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quinta-feira, 31 de julho de 2014


   AINDA A BES…TIAL BURLA DOS     ESPIRITOS SANTOS DESTE PAÍS      

A HISTÓRIA DO MAIOR CONFLITO NA CÚPULA DO CAPITALISMO PORTUGUÊS DO PÓS-25 DE ABRIL

A guerra entre o Grupo Queiroz Pereira e o Grupo Espírito Santo veio abalar fortemente uma relação de oito décadas. Envolveu irmãos, primos, parceiros. Terminou agora, com a mão do Banco de Portugal, que quis impedir uma grave perturbação no sistema financeiro, que certamente traria consequências à economia. Esta é a história da batalha entre os dois titãs.
Assim começa, um artigo da jornalista Cristina Ferreira, publicado no jornal “Público” e que pode ler clicando AQUI
Nele se descreve toda a evolução do processo conflituoso entre aqueles dois grupos de famílias, cujos prejuízos se reflectiram no Banco Espirito Santo nos primeiros 6 meses deste ano, avaliados em mais de 3.600 milhões de euros.
A cotação das acções do BES, que de mais de 1 euro e 30, no início do processo entre aqueles dois grupos familiares, caiu verticalmente em termos de ter sido necessário suspender as cotações, teve um esporádica subida, após o efeito surpresa da intervenção do Banco de Portugal no sentido de obrigar a nomeação do Victor Bento para a administração do que resta.
Foi sol de pouca dura porque já hoje, as cotações voltaram a ter uma queda de 50%, ficando a valer 17 cêntimos cada acção e certamente não irá ficar por aí.
De facto quando no início se falava que a criação de uma “cama financeira” de 1.200 milhões de euros seria suficiente, já se sabia que o GES estava sem liquidez, para cobrir dívidas conhecidas no valor de 5.000 milhões.
A partir daí passou a ouvir-se falar que afinal o buraco era de 8.000 milhões, que rapidamente passou a 12.000 milhões e Pacheco Pereira, pessoa bem informada, afirmou no programa “A Quadratura do Círculo” que as dividas eram de 14.000 milhões.
Outra das certezas que hoje se têm, é que os esclarecimentos do Banco de Portugal, não esclareceram nada e pelo contrário, deram elementos falsos sobre a real dimensão do problema Espirito Santo.
Se também foram enganados, resta saber.
Hoje já economistas e comentadores começam a falar na necessidade do Banco Espirito Santo, ter de recorrer aos fundos do Estado, o que quer dizer que vamos ser nós, trabalhadores reformados pensionista, habituais vítimas da sofreguidão desta canalha capitalista e exploradora, que vamos ser chamados a resolver o problema.
Entretanto, em relação ao próprio Banco de Portugal, levantam-se sérias dúvidas que os documentos oficias não nos deixam enganar.
Após a crise do subprime em 2008, ao verificar-se que tier1, ou seja (mais ou menos o nível de capitalização que um banco é obrigado a depositar às ordens do Banco de Portugal) era de uma forma geral 5% ou menos, dos volumes depositados.
Isto é um depósito de 100.000 euros, por exemplo, obrigava ao banco onde o depósito era feito, a cativar à ordem do Banco de Portugal 5% ou seja 5.000 euros, podendo emprestar a quem quisesse, 95.000 euros.
A partir da Crise que assola o mundo, provocada pelas vigarices da banca norte-americana, foi determinado um reforço desse colchão prudencial que passou a 8%, podendo ir em breve até aos 13%.
É evidente que só por si esta medida exige enormes aumentos de capital aos accionistas.
Imaginemos na situação actual do BES, até que ponto terá de ir esse esforço de consolidar o Tier 1.
Claro que será aos habituais fregueses, ou sejam os trabalhadores, reformados e pensionistas, a que a canalha que nos governa irá recorrer, para cobrir a brutal quantidade de dinheiro necessário para cumprir os rácios impostos pelo chamado Acordos de Basileia III, por mais que aquela canalha garanta que irão ser os privados que irão assumir esses valores.
Isto é tão garantido, como certo é, não ser possível encontrar uma ruga ou imperfeição, no nó de gravata do cavacal presidente.