É DE FACTO DOLOROSA
A VERDADE QUE NOS TRUCIDA!!!
Com o título de “A dolorosa verdade que nos trucida, sob o
suave sorriso do capital”, colocámos na passada quarta-feira um vídeo, com uma
glosa teatralizada por um actor inglês, que expressava o desprezo dos ricos,
pelo simples facto de o serem, olhando a restante humanidade, com um supremo e desprezível
olhar de superioridade.
Hoje, colocamos um texto que só agora chegou ao nosso conhecimento, onde esse tema não é teatralizado, mas aborda um estudo publicado esta semana no site do Banco Central Europeu, tratando o tema da imoral distribuição do rendimento e no fundo, acaba por sintetizar cientificamente o processo evolutivo de uma realidade, que na nossa opinião, coloca a humanidade sociologicamente, nos primórdios da civilização.
É contra esta dura realidade, que da forma mais consequente, lutam os comunistas.
Acordam agora de novo os economistas, para a relevância que nos dias de hoje têm os textos de Karl Marx. Como reflexo dessa realidade, em cursos específicos de Marxismo, estão actualmente inscreveram-se e trabalham nos Estados Unidos, mais de 30.00 alunos.
Apesar das distorções que a sua base ideológica tem sofrido através dos tempos, por exclusiva culpa dos homens, mais cedo do que tarde o Marxismo-Leninismo, expressão ligada ao quotidiano da sociedade, irá impor-se como a única saída possível para a sobrevivência da humanidade, pese embora todos os “Thomas Pikettys” que entretanto vão aparecendo e todos os “Capital do século XXI” que se vão escrevendo.
E agora reproduzimos um interessantíssimo texto que referimos no início, de autoria de Sérgio Aníbal e publicado no suplemento de Economia do jornal “Público” e que poderemos considerar complementar do que dissemos e mostrámos com o referido vídeo.
Hoje, colocamos um texto que só agora chegou ao nosso conhecimento, onde esse tema não é teatralizado, mas aborda um estudo publicado esta semana no site do Banco Central Europeu, tratando o tema da imoral distribuição do rendimento e no fundo, acaba por sintetizar cientificamente o processo evolutivo de uma realidade, que na nossa opinião, coloca a humanidade sociologicamente, nos primórdios da civilização.
É contra esta dura realidade, que da forma mais consequente, lutam os comunistas.
Acordam agora de novo os economistas, para a relevância que nos dias de hoje têm os textos de Karl Marx. Como reflexo dessa realidade, em cursos específicos de Marxismo, estão actualmente inscreveram-se e trabalham nos Estados Unidos, mais de 30.00 alunos.
Apesar das distorções que a sua base ideológica tem sofrido através dos tempos, por exclusiva culpa dos homens, mais cedo do que tarde o Marxismo-Leninismo, expressão ligada ao quotidiano da sociedade, irá impor-se como a única saída possível para a sobrevivência da humanidade, pese embora todos os “Thomas Pikettys” que entretanto vão aparecendo e todos os “Capital do século XXI” que se vão escrevendo.
E agora reproduzimos um interessantíssimo texto que referimos no início, de autoria de Sérgio Aníbal e publicado no suplemento de Economia do jornal “Público” e que poderemos considerar complementar do que dissemos e mostrámos com o referido vídeo.
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UM QUARTO DA RIQUEZA DE PORTUGAL
ESTÁ NAS MÃOS DE 1% DA
POPULAÇÃO
Afinal, o peso da
fortuna dos mais ricos ainda é maior do que se julgava, conclui um estudo
publicado esta semana no site do Banco Central Europeu. No caso português, um
quarto da riqueza está nas mãos de 1% da população.
Philip Vermeulen, um economista da autoridade monetária europeia, decidiu verificar se os dados da distribuição da riqueza publicados nos Estados Unidos e em diversos países da zona euro com base na realização de inquéritos às famílias nos davam uma imagem próxima da realidade. Em particular, o autor quis tentar perceber se os resultados apresentados eram afectados pelo fenómeno, já verificado em outras ocasiões, de não resposta ou resposta subavaliada por parte dos inquiridos com maiores rendimentos. E concluiu que sim.
Na resposta a inquéritos sobre a fortuna e os activos acumulados, as famílias pertencentes aos escalões mais elevados de rendimento, tendem a omitir de forma mais significativa os dados reais. E, por isso, a conclusão é simples: o peso da fortuna dos 1% e dos 5% da população mais ricos é afinal mais elevada do que se supunha.
Como explica o autor, isto acontece porque, para estes escalões de rendimento, a informação sobre a sua riqueza se torna mais sensível, com a motivação para a representar erradamente em inquéritos a acentuar-se. A análise de Philip Vermeulen parte dos dados publicados nos Estados Unidos nos inquéritos ao rendimento das famílias e produzidos para nove países da zona euro (incluindo Portugal) a partir de um inquérito do Banco Central Europeu que apenas pode ser consultado por investigadores.
Com base nos dados destes inquéritos, os 1% mais ricos nos EUA detinham 34% da riqueza total das famílias. Um valor que é o mais alto entre as economias mais desenvolvidas. No entanto, conclui Philip Vermeulen, ainda deveria ser maior, situado num intervalo entre 35% e 37%. O economista chega a esta conclusão combinando a informação dada pelos inquéritos com os dados presentes no ranking dos mais ricos do Mundo publicado pela revista Forbes.
Nos países da zona euro, embora a concentração da riqueza seja menor, a verdade é que a subavaliação registada nos inquéritos ainda é maior. Na Alemanha, os dados do inquérito apontam para uma concentração de 24% da riqueza global nas mãos dos 1% mais ricos, mas o estudo de Vermeulen sugere que esse valor pode chegar aos 33%. Outros países com diferenças substanciais entre os dados dos inquéritos e a análise do estudo são a Itália, que passa de 14% para 21% e a Holanda, que sobe de 9% para 17%.
Em Portugal, para o qual o Instituto Nacional de Estatística não publica o peso dos rendimentos e da riqueza dos 1% mais ricos, é interessante verificar que o inquérito realizado pelo BCE calcula que esta parte da população detém 21% da riqueza total. O estudo agora publicado que o número mais próximo da realidade poderá estar situado entre 25% e 26%. No que diz respeito aos 5% mais ricos – que nos EUA detém perto de 60% da riqueza – Portugal regista nos inquéritos 41%, que sobe na análise de Philip Vermeulen para um valor entre 44% e 45%.
Entre os nove países da zona euro analisados, Portugal é o terceiro país com uma maior concentração da riqueza, apenas atrás das Áustria e da Alemanha.
O debate em torno das questões da distribuição do rendimento e da riqueza passou a ocupar lugar de destaque a nível internacional nos últimos meses, especialmente após a publicação nos Estados Unidos, do livro “Capital no Século XXI” de Thomas Piketty. Nessa obra, o economista francês defende, com base em dados retirados das administrações fiscais de vários países do Mundo, que se tem vindo a registar desde o início dos anos 80 um agravamento acentuado na desigualdade da distribuição dos rendimentos e da riqueza. A tendência é particularmente forte nos EUA, mas também se verifica na Europa. Piketty diz que este é um fenómeno que resulta do facto de a rentabilidade obtida pelo factor capital crescer a um ritmo superior à economia e que tende a prolongar-se caso não sejam tomadas medidas correctivas, como o agravamento dos impostos sobre os mais ricos.
Philip Vermeulen, um economista da autoridade monetária europeia, decidiu verificar se os dados da distribuição da riqueza publicados nos Estados Unidos e em diversos países da zona euro com base na realização de inquéritos às famílias nos davam uma imagem próxima da realidade. Em particular, o autor quis tentar perceber se os resultados apresentados eram afectados pelo fenómeno, já verificado em outras ocasiões, de não resposta ou resposta subavaliada por parte dos inquiridos com maiores rendimentos. E concluiu que sim.
Na resposta a inquéritos sobre a fortuna e os activos acumulados, as famílias pertencentes aos escalões mais elevados de rendimento, tendem a omitir de forma mais significativa os dados reais. E, por isso, a conclusão é simples: o peso da fortuna dos 1% e dos 5% da população mais ricos é afinal mais elevada do que se supunha.
Como explica o autor, isto acontece porque, para estes escalões de rendimento, a informação sobre a sua riqueza se torna mais sensível, com a motivação para a representar erradamente em inquéritos a acentuar-se. A análise de Philip Vermeulen parte dos dados publicados nos Estados Unidos nos inquéritos ao rendimento das famílias e produzidos para nove países da zona euro (incluindo Portugal) a partir de um inquérito do Banco Central Europeu que apenas pode ser consultado por investigadores.
Com base nos dados destes inquéritos, os 1% mais ricos nos EUA detinham 34% da riqueza total das famílias. Um valor que é o mais alto entre as economias mais desenvolvidas. No entanto, conclui Philip Vermeulen, ainda deveria ser maior, situado num intervalo entre 35% e 37%. O economista chega a esta conclusão combinando a informação dada pelos inquéritos com os dados presentes no ranking dos mais ricos do Mundo publicado pela revista Forbes.
Nos países da zona euro, embora a concentração da riqueza seja menor, a verdade é que a subavaliação registada nos inquéritos ainda é maior. Na Alemanha, os dados do inquérito apontam para uma concentração de 24% da riqueza global nas mãos dos 1% mais ricos, mas o estudo de Vermeulen sugere que esse valor pode chegar aos 33%. Outros países com diferenças substanciais entre os dados dos inquéritos e a análise do estudo são a Itália, que passa de 14% para 21% e a Holanda, que sobe de 9% para 17%.
Em Portugal, para o qual o Instituto Nacional de Estatística não publica o peso dos rendimentos e da riqueza dos 1% mais ricos, é interessante verificar que o inquérito realizado pelo BCE calcula que esta parte da população detém 21% da riqueza total. O estudo agora publicado que o número mais próximo da realidade poderá estar situado entre 25% e 26%. No que diz respeito aos 5% mais ricos – que nos EUA detém perto de 60% da riqueza – Portugal regista nos inquéritos 41%, que sobe na análise de Philip Vermeulen para um valor entre 44% e 45%.
Entre os nove países da zona euro analisados, Portugal é o terceiro país com uma maior concentração da riqueza, apenas atrás das Áustria e da Alemanha.
O debate em torno das questões da distribuição do rendimento e da riqueza passou a ocupar lugar de destaque a nível internacional nos últimos meses, especialmente após a publicação nos Estados Unidos, do livro “Capital no Século XXI” de Thomas Piketty. Nessa obra, o economista francês defende, com base em dados retirados das administrações fiscais de vários países do Mundo, que se tem vindo a registar desde o início dos anos 80 um agravamento acentuado na desigualdade da distribuição dos rendimentos e da riqueza. A tendência é particularmente forte nos EUA, mas também se verifica na Europa. Piketty diz que este é um fenómeno que resulta do facto de a rentabilidade obtida pelo factor capital crescer a um ritmo superior à economia e que tende a prolongar-se caso não sejam tomadas medidas correctivas, como o agravamento dos impostos sobre os mais ricos.
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