Mensagem

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domingo, 24 de abril de 2016


        AS SUBTILEZAS DA
GENEROSIDADE DO VATICANO
Como já tenho confessado, adormeço com os fones nos ouvidos, não só para ouvir música muito, muito baixinho, mas sobretudo para de manhã, no remanso dos lençóis, ouvir o programa da Antena 1, que é sempre muito bom, muito informativo e normalmente muito isento.
Acontece que aos domingos a história é outra e quando dou por mim, estou a ouvir o padre João Valente da paróquia de S. João de Deus em Lisboa, a rezar missa.
ou um ateu empedernido, mas isso agora não vem para o caso.
Estava eu a dizer que quando dei por mim, a missa já estava na homilia e continuei a ouvir o padre Valente, porque estava a retratar dramaticamente a tragédia por que estão a passar milhares e milhares de crianças e idosos, assinalando a determinada altura que o peditório daquele dia reverteria totalmente, para auxilio daquelas vítimas.
Apelava a uma redobrada generosidade dos seus paroquianos, excepcionalmente naquele domingo, na linha de uma campanha lançada pelo Papa Francisco, em todas as paróquias da Europa a favor dos refugiados de guerra.
Depois do espetáculo que foi a sua ida a Lesbos e nomeadamente a Moria, onde os jornais  assinalaram que se encontrava, gente  da Síria, Afeganistão, Irão, e “Todos” queriam dizer ao Papa Francisco de onde vieram” e o Papa ter declarado que a visita era “estritamente humanitária e ecuménica, não política”, e em “solidariedade” com os refugiados, acrescentando: "Vim aqui simplesmente para estar convosco e ouvir as vossas histórias, para exigir ao mundo que preste atenção a esta grave crise humanitária e implorar que seja resolvida", "Somos todos migrantes", e apelava a "uma resposta digna" do mundo à dimensão e tragédia que era esta crise dos refugiados.
Tocou-me o Papa Francisco, ter humildemente almoçado com oito refugiados num contentor, igual aos que servem de dormitório.
Lembrava-me ainda que o “Expresso” tinha referido que o Papa, na sua visita sábado passado a Lesbos, “teria comunicado que queria levar para o Vaticano refugiados que se encontram na ilha”.
Quando soube que tinham sido só 12 os refugiados, incluindo seis crianças, que iriam ficar à responsabilidade da comunidade de Santo Egídio, pensei que era uma medida importante, e levá-los imediatamente consigo no avião, podia simbolizar a urgência de uma solução para aquele drama.
Logo se seguiriam muitos milhares de outros, de acordo com as capacidades do Vaticano, até porque como dizia o mesmo jornal:
Ainda no avião, o líder da Igreja Católica, dirigindo-se aos jornalistas, descrevera a viagem como “um pouco diferente das outras - uma viagem marcada pela tristeza, uma viagem triste”. “Vamos testemunhar o pior desastre humanitário desde a Segunda Guerra Mundial. Vamos ver tantas pessoas que estão a sofrer, que estão a fugir e não sabem para onde. Também vamos a um cemitério, o mar. Tantas pessoas que nunca chegaram”.
Por tudo isto, quando ainda perpassa na minha memória, aquela criança morta, de bruços à beira d'água, depois de naufragar o barco em que viajava e que comoveu justamente todo o mundo. Quando não me sai da cabeça aqueles milhares de vítimas que nos mares da Grécia tem soçobrado ao fugirem dos horrores da guerra., qual não foi o meu espanto, quando percebi, que o apelo à extrema generosidade do paroquianos de S.João de Brito, feito pelo valente padre João, não era dirigido aos refugiados a que se referiam todas aquelas piedosas reflexões do Papa Francisco.
Afinal aquela dramática invocação à particular generosidade dos paroquianos de S.João de Brito e por arrasto a todos os católicos europeus, não é feita em nome das vítimas da dos cobardes assassinos degoladores do chamado DAESH, ISIS ou o raio que os parta, ou de todo aquele médio oriente, que a gulosa elite governativa do Estados Unidos, resolveu incendiar, para manter a sua estabilidade financeira, mas pasmem-se, era para os refugiados da Ucrânia.
Não está no nosso pensamento diminuir a tragédia que atingiu os Ucranianos, mas seria oportuno lembrar ao Papa Francisco, que se falar com a senhora Victória Nulan, secretária de estado norte-americana, talvez ela não se importe de repetir o pedido de 5 biliões de dólares que fez aos empresários americanos para subverter o governo da Ucrânia e desta vez aplica-los não para criar um inferna na terra, mas para ganhar o "céu", "quando for desta para a melhor".
É uma quantia imensa, que certamente dará para resolver a vida de todos aqueles refugiados e ainda podia contar como gorjeta o meu “Muito obrigado”.
Se não chegar o vídeo que se segue, onde a referida senhora agradece o donativo, pode melhorar a dose, vendo os vídeos do YouTube que estão à direita deste.


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