan Carlos de Espanha (oito milhões de euros) sendo apenas ultrapassado pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy (112 milhões de euros) e pela Rainha de Inglaterra, Isabel II, que 'custa' 46,6 milhões de euros anuais.
E tem o senhor Aníbal Cavaco Silva, a desfaçatez de nos vir dizer que -"os sacrifícios são para ser 'distribuídos' por todos os portugueses”
Não se pode 'privatizar' a Presidência da República ???

domingo, 25 de setembro de 2011






O VALOR DE UMA EXCEPÇÃO

O BISPO D.JANUÁRIO TORGAL FERREIRA, VOGAL DA COMISSÃO EPISCOPAL
E BISPO DAS FORÇAS ARMADAS E DE SEGURANÇA.

Estamos de facto a viver tempos de mudança extraordinários.
Uns bons, outros nem por isso.
No que se refere á Igreja e nomeadamente á religião, são para nós verdadeiramente surpreendentes as declarações deste bispo das Forças Armadas, D.Januário Torgal Ferreira, numa entrevista que deu á TSF.
Logo na sua primeira declaração, coloca o assento tónico na análise que faz da actual situação política, dizendo “ipsis verbis”, “TENHO VERGONHA DESTE PAÍS”.
Perante esta surpreendente afirmação o entrevistador inicia uma deprecada série de perguntas, que escondem não só a surpresa da resposta, como escondem uma psicológica censura prévia, que o desresponsabilize como conivente.
A exigência que imediatamente coloca de saber o “PORQUÊ ?”,  na sequência de querer ligar aquela poderosa afirmação, à suspeita que tal implica, de também ter vergonha da Igreja Católica de que ele é um membro destacado, é atraiçoada pela repetida questão:
“QUANDO DIZ QUE TEM VERGONHA DESTE PAÍS, QUER DIZER QUE TAMBÉM TEM VERGONHA DESTA IGREJA CATÓLICA ?” 
A formulação agressiva desta pergunta, mais do que reflexo da natural actuação de um profissional rigoroso, denúncia claramente o choque que tal afirmação lhe causa e a psicológica critica que subconscientemente ela lhe inspira.
Perante esta primeira pergunta D.Januário, prisioneiro das suas responsabilidades religiosas, embora titubeando a resposta, esclarece utilizando a seguinte imagem literária:
UMA CASA ONDE OS MAIS PEQUENOS NÃO SE PODEM SENTAR À MESA E COMER O MESMO PÃO, QUE É O PÃO DOS DIREITOS E QUE É O PÃO DA DIGNIDADE”
Acrescentando:
“QUEM ESTIVER A PRESIDIR À MESA, DEVE SENTIR-SE CÚMPLICE E SE DE FACTO NÓS NOS DIZEMOS IGREJA, SERVIDORES DO MUNDO, IRMÃOS DE TODOS, EU DEVO SENTIR-ME CÚMPLICE E NÃO DEVO DORMIR TRANQUILO PERANTE TODA ESTA MULTIDÃO DE PESSOAS, QUE JÁ FORAM DESAPOSSADAS DA SUA MESMA DIGNIDADE, DO RESPEITO POR ELAS PRÓPRIAS E A QUEM AS PROMESSAS VÃO NO PIOR SENTIDO.
À segunda, responde cautelosamente dizendo:
AQUI,  JÁ NALGUMAS ALTURAS DA MINHA VIDA, EU TIVE VERGONHA DA IGREJA CATÓLICA, DAS SUAS PESSOAS.
É evidente que a conversa estava azeda para o entrevistador, e perante a audácia do entrevistado, que relatou não só a vergonha que foi a atitude da Igreja perante o Salazarento reinado que acolitou o Cerejeiral cardeal, trouxe para a actualidade o problema de um dos dogmas mais resistentes da Igreja católica que é a discriminação da Mulher no que se refere ao exercício sacerdotal.
D. Januário, teve neste desiderato a coragem de discordar do comportamento da Igreja e nomeadamente do Papa, que obrigou o nosso cardeal patriarca, D. José Policarpo, a corrigir afirmações que anteriormente tinha feito nesse sentido, embora D Januário tenha considerado cautelosamente:
QUALQUER PADRE TEM QUE ESTAR EM COMUNHÃO COM A IGREJA E COM O PAPA, MAS ESTAR EM COMUNHÃO COM A IGREJA, MESMO NUM DOCUMENTO DE MAGISTÉRIO, EU OUSO PENSAR “NÃO SERÁ POSSÍVEL REPENSAR UMA DECLARAÇÃO DOGMÁTICA?”.
A partir deste raciocínio, elaborou mais uma série de justificações críticas ao comportamento da hierarquia católica em matéria de actos e dogmas religiosos, passando para o campo das coisas práticas e temas políticos, tendo como base os problemas inerentes à justiça social.
Se anteriormente tinha expresso brilhantes conclusões, sobre a dignidade humana e as violências que a os mais pobres e desprotegidos estão sujeitos, avança então com mais uma revolucionária evocação, tanto mais revolucionária porquanto vinda de um bispo da Igreja católica:
“FALAR EM TERMOS PARTIDÁRIOS EM JUSTIÇA SOCIAL… PARECE QUE SÓ O PARTIDO COMUNISTA. PORTANTO UM PADRE OU UM BISPO QUE TOQUE NESSES PROBLEMAS E HONRA LHE SEJA FEITA, GOSTEM OU NÃO GOSTEM É O PARTIDO COMUNISTA QUE TOCA NOS PROBLEMAS DOS MAIS MISERÁVEIS E A IGREJA DEVIA TOCAR, PORQUE O NASCIMENTO DE JESUS CRISTO É MUITO ANTERIOR AO NASCIMENTO DO PARTIDO COMUNISTA
Perante o espanto do entrevistador que deve certamente atribuir a exclusividade desta matéria aos ambientes agnósticos, ou laicos, interroga rudemente o bispo com esta mortífera questão, que pensa certamente o irá colocar entre a espada e a parede:
QUER O SENHOR BISPO DIZER QUE OS COMUNISTAS SÃO MAIS CATÓLICOS, QUE OS PRÓPRIOS CATÓLICOS?
O senhor bispo a esta provocatória pergunta, responde num tom admirativo e afirmativo.
EM MUITOS ASPECTOS SÃO CAPAZES DE SER. AÍ EU NÃO TENHO DÚVIDAS. EM MUITOS ASPECTOS HÁ COMUNISTAS QUE SÃO MUITO MAIS CATÓLICOS QUE MUITOS CATÓLICOS QUE CONHEÇO.
“MAS ELES NÃO GOSTARIAM DE OUVIR ESTA DEFINIÇÃO!!!”,
replica o entrevistador, demonstrando uma séria reserva mental, sobre o tema e indefinindo certamente com o “eles”, os correligionários do seu pensamento.
Aí, D.Januário, sentindo o peso da subjectiva pergunta, responde tranquilamente:
NEM EU QUERO DE FORMA ALGUMA SER FONTE DE VITUPÉRIO E DAR AOS OUTROS ADJECTIVOS QUE ELES NÃO QUEREM ASSUMIR.DO PONTO DE VISTA HUMANO DE CIDADANIA EU NÃO TENHO QUALQUER DUVIDA E REPARE, SABE MUITO MAIS DO QUE EU: ALGUÉM QUE TOQUE EM ASPECTOS SOCIAIS, É DE ESQUERDA. 
ISTO É HORRÍVEL. 
HONRA A QUEM É DE ESQUERDA….HONRA!!!
Após estas judiciosas considerações, interroga-se D.Januário:
PORQUE É QUE SÓ EM MOMENTOS ELEITORAIS SE VAI PARA AS FEIRAS?
PORQUE É QUE SÓ EM MOMENTOS ELEITORAIS SE VAI PARA BANHOS DE MULTIDÃO?
PORQUE É QUE SÓ EM MOMENTOS ELEITORAIS SE DÁ BEIJINHOS NA GENTE MAIS HUMILDE E ECONOMICAMENTE MAIS DÉBIL E SOCIALMENTE SEM SANGUE AZUL…
A continuidade destas interrogações que D.Januário coloca é intempestivamente interrompida pelo entrevistador que o questiona, paradoxalmente, com variadas afirmações contabilísticas, onde se pode constatar que:
COM A INFLUÊNCIA DA IGREJA PODIA-SE CONTAR EM CADA DOMINGO COM 13.000 HIPOTESES DE COMUNICAÇÃO, REPRESENTADAS PELAS 13.0000 MISSAS QUE CELEBRA EM CADA DOMINGO, ONDE MOBILIZA “UMA FRENTE DE OUVINTES” QUE ALIMENTAM A IGREJA NO CAMPO SOCIAL PARA MUITOS MILHARES OU MILHÕES DE PESSOAS.
Ante esta autêntica chantagem emocional, não resta alternativa a D.Januário Torgal Ferreira senão justificar-se, antes que pela pressão daquele inquisitorial interrogatório, se confundisse o seu raciocínio, com alguma intemperança no seu múnus sacerdotal, afirmando:
EU TENHO DE PRESTAR HOMENAGEM ÀS ESTRUTURAS QUE AO LONGO DO PAÍS, AO LONGO DE PORTUGAL; CENTROS SOCIAIS, CENTROS PAROQUIAIS PARA CRIANÇAS, PARA IDOSOS, PARA TODA UMA GAMA DA POPULAÇÃO, EU TENHO DE PRESTAR HOMENAGEM AQUILO QUE É FEITO, AQUILO QUE É EXEMPLIFICADO, COM CERTEZA TAMBÉM COM O NOSSO DINHEIRO, COM O DINHEIRO DA POPULAÇÃO…… 
“ E EM MUITOS CASOS DA PRÓPRIA SEGURANÇA SOCIAL”
(as aspas, são da nossa responsabilidade!!!)
Talvez pouco satisfeito com a parte final da resposta o inquisidor entrevistador regouga:
ESQUECE A CARITAS E AS MISERICÓRDIAS.
Já se tendo apercebido há muito, das armadilhas que o profissional da manipulação lhe estava a armar, mantendo a sua rara dignidade intelectual, esclarece quem não sabia:
CLARO QUE NÃO ESQUEÇO A FORÇA DA CARITAS E A FORÇA DAS MISERICÓRDIAS. NÃO DISTINGO NADA, PORQUE EU PESSOALMENTE ACHO QUE A NOSSA GRANDE LACUNA É NÓS QUERERMOS MATAR A FOME E DEVEMOS MATÁ-LA. O QUE AINDA NÃO CONSEGUI ENTENDER É O SILÊNCIO DOS LEIGOS, LEIGAS, PADRES E PORVENTURA DE BISPOS.
Encurtando as razões invocadas pelo bispo D.Januário para lastimar a ausência de uma linguagem que defenda os direitos humanos, recordando que há encíclicas papais que abordam o tema, debruça-se sobre a necessidade de uma mudança de mentalidades, mais de acordo com uma REVOLUÇÃO SOCIAL que se torna necessária, para que o respeito pelos direitos humanos, seja uma forma de evitar que se tenha de estar a matar a fome às pessoas.
Termina esta lúcida personagem, emitindo a sua opinião sobre as greves, dizendo:
HÁ AFIRMAÇÕES DE QUE NÃO GOSTEI: POR EXEMPLO SOBRE A GREVE. DIZEM PARA TER CUIDADO. ENTÃO AS POPULAÇÕES AINDA VÃO SER MAIS DIZIMADAS. A GREVE DEVE SER UTILIZADA COMO INSTRUMENTO ULTIMO.
É COMO A GUERRA. EU SOU CONTRA A GUERRA, MAS EM EXTREMISMOS QUE NÃO HAJA OUTRA SOLUÇÃO COMO POR EXEMPLO EM TIMOR LESTE? EU VOU DEIXAR EXTERMINAR AS POPULAÇÕES?
ESTES TIPOS QUE ESTÃO A DIZER NÃO À GREVE, ESTÃO A SER PORTA-VOZES DO GOVERNO E A DIZER AO POVO QUE SE COMPORTEM BEM E QUE NÃO HAJA TUMULTOS NA RUA.
NÃO GOSTO!!!
EU ACHO QUE HÁ MOMENTOS PARA CALAR E MOMENTOS PARA FALAR!
Certamente por não concordar com o prelado e na estulta intenção de mudar o rumo à conversa, adiantou o néscio entrevistador:
MAS NÃO TEME QUE POSSAM EXISTIR MOMENTOS DE TUMULTOS SOCIAIS, TENDO EM CONTA TODA ESTA PANORÂMICA QUE JÁ DESCREVEU SOBRE A SITUAÇÃO.
Ao que D.Januário esclareceu, como se fosse necessário:
CLARO QUE EU NÃO QUERIA TUMULTOS.
CLARO QUE EU PESSOALMENTE GOSTARIA DE DIZER QUE NÃO HAJA MOMENTOS QUE LEVASSEM A TUMULTOS.
EU TENHO ASSISTIDO A MANIFESTAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INEQUÍVOCAS, SEM AS MÍNIMAS SEQUELAS, CONTRA A CIDADANIA.
Perante esta brilhante e perspicaz sentença, só nos resta aproveitar esta sua ultima preclara e humilde recomendação de ler vozes discordantes, como a de Frei Bento Domingues, com quem confessa tem aprendido muito, rematando
EU ACHO QUE É UMA GRAÇA PARA PORTUGAL, O FREI BENTO DOMINGUES

Para ter acesso á entrevista da TSF CLIQUE AQUI

terça-feira, 20 de setembro de 2011




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A REALIDADE DA MADEIRA

UM TEXTO DO JORNALISTA PEDRO SANTOS GUERREIRO
A crise é uma coisa séria, o Governo da Madeira não. A ocultação, deliberada e consciente, de despesas não é um problema de eleitores, é um problema de contribuintes - e devia ser um problema de tribunais.
A crise é uma coisa séria, o Governo da Madeira não. A ocultação, deliberada e consciente, de despesas não é um problema de eleitores, é um problema de contribuintes - e devia ser um problema de tribunais. São mais 1,6 mil milhões de austeridade.
Assinado: Alberto João Jardim.
Durante anos criticou-se a política económica de Jardim, que fez da Madeira um queijo suíço de túneis. Contabilizou-se o despesismo, criticou-se a boçalidade do homem, denunciou-se a pressão sobre a imprensa, sublinhou-se a covardia dos líderes partidários que lá vão beijar as mãos com a vassalagem de quem lhe lambe os pés. Lembra-se disso tudo? Agora esqueça. Porque o que está hoje em causa é outra coisa. É esconder facturas. Não é uma derrapagem, é ocultação. Jardim não tem vergonha na cara mas envergonha o País. Afinal, em Portugal mente-se como na Grécia.
O líder da Madeira vitimiza-se, desconversa, veste-se de Jardim dos Bosques, angaria forças contra o "inimigo externo" que é "o continente". Que o faça. Se ganhar as eleições, os madeirenses só mostrarão o mesmo relativismo ético de muitos dos portugueses que elegem pessoas que "roubam-mas-fazem". A sua eleição continuará a ser usada como colete à prova-de-bala. E servirá de evidência para o nosso Estado ridículo: o Tribunal de Contas abre a boca mas não sai som, a Procuradoria ameaça dar cabeçadas no ar, o Parlamento cofia os bigodes da complacência, os partidos torcem o sobrolho da cumplicidade.
O regime está podre e está pobre. O que Jardim fez alguém deixou fazer. E alguém vai pagar. Porque esta ocultação, que Jardim já confessou, tem dois custos: o de reputação e o de austeridade.
Os portugueses estão a fazer um esforço brutal para descolar da imagem dos gregos. Para que, caso a Grécia entre em incumprimento, Portugal não vá no canal de sucção dos mercados. Estávamos a somar rótulos de bom aluno. Na sexta, os jornais internacionais já arrolavam Portugal ao lado da trapaça grega. O "Financial Times" dava o exemplo para provar que a solidariedade implícita nos Eurobonds será abusada pelos Estados mentirosos. Como Portugal.
O segundo efeito, caro leitor, sai-lhe da carteira. A metade que lhe sobra do subsídio de férias não chega. A economia está sufocada por impostos mas vai ser preciso garimpar estes 1,6 mil milhões que estavam escondidos.
Não se trata de uma derrapagem, mas de uma ocultação. Os portugueses têm de aprender a métrica destes enganos. Se a extinção de 137 institutos permite poupar 100 milhões, pagar o buraco da Madeira num ano significaria fechar 2.200 institutos, com o desemprego e redução de ordenados que isso significa. Ou deixar de baixar a taxa social única em quatro pontos percentuais. Ou aumentar o IVA em mais três pontos. Ou cortar quase outra vez na Saúde e Educação.
Portugal é um armário cheio de esqueletos gordos. As PPP. O imobiliário. Os famosos falidos. As contas da Madeira. É lamentável que só uma força externa, a "troika", tenha um pé-de-cabra para revelar esta corrupção moral. Se Portugal perdeu a autonomia para a "troika", o Governo da Madeira merece manter a sua? Não. Traiu-a.
A frase inicial deste editorial é adaptada de um cartaz numa manifestação em Roma na semana passada, contra as medidas de austeridade. Há semelhanças entre o Berlusconi deles e o nosso. Mas no fim, Jardim não é um tiranete, um ébrio de populismo, um inteligente mascarado de boçal, não é um keynesiano nem um homem de desenvolvimento. No fim, Jardim é apenas um mentiroso que escondeu dívidas que vão custar dinheiro aos outros. Aos que votam e não votam nele. A nós.
Este escândalo é nosso, não é dele; é nacional, não é ilhéu. Como escreveu John Donne num famosíssimo texto, "Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente (...) E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti". No fundo, Jardim sempre contou connosco. Nós é que nunca contámos com ele.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

 
CARTA ABERTA 
A FRANCISCO MOITA FLORES
Esta é a segunda carta aberta que lhe dirijo.
A primeira foi enviada para o jornal que lhe dá guarida, ou seja o “Correio da Manha”, com o pedido  expresso de  lhe dar conhecimento.
Porque não tenho a certeza que o tenham feito, na medida em que não se dignou sequer a acusar a recepção, vou enviar esta segunda missiva para a Câmara Municipal de Santarém onde, dadas as funções que lá desempenha, não duvido que lhe será entregue.
Sendo assim, par caso de não ter recebido a primeira, deixo-lhe aqui a hipótese de tomar conhecimento dela, clicando AQUI, ou indo ao meu Blogue " http://olharaesquerda.blogspot.com/"  no dia 6 de Julho de 2009, com o título “O CARRO E OS CORNOS”.
Esta não vai ser tão longa como foi a primeira, na medida em que nela procurei justificar detalhadamente  porque a sua falta de carácter, deixou de ser para mim novidade.
A consideração que tinha por si desapareceu, porque o senhor se encarregou insistentemente de provar, quanto enganado estava a seu respeito.
Passemos aos factos que agora importam.
O senhor resolveu agora, terçar armas no referido jornal por Alberto João Jardim, num artigo intitulado “Impressão Digital” “Colonialismo.
Estão bem um para o outro.
A sua profecia de que: “o saco negro das dívidas da Madeira não passa de um ruído que os madeirenses atirarão para trás das costas, entregando a Alberto João Jardim nova maioria absoluta nas próximas eleições”, é mais própria do astrólogo senegalês conhecido por “professor Bambo”, do que dum professor Universitário, que devia ser competente nas matérias, honesto na análises, idóneo no discurso e rigoroso no julgamento.
Espanta-me que reconheça “A haver essa censura seria dos eleitores do continente, que pagam a factura hoje, como pagaram ontem. Quem conhece, ou já viveu dinâmicas eleitorais, sabe que o povo chamado às urnas não quer saber de notícias nem de opiniões.”
Pois garanto-lhe caro “professor” que talvez o senhor esteja redondamente enganado.
Mas se no Continente a informação é o que é, na Madeira nem se fala.
Contrariamente aquilo que o senhor afirma, o povo quando chamado ás urnas procura mais do que pensa “saber notícias e opiniões”.
Acontece é que as fontes onde se informa, estão de uma maneira geral inquinadas por pessoas como o senhor, por jornais que defendem os interesses dos seus patrões, das rádios e novelísticas televisões, que são a “voz do dono”.
Com o panorama informativo que temos em Portugal, como queria o senhor “professor” que fosse de outra forma?
E particularmente na "democrática" Ilha da Madeira?
Porem com estranha e paradoxal  lucidez o senhor afirma a seguir:
“Transformou o arquipélago, deu-lhe modernidade e qualidade de vida, fez crescer a riqueza, trabalho, mobilidade. Ao pé de Trás-os-Montes ou do Alentejo, é um paraíso. Foram precisos milhões para essa transformação, e para tanto Jardim percebeu desde cedo que a chantagem, o insulto, a ameaça independentista, o enxovalho (quem não se recorda dos ataques ao senhor Silva, as humilhações a Marques Mendes, a arrogância contra Passos Coelho) aos inimigos do continente – desde os ‘cubanos’, aos colonialistas, aos comunistas, à maçonaria, inimigos inventados, ainda por cima folclóricos – dão tempo de antena e visibilidade ao homem. E foi esmifrando o que podia e não podia.
Os líderes do PSD temiam-no, os primeiros-ministros, por mais discursos rígidos que fizessem, soçobravam, a chicana de Jardim pô-los todos em sentido. E de cócoras. Por esta atitude agressiva, insultuosa, os comentadores desvalorizavam o chorrilho de palavras e com este andar guerrilheiro, e trautileiro (certamente quereria dizer trauliteiro) construiu um dos cantos mais bonitos do país. É verdade que a sua dívida é mais do dobro da dívida das autarquias todas juntas e os autarcas são o saco de boxe de governos sucessivos.”
E agora espantem-se as pessoas honestas e integras deste país!!!.
O senhor, que é presidente de uma Câmara Municipal, professor universitário, uma das vozes dos chamados “opinion makers” ou seja “fazedores da opinião pública” remata este chorrilho de incontroláveis actos de obscena governação, fora aqueles que todos conhecemos e não entram nesta canalha relação de desaforos, insolências, escândalos e injúrias, dizendo:
“A verdade é que se vivesse na Madeira votava em Jardim. Ele é a história e o progresso daquela região. É o único dirigente que, num Estado sem rumo, sabe sacar para aqueles que governa aquilo que entende.”
Pois!!! E os outros que paguem!!!
Que diferença acha o senhor, que  há entre isto e a mais pura vigarice???
Que dizer desta desavergonhada classe dirigente de vendilhões do templo, como o senhor e Alberto João Jardim, que de tão cientes que o Sistema nunca os chamará à responsabilidade, se permitem apoiar actos da mais profunda sordidez política e ainda por cima admitir que a importante arma que está ao alcance do povo, que é o voto, sirva exactamente para premiar estas escabrosas imoralidades.
Sabe, são bastante curiosos e elucidativos os comentários que fizeram sobre si, no meu Blogue,  quando lá publiquei a primeira carta aberta que lhe enviei.
Uma das pessoas referia entre outras coisas pouco abonatórias mas esclarecedoras, a seu resapeito,  que esse desprezível “professor universitário” tinha sido filiado no Partido Comunista Português.
De certeza absoluta que foi por engano ou oportunismo...digo eu!!!
Juvenal

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A EXPLICAÇÃO DA CRISE
Normalmente não brinco com coisas sérias.
A crise que tragicamente o nosso povo está obrigado a pagar, sem que para tal a sua maioria tenha concorrido, é tão grave e injusta, que fazer humor ou simples ironia à sua custa, é sintoma de inconsciência ou insensibilidade.
A efabulação que este “power point” faz da origem da crise, tem de ser enquadrada com as devidas limitações, no seu lado pedagógico, como uma verdadeira fábula.
Utilizando os burros que somos todos nós, como matéria-prima, deixamos os banqueiros “chico espertos”, utilizarem a justa ambição de cada um ter uma vida melhor.
A realidade, é que manipulando as consciências, facilitando exageradamente o crédito, emprestando dinheiro que não tinham, abusando da boa-fé de muitos que confiaram serem capazes de acelerar a realização dos seus sonhos, a banca obriga hoje os trabalhadores, pensionistas, reformados e o povo em geral, a pagar as dívidas dos Bancos e a gula dos banqueiros.
Basta recordar os milhares de milhões de euros que durante anos e anos foram distribuídos aos accionistas dos bancos, para perceber a dimensão da rapina a que o povo português foi sujeito.
                                                                        
NESTE LINK  E DEPOIS EM F5
UM TEXTO Á LAIA DE
EXPLICAÇÃO DESNECESSÁRIA

Os leitores deste Blogue certamente já notaram que na coluna da direita apareceu mais um quadrado com uma palavra de ordem “NACIONALIZAÇÃO DOS RECURSOS FINITOS DA NATUREZA”.
Aparentemente é uma visão idílica, apelar para a nacionalização dos recursos naturais limitados, produzidos pela Natureza.
Vivendo-se actualmente em regimes que na generalidade assentam na propriedade privada e na posse dos meios de produção, estamos a reclamar o direito de retirar a esses proprietários um direito que as classes dominantes sempre defenderam, para explorar em proveito próprio, o que deveria ser de todos.
É evidente que há uma grande diferença entre a propriedade dos meios de produção e o direito de propriedade de bens que têm origem na Natureza.
O que estamos agora a considerar principalmente, é ser moralmente injusto estar na posse de uma pessoa, uma família, uma companhia, recursos naturais, só pelo facto de para isso terem concorrido os sistemas políticos, que hoje são absolutamente subserviente ao económico, e continuam a determinar a sua propriedade por privados.
O petróleo, o ouro, prata etc., são bens produzidos pela Natureza, que existem sem que para tal tenha sido necessária a intervenção humana.
Esse facto, retira o direito de particularizar a sua posse, mesmo no caso de fulano ou sicrano ter descoberto a sua existência, ou esta ser localizada, pela sorte do destino numa propriedade privada e como tal passar o seu proprietário a ter o direito de beneficiar “em exclusivo” ou não, desse privilégio.
É evidente que no actual estado das relações de produção, esta tese é no mínimo aparentemente mirabolante.
Mas olhando a um conceito mais alargado, porque não acrescentar este conceito, às novas relações de produção, que o explosivo índice de destruição de postos de trabalho torna evidente, necessário e justo?
Incluir o ataque ao imoral conceito de direito privado dos recursos finitos da Natureza, nas actuais lutas por uma maior justiça social, sendo duas coisas completamente diferentes, os seus conceitos morais assentam numa evolução justa dos direitos da humanidade e não nos parece que se possam distinguir um do outro.
A automatização e robotização dos meios de produção, a que diariamente assistimos, torna irrevogável o direito dos trabalhadores beneficiarem desse facto, no sentido de diminuindo o horário de trabalho, permitirem uma vida familiar mais consentânea com a evolução dos tempos.
Beneficiar igualmente as populações com a utilização racional dos recursos naturais, é também moralmente indiscutível.
Neste sentido achamos irrefutável, que o aproveitamento dos generosos proveitos que a Natureza proporciona á humanidade, sejam em seu benefício geral e não de entidades privadas, mesmo no caso em que algo tenham feito para a sua descoberta ou utilização.
As fronteiras, são um argumento válido, para retirar algum valor a esta tese, mas se dentro de cada país a sua utilização reverter para as populações locais, as consequências desse benefício seria imprevisível.
A moralização da exploração descontrolada dessas fontes de riqueza, pelas entidades financeiras multinacionais a que assistimos actualmente, permitiriam canalizar os seus lucros em benefício exclusivo das populações autóctones.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011


ESTA É UMA PUBLICIDADE CONSTRUTIVA

São imagens que valem por mil palavras.

QUE GRANDE FESTA!!!
PENA  SEREM SÓ VELHOS!!!

QUEM OS VIU E QUEM OS VÊ

A PROPÓSITO DE UM ARTIGO INTITULADO “A BRISA
DOS DIAS”  COM O SUB-TÍTULO “A NOVA CARIDADE”

Ontem tive ocasião de dar nota positiva a um texto, publicado no “Correio da Manha” na coluna “Opinião” de autoria de Paulo de Morais.
Hoje aproveito para dar nota do descaramento do deputado “xuchalista” Eduardo Cabrita , que na mesma coluna, repõe a natureza do periódico que lhe dá guarida, na sua natureza dissimulada e popularucha, que proporciona muitas na ferradura da direita e raras no cravo da esquerda, artifício para vender mais papel e enganar os ingénuos.
Mas dizia a páginas tantas Eduardo Cabrita no texto com o título “Brisa dos dias “e o subtítulo “A nova caridade”:
“Degradação da oferta de transportes, com regresso aos tempos da sardinha em lata, mais crianças e idosos nos espaços já existentes de creches, escolas e lares, o que estimula o calor humano e a dieta.”
Não subestimando a “elegância” do autor em designar por “dieta” a mais negra fome, fazer humor com questões desta gravidade é repugnante!
Ainda por cima, sendo ele e o seu Partido os principais responsáveis pela situação a que chegámos.
É preciso um descaramento inaudito afirmar:
“Tudo isto é enfeitado com um discurso miserabilista sobre os pobres que, desde que tragam sempre consigo a declaração de IRS, terão acesso a umas migalhas nos transportes, na energia e talvez na alimentação…”
A questão central do Acordo da Troica, que o PS assinou “alegremente”, para trespassar a sua responsabilidade, vem á baila, merecendo deste deputado o acintoso remoque que termina numa camoniana alegoria:
“Os aprendizes de feiticeiro estão a brincar com o fogo e não terão nova oportunidade. É por isso imprudente a revisão do acordo da troika pela calada sem qualquer articulação com o PS ou explicação aos nativos da ocidental praia.”
Faltou somente o “lusitana” á ocidental praia, para percebermos a sua admiração por Camões no palavreado e do mágico Luís de Matos, na acção das feitiçarias, em que são mestres.
Pode também ser dor de cotovelo ou expressão de cornúpeta traição, serem tão marginalizados dos tachos que proporcionaram aos seus "Compagnons de Route", numa espécie de frentismo, quando em 1975 se atrelaram á carruagem do capitalismo, embora como agora começam a constatar… digamos…. “imprudentemente”.
A “BRISA DOS DIAS” está a transformar-se num tufão, que só irá passar quando o povo trabalhador deste país, puder transformar a caridade destes beatos políticos, na solidariedade que defende a dignidade humana e se justifica objectivamente, pela evolução do processo civilizacional.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

 BULDOG RADICAL!!!
Há coisas inacreditáveis !
Esta é uma delas! Um Bulldog radical, não lembrava ao Diabo.
Veja até ao fim, porque se vai surpreender cada vez mais, consoante o vídeo vai decorrendo.
Clique aqui para ver algo incrível!!!
E se vir em ecran inteiro a imagem é muito boa!
A NOBREZA HUMANA
Já tinha em tempos contado esta história.
Jugo que era uma outra versão em “power point”.
Publico esta apresentação por duas razões:
- Para quem já conheça a história, este exemplo de generosidade humana é de um valor tão extraordinário, que recordá-lo a quem dele já tenha conhecimento, é proporcionar mais uma vez um momento de rara felicidade.
- Para quem não a conheça, é uma janela de esperança e de crédito à capacidade humana de regenerar o seu egoísmo genético.


NESTE LINK

CARTA A TODOS OS LEITORES DO MEU BLOGUE

De há muito que me debato com imensos problemas de memória, que muito tem dificultado expressar correctamente o meu pensamento sobre as mais variadas matérias e particularmente sobre as situações político-económicas que enfrentamos actualmente.
Julgando, talvez presunçosamente, que era útil tornar público a minha compreensão sobre o mundo que nos rodeia, assumi uma responsabilidade moral de ir transmitindo através do Blogue, as minhas opiniões.
Essa responsabilidade, a ultima que politicamente assumi, pensando que alguma coisa tinha ainda para dar, tem-me criado muitas vezes ansiedades difíceis de ultrapassar.
As dificuldades intelectuais que vou sentindo, são cada vez mais graves, complicando imenso a minha capacidade de sintetizar de forma clara, a expressão do meu pensamento.
Por outro lado, dificuldades técnicas de vária natureza com o computador e em particular com as alterações do Blogger, têm-me criado imensos problemas, dentro do esquema que adoptei para o Blogue.
Com tudo isto a alternativa era desistir, não fora os problemas de consciência que tal decisão me levantava.
Então decidi continuar.
Quem me acompanha, terá de me desculpar algumas falhas na actualização do Blogue,  o excesso de materiais de outros autores a que irei recorrer, para manter viva a forma como encaro a actualidade política e sempre que possível, dar a minha opinião.
Os anos não perdoam!!!

No “Correio da Manha” de hoje, que é o único jornal que alimenta a cultura jornalística dos frequentadores de qualquer café da minha terra, veio um desconcertante artigo de opinião, que subscrevo no que o “ bodo aos ricos” diz respeito, proporcionado pelos sucessivos “desgovernos” que temos tido. 
Actualmente  a "conversa" da cobertura da troika, serve para camuflar as pseudo medidas de sacrifícios “igualmente” distribuídas por “todos”.   

FIO DO PRUMO
Bodo aos ricos

Por:Paulo Morais, Professor Universitário
O Estado português chegou à bancarrota porque sucessivos governos andaram a beneficiar amigos, esbanjaram o dinheiro dos nossos impostos e transformaram a política numa mega central de negócios. O exemplo mais vergonhoso da promiscuidade entre os grupos económicos e o poder político é constituído pelas tristemente célebres parcerias público-privadas (PPP). São disso exemplos alguns hospitais, redes de águas e saneamento, auto-estradas sem custo para o utilizador (Scut), a renovação de escolas através da empresa Parque Escolar ou até o Campus de Justiça, em Lisboa. Neste modelo de negócio (ou melhor, negociata), os riscos correm sempre por conta do Estado, mas os lucros são garantidos aos privados através de rendas pagas ao longo de décadas. As PPP constituíram um verdadeiro ‘bodo aos... ricos’ e hipotecaram de forma criminosa os impostos de várias gerações.
Não por acaso, muitos dos políticos dos diversos partidos, que promoveram as negociações em nome do Estado, integram agora os órgãos sociais dos concessionários reiteradamente beneficiados. Urge pois promover uma renegociação global destas parcerias.
Até porque este é um compromisso previsto no memorando de entendimento assinado com a troika que alguns tentam agora fazer esquecer ou até boicotam.
Para cada caso, deve comparar-se o valor consolidado de todas as rendas vencidas e vincendas com essoutro que resulte duma avaliação independente do real valor das infra-estruturas. A conclusão desta confrontação obrigará a que as rendas pagas aos concessionários sejam reduzidas para menos de metade. Não é admissível que se mantenham as garantias de rentabilidade dos valores escandalosos actualmente praticados, em regra superiores a 14%.
Com uma atitude determinada, o governo poderá mesmo obter uma poupança estimada em mais de dois mil milhões de euros por ano.
É este o tipo de cortes na despesa do Estado que se impõe, que afectem, de forma drástica, os beneficiários dessa verdadeira extorsão ao povo que são as PPP. Não é admissível que, na hora de poupar, sejam sacrificados os mais humildes, enquanto os grupos económicos que mais têm vivido da manjedoura do Estado parecem ficar impunes.