Mensagem

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sábado, 30 de abril de 2016


          CHERNOBYL
Fez no passado dia 26, 30 anos que se deu o desastre de Chernobyl.
Acompanhamos na altura com muita apreensão, as notícias que nos chegavam sobre a evolução da situação.
Ainda recordo as preocupações que nos causaram a deslocação das nuvens radioactivas que pairaram sobre Escandinávia e memorizámos alguns dos heroicos esforços levados a cabo pelos bombeiros, que foram severamente submetidos à radiação, em consequência da qual vieram a morrer poucos dias depois.
Tivemos também conhecimento da mobilização feita de forças do exército soviético para apoiarem as medidas de contenção da radioactividade, em consequência da qual morreram 4.000 desses soldados, bem como tiveram de abandonar a região, mais de 135.000 pessoas.
Pouco tempo depois, passada a “novidade”, já poucas noticias tínhamos sobre a explosão que destruíra aquela usina nuclear em Chernobyl e só alguma curiosidade mais específica, permitia saber que se tinha criado uma área de exclusão em torno da cidade e que o numero de vítimas mortais final, se poderia situar entre as 8 e as 10.000 pessoas.
Sabemos agora, que apesar dos esforços feitos, continuamos a viver sobre uma grave ameaça e independentemente dos biliões de dólares gastos para solucionar o problema, até hoje, ainda não foi encontrada uma solução segura e definitiva.
É como se um vulcão estivesse adormecido e a todo o momento possa entrar em erupção, lançando para a atmosfera novas nuvens de radioactividade.
Afinal, todos nós na Europa e não só, contrariamente ao que pensávamos, ainda corremos sérios riscos de podermos vir a ser afectados pelas radiações que continuam a desenvolver-se, nas ruinas daquele autêntico vulcão adormecido.
Surpreendente, foi também o facto de só agora termos conhecimento que todos aqueles heroicos pilotos dos helicópteros, que tiveram como missão lançar milhares e milhares de toneladas de cimento, sobre o reactor que tinha explodido, a fim de criar uma espécie de sarcófago que contivesse a radiação que não parava de libertar, tinham morrido, em consequência da enorme quantidade de  radiação, a que se sujeitaram.
E a avaliar pelas consequências que só agora são passiveis de ser conhecidas, elas foram e continuam a ser, muito maiores do que alguma vez tivéssemos imaginado.
Segundo noticiava o jornal Leninskoye Znamya:
Faleceram, devido às elevadas doses de radiação a que estiveram sujeitas, oitocentos mil homens dos que trabalharam na limpeza de Chernobyl
Dezenas de milhares de pessoas ainda irão morrer de câncer, causado pela radiação e haverá um aumento de doenças genéticas, de malformações congênitas, de abortos involuntários, e de bebês prematuros, nas gerações vindouras. Os diretores de fazendas informaram haver um índice crescente de defeitos congênitos entre os animais criados nas fazendas: “Bezerros sem cabeça, membros, costelas ou olhos; porcos com crânios anormais”. Informou-se que as medições das taxas de radiação apresentam-se 30 vezes maiores do que as normais na área. Crescem pinheiros incomumente grandes na área, bem como choupos com folhas de 18 cm de largura, cerca de 3 vezes seu tamanho normal.
Toda a minha necessidade de falar desta trágica memória, foi depoletada ao ler emocionado um texto que veio publicado no Blogue “Manifesto 74” , que recomendo vivamente, pois nele estão descritos importantes pormenores daquela trajédia que demonstra até que ponto o ser humano pode atingir niveis de sacrifício e entrega, que configuram uma das mais belas lições de solidariedade, que a História registará.
Ao mesmo tempo, não posso deixar de realçar os verdadeiros actos de heroísmos, que elevam o espirito de sacrifício e fraternidade do ser humano, a níveis tão gloriosos, que me leva a acreditar, que só seriam possíveis numa  sociedade socialista que tenha no horizonte o comunismo.
Só uma sociedade socialista de novo tipo, será capaz de produzir seres humanos tão generosos e fraternos, capazes de oferecerem voluntariamente a própria vida, ao serviço do bem comum.
É um pensamento talvez despropositado porque se torna revoltante, confessar a memória que me assaltou, quando por psicológica indução, reflecti sobre o se passaria em Portugal, se tivéssemos que enfrentar situação semelhante.
A diferença abissal entre aquela sociedade, ainda que imperfeita porque iniciática, baseada no Marxismo-Leninismo mas sujeita a errar porque original e governada por homens e o que se passa entre nós, dita civilização ocidental, que se orienta por objectivos exclusivamente apoiados na exploração do próximo, cultores de valores e  objectivos que potenciam o consumismo, não poderia ter outro resultado que não fosse uma sociedade alienada, egoista, individualista e insensível ao sofrimento humano.
Particularmente em Portugal, onde a caridade  é o sucedâneo da solidariedade, o nível da nossa generosidade é ciclicamente demonstrado pela “caritativa” e “salazarenta” directora, do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet , dirigindo o trabalho de milhares de ingénuos voluntários, que aumentam substancialmente as receitas dos hipermercados, propondo aos fregueses que aí vão fazer as suas compras, encher os sacos de plástico que “pressurosamente” lhes oferecem para que as Isabeis Jonés deste mundo, possam continuar a ensinar os “seus” pobrezinhos "reaprender a viver mais pobres" e " a empobrecer porque vivem acima das suas possibilidades".
Bem sei que o caso dessa senhora, é também um problema do foro psicológico, mas como em tantos outros casos, os vestígios da herança Salazar são ainda muito visíveis, sobretudo no anticomunismo, latente nos meios de comunicação social.
Quantas vezes já deram como morto o Partido Comunista Português?
Quantas vezes bazofiaram dando como finados, os prosélitos do comunismo?
Quantas vezes já deram como ultrapassada as teses Marxistas-Leninistas?
Quantas oportunidades bazofiaram, para dar como ultrapassado ou finado o comunismo.
No entanto os comunistas cá continuam, seguros dos seus ideais, não olhando a sacrifícios, prosseguindo pertinazmente a sua luta por uma sociedade mais justa, mais fraterna e sobretudo mais humana e solidária, com a certeza que será sua a vitória final.
Nessa luta todos os golpes, mentiras, artifícios, astúcias, subterfúgios e hipocrisias têm sido utilizados.
É dentro desta realidade, deste combate sem tréguas, que vou citar o caso do General Eanes, homem que consideramos honesto, mas certamente incapaz de se libertar da sua costela anticomunista, pese embora o notório esforço que faz para parecer isento e imparcial nas suas avaliações políticas.
Sou capaz também de estar a ser ingénuo, mas acredito que faz um esforço titânico para transformar a ficção da sua opinião, num acto de lógica honestidade.
O General Eanes foi ontem entrevistado por Maria da Flor Pedroso, na Antena 1(pode ver AQUI aos 31.04)
Ao interrogar o general General Eanes, na parte final da entrevista. Flor Pedroso procurou saber a sua opinião, sobre a recusa do Partido Comunista Português em não sufragar o programa de Estabilidade do Governo.
Vindo de quem vem, e não fora a gravidade da afirmação, seria hilariante esta sua tentativa de passar por sensatamente imparcial, ou pelo menos honestamente isento.
Respondia assim o General Eanes:
Presto homenagem à coragem de Jerónimo de Sousa, é evidente que ele não pode de repente cortar com o passado” pois ”ele tem de garantir a unidade, transformando a continuidade”.
Quere-se dizer, nós os comunistas portugueses, elegemos um verdadeiro “Jerónimo Marcelo Caetano de Sousa” como secretário-geral do Partido e não sabíamos!
Lá que ele vá “garantir” a Marcelar “continuidade” ainda é como o outro.
Já temos o afilhado de Marcelo Caetano, como presidente, não será preciso partir a perna à cadeira, para cortar com o passado.
Agora exigir isso do nosso Jerónimo de Sousa, do nosso querido esforçado e fiel secretário-geral?
Oh Senhor general, então isso faz-se?
Já pensou que são quási 100 anos de luta na defesa dos trabalhadores?
á viu quanto sofrimento, quantas centenas de anos de prisão tiveram os seus militantes?
Já viu quantos militantes morreram, só porque defendiam a classe dos reformados, dos pensionistas, dos desempregados, dos explorados deste país?
Já imaginou aquelas as sessões de tortura do sono, que quando os torturados já viam baratas e ratos a saírem dos nós das tábuas do soalho, é que consideravam atingidas as condições ideais para os fazer confessar o inconfessável.
Já considerou a força interior que necessita ter cada um dos comunistas espancados para manter um silêncio sepulcral, para não atraiçoar os seus camaradas?
Já pensou por um pequeno momento que fosse, o que passaram aqueles desgraçados que foram desterrados para o Tarrafal, só porque queriam um mundo melhor, mais justo, mais livre?

HÁ COISAS QUE NÃO SE DIZEM …SENHOR GENERAL!!!

 

segunda-feira, 25 de abril de 2016


             25 DE ABRIL
Assinalo este esplendoroso dia, recordando uma mulher, Celeste Caeiro, que ao oferecer a um grupo de soldados revolucionários, o ramo de cravos vermelhos que transportava, destinados a comemorar um aniversário, deu aso a que esse seu bonito gesto, se traduzisse na simbologia duma gloriosa revolução, a “REVOLUÇÃO DOS CRAVOS” como ficará conhecida, até ao fim da História.
Com esse gesto, os cravos com que os soldados enfeitaram as suas espingardas, passaram a traduzir o sentimento popular que a partir dali aquelas armas, passariam a ser uma espécie de floreiras que enfeitaria o maravilhoso projecto de vida, que nascia nesse glorioso dia de 25 de Abril de 1974.


domingo, 24 de abril de 2016


        AS SUBTILEZAS DA
GENEROSIDADE DO VATICANO
Como já tenho confessado, adormeço com os fones nos ouvidos, não só para ouvir música muito, muito baixinho, mas sobretudo para de manhã, no remanso dos lençóis, ouvir o programa da Antena 1, que é sempre muito bom, muito informativo e normalmente muito isento.
Acontece que aos domingos a história é outra e quando dou por mim, estou a ouvir o padre João Valente da paróquia de S. João de Deus em Lisboa, a rezar missa.
ou um ateu empedernido, mas isso agora não vem para o caso.
Estava eu a dizer que quando dei por mim, a missa já estava na homilia e continuei a ouvir o padre Valente, porque estava a retratar dramaticamente a tragédia por que estão a passar milhares e milhares de crianças e idosos, assinalando a determinada altura que o peditório daquele dia reverteria totalmente, para auxilio daquelas vítimas.
Apelava a uma redobrada generosidade dos seus paroquianos, excepcionalmente naquele domingo, na linha de uma campanha lançada pelo Papa Francisco, em todas as paróquias da Europa a favor dos refugiados de guerra.
Depois do espetáculo que foi a sua ida a Lesbos e nomeadamente a Moria, onde os jornais  assinalaram que se encontrava, gente  da Síria, Afeganistão, Irão, e “Todos” queriam dizer ao Papa Francisco de onde vieram” e o Papa ter declarado que a visita era “estritamente humanitária e ecuménica, não política”, e em “solidariedade” com os refugiados, acrescentando: "Vim aqui simplesmente para estar convosco e ouvir as vossas histórias, para exigir ao mundo que preste atenção a esta grave crise humanitária e implorar que seja resolvida", "Somos todos migrantes", e apelava a "uma resposta digna" do mundo à dimensão e tragédia que era esta crise dos refugiados.
Tocou-me o Papa Francisco, ter humildemente almoçado com oito refugiados num contentor, igual aos que servem de dormitório.
Lembrava-me ainda que o “Expresso” tinha referido que o Papa, na sua visita sábado passado a Lesbos, “teria comunicado que queria levar para o Vaticano refugiados que se encontram na ilha”.
Quando soube que tinham sido só 12 os refugiados, incluindo seis crianças, que iriam ficar à responsabilidade da comunidade de Santo Egídio, pensei que era uma medida importante, e levá-los imediatamente consigo no avião, podia simbolizar a urgência de uma solução para aquele drama.
Logo se seguiriam muitos milhares de outros, de acordo com as capacidades do Vaticano, até porque como dizia o mesmo jornal:
Ainda no avião, o líder da Igreja Católica, dirigindo-se aos jornalistas, descrevera a viagem como “um pouco diferente das outras - uma viagem marcada pela tristeza, uma viagem triste”. “Vamos testemunhar o pior desastre humanitário desde a Segunda Guerra Mundial. Vamos ver tantas pessoas que estão a sofrer, que estão a fugir e não sabem para onde. Também vamos a um cemitério, o mar. Tantas pessoas que nunca chegaram”.
Por tudo isto, quando ainda perpassa na minha memória, aquela criança morta, de bruços à beira d'água, depois de naufragar o barco em que viajava e que comoveu justamente todo o mundo. Quando não me sai da cabeça aqueles milhares de vítimas que nos mares da Grécia tem soçobrado ao fugirem dos horrores da guerra., qual não foi o meu espanto, quando percebi, que o apelo à extrema generosidade do paroquianos de S.João de Brito, feito pelo valente padre João, não era dirigido aos refugiados a que se referiam todas aquelas piedosas reflexões do Papa Francisco.
Afinal aquela dramática invocação à particular generosidade dos paroquianos de S.João de Brito e por arrasto a todos os católicos europeus, não é feita em nome das vítimas da dos cobardes assassinos degoladores do chamado DAESH, ISIS ou o raio que os parta, ou de todo aquele médio oriente, que a gulosa elite governativa do Estados Unidos, resolveu incendiar, para manter a sua estabilidade financeira, mas pasmem-se, era para os refugiados da Ucrânia.
Não está no nosso pensamento diminuir a tragédia que atingiu os Ucranianos, mas seria oportuno lembrar ao Papa Francisco, que se falar com a senhora Victória Nulan, secretária de estado norte-americana, talvez ela não se importe de repetir o pedido de 5 biliões de dólares que fez aos empresários americanos para subverter o governo da Ucrânia e desta vez aplica-los não para criar um inferna na terra, mas para ganhar o "céu", "quando for desta para a melhor".
É uma quantia imensa, que certamente dará para resolver a vida de todos aqueles refugiados e ainda podia contar como gorjeta o meu “Muito obrigado”.
Se não chegar o vídeo que se segue, onde a referida senhora agradece o donativo, pode melhorar a dose, vendo os vídeos do YouTube que estão à direita deste.


sexta-feira, 22 de abril de 2016


MATÉRIA-PRIMA PARA UM SINDICATO DE BANDIDOS
Devido a uma grave avaria no meu computador, só hoje posso abordar a questão da destituição de Dilma Rousseff, que constituiu para mim um facto de extrema relevância.
Tenho de confessar que me dei ao trabalho de assistir aquela degradante manifestação politica na Camara de Deputados do Brasil, até para lá das 3h da manhã, não por masoquismo, mas para ter a certeza que de que não estaria a exagerar quando afirmasse que tinha assistido à sessão política mais infame e aviltante, que me fora dado presenciar, em toda a minha vida.

Julgo que se alguma vez me tivesse dedicado a fantasiar, qual o máximo de indignidade a que o debate político pode chegar, creio não ter imaginação e criatividade suficientes, para imaginar algo parecido com o que se passou naquela sessão da Camara de Deputados do Brasil.
Ouvir aquela turba de vendilhões do templo, evocar os deuses mais variados, 65 vezes e os elementos das suas famílias pelo menos 136 vezes, segundo alguém que teve a paciência de contabilizar estes grotescos elementos estatísticos, é um exercício doloroso, da minha integridade mental. 
Chefiados pelo seu presidente Eduardo Cunha, uma versão moderna do senador romano Catilina, também esse, naquele tempo, conspirador compulsivo em derrubar o governo da republica, com uma vida igualmente cheia de crimes e vícios, apetece-me dizer como Cícero na oratória das suas “Catilinárias” “, adaptando-as à nossa realidade até quando, os Catilina e companhia, quer no Brasil, quer em Portugal, quer pelo mundo fora, abusarão da nossa paciência? Por quanto tempo as suas loucuras hão-de zombar de nós?”
É certo que vivemos tempos estranhos. Tempos em que os valores que deviam consolidar uma sociedade na via na democracia, da liberdade, teriam na justiça social o seu mais nobre objectivo, como elemento estruturante da evolução do ser humano.
As classes dominantes, apoiando-se e apropriando-se em proveito próprio, da tremenda evolução que o desenvolvimento das várias ciências está proporcionando, nomeadamente no campo dos automatismos, da informática, na transformação genética de elementos naturais, cria distorções na harmonia da evolução natural.
O sistema Capitalista, apropriando-se dos meios de produção, proporciona todo este compadrio em que andamos a chafurdar e o espetáculo miserável a que assistimos, na tentativa de abater Dilma Roussef, eleita há bem pouco tempo presidente da República, por 54 milhões de brasileiros, não passa de um resultado sinistro, do poder do dinheiro.
Não é pelo menos trágico, assistimos a um canalha, como o deputado Jair Bolsonaro, que politicamente foi eleito pelo povo, traindo essa delegação, aproveitar esse voto para elogiar um coronel torturador de Dilma Rousseff, que levou o requinte do seu sadismo, ao ponto de torturar igualmente o seu marido à sua frente???
Não é sórdido, uma deputada gritar histericamente “Sim, sim, sim” evocando a exemplaridade da honestidade da gestão do seu marido, Ruy Muniz, perfeito de Montes Claros em Minas Gerais e este ser preso no dia seguinte pela Polícia Federal, acusado desmandos e corrupção, com 30 anos de prisão à vista???
Não é infame, que Eduardo Cunha, presidente da Camara de Deputados, acusado pelo deputado Glauber Cunha de “gangster”, referindo que a cadeira dele cheirava a enxofre, seja o mentor desse “impeachement”, quando ele próprio, é acusado de ter contas na Suíça e para já, na Operação Lava Jacto, constar ter sido subornado com 5 milhões de dólares???
Não é moralmente obsceno, que numa Camara de 594 deputados, 352 estejam a contas com a justiça, enfrentando acusações criminais do mais variado tipo???
Não é ridículo que o celebre “Tiririca”, o terceiro deputado mais votado em toda a história do Brasil, com 1,35 milhões de votos, que fez história com a consigna "Vota Tiririca. Pior do que já está, não fica", que durante 5 anos de exercício do seu mandato proferiu apenas sete palavras, o que dá uma média de uma palavra e um sétimo por ano, esgotou toda a vivacidade da sua verve de um ano, para dizer “sim” ao “impeachement” da presidente???
Não é degradante que um deputado, no caso Jean Wyllys, sinta necessidade de cuspir noutro deputado, como remate da sua indignação, porque esgotou os impropérios para classificar o comportamento desse Bolsonaro fascista, disfarçado de deputado, que tem como colega???
E tudo isto passou pelos meus olhos, naquela inesquecível noite de bruxas e terror.
Pensei colocar alguns vídeos que testemunhassem as afirmações que faço neste texto, mas porque as redes sociais o têm feito abundantemente, e há um Blogue designado “CONGRESSO EM FOCO (JORNALISMO PARA MUDAR)”, que pode ver AQUI, que contem uma informação abundante e minuciosa sobre todo o processo do “impeachement”.
Limito-me a terminar com um vídeo, que hoje mesmo chegou ao meu conhecimento, de uma estação norte-americana, a CNN, legendado em português, onde é feita uma entrevista ao jornalista Glenn Greenwald, do “The Guardian”, que foi um dos jornalistas que denunciou os documentos da NSA fornecidos por Edward Snowden, o que lhe proporcionou o Prémio Pulitzer do jornalismo e cuja analise e imparcialidade é historicamente importante.

Para quem não tenha assistido e se revista da santa paciência a que tive de me socorrer para ouvir até ao fim tamanho desaforo, aqui fica para memória futura a recordação daquela farsada, organizada pela direita brasileira, para evitar que grande parte dos actores vá parar à prisão.
Pobre Brasil, que tais filhos pariu!!!

 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

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sábado, 9 de abril de 2016


                  UMA LIÇÃO SOBRE
            DIALÉTICA DA NATUREZA
Se outra vantagem não tiver o escândalo dos “Panamá Papers”, tem pelo menos a virtude de generalizar ainda mais, o sentimento de revolta contra as elites globais que escondem as suas fortunas, para escapar ao fisco, branquear capitais, pagar comissões ilegais, financiar terrorismo, pagar todo o tipo de “luvas” no mundo da corrupção, aproveitando a legalidade dos alçapões do sistema financeiro internacional contem.
Clara Ferreira Alves diz hoje na revista do Expresso, que daqui a uns dias já ninguém quererá saber, patati, patatá, etc. e tal.
Pela dimensão do escândalo, tenho fundamentadas expectativas que tal afirmação seja coisa de uma “Pluma caprichosa”, cujos devaneios jornalísticos, às vezes muito aprecio.
No entanto como gato escaldado tal e coisa e o meu primeiro impulso quando rebentou esta bronca foi exagerado, à cautela, prudentemente, vou-me preparando para pôr as barbas de molho, socorrendo-me das esperanças frustradas em 2008, na sequência do “Subprime”.
Há na raiz da minha potencial ingenuidade inicial, uma substância de caracter científico que rege todas as minhas espectativas e dá força à minha esperança.
Acredito piamente em Engels e Marx e no sentido cosmológico da “Dialética da Natureza”.
A dimensão generalizada da indignação que pressinto, até para meu espanto espelhada na comunicação social, justificam justeza do meu otimismo e sendo a percepção que tais sentimentos são generalizados no conjunto da sociedade, torna lógico considerar abusivo, acreditar que qualquer “Clara Caprichosa” possa ter razão.
Parece-me impossível admitir que este gigantesco escândalo seja esquecido tão rapidamente como ela profetiza, independentemente de ser obrigado a ter em conta a nossa Caixa Geral dos Depósitos que tem nas ilhas Caimão, a CGD Cayman e uma sucursal igualmente nas Bahamas. Podemos acrescentar que praticamente o mesmo se passa com o Banco Comercial Português, Millenniun, BPI, Novo Banco, que em maior ou menor grau, mantem sucursais em paraísos fiscais.
Também a propósito, ontem, Francisco Louçã no programa “Tabu” da SicNoticias, relembrava um livro que já tínhamos lido há bastante tempo sobre a “Zona Franca da Madeira”, de autoria de João pedro Martins, intitulado “Suite 605”, que descrevia um escritório de 100 metros quadrados, do edifício Marina Fórum, no centro do Funchal, onde funcionavam cerca de 1.000 empresas e onde ironicamente recordava, para acentuar a inexistência de capacidade de produzir postos de trabalho, que cada uma dessas empresas tinha direito 10cm quadrados.
De facto, aquele escritório mais não é que uma caixa de correio, à semelhança do que se passa na generalidade dos restantes paraísos fiscais.
Se é esta realidade que leva Clara Ferreira Alves a pressupor que dentro de dias já não se fala do assunto, esquece-se que é a natureza elitista dos protagonistas, muitos deles responsáveis pelas dificuldades que estamos a viver, que infernizam a vida dos cidadãos.
Termino, para quem não teve o privilégio de ver, com  vídeo do programa “Expresso da Meia Noite” que a SicNoticias apresentou ontem.
Este programa teve no seu painel Micael Pereira, um dos jornalistas envolvidos na investigação, Elisa ferreira eurodeputada europeia do PS, que esclareceu as medidas que o parlamento europeu está a tomar para moralizar a situação, Nuno Sampayo Ribeiro, fiscalista que foi extremamente pedagógico, condenou os argumentos que moralizam os movimentos de capitais, defendeu a importância de uma fiscalidade progressiva e condenou muitas das realidades negras dos offshores.
Manuel Lopes da Costa, professor do ISCTE, foi a sinistra personagem que tentou defender os offshores, como uma “ferramenta” útil e que serve de resposta justa ao exagero como as pessoas são fustigadas pelos impostos.
Os seus argumentos eram tão irracionais que Ricardo Costa, contra o que é habitual, transformou o seu papel de moderador em contestador da argumentação. Aquele inescrupuloso professor, chegou ao ridículo de considerar o offshore da Madeira, como responsável de não haver desemprego naquela ilha.
Julgo que bastaria este argumento, tendo em consideração o que acima esclarecemos sobre a forma como funciona aquele offshore, para demonstrar a desonestidade intelectual daquele espertalhufo.
Resumindo, ao assentar a sua tese no anedótico argumento que os offshores servem essencialmente de “ferramenta” para atrair capitais que fogem aos impostos, porque pessoas devem ter segundo ele, a “elasticidade” de poderem pagar o menos possível sobre os lucros, ou seja entre 1 e 6% no máximo.
Ouvi-lo só por si, dá para perceber a imoralidade que preside aquelas instituições e o nível do perigo a que a sociedade está sujeita, se rapidamente não encontrar solução para a questão dos paraísos fiscais.


quinta-feira, 7 de abril de 2016


AINDA OS “PANAMÁ PAPERS”
SOU A PERSONIFICAÇÃO DA INGENUIDADE

Digo isto com toda a sinceridade, porque quando chegou ao meu conhecimento o vazamento dos chamados “Panamá papers”, fiquei convencido que dada a dimensão do escândalo, seria impossível manter-se a impunidade dos paraísos fiscais.
Já o mesmo tinha pensado quando rebentou o escândalo do “Subprime” em 2008, quando algumas vozes da elite financeira disseram que uma das soluções necessárias, era acabar com os offshores.
Santa ingenuidade!!!
Hoje acordei desse “sonho” com alguns textos enviados por um querido amigo, que sabe mais destas coisas com os olhos fechados, que eu com os dois abertos e esbugalhados.
Depois desta confissão, não sei quantas voltas terei de dar à igreja para me penitenciar, mas uma coisa é certa, as “coisas” estão a correr com uma velocidade tal que tenho esperança de ainda em vida, irei acertar com a noticia do fim dos “offshores”.
Se pelo que anteriormente escrevi, pela esperança que julguei nascer quando rebentou o escândalo dos chamados “panamá papers”, fiz alguém conjecturar como eu, que tinha começado o descalabro dos offshores, peço humildemente desculpa.
Uma coisa é certa. Os paraísos fiscais têm de acabar e a “malta” com estas e outras, vai aprendendo e um dia quando menos se precatarem, estes espertalhufos que andam a enganar toda a gente, vão levar pela medida grossa.
É fatal….é dialético!!!
Deixo a seguir alguns endereços uteis para fundamentar o meu acto de contrição.
Ele é tanto mais grave quanto as entidades responsáveis pelo vazamento nomeadamente o  "Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos",sabêmo-lo agora, é um organismo totalmente financiado e gerido pelo Centro Americano para a Integridade Pública. Entre os seus “insuspeitos” e principais  financiadores temos a Fundação Ford, a Fundação Carnegie, a Fundação da família Rockefeller, a Fundação WK Kellogg e a  Fundação para a Open Society (Soros).Olhem só quem ele é!!!
Pode-se  ler num dos textos cujo link colocamos a seguir:

“O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) faz parte do projecto de relatório sobre o crime organizado e a corrupção (OCCRP), que é financiado pelo governo dos EUA através da USAID. consulte: http: //www.legrandsoir.info/les-panamapapers-sont-un-moyen-de-chantage ...
Apetecia-me dizer: Está tudo dito, porque quanto à credibilidade dos padrinhos do vazamento, nada mais há a dizer ….de facto!!!
Vamos então aos links:
http://www.legrandsoir.info/panamapapers-le-journalisme-d-investigation-du-ctrl-f.html

Termino com um texto de um jornalista  português, Pedro Tadeu, publicado  no Diário de Notícias que curiosamente termina com um desafio ao Presidente da Republica, tendo como “leit motif” a cor da sua gravata.

Não me faltava mais nada. Eu que passei a vida a perscrutar o rigor do nó de gravata de Cavaco Silva, sem que jamais tivesse a possibilidade de descortinar a mais pequena ruga ou irregularidade no absolutamente impecável trapézio do nó de gravata, chegando a obcecadamente  desafiar os leitores do meu Blogue      oferecendo 100 euros a quem me apresentasse uma fotografia do cavacal ex-(felizmente) Presidente da Republica, sou desafiado agora por este jornalista, que tem uma obsessão de “novo tipo” (influência Leninista?) contabilizando por 172 vezes a gravata azul que o Presidente Marcelo usou uma gravata azul, conforme se pode ler no artigo que vem na mesma página (à esquerda) do texto que acima referimos.

Ele é um “macaquinho de imitação ….de “novo tipo”!!!

segunda-feira, 4 de abril de 2016

          PANAMÁ PAPER
    A NOTÍCIA DO SÉCULO
Acabo de ter conhecimento deste escandalo, que será certamente se irá revelar como um dos maiores de sempre.
Chamo no entanto a vossa atenção para o facto que embora numa leitura muito rápida em documentos que mais adiante vos dou a conhecer, chego à conclusão que associar pessoalmente Putin a este escandalo é altamente suspeito.
1º Porque há muitas noticias que afirmam não constar o seu nome na lista dos envolvidos, mas sim de amigos seus.
2º Há notícias que relacionam  as verbas fabulosas atribuidas da elementos russos, com as sanções levadas a cabo contra a Rússia, o que permite admitir que tal é um artificio para pagamentos internacionais, sem recurso às instituições afectadas pela medidas restritivas.
No entanto para nós o que conta é o escandalo que constitue a existência de “Offshores” .
Se tivermos em conta que esta é somente a 4ª em escala de grandeza, nesse mundo ligado à de fuga de capitais e que tinha controle sobre mais de 300.000 empresas, imagine-se o que vai pela 3 maiores, para não falar das mais pequenas.
Pode ser que o mundo agora abra os olhos e acabe com este cancro da economi, que só permite a degradação das relações sociais da humanidade.
Quanto ao destaque que genéricamente dão a Putin, não é por acaso e repare-se que certamente por obra e graça do divino “espirito santo” que tanto Ricardo envolve, não há nenhum norte-americano conhecido.
É evidente que em relação a Putin, embora se sirvam da sua imagem, insunuam que ele está pessoalmente envolvido, mas jamais concretizam a acusação, limitando-se a esclarecer que são seus amigos intimos que enriquecem à sua custa e que sem o seu apoio jamais tal seria possível.
Vamos ver o que se segue, mas uma coisa é certa, se não for agora que se despolete um movimento internacional contra os “offshores”, é a sentença de morte para as democracias, tal como as concebemos sugeitas ao voto popular, à liberdade de escolha e à capacidade reinvidicativa dos explorados.  

Investigação mundial PanamaPapers mostra como funcionam as empresas em paraísos fiscais.AQUI
A este título segue-se esta afirmação:
RedeTV! participou de projeto que revela 107 offshores ligadas à personagens da Lava Jato. Um programa especial traz os detalhes, com exclusividade na TV brasileira

Investigando rapidamente o que sobre a matéria se diz na imprensa internacional se está a passar, dada a importância absoluta da notícia deparamos com este informativo AQUI
CALCULA-SE QUE HÁ 23.000.000.000.000 US $ EM PARAISOS FISCAIS