Mensagem

Mensagem

domingo, 31 de agosto de 2014

AO QUE CHEGOU A INGLATERRA


                INGLATERRA,             
     NAÇÃO PÁRIA E IMORAL?    

No que diz respeito à política internacional, sempre nos causou estranheza o seguidismo da Grã-Bretanha aos interesses específicos dos Estados unidos, sobretudo os belicosos.
A natureza desta confidência, é fruto de uma notícia que li na imprensa internacional, dando à estampa o facto do ex-embaixador britânico no Uzbequistão Craig Murray ter dito: 
“O Governo britânico está profundamente, profundamente imoral. Eles não se importam quantas pessoas matam, quando vão contra um país. Qualquer um que vota “Não” [no sufrágio a independência da Escócia] está votando para apoiar um estado patológico que é um perigo no mundo, um Estado pária e um estado preparado para ir à guerra, para fazer algumas pessoas ricas”. 
Resta-nos acrescentar que estas afirmações foram feitas numa sessão de esclarecimento sobre o histórico referendo de independência da Escócia, que terá lugar no próximo dia18 de setembro e poderá determinar a independência da Escócia.
As dúvidas que nos são suscitadas pelo facto de considerarmos remotas a possibilidade dessa independência se tornar uma realidade, (pelo menos agora) fundamentam-se nos mesmos argumentos que são expressos pelo ex-embaixador Craig Murray, quando sintetiza a filosofia belicista do capitalismo ao afirmar:” um estado preparado para ir à guerra, para fazer algumas pessoas ricas”. 
São de facto os ricos e os capitalistas que beneficiam exclusivamente com as guerras, porque são elas de uma forma geral as donas das fábricas de armamento e conexos.
A manipulação de consciências a cargo dos meios de comunicação social, que salvo raras excepções são igualmente de sua propriedade ou do seu controle, também favorecem esse desiderato.
Quanto à mobilização voluntária para essa missões, o poder do dinheiro é a trava mestra, como sobejamente é provado no Iraque, Líbia, Ucrânia, etc.,etc.,etc.
Ainda ontem tivemos ocasião de ver um filme, onde uma moça de 17 anos, órfã de pai e mãe, com dois irmãos a cargo e com problemas económicos de tal dimensão, que estava na eminência de perder a casa onde viviam, se vê na necessidade de procurar alistar-se no exército, para obter os 40.000 dólares que recebia por assinar um contrato por 5 anos. Só não o fez porque tendo 17 anos, precisava da presença do pai para garantir a autorização.
Bem me lembro do quanto impressionado fiquei há muitos anos, ao saber de um meu familiar que tinha feito o doutoramento nos Estados Unidos e tinha ficado a trabalhar por lá, fora convidado para integrar o exército através de prospectos onde o aliciavam para as belezas dos lugares que iria ter ocasião de visitar, os confortos e privilégios que lhe proporcionavam (dada a elevada categoria profissional que ele tinha).
Terminava a elogiosa mensagem às excitantes regalias que poderia dispor, com o seguinte apelo: Se por acaso não estiver interessado e tenha algum colega que queira aproveitar esta excelente oportunidade, informe-nos por favor 
É evidente que isto se passa nos Estados Unidos e o problema que abordamos, diz respeito à Inglaterra, mas é exactamente o facto de sentir a subserviência que a Inglaterra sempre mostrou em relação aos Estados Unidos nessa como noutras matérias, que não podemos deixar de aliar as declarações do ex-embaixador inglês, à filosofia belicista de ambas as classes dominantes destes países, irmãos gémeos na ambição de dominar o mundo. 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014


        NEM DE PROPÓSITO!!!     

Acabo de ler um livro “Os Burgueses”, com uma autoria colectiva de Francisco Louçã, João Teixeira Lopes e Jorge Costa.
Nesta importantíssima obra, levam a cabo um extraordinário e exaustivo estudo sobre o descalabro da evolução económica e seus responsáveis.
Desde os 776 ministros, passando pelos administradores e gestores das principais empresas, aos governantes de todos os escalões, em conluio com banqueiros e capitalistas, que passo a passo, fizeram a contrarrevolução e destruíram o sonho nascido na madrugada do dia 25 de Abril.
Pessoalmente, consideramos este estudo de uma enorme utilidade, quanto mais não seja, por chamar os bois pelos nomes.
Não podemos deixar de lembrar aqui, que em relação à Revolução de Abril está no fundamental e circunstanciadamente descrita, em documentos da época.
No entanto, onde se pode avaliar a verdadeira importância de Mário Soares e das suas traiçoeiras manobras contra revolucionárias, premonitórias da tragédia que é hoje a vida da maioria esmagadora dos portugueses, é no livro do saudoso Alvaro Cunhal, “A Verdade e a Mentira na Revolução de Abril (a contrarrevolução confessa-se) onde à parte a minúcia do detalhe, se resume e denuncia profeticamente, o verdadeiro responsável pelo descalabro deste pobre país, que foi Mário Soares.
Acreditamos que a muitos possa parecer exagero tal afirmação, mas tendo em conta as próprias declarações de Mário Soares (há bem pouco tempo), de que tinha começado a conspirar contra o 25 de Abril, três meses após ele se ter dado, não podemos deixar de deduzir e atribuir essa paternidade.
De resto, só rodeando-se de uma canalha contrarrevolucionária e disposta a recompor os privilégios que a grande maioria tinha perdido, bem como chamando a si todos os oportunista que com melhores ou piores intenções, viram nele a expectativa  de poderem enriquecer, é que tornou possível Mário Soares arregimentar não só os que protagonizaram o 25 de Novembro, como todos os outros que se lhe seguiram.
O próprio Cavaco Silva não teria existido, não fora o comportamento de Mário Soares ter fomentado o aparecimento daquele aborto político, como alternativa de poder.
Uma síntese espetacular da obra que referimos no início, acaba de nos ser enviada e é com imenso prazer que a colocamos ao dispor dos leitores deste Blogue, para avaliarem no concreto as razões por que consideramos que a maioria dos seus protagonistas, devia estar preso ou a contas com a justiça, se este fosse um país evoluído e progressista, cuja primeira obrigação dos seus governantes e responsáveis, deveria ser defender os interesses de TODOS os seus cidadãos e não só de uma pequena elite pervertida e exploradora.
.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014



      AO QUE ISTO CHEGOU!!!     
Ouvi ontem alguns depoimentos prestados na Comissão Parlamentar á compra de equipamentos militares.
Entre os depoentes, tivemos ocasião de ouvir o depoimento de Luís Nogueira, gestor da Vilsene, que representa em Portugal várias empresas, que estiveram na ocasião envolvidas no concurso para a aquisição dos submarinos.
Foi o mais esclarecedor de todos os testemunhos, pois ao explicar a forma como a proposta dos seus representados tinha sido afastada do concurso, demonstrou à saciedade, algumas das ilegalidades cometidas e a dimensão da fraude que constitiu semelhante concurso.
Há um argumento, que quanto a nós merece a reflexão de qualquer cidadão não especialista em assuntos militares, mas que tornou claro o fundamento do seu argumentário, independentemente dos pormenores técnicos bastante esclarecedores que Luis Nogueira desenvolveu.
De facto a páginas tantas para provar a evidente falta de modernidade perante os factores de uma guerra nos tempos modernos, esclareceu que a Alemanha desde o fim da guerra 39/45, como era óbvio, ficou limitada militarmente na pesquisas e evolução de tudo o que ao armamento dissesse respeito.
Aí saltou-nos à memória que De Gaulle, quando era governante, tinha determinado que a defesa da França iria assentar numa estratégia nova “Em todos os horizonte”, fruto certamente da sua dorida memória, sobre os anteriores vexames a que a França tinha sido sujeita pelos aliados.
Torna-se evidente que esta estratégia deve ter produzido uma investigação militar poderosa, que justifica os argumento de Luís Nogueira, que a construção francesa de submarinos estava muito mais avançada que a alemã, independentemente de o concurso ter exigências que tecnicamente não fora cumpridas na adjudicação, por evidente corrupção ou incompetência dos julgadores.
É á luz desta memória, que se compreende muitos dos argumentos quanto à diferença de características e qualidade da oferta francesa, independentemente da afirmação várias vezes reiterada, de que o que se comprou quase nada tinha a ver com as propostas a concurso.
Achamos que este aspecto do problema será até mais relevante que a corrupção, compadrio e luvas envolvidas no negócio.
Este caso dos submarinos, até por estas razões, devem levar a um deriva na importância das acusações e levar a tribunal os almirantes, juízes e políticos que tudo tiveram a ver com o dispêndio de milhares de milhões de euros, que no fim é o povo português vai ter de pagar, para muito pouco, ou diria mesmos para nada, dada a evolução tecnológica que aqueles equipamentos sofreram e o que compramos não serviu senão para encher os bolsos a meia dúzia de criminosos.
Para uma informação complementar, pode consultar AQUI o que diz a nossa imprensa sobre a questão avaliada na Comissão Parlamentar eleita para investigar o assunto.