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terça-feira, 30 de agosto de 2011





A MELHOR FOTOGRAFIA

NESTE LINK                                                                              
FREI FERNANDO VENTURA

Só hoje tive conhecimento do vídeo que coloco no fim deste texto.
Quem teve a paciência de ler o artigo “A propósito de uma intervenção do Cardeal Patriarca de Lisboa” que publicámos no passado sabado, perceberá perfeitamente porque sendo um ateu, dei tanta importância ás palavras deste religioso.
Sempre ouvi dizer que um ateu é alguém que está mais próximo dos crentes, porque ele também tem uma crença: a crença de que Deus não existe.
Aceitando perfeitamente que compreensão humana é limitada para explicar os mistérios do mundo e que haja quem através do conceito do divino procure justificar as suas dúvidas, materializando em Deus o espaço das suas dúvidas.
Uma segunda questão que me leva a publicar este vídeo com tanto prazer, é ter percebido a “colossal” (utilizando a palavra da moda) diferença entre a defesa do “nós individual” e o “nós grupal” do Cardeal Patriarca e o “Do eu solitário ao nós solidário” título do livro do Frei Fernando Ventura.
Para evitar de tornar muito extenso este texto que vale pelo vídeo que apresenta, não refiro o que discordo que é tão pouco que nem vale a pena referir.
Vale a pena deixar aqui algumas das frases da entrevista com as quais concordo inteiramente.
- O homem só se afirma e define em comunidade
-Cada um é agente activo da História, porque é gente, porque é activo, porque é interventivo.
-Reclamar para cada individuo o direito de ser gente
-Cada um é um agente activo da história
-Quando o povo passa fome, o rei não tem direito de comer faisão.
-Se a nossa nova classe dirigente resolvesse ganhar o ordenado mínimo, que força não teriam as suas decisões.
-Importa mudar o regime actual
-Pensão vitalícia para os deputados é uma perversidade
-Precisamos de dirigentes que morem no país
-A revolução dos não violentos é esta revolução da solidariedade

sábado, 27 de agosto de 2011

 


A QUESTÃO RELIGIOSA


A PROPÓSITO DE UMA INTERVENÇÃO DO CARDEAL PATRIARCA DE LISBOA

Nota-Por dificuldades técnicas, provocadas pelo novo grafismo do Blogue, só hoje publicámos este texto, relativo ao artigo do "Correio da Manha", de Domingo passado

Fiquei indignado com as palavras atribuídas ao Cardeal Patriarca numa festa de homenagem que, há dias, o povo da sua terra natal lhe quis fazer.
Era minha intenção escrever este texto limitando-me a repudiar as afirmações proferidas, imediatamente após ter tido delas conhecimento.
Para acautelar a hipótese de, no calor da minha indignação, ofender a sensibilidade dos católicos e ultrapassar a objectividade com que vejo o problema, reservei-me para só agora expor o meu pensamento sobre a matéria.
Por outro lado, resolvi alargar a questão a alguns conceitos mais abrangentes, que reflectissem a minha opinião sobre algumas questões religiosas com as quais discordo (independentemente da minha formação católica juvenil e de ter sofrido a fortíssima influência de uma mãe que eu adorava e cuja religiosidade tinha níveis de misticismo sincero).
Dados estes esclarecimentos prévios, vamos á questão central:
Considero as declarações do senhor Cardeal Patriarca, na homenagem que lhe foi prestada, extremamente graves, desajustadas, injustas e sobretudo ofensivas para quem, não professando a religião católica, faz da solidariedade o antídoto da caridade (tão cara aquele “príncipe” da Igreja) .
Entretanto, fruto dessa reflexão e dado o melindre do tema e da personagem envolvida, resolvi justificar detalhadamente a base em que assenta a análise dos meus argumentos, com a profunda convicção de que será suficiente para se perceber que não tenho a intenção de ofender quem da religião tem um conceito diferente do meu.
É na base desta intenção que aproveito para me pronunciar sobre a matéria que considero tendenciosa, abordada pelo Cardeal Patriarca e por arrasto, falar desses católicos que, influenciados por discursos e práticas semelhantes, vêm nos comunistas os seus principais inimigos.
Já por várias vezes escrevi que constitui para mim um mistério a forma como a hierarquia da Igreja Católica encara os comunistas.
- Não somos uma religião - razão primeira para negar a eventualidade de hipoteticamente fazer concorrência.
- Praticamos valores sociais que são tão dignos e fidedignos como os que estão inscritos na Encíclica “Rerum Novarum” do Papa Leão XIII de15 de Maio de 1891.
- Alguns militantes comunistas, que até são quadros altamente responsáveis do Partido Comunista Português, são crentes e praticantes da religião católica apostólica romana

-Defendemos convictamente a separação da religião do Estado, questão tão justa e tão geralmente aceite, que até está inscrita na nossa Constituição e é praticada pela totalidade dos países europeus.
Agora também não queremos nem devemos iludir a questão!
A encíclica “Rerum Novarum” foi publicada para estancar a hemorragia de crentes sentida  pela Igreja Católica na época, com o aparecimento das teorias sociais Marxistas e do Manifesto do Partido Comunista, que apelava a uma organização da Sociedade mais baseada na justiça social e solidariedade do que na fé e caridade, pólos preferenciais da actividade religiosa.
Curiosamente, sendo essa a resposta da Igreja aos desenvolvimentos revolucionários socialistas, recomendava esse papa na Encíclica Rerum Novarum (para manter a sua influência entre os humildes e os trabalhadores tentados pelas novas teorias políticas de igualdade, solidariedade e fraternidade):
a) Uma melhor distribuição de riqueza
b) A intervenção do Estado na economia a favor dos mais pobres e desprotegidos
c) A caridade do patronato aos trabalhadores.
d) A recomendação expressa de apoio ao direito dos trabalhadores de se organizarem em sindicatos.
O papa que defendia estas premissas era o mesmo que, influenciado pela classe dominante, era pressionado e aceitava convictamente o ancestral direito à propriedade privada, derivado do processo de produção capitalista.
A caridade, como função social, era uma premissa sócio-económica das relações de produção na época, admitida pela Igreja como fundamento tão essencial que perdura até aos dias de hoje.
Essa mentalidade conservadora dominante ajudava a desenvolver na Igreja os anticorpos contra o socialismo que, na base da evolução em curso, preconizava e levava á prática não só a separação entre a Igreja e o Estado como também a exclusiva responsabilização do Estado pelo bem-estar social dos seus cidadãos.
Este conceito já aparecera no brilhante período do chamado Iluminismo e precedeu o período revolucionário que deu origem à Grande Revolução de Outubro.
Contrariando a doutrina da Igreja que sempre se apoiou nas regras, prémios e castigos que garantiam serem determinados pela vontade divina (para o comum dos mortais poder alcançar as bem-aventuranças da vida eterna), o Estado passava a ter a obrigação de dar a cada um segundo o que produzisse, caminhando para uma cidadania que permitisse ir mais longe e dar a cada um segundo as suas necessidades.
Desde as primícias da humanidade que a superstição foi o caminho encontrado para explicar o inexplicável, dando aos sacerdotes o poder de decidir sobre essas matérias e influenciar de forma determinante o comportamento da Sociedade.
A grandiosidade do Universo, os fenómenos da natureza, vulcânicos, meteorológicos, astronómicos, físico-químicos, biológicos, rituais de fertilidade, exorcismos dos medos, etc., era atribuíveis a um ou vários seres superiores que dominavam a Natureza das coisas. Assim germinaram as superstições, cujas várias interpretações deram origem às mais variadas religiões, com os seus preferenciais intérpretes, os sacerdotes.
As matérias que ainda hoje o conhecimento não explica, no campo da ciência e do espiritual, são como um poço sem fundo onde se alojam todas as teorias do divino, para explicar o “ainda inexplicável”.
No campo da religião (no que diz respeito concretamente à chamada civilização greco-romana-judaica-cristã na qual nos inserimos), todos os ensinamentos de natureza divina assentam no Antigo e Novo Testamento, procurando aí divinizar o ser humano e a Natureza.
Em relação ao Cristianismo primitivo, criando os conceitos de Céu e Inferno (como prémio ou castigo do comportamento em vida) e aceitando e comungando a tese da continuidade da existência para além da morte.
No plano social, o inovador conceito do amor ao próximo (num clima de violência generalizada  criado pelos exércitos romanos) dita uma sedutora regra moral de comportamento extremamente mobilizadora para novos crentes. A direcção da “seita” era atribuída a bispos, que se espraiavam pelo Império romano na captação desses novos simpatizantes.
As distâncias, a experiência pessoal de cada um, a capacidade de transmitir as mensagens, o tempo que já se passara sobre as experiências vividas pelos apóstolos, fazia com que os textos sobre as vivências de Jesus Cristo tivessem interpretações variáveis (muitas vezes sobre os mesmíssimos acontecimentos).
A primeira tentativa de obter um consenso na igreja sobre essas questões e da relação entre Jesus e Deus, o Pai, foi levada a cabo pelo imperador Constantino, no chamado Concílio de Nicéia, no ano 325 depois do nascimento de Cristo, segundo o calendário Gregoriano.
Os textos seleccionados pelos cerca de 300 bispos “sábios” reflectem  a escolha do imperador Constantino, que para tal manipulou, pressionou e ameaçou os participantes de modo a obrigá-los a aceitar como autênticos os textos que preferia.
Esses textos vigoraram, com vários incidentes de percurso, até ao Concílio de Trento, convocado pelo Papa Paulo III no século XVI. Aí se decidiu considerar como autênticos (canónicos) apenas os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João (considerando os demais como apócrifos).
Esta decisão, devido às fragilidades da argumentação doutrinal, deu origem a que hoje haja 33.830 denominações cristãs, segundo a “World Christian Encyclopedia”.
Alongámo-nos um pouco sobre a religião cristã para que se entenda melhor a diversidade conceptual de crenças, rituais e designações, que leva a que, actualmente, dois biliões de seres humanos se digam praticantes de uma dessas vertentes.

No caso particular de Portugal, cerca de 85 % da população identificaram-se como católicos, embora só 10% sejam aquilo que se designa por “comungantes”.
Como se pode ler na “Wikipédia” em ”A  Igreja Católica em Portugal”:
“A Igreja Católica mantém também em funcionamento uma rede apreciável de assistência social, de saúde pública e de educação, não necessariamente de educação religiosa. É ainda comum que em muitas cerimónias oficiais públicas, como inaugurações de edifícios ou eventos oficiais de Estado, haver a presença de um representante da Igreja Católica e da prática de actos religiosos católicos, como bênçãos ou missas. Em termos legais, a Igreja Católica tem ainda alguns antigos benefícios e privilégios específicos (que outras religiões não têm), consagrados actualmente na Concordata de 2004.”
Não é difícil, perante esta situação, concordar que na área religiosa, espiritual ou mística, a Igreja assume o direito de determinar o curso de algumas opções políticas que se confundam com a sua natural intervenção social.
Daí a importância que devemos atribuir ao que diz o seu principal responsável em Portugal que, como sabemos, é o Cardeal -Patriarca de Lisboa.
É importante recordar que, em Portugal, no campo religioso e especificamente até ao período fascista, o clero era geralmente mobilizado entre o povo (e eram escolhidos os que mais inteligentes se mostravam).
Para muitos destes, entrar para o Seminário representava a única forma de continuar a estudar e a ascenderam socialmente. 
Não é por acaso que, na hierarquia de Igreja, a partir de certa “dignidade” o clérigo tem direito a ser tratado por Dom, resquício do vulgaríssimo tratamento devido a quem pertencia á nobreza.
Como é natural, a vida espiritual também evolui e o desconforto decorrente da falta (ou alteração) de convicção religiosa ou mística , de uma má formação, de uma deficiente escala de valores, da instintiva busca de prazeres carnais ou de uma visão materialista da história e da sociedade (se alguma vez chegasse a existir) obrigava, com o passar dos anos, a desistir da carreira religiosa ou a optar por  camuflar o comportamento pastoral com uma atitude de hipócrita humildade.
Assim o exigia o ministério sacerdotal.
 No entanto, a hierarquia da Igreja nunca hesitou em violentar as regras da sociedade ou do humanismo para se defender, ampliar a sua influência ou impor a sua vontade, sempre que para tal teve oportunidade, vantagem ou necessidade.
 Historicamente, a Igreja católica foi desde sempre o braço direito do Poder.
Os dois mil anos da sua história já provaram que, independente do juízo dos chamados “bons corações” ou do rigoroso cumprimento de regras da doutrina cristã (por muito generosas que sejam teoricamente), não se resolve com a religião o problema da sociedade humana e sobretudo o da exploração do homem pelo homem.
Antes pelo contrário! Bem se sabe como, nos dias de hoje, o Vaticano está ligado visceralmente aos negócios da alta finança, da especulação financeira, das sociedades secretas e das dissimuladas ligações ao mundo da corrupção e manipulação financeira.
Não fora a dimensão universal da sua capacidade financeira, a influência que tem junto de grande parte dos governos (nomeadamente dos Estados Unidos), e o controle que exerce em grande medida sobre os meios de informação internacionais e muito mais se saberia. 
Por outro lado, já tem atrás de si tantos anos de exercício de influência, dos mais variados tipos, que dificilmente se pode admitir que por aí venha a salvação da humanidade ou sequer a felicidade das populações. A realidade é que, paradoxalmente, os escândalos rebentam a todo o momento e de dimensão cada vez maior e mais vergonhosa.
“Diante do mundo do neo-liberalismo globalizado, a vocação religiosa tem que ajudar a formar sujeitos autónomos, livres, responsáveis, que saibam enfrentar o mundo do consumo, a idolatria do mercado, a ideologia de que não é possível mudar.”
“A vocação religiosa terá pela frente o desafio de se “ressituar”, “sem pretender formar instituições paralelas, que, muitas vezes, são pequenas ilhas de Cristandade numa sociedade que é secular, pluralista, já não de Cristandade”.
Nós comunistas, agentes activos de uma sociedade em evolução, acreditamos que só com justiça social, criando regras iguais para todos, acabando com as classes privilegiadas e com a exploração do homem pelo homem, justificaremos o destino que a Natureza traçou para o homem quando lhe deu a inteligência necessária para compreender o seu enquadramento social de uma forma justa e universal.
Como se vê, pouco ou nada nos distingue do que “teoricamente”é teologicamente proposto para criar uma sociedade mais justa, pela qual lutamos concretamente há mais de 100 anos.
As experiências fracassadas da comuna de Paris e da Grande Revolução de Outubro têm um grande significado ideológico, na medida em que as falhas cometidas são fruto de inexperiência, da originalidade dos processos e nada tiveram a ver com a verdade do socialismo, com a justeza dos seus conceitos e com a necessidade de uma verdadeira prática popular e democrática.
Gigantescos obstáculos têm tido de enfrentar o homem, na busca de uma Sociedade mais justa e solidária.

No que diz respeito á ex-União Soviética, não podemos nem devemos esquecer as sucessivas guerras de desgaste e rapina, após a guerra de 1914/18, Revolução e Contra-revolução.
Não devemos igualmente esquecer a guerra de 1939/45 e a exagerada área de reconstrução que se deparou á União Soviética, não só no seu território nacional como também no âmbito da ajuda que deu aos territórios que ficaram sob a sua influência, em resultado do Acordo de Postdam, feito no fim da 2ª Guerra Mundial, entre Wiston Churchill, Harry Truman e Josef  Stalin.
Durante a chamada Guerra Fria, para salvaguardar a integridade territorial, foram levados a cabo enormes erros nas opções governativas. Produziram-se excessivos gastos militares que não geravam mais-valias e que eram um artificioso subterfúgio dos Americanos e de outros países capitalistas para debilitarem economicamente a União Soviética.
 Finalmente, poderosas manobras de forças manipuladoras e dos meios de propaganda adversários minaram a confiança e os objectivos do projecto Socialista.
Nunca o Socialismo, como opção política, se opôs às opções religiosas das populações.
O que se procurou fazer foi separar a Igreja do Estado, critério comum a todos os países europeus, não privilegiando nem subsidiando a Igreja, praticando uma independência absoluta entre o político e o religioso.
Ainda hoje, para confundir a opinião pública e denegrir o regime da Ex-União Soviética, assistimos ao exagerado relevo que se dá nos média internacionais à intervenção da igreja ortodoxa nas cerimónias oficiais públicas, com a intenção de simular uma anterior proibição de culto religioso.
Outro sintoma negativo de anticomunismo é o cuidado com que se oculta o estado de primorosa conservação em que se encontram todas as igrejas e monumentos religiosos, situação que só pode ser justificada pelo apoio cívico e profundo respeito pelo direito de crença dos seus cidadãos.
Não me parece que, à luz de um qualquer critério religioso, esta ideologia (ou esta filosofia de vida), independentemente dos erros humanos de governação cometidos, possa ser justamente condenada.
Não é por acaso que existem católicos apostólicos romanos, protestantes e fiéis das mais variadas crenças que não se sentem absolutamente nada afectados, na sua vida espiritual, pelos princípios da filosofia comunista.
De resto, não é por opção política que se verão impedidos de continuar a acreditar em que após a morte terão acesso às benesses de uma vida eterna, pacífica e feliz, se for essa a sua crença religiosa.
A Globalização e o Neoliberalismo representam um refluxo civilizacional e a hierarquia da Igreja já está a colocar, como solução alternativa para matar a fome aos pobres, o exercício da caridade, em alternativa á necessária, moral e civicamente obrigatória solidariedade oficial do Estado (oferecendo igualmente o serviço das Misericórdias, em alternativa ao Serviço Nacional de Saúde).
Bastaria o nome da Instituição para se perceber o significado que terá em termos de humilhação (não por orgulho mas por um mínimo de dignidade), a todos aqueles que se vejam na necessidade de recorrer aos seus piedosos serviços.  
O direito ao trabalho e o direito á saúde não são um privilégio dos cidadãos. São direitos inalienáveis. 
O socialismo, tendo por horizonte a utopia, é a ideologia mais inspiradora e mobilizadora da inteligência humana na construção de uma Sociedade mais justa e na procura da harmonia através da solidariedade como resposta á evolução dialéctica da Natureza.
A área de actuação da religião é no campo espiritual.
É a política que está vocacionada para tratar das infra-estruturas que respondam às necessidades da população de um Estado civilizado e evoluído. 
Pessoalmente consideramos que as regras morais e sociais sugeridas pela Igreja (sustentadas na crença de que após a morte o céu nos espera com as suas virtuais bem-aventuranças) são resultado de um enquadramento puramente supersticioso, mas respeitamos quem assim não pense.
Duma coisa estamos certos: quando a Igreja encosta a sua doutrina social às humilhantes noções de que a caridade é um fim legítimo para salvação das almas que a ela se dediquem, está a fazer uma proposta humilhante que mastiga e destrói o conceito de dignidade, inerente a todo o ser humano.
Vem toda esta reflexão a propósito de uma noticia do “Correio da Manha” , a propósito do Cardeal Patriarca de Lisboa,  que em letras garrafais sentenciava:
 ”D.POLICARPO ATACA GRUPOS DE CLASSE”. 
Curiosamente a notícia terminava dizendo:
PATRIARCA RECEBE IMAGEM DE RAFAEL BORDALO PINHEIRO
Fiquei a pensar que se trataria de uma metáfora ligada á tradicional imagem do “Zé Povinho”, simbolicamente cruzando os braços, dado o discurso deste superior responsável da igreja ser absolutamente inqualificável.
Percebi depois que se referiam à imagem de Santo António, que foi desenhada há mais de cem anos por Rafael Bordalo Pinheiro. Mal empregada!!!
Leia e pasme-se com o pensamento (ou ingenuidade, ou argúcia) atribuído ao Cardeal Patriarca na notícia do “Correio da Manha”:
“O Cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, referiu-se ontem com dureza contra "grupos de classe", entre eles os sindicatos, que põem os interesses individuais à frente do interesse nacional quando fazem reivindicações contra as medidas impostas pela troika.”
O dia era de festa mas D. José Policarpo não esqueceu os tempos difíceis que o País vive e, na homilia da missa que celebrou no pavilhão a que dá o nome, criticou os grupos que preferem defender "os nós individual" em vez do "nós grupal".
Quando li estes parágrafos, veio-me á memória a incongruência desta suprema autoridade religiosa, que pelo cargo que desempenha devia ter muito mais cuidado na forma como se expressa.
Curiosamente, está a renegar um dos fundamentais princípios da encíclica “Rerum Novarum”, que, como acima referimos, atribui aos Sindicatos um papel preponderante na defesa dos interesses dos trabalhadores.
E que outra entidade pode defender melhor esses interesses, do que a sua organização de classe - o  Sindicato?.

Mais adiante acrescentava, segundo o “Correio da Manha”:
"Está a fazer-me muita confusão ver neste anúncio das medidas difíceis que até nos foram impostas por quem nos emprestou dinheiro que os grupos estejam a fazer reivindicações grupais, de classe. Não gosto", desabafou o prelado, perante 800 pessoas.
O Cardeal-patriarca não concretizou as críticas, mas ter-se-á referido a sindicatos e outras organizações que respondem com ameaças de greve contra as medidas de austeridade impostas pela troika e concretizadas pelo Governo.
Em primeiro lugar, gostaria que me pudessem explicar que responsabilidades terão os Sindicatos na gestão dos governos, que nos colocaram nesta desgraçada situação económica. Que medidas estão a ser tomadas para que os ricos ajudem “qualquer coisinha” a resolver a crise.
Que medidas defende a Igreja portuguesa para que haja justiça social e para que o povo não necessite de recorrer á “Misericórdia”mais próxima, se não quiser morrer de fome.
Que indignação pode e deve demonstrar o principal responsável da Igreja portuguesa, de modo a contribuir para que os ricos deixem de exportar para os offshores as suas fortunas, feitas de certeza à custa da exploração do trabalho dos outros.
Que atitude crítica deve aquele supremo pastor exercer, até como cidadão responsável, para que sejam tributados os bens móveis dos investidores (que não pagam um tostão de imposto sobre as acções, obrigações e outros títulos financeiros).
Como não se debruçar criticamente sobre as vergonhosas isenções fiscais que beneficiam as grandes fortunas?
Como não haver uma palavra justa da Igreja Portuguesa para condenar o privilegiado tratamento fiscal de que beneficiam os Bancos?
Que reconhecimento isento seria capaz de fazer um intelectual do gabarito de sua Excelência, sobre a injustiça que é serem os pobres (os trabalhadores, os jovens desempregados, os reformados) que sofrem os horrores da crise e que estão condenados a pagá-la integralmente?
Será que sua Excelência, D. José Policarpo, vai fazer coro com os mais ricos deste mundo, que estão a chorar por pagar mais impostos?
Olhe senhor Cardeal, a Igreja nesse campo tem muitos rabos de palha!!!
E que forma de luta mais eficaz, nos aconselhará D. José Policarpo?

Para D. José Policarpo, Portugal tem de ultrapassar este momento"em diálogo com os outros países, mas, sobretudo, dando as mãos procurando o bem de Portugal e não o bem de cada grupo, de cada pessoa". "Todos somos chamados a vencer o egoísmo, a pensar no nós e não no eu", reforçou o prelado!
Todos…??? Mais uma vez, D. José Policarpo esquece a Encíclica Rerum Novarum , onde se preconiza:
a) Uma melhor distribuição de riqueza
b) A intervenção do Estado na economia a favor dos mais pobres e desprotegidos.
c) A caridade do patronato  aos trabalhadores.
Para seu conhecimento, caso não saiba (o que duvido!!) dou ao Exmº Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo (para ele as poder levar á prática), as recomendações constantes na referida Encíclica:
Quanto á alínea c, gostaria de lembrar o ilustre prelado desta informação do jornal “Sol”, de 11 de Março:
1- 46 Administradores receberam seis vezes mais do que os milhares de trabalhadores das suas empresas.
2-Nas grandes empresas privadas a situação é semelhante ou pior.
3-Parte das transferências (para paraísos fiscais) têm origem em fraudes fiscais.
Participando na conferência “Combatendo o crime na Europa", em Lisboa, organizada pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, o professor da universidade do Porto, Carlos Pimenta, afirmou: a economia não declarada ao fisco, em Portugal, rondava os 30 mil milhões de euros em 2008.
Será possível que se trate de um passe de ilusionismo? Ou é a ingenuidade de querer fazer crer que os ricos estão incluídos na sua sentença:
"Todos somos chamados a vencer o egoísmo, a pensar no nós e não no eu"!
Então fique sabendo :
Segundo os dados do último Boletim Estatístico do Banco de Portugal, a saída de dinheiro para paraísos fiscais atingiu valores altos em 2006, quase 13,8 mil milhões de euros!

Foram mais de11,2 mil milhões de euros que saíram do País entre Janeiro e Outubro de 2009, transferidos para os paraísos fiscais, procurando rendimentos, sem dar muitas contas ao Fisco.
Os paraísos fiscais estão entre os principais destinos do dinheiro dos bancos nacionais. No primeiro semestre de 2010, de acordo com os dados do Banco Internacional de Pagamentos (BIS), as instituições financeiras portuguesas concederam empréstimos de 10,7 mil milhões para zonas offshore.
Essas fugas de capital, de Portugal para os paraísos fiscais, atingiram 1,3 mil milhões de euros nos primeiros cinco meses do ano. Uma subida de 700 por cento em relação a 2010…é um fartar vilanagem!
Os estudos de Eugénio Rosa sobre a realidade económica e social de Portugal, são de uma verosimilhança desconcertante da realidade portuguesa. Segundo este estudo, entre 2000 e 2010 foram transferidos para o estrangeiro 147.083 milhões de euros de rendimentos, causando a descapitalização do país.
Hoje, com a evolução dos tempos, estas contradições da Igreja católica são um esforço condenado.
Estamos convencidos que o que possa haver de verdadeiro na fé e consequentemente na religião, ultrapassadas que sejam as questões da superstição e dos rituais, a ciência se irá encarregando ou não de justificar.
Salvaguardando as questões da ritualização e do comportamento da hierarquia, que hoje é a sua principal fragilidade, a religião tem potencialidades que ainda estão para além da compreensão científica.
 Certamente que a Igreja, com o progresso da Sociedade e do conhecimento, também ela há-de evoluir e sanar este enorme paradoxo, que é fazer seu inimigo principal quem deveria ser o seu principal aliado.
A busca de que ambas as forças se arrogam de procurar, ou seja, a utopia de uma sociedade perfeita, passa fundamentalmente por proporcionar a felicidade a todos os seres humanos e a criar o homem justo.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011




HÁ TANTA BELEZA NA VIDA!!! 

Que infelizes são aqueles que pensando que têm tudo, porque têm dinheiro ou poder, esquecem que há vida para além disso.
A beleza da vida escapa às vezes por muito pouco.
Não perca este exercício de cidadania que lhe oferecemos.
Faça dele um treino de contemplação e reflexão.
Ouça também a música e faça a sua leitura.
Repita a sua exibição, até que a sua sensibilidade absorva a toda emoção da mensagem e se sinta uma pessoa melhor e sobretudo, um pouco mais lúcida, lutadora e determinada… se possível!

NOTA- Este “power point” tinha também legendas em inglês.
Achámos que roubava concentração no essencial. Daí a nossa decisão de as retirar.
Que o autor nos perdoe, porque a intenção é a melhor!


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VALE A PENA VIVER

QUANDO SE É COMUNISTA

Por: Mauro Iasi

Dedicado a Antonio Gramsci

Quando a noite parece eterna
e o frio nos quebra a alma.
Quando a vida se perde por nada
e o futuro não passa de uma promessa.
Nos perguntamos: vale a pena?

Quando a classe parece morta
e a luta é só uma lembrança.
Quando os amigos e as amigas se vão
e os abraços se fazem distância.
Nos perguntamos: Vale a pena?

Quando a história se torna farsa
e Outubro não é mais que um mês.
Quando a memória já nos falta
e maio se transforma em festa.
Nos perguntamos: vale a pena?

Mas, quando entre camaradas nos encontramos
e ousamos sonhar futuros.
Quando a teoria nos aclara a vista
e com o povo, ombro a ombro, marchamos.
Respondemos: vale a pena viver,
quando se é comunista.



A PRESIDENTA FOI ESTUDANTA?
UMA BELÍSSIMA E OPORTUNA LIÇÃO DE PORTUGUÊS

A propósito desta questão recebi o texto que se segue e que reencaminho.

Pilar del Rio costuma justificar, como dantes não havia mulheres presidentes e por isso é que não existia a palavra presidenta... Daí que ela diga insistentemente que é Presidenta da Fundação José Saramago e se refira a Assunção Esteves como Presidenta da Assembleia da República.
Ainda esta semana, ouvimos igualmente Helena Roseta dizer: «Presidenta!», retorquindo a um comentário de um jornalista, muito segura da sua afirmação... (SIC Notícias)
Foi elaborada para acabar de uma vez por todas com toda e qualquer dúvida se temos presidente ou presidenta.

A PRESIDENTA FOI ESTUDANTA?

Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
No português existem os particípios activos como derivativos verbais.
Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...
Qual é o particípio activo do verbo ser?
O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a acção que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha.
Diz-se capela ardente, e não capela "ardenta"; diz-se estudante, e não "estudanta"; diz-se adolescente, e não "adolescenta"; diz-se paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A MADEIRA É LINDA
SÓ TEM DOIS DEFEITOS….
ALBERTO JOÃO JARDIM
E OS BISPOS QUE O TÊM PROTEGIDO

“Corado de vergonha pela situação a que chegou a minha terra ao vê-la colocada ao mesmo nível do BPN, um dos maiores crimes públicos ocorridos em Portugal”, Maximiano Martins diz que Jardim “tem de prestar contas por ter prejudicado todos os 250 mil madeirenses ao colocar as contas da Região ao nível dos crime do BPN”.
Portugal tem mais um Oliveira e Costa. Está na Madeira e chama-se Alberto João Jardim Preocupado com a derrapagem financeira da região, o candidato socialista alerta que o défice no orçamento da RAM, no primeiro trimestre, já ultrapassa os 20 por cento (montante da derrapagem de 277 milhões de euros, detectada pela troika) e, com a manutenção do regabofe, podemos chegar ao fim do ano com valores superiores aos 30 por cento, ou mais".
Segundo o antigo gestor do Programa Operacional de Economia e ex-deputado à Assembleia da Republica, este número será um "recorde de despesa e desperdício para alimentar interesses estranhos aos problemas" da região.



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A NOSSA …FALTA DE SAÚDE!!!
AO QUE NÓS “JÁ” CHEGÁMOS,
NÃO TEM LÓGICA NEM EXPLICAÇÃO!!!

Acabo de me cruzar com uma amiga, que tem estado muito doente.
Achei-a bastante e melhor e perguntei-lhe como se sentia e respondeu-me: muito melhor, fui há dias a uma clínica de Torres Vedras, receitaram-me uns comprimidos que me estão a fazer muito bem.
Quando lhe perguntei quanto tinha pago, disse-me que tinham sido 80 Euros e agora tinha de fazer uma “taco” e novamente 80 Euros para em nova consulta, mostrar o resultado.
Acontece que esta minha amiga é muito pobre.
O marido pequeno agricultor já com mais de 60 anos, é um escravo de trabalho para sobreviver.
Está a tentar vender a batata que semeou, a 30 cêntimos o quilo, ou seja tem de vender perto de 270 quilos de batata.... por cada consulta!!!. Uma pequena fazenda e uma pequena vinha, são o seu meio de sobrevivência.
Quando lhe perguntei porque não tinha ido ao Centro de Saúde, disse-me que já tinha ido, que ficou na mesma e agora só daí a um mês tinha consulta.
Não me admirei, porque no mês passado, para um simples requisição de remédios que tomo habitualmente, tive que esperar 3 semanas para a poder fazer.
Posteriormente tive de esperar 8 dias para levantar a requisição da receita.
Já há tempos, por ocasião de uma emergência médica resultante de um gastro entrite aguda, tive de me socorrer de uma ambulância, para me levar ao hospital de Torres Vedras.
Descrevi os terríveis momentos que passei, neste Blogue, no dia 19 de Maio passado, sob o título “ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A CLASSE MÉDICA E O SERVIÇO DE SAÚDE QUE (AINDA) VAMOS TENDO”, na coluna “A SAÚDE ESTÁ PRIMEIRO”.
Essa descrição e as respectivas reclamações que fiz, seriam caso para processo disciplinar, se isto fosse um país com alguma noção de dignidade.
Mas o que me faz ainda mais confusão, é que estando nós na crise que todos sabemos, a área da saúde tenha o descaramento de estar a sustentar a medicina privada de forma tão escandalosa e só o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista se insurgem contra este estado de coisas.
A minha companheira, depois de um longo internamento no Hospital de Torres Vedras, por um gravíssimo problema de saúde, teve há dias de fazer uns exames que lhes foram recomendados quando teve alta.
Entre eles estava uma simplicíssima análise ao sangue, que o hospital também se recusou a fazer e como tal terá de ir a uma clínica privada fazê-la.

UMA SIMPLES ANÁLISE DE SANGUE!!!

DE FACTO…. AO QUE NÓS “JÁ” CHEGÁMOS,
NÃO TEM LÓGICA NEM EXPLICAÇÃO.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

CABRAS DA MONTANHA

Quando recebi este “power point”, enquanto o traduzia, imaginava as evidentes comparações que se podem fazer com os trabalhadores e o povo português.
Em sentido figurado, os equilíbrios, a instabilidade, o risco de vida, tal como na vida das cabras da montanha, também os trabalhadores, reformados, jovens, velhos e deficientes, correm os mesmos perigos, e fazem sacrifícios semelhantes para sobreviver num equilíbrio igualmente periclitante.
E quando pensamos em predadores, que diferença fazem da “Troica” e do governo que dizimam a vida e a felicidade dos portugueses???.


NESTE LINK
LIÇÕES DE SOLIDARIEDADE

ESTES SÃO ALGUNS (POUCOS) DOS MAIS PERSPICAZES TELE-CONSELHEIROS, QUE SOLIDÁRIOS COM AS DIFICULDADES E SOFRIMENTOS DO POVO, AJUDAM COM O SEU EXEMPLO A PERCEBER, QUE ELES TAMBÉM ESTÃO A SOFRER IMENSO COM ESTA CRISE E CONSIDERAM OS SEUS SACRIFÍCIOS FINANCEIROS COMO PURA ABNEGAÇÃO FILANTRÓPICA E DE SOLIDARIEDADE, COM OS SEUS COMPATRIOTAS, MAIS DESFAVORECIDOS.
ANTÓNIO LOBO XAVIER


. Administrador não executivo da Sonaecom, da Mota-Engil e do BPI, António Lobo Xavier auferiu 83 mil euros no ano passado (não está contemplado o salário na operadora de telecomunicações, já que não consta do relatório da empresa). Tendo estado presente em 22 encontros dos conselhos de administração destas empresas, o advogado ganhou, por reunião, mais de 3700 euros.

JOSÉ PEDRO AGUIAR BRANCO
O ex-vice presidente do PSD José Pedro Aguiar-Branco é outro dos "campeões" dos cargos nas cotadas nacionais. O advogado é presidente da mesa da Semapa (que não divulga o salário do advogado), da Portucel e da Impresa, entre vários outros cargos. Por duas AG em 2009, Aguiar-Branco recebeu 8 080 euros, ou seja, 4 040 por reunião.
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 ANTÓNIO NOGUEIRA LEITE
Segue-se António Nogueira Leite, que é administrador não executivo na Brisa, EDP Renováveis e Reditus, entre outros cargos. O economista recebeu 193 mil euros, estando presente em 36 encontros destas companhias. O que corresponde a mais de 5 300 euros por reunião.
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JOÃO VIEIRA DE CASTRO

O segundo mais bem pago por reunião é João Vieira Castro .
O advogado recebeu, em 2009, 45 mil euros por apenas quatro reuniões, já que é presidente da mesa da assembleia geral do BPI, da Jerónimo Martins, da Sonaecom e da Sonae Indústria.

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DANIEL PROENÇA DE CARVALHO


É o responsável com mais cargos entre os administradores não executivos das companhias do PSI-20, e também o mais bem pago.
-Presidente do conselho de administração da Zon
- Membro da comissão de remunerações do BES
- Vice-presidente da mesa da assembleia geral da CGD
-Presidente da mesa na Galp Energia.
Estes são apenas os cargos em empresas cotadas.
Proença de Carvalho desempenha funções semelhantes em mais de 30 empresas. Considerando apenas estas quatro empresas (já que só é possível saber a remuneração em empresas cotadas em bolsa), o advogado recebeu 252 mil euros.
Tendo em conta que esteve presente em 16 reuniões, Proença de Carvalho recebeu, em média e em 2009, 15,8 mil euros por reunião.

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VITOR GONÇALVES

Vice-reitor da Universidade Técnica de Lisboa, apesar de desempenhar apenas dois cargos como administrador não executivo, recebeu mais de 200 mil euros no ano passado.
Membro do conselho geral de supervisão da EDP e presidente da comissão para as matérias financeiras da mesma empresa, o responsável é ainda administrador não executivo da Zon, tendo um rácio de quase 5700 euros por reunião.
.. Gestores não executivos recebem 7 400 euros por reunião!!! Embora não desempenhem cargos de gestão, administradores são bem pagos.
Por cada reunião do conselho de administração das cotadas do PSI--20, os administradores não executivos - ou seja, sem funções de gestão - receberam 7427 euros.
Segundo contas feitas pelo DN, tendo em conta os responsáveis que ocupam mais cargos deste tipo, esta foi a média de salário obtido em 2009.
Daniel Proença de Carvalho, António Nogueira Leite, José Pedro Aguiar-Branco, António Lobo Xavier e João Vieira Castro são os "campeões" deste tipo de funções nas cotadas, sendo que o salário varia conforme as empresas em que trabalham.


E DIGAM LÁ SE ELES NÃO TÊM RAZÃO

PARA ESTAR A RIR!!!!


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

NATIONAL GEOGRAPHIC

A extraordinária qualidade das fotos da “National Geographic” já é uma tradição.
Não necessitam de nenhum comentário, porque tudo o que se diga é redundante, seja qual for o ponto de vista, artístico, técnico, temático, originalidade….que mais sei eu!!!
Veja e delicie-se.


NESTE LINK
THE ALEX JONES SHOW

A ELITE GLOBALISTA QUER
A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL


Não sou por natureza, muito crente nos catastrofistas.
No entanto, dada a situação económica mundial, os desenvolvimentos que a Globalização tem provocado e sobretudo a situação crítica do Sistema Capitalista, nada se perde se tomarmos em atenção os avisos e as denúncias que este comentador faz, dos perigos que nesta altura está a correr a humanidade.
A questão da Líbia é para nós uma questão fulcral, não tanto pela questão do petróleo, mas pelas questões de geoestratégia dos Estados Unidos e da China.
Não nos podemos abstrair que a Síria e o Irão, bem como a Líbia, são factores perturbadores para os Estados Unidos, na defesa de Israel, razão pela qual a questão energética , no que diz respeito ao petróleo, passa a segundo plano.

Sobre o autor deste vídeo pode ler-se na Wikipédia:

Alexander Emerick Jones, é um cineasta e apresentador de rádio americano.
O seu programa "The Alex Jones Show" é transmitido através de cerca de 60 estações de rádio AM, FM por todo os Estados Unidos e na Internet. Ele é um famoso teórico da conspiração.
Alex Jones também é o operador de vários websites centrada em notícias e informações relativas a violações de liberdades civis, o governo global, e uma grande variedade de temas atuais acontecimentos no âmbito das suas opiniões. Os mais conhecidos destes sites são infowars.com e prisonplanet.com.


ACONSELHAMOS A VER EM ECRÃ INTEIRO, CLICANDO NAS SETAS NO CANTO DIREITO DA BASE DA IMAGEM.


domingo, 14 de agosto de 2011

ESPECIAL VENEZA
COM VISTAS ALARGADAS

Como estamos a meter água por todo o lado, com um governo “Bosques do Robin”, achámos oportuno pôr um tema que metesse muita água.
A segunda premissa para a nossa opção, foi o facto de a originalidade deste “power point” ter umas vistas tão largas, que se não mudar de slide, ele automaticamente mete muita mais água do que inicialmente estávamos à espera.
É exactamente o que se passa com este governo que está a meter mais água do que o anterior, utilizando ainda mais os ricos, para roubar os pobres.

Como vêem, não poderia ser mais apropriado.


NOTA ESPECIAL- UTILIZAR OS COMANDOS NO LADO ESQUERDO DA PARTE DE BAIXO DA IMAGEM , SOMENTE QUANDO QUISER MUDAR DE PLANO VISUAL

NESTE LINK
CANTIGAS AO DESAFIO

RECORDANDO O “COMBATE”
DE TERESA CAEIRO E ALFREDO BARROSO


Trago á colação este burlesco episódio, digno da nossa da nossa antiga Praça da Ribeira, por tradição a Catedral do insulto e do vernáculo português mais castiço.
Serve também para reavivar e actualizar a memória do que foi dito pelo líder de um dos partidos do governo, que por acaso até é ministro dos submarínicos “negócios” estrangeiros, que ao iniciar o confronto com uma longa e “expressiva” leitura feita por Alfredo Barroso, de um texto publicado no semanário ”Expresso”, (perdoem a cacafonia!!!) e despoletou a irada hostilidade da sua loira opositora, Senhora Doutora Teresa Margarida Figueiredo de Vasconcelos Caeiro.
Dessa leitura, constava o extenso programa dos cortes que o seu chefe programava, para diminuir as chamadas “gorduras” do Estado.
A Senhora Doutora “de” Vasconcelos Caeiro, picada por constatar indiscutivelmente, que em vez da sempre anunciada “lipoaspiração”, o governo mais uma vez, não só carregava nos impostos do Zé Povinho, como posteriormente se veio a saber que também iria recorrer ao velho truque de “deitar mão” aos fundos de pensões dos bancários, para compensar principalmente o buraco orçamental na despesa das Jardínicas libações da Região Autónoma da Madeira, no valor de 597 milhões de euros.
Foi verdadeiramente hilariante ver os dois impetuosos “combatentes” entraram numa verdadeira linguarada (linguagem grosseira, petulante, obscena, ordinária – Dicionário Houaiss, página 5050).
Nessa autentica guerra de Alecrim e Mangerona, peça satiriza a rivalidade existente entre ranchos carnavalescos, do "Alecrim" e da "Manjerona", como se testemunha no vídeo que publicamos mais em baixo, a arma de arremesso mais utilizada foi a lama, certamente importada pela capitosa loira De Vasconcelos, directamente do pantanal da Ilha da Madeira, demonstrando á saciedade que nem de perto nem de longe se mistura com plebeus.
Como se sente Senhora Doutora Advogada autêntica (quem não se sente, não é filha de boa gente), despreza os donairosos títulos de doutor, engenheiro ou correlativos a quem não os merece, reflexão induzida certamente pelo “diplomático” e suspeitíssimo canudo do ex- Socrático primeiro-ministro.
Contrariado Mário Crespo, viu-se obrigado a acabar com aquela peixeirada que devia estar a divertir os espectadores, mais do que o Herman José, nos tempos do “Tal Canal”.
Entretanto a seguir a este vídeo, ficam algumas sugestões extremamente úteis para da próxima vez, Mário Crespo sugerir aos elementos do governo que entrevista.


AQUI VÃO AS SUGESTÕES:

- Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados.

- Deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizados em exclusividade.

- Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações.

- Acabar com os milhares de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e têm funcionários e administradores com 2º ou 3º emprego.

- Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euros mês que acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais.

- Redução drástica das Juntas de Freguesia.

- Acabar com o pagamento de 200 € por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 € nas Juntas de Freguesia

- Acabar com o Financiamento aos Partidos. Que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem para conseguirem verbas para as suas actividades

- Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País.

-Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias para utilização particular. Não permitir que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos às escolas, etc.

-Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado.

- Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado.

-Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa, em hotéis de cinco estrelas.

-Acabar com os "subsídios" de habitação e deslocação a deputados eleitos por círculos fora de Lisboa... que sempre residiram na Capital e nunca tiveram qualquer habitação nos círculos eleitorais a que concorreram!

-Controlar rigorosamente a actividade de altos quadros "colocados" na Função Pública, que quase nunca estão no local de trabalho.

É VULGAR QUADROS DO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAREM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES PARTICULARES.

-Acabar com o excesso de administradores nos hospitais públicos. Há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo.

EXEMPLAR O CASO DO HOSPITAL DE PENAFIEL QUE TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCEPESCAMENTE PAGOS.

-Acabar com os pareceres jurídicos e outros, encomendados aos grandes escritórios de advogados, no âmbito de corrupção, compadrio e tráfico de influências que há que criminalizar.

-Acabar com as várias reformas, acumuladas, por pessoa, de entre o pessoal do Estado e de entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

-Pedir o julgamento dos responsáveis pelo caso BPN e BPP, bem como o responsável por chantagear os contribuintes com a ameaça do inexistente perigo de contágio.

-Investigar os desvios praticados por Rendeiros, Loureiros, Duartes Limas, Arlindos de Carvalho, Varas, Penedos, Lamegos e quejandos e recuperar essas quantias para os cofres do Estado.

TUDO ISTO ERA PARA ONTEM,

PORQUE NO FUTURO …OUTRO GALO CANTARÁ!!!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ARTE CINÉTICA

Sobre esta definição, desenvolvem os artistas forma s e expressões de arte que tem o movimento aparente ou de facto, como base de expressão artística.
Este “power point” é uma composição, que mostra o trabalho que durante 35 anos Scott Weaver levou a cabo, transformando 100.000 palitos, num monumento á arte, á estilização de alguns elementos, mas sobretudo á paciência humana.
Suponho que algum paralelo se pode colocar, com o que politicamente se passa em Portugal.
A paciência com que os portugueses têm suportado os desmandos dos seus dirigentes, tem exactamente os mesmos 35 anos.
Só que esta é uma arte em que os nossos políticos são refinados artistas, no exercício de sistematicamente enganar o povo e que se pode designar de:

ARTE SEM ÉTICA.

NESTE LINK
ESTE GOVERNO É ASSUSTADOR

O economista Eugénio Rosa reconhece que uma das características do actual ministro das Finanças é dizer as maiores banalidades com o ar solene de quem está a exteriorizar um pensamento profundo.
O pior é as consequências dessas banalidades, como por exemplo no caso das “Golden Shares”, que segundo o autor, representam um presente de muitos milhões para os seus accionistas.
Essa medida determinada pelo actual ministro das finanças, para que fossem eliminadas nas empresas portuguesas, com o argumento de que estava no acordo da Troika, é um ardil.
Tanto assim que elas se mantêm na Irlanda, Grécia, Itália Inglaterra, Bélgica, Finlândia, Polónia, França e até na própria Alemanha.
Pode verificar igualmente, que no estudo elaborado por esse eminente economista, a ideologia ultraliberal do FMI-BCE-CE defendida por este governo, está assustadoramente desligada da realidade portuguesa.
Contrariamente à velha cantiga de que liberalizando os preços da electricidade e do gás, a EDP e GALP baixariam os preços aos consumidores, pode-se verificar , que a realidade é exactamente o contrário.

NO ÚLTIMO TRIMESTRE DE 2010 A GALP AUMENTOU 10 VEZES OS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS E NÃO BAIXOU UMA ÚNICA VEZ.

Este é o título de um dos capítulos do estudo de Eugénio Rosa que tem o título de:

O GOVERNO APROVOU A LIBERALIZAÇÃO DOS PREÇOS DA ELECTRICIDADE E DO GÁS O QUE DETERMINARÁ SUBIDAS CONTINUAS DOS PREÇOS COMO ACONTECE COM OS COMBUSTÍVEIS


terça-feira, 9 de agosto de 2011

SINTÉTICA HISTÓRIA

DO VINHO DO PORTO

Talvez não saiba, mas foi o Marquês de Pombal que criou pela primeira vez no mundo, uma região demarcada com regulamento das suas características.
Mais algumas informações que no meu tempo se aprendiam na 4ª classe, como por exemplo esta do Marquês de Pombal e da zona demarcada, mas deixada agora para os especialistas ou enólogos.
Divirta-se e se aprender alguma coisa fico feliz.


NESTE LINK
A VIAGEM DOS TESOS

Estou a partir da hipótese de você ser tão teso como eu, e as minhas viagens só podem ser virtuais, porque o “cacau” é cada vez menos.

Vou dar-lhe a oportunidade de irem de Paris a Quebec e de Bruxelas até aqui pertinho, ao Mosteiro de Alcobaça, não em imagens de 360º, mas podendo percorrer ruas e salas desde que siga a seta (que neste caso é um triângulo).

Aí, por exemplo, pode ir da sala dos Reis ao Refeitório, bastando seguir o triângulo, que o leva a fazer as visitas pelos percursos que entender.

Imagens no lado esquerdo, permitem-lhe saltar rapidamente para a localização que mais lhe interesse.

O comando do rato e do srol, permitem controlar os 360 graus das imagens e aproximar ou afastar para ver melhor os pormenores que lhe interessarem.

Se não for o caso, de ser tão teso como eu, e estiver a planificar fazer mesmo essa viagem, o mapa que pode consultar clicando na parte de baixo, no canto direito das imagens das cidades que visitar, tem a localização em imagem real, esquemática ou á laia de guia turístico, que juntamente com o GPS, que certamente equipará o seu automóvel, muito irá facilitar a sua orientação durante a visita.

Tanto neste caso da viagem ser real ou virtual que ela seja um momento de evasão, de todos os problemas que não só os portugueses enfrentam, como todos os povos explorados do mundo.

BOA VIAGEM E COMECE POR CLICAR AQUI!