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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ALGUMAS FOTOS MARAVILHOSAS

E UMA NÃO MENOS BELA MÚSICA

NESTE LINK
MARCELO REBELO DE SOUSA
ELOGIA FRANCISCO LOPES

"O comentador televisivo, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou na TVI, o candidato presidencial comunista, Francisco Lopes, pela "capacidade de surpreender" nos recentes debates televisivos.
Rebelo de Sousa mostrou-se impressionado com a prestação de Francisco Lopes nos debates entre os vários candidatos à Presidência da República, mas manteve que "os portugueses, de certo modo, já têm a cabeça feita" em relação ao seu sentido de voto e que, por isso, os debates "foram um grande flop" de audiências. As eleições estão marcadas para 23 de Janeiro de 2011.
O professor de Direito disse ainda que esta campanha para as eleições presidenciais "tem dois candidatos" (Cavaco Silva e Manuel Alegre), e "dois não-candidados" (Defensor Moura e Fernando Nobre).
Relativamente a Francisco Lopes, Marcelo referiu que é "o candidato que defende o seu partido, o PCP”.
Consideramos que só por “falta de tempo” se limitou a resumir “defende o seu partido”, não acrescentando que o PCP, Partido Comunista Português, é o partido da classe operária, de todos os trabalhadores, dos micros, pequenos e médios empresários.
Longe de nós pensarmos que tão isenta, devota e prodigiosa inteligência, estivesse com “papas na língua”ao não considerar “pedagógicamente”que o Partido Comunista nasceu para defender quem trabalha, quem produz e em suma, para lutar contra o Sistema Capitalista que sobrevive da exploração do trabalho dos outros, da apropriação das mais-valias, da especulação financeira e
da classe dos banqueiros, a quem essa mesma sociedade dá o privilégio, de por cada euro que recebe dum depositante, o Banco Central dá-lhe a prerrogativa emprestar 10 euros, com direito aos respectivos juros, só porque “sim”.

A PROPÓSITO DO DEBATE
CAVACO SILVA-MANUEL ALEGRE

A propósito telegénica indignação, do irascível “facies”de Cavaco Silva quando no debate com Manuel Alegre foi abordada a questão da SLN e do BPN, gostaríamos de ter visto então serem lembradas, as afirmações que proferiu após o debate com Francisco Lopes, quando questionado pela TVI24 sobre essa questão.
Nessa ocasião, Cavaco Silva refugiou-se habilidosamente em questões semânticas ao afirmar: “Nunca trabalhei no BPN, nunca comprei nem vendi nada do BPN, nunca recebi qualquer remuneração do BPN, é um caso de Justiça e o Presidente da República não deve interferir nos processos judiciais”.
De facto, segundo o “Expresso” noticiou na época, Cavaco Silva tinha comprado 105.378 acções da SLN e a filha 149.640 a um euro cada em 2001.
Em Dezembro de 2003, venderam-nas a 2,4 euros, obtendo um lucro de 351.900 euros.
O valor da venda das acções foi determinado por contrato, cujo conteúdo se desconhece, patrocinado por um favor contratual de Dias Loureiro ou de Oliveira e Costa, seus ex-ministro e ex-secretário de Estado e este ultimo financiador da sua campanha eleitoral.
Coincidência ou não, nomeou na ocasião o seu ex-ministro, Dias Loureiro, responsável pela sua campanha presidencial, para o Conselho de Estado.
João Semedo, deputado do BE que integrava a comissão de inquérito ao caso BPN, considerou então que: “Cavaco Silva respondeu habilidosamente sobre o seu envolvimento, tendo repetido exactamente o conteúdo do comunicado emitido em 2008 e que beneficiou deste sistema pouco transparente de compra e venda de acções e que seria interessante saber se as acções compradas e posteriormente vendidas, foram sujeitas ao direito de preferência dos restantes accionistas”.

PARA ENTENDER

A CRISE FINANCEIRA!!!


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O “CIRQUE DU SOLEIL”

Uma demonstração renovada da beleza do circo.
O circo desde sempre foi para nós um espectáculo, que fazia vir á memória, uns tristes e pobres saltimbancos, que habitualmente se exibiam nas ruas do meu bairro em Lisboa.
A miséria que exibiam nas suas vestes e respectivos acessórios, mais me entristeciam do que alegravam ou distraiam as manobras contorcionistas que uma miúda exibia, acompanhada pelo rufar de um velho e arruinado tambor, que o familiar fazia por adequar em velocidade de precursão, á languidez ou ligeireza, das contorções da “artista”.
Hoje o circo, como espectáculo, atingiu níveis de exibição artística e perfeição atlética e estética, que arrebatam nas emoções mais fantásticas, que a imaginação mais exuberante possa conceber.
O “Cirque du Soleil”, um universo visualmente extraordinário, onde os seus personagens coloridos, ficcionando cenas de sonho, esteticamente requintadas, se exibem pelo mundo fora, com várias equipas, actuando simultaneamente, em várias partes do mundo, como é testemunhado neste “power point” que se segue.


SÓ PECA POR SER POUCO
Algumas das mais belas imagens de Portugal,dando ao mundo numa espécie de amostra de rapsódia turística, para abrir o apetite para uma excursão, até este “jardim….á beira-mar plantado”.
Como não há bela sem senão, puseram um estrangeira a cantar as saudades portuguesas, reservando para a cantora, o enigmático e complexo expressar do valor e sentido da saudade, que só nós sabemos saborear, no seu verdadeiro significado e virtuosa ternura .
PARA QUE A MEMÓRIA NÃO ESQUEÇA!!!

AGORA QUE SE APROXIMAM AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

A resolução da “CRISE”, fruto das vigarices, roubos, especulação, destruição do aparelho produtivo, tráfico de influências, corrupção e os mais vários etc’s, foram desde sempre protagonizados pelo PSD e PS.
Aparentando denegrir-se, simulando alternar os objectivos, procuram manter o poder a qualquer preço.
Desde 1975, que confundindo os eleitores com um rodopio de promessas, a alternando a culpabilização do outro, como estratégia de manter as rédeas do poder, servem-se dele, exclusivamente para, obter votos, através de confundir e explorar a boa fé da maioria do povo trabalhador.
De forma exemplar, José Casanova , no seu estilo sintético, define o panorama político-económico dos caminhos trilhados por este dois Partidos, após o 25 de Abril, na destruição do nosso aparelho produtivo, e na colocação de todo o nosso dispositivo económico ao serviço dos grandes grupos empresariais e do sector bancário e financeiro, num artigo a que deu o título “OS DOIS” e foi publicado no “AVANTE “de 16 de Dezembro último.



Escreveu José Casanova:
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Andam, os dois, há 34 anos consecutivos a fazer a mesma política de direita, numa representação consabida, cumprindo rigorosamente as marcações da alternância disfarçada de alternativa que é o seguro de vida comum aos dois.

Foram, os dois, peças fundamentais da contra-revolução que liquidou a democracia de Abril e instalou esta faz-que-é-mas-não-é democracia.
Foram, os dois, os carrascos de tudo o que de novo, de moderno, de avançado, de progressista, a Revolução de Abril criou.
Foram, os dois, os coveiros da participação popular na construção da democracia avançada de Abril.
Foram, os dois, a guarda avançada dos grandes agrários e do grande capital no caminho da restauração do capitalismo monopolista de Estado.
Fizeram, os dois, dos direitos e interesses dos trabalhadores o alvo prioritário a abater.
Espalharam, os dois, o desemprego, a precariedade, os salários em atraso, a exploração, a injustiça, a pobreza, a miséria, a fome.
Fizeram, os dois, dos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros o alvo exclusivo a favorecer.
Planearam e executaram, os dois, a desorganização e destruição do aparelho produtivo nacional.
Vibraram, os dois, criminosas machadadas nos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
Depositaram, os dois, a independência e a soberania nacionais nas garras do imperialismo norte-americano e da sua sucursal europeia.
Envolveram, os dois, Portugal em guerras de ocupação imperialista, tornando-se co-responsáveis do massacre de centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes.
Trataram, os dois, a Constituição da República Portuguesa, Lei Fundamental do País, como um papel de embrulho.
Aprovaram, os dois, os PEC’s e o OE da desgraça.
Empurraram, os dois, Portugal para o buraco negro em que hoje está.
Agora, os dois, fingem que nada têm a ver com tudo isto e apresentam-se como portadores da política salvadora – que é, confessam os dois, a mesma com a qual, os dois, conduziram Portugal à dramática situação existente…
Sem ponta de vergonha, os dois.
Sem sombra de respeito pela inteligência e pela sensibilidade dos portugueses, os dois.
AINDA É TEMPO DE NATAL!!!

A ARTE SOLIDÁRIA

COM A COMUNIDADE!!!



MOMENTOS DE BOA DISPOSIÇÃO,

NÃO REPETIVEIS NO PRÓXIMO ANO!!!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

SEM ETIQUETA E SEM PREÇO

Este “power point” conta uma história sobre um tema, que poderia ser argumento de mais uma das fabulosas fábulas de Fedro, como que escrita por um Caio Júlio Fedro dos tempos modernos.
Moral da história:
Tal como em todas as fábulas de Fedro se aborda, defende, ou denuncia defeitos do comportamento humano com uma finalidade moral, nesta apresentação, de igual modo se denuncia a conduta da humanidade, degenerada por influências viciosas, como por exemplo, preferir uma marca só por ser conhecida ou publicitariamente prestigiada, em detrimento da verdadeira qualidade do produto.
Só temos uma reserva a fazer neste “power point”, na parte final.
No diapositivo nº 18, onde se lê: “é dado por Deus” na frase “O ar que respiramos, a brisa que embaraça nossos cabelos, o verde das árvores e o colorido das flores nos é dado por Deus, gratuitamente”, achamos que seria mais objectivo substituir a palavra Deus, por Natureza!

NESTE LINK



MAIS NOTAS…

MÁS NOTAS


SOBRE JULIAN ASSANGE

E O CASO WIKILEAKS
...

A perseguição que se está a fazer a Julian Assange primeiro e principal responsável pelo sitio Wikileaks, até parece uma “opera bufa”.
Ele no papel de amoroso das duas belas jovens suecas, é o jovem fidalgo que se apaixona pela camponesa.
SEPO, o Serviço de Informações Sueco, é o servo trapaceiro da CIA que depois do desaparecimento de Olof Palm, deu numa de “Direita”.
O Pentágono, velho avarento do seu poder sobre tudo e todos, vomita todas as nuances necessárias para manter o seu domínio intocável.
As tramas engenhosas que arquitecta, são o enredo da fábrica de dólares, em que o mundo está envolvido.
As vozes, como na Ópera Bufa, não procuram sequer ser belas…mas nem precisam.
Aldrabam, gaguejam, pifam….mas estão-se nas tintas.
Há sempre quem compre bilhetes e encha a sala para bater palmas, mesmo que o traje de cerimónia se limite a umas cuecas, para tapar os pudores, mesmo que falsos.


CARREGAMENTO DO TELEMÓVEL
SE O GOVERNO SABE O QUE SE PASSA… NADA FAZ!!!

A COMPETÊNCIA, HONESTIDADE E PROFISSIONALISMO DO MINISTRO DAS FINANÇAS, DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS, DO DIRECTOR, CHEFES E AGENTES DA ASAE, ESTÃO POSTAS EM CAUSA!!!
OU SERÁ PURA DESONESTIDADE?


A QUESTÃO É A SEGUINTE:

Na actualidade, sempre que carregamos o telemóvel no multibanco e não pedimos factura com o número de contribuinte, as operadoras de telemóveis não pagam os impostos devidos a essa operação.
Nós, não só pagamos as chamadas com os preços mais caros da Europa, como permitimos involuntariamente, que as companhias dos telemóveis não paguem os impostos devidos ao Estado.
Não seria de rever imediatamente este problema, se fosse por desconhecimento dos órgãos do governo???
Entretanto…”enquanto o pau vai e vem….”
Decorem o nº de contribuinte, ou em alternativa juntem o nº de contribuinte, perto do cartão do multibanco. Sempre que tenham de pagar chamadas pelo telemóvel no Multibanco, não esqueçam de pedir factura.
Lembre-se que está a colaborar na luta da fuga aos impostos, que é um acto de cidadania.
Quantos mais se evitar a fuga aos impostos…...menos impostos os cidadãos honestos e cumpridores têm de pagar.

LEMBRE-SE …É SUA OBRIGAÇÃO PASSAR ESTE EMAIL AOS VOSSOS FAMILIARES, AMIGOS...E CONHECIDOS!!!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A NOSSA PRENDA DE NATAL

Parábola das tristes décadas

Por Batista Bastos

Há trinta e cinco anos que vocês nos manipulam, nos dominam, nos mentem, nos omitem, nos desprezam.

Há trinta e cinco anos que nos roubam, não só os bens imediatos de que carecemos, como a esperança que alimenta as almas e favorece os sonhos.

Há trinta e cinco anos que cometem o pior dos pecados, aquele que consiste na imolação da nossa vida em favor da vossa gordura.

Há trinta e cinco anos que traem a Deus e aos homens, sem que a vossa boca se encha da lama da mentira.

Há trinta e cinco anos que criam legiões e legiões de desempregados, de desesperados, de açoitados pelo azorrague da vossa indignidade.

Há trinta e cinco anos que tripudiam sobre o que de mais sagrado existe em nós.

Há trinta e cinco anos que embalam as dores de duas gerações de jovens, e atiram-nos para as drogas, para o álcool, para uma existência sem rumo, sem direcção e sem sentido.

Há trinta e cinco anos que caminham, altaneiros e desprezíveis, pelo lado oposto ao das coisas justas.

Há trinta e cinco anos que são desonrados, torpes, vergonhosos e impróprios.

Há trinta e cinco anos que, nas vossas luras e covis, se acoitam os mais indecentes dos canalhas.

Há trinta e cinco anos que se alternam no mando, e o mando é a distribuição de benesses, prebendas, privilégios entre vocês.

Há trinta e cinco anos que fazem subir as escarpas da miséria e da fome milhões de pessoas que em vocês melancolicamente continuam a acreditar.

Há trinta e cinco anos que se protegem uns aos outros, que se não incriminam, que se resguardam, que se enriquecem, que não permitem que uns e outros sejam presos por crimes inomináveis.

Há trinta e cinco anos que vocês são sempre os mesmos, embora com rostos diferentes.


Há trinta e cinco anos que os mesmos jornais, sendo outros, e os mesmos jornalistas de outra configuração, sendo a mesma, disfarçam as vossas infâmias, ocultam as vossas ignomínias, dissimulam a dimensão imensa dos vossos crimes.

Há trinta e cinco anos sem vergonha, sem pudor, sem escrúpulo e sem remorso.

Há trinta e cinco anos que não estão dispostos a defender coisa alguma que concilie o respeito mútuo com a dimensão colectiva.

Há trinta e cinco anos que praticam o desacato moral contra a grandeza da justiça e a elevação do humano.

Há trinta e cinco anos que, com minúcia e zelo, construíram um país só para vocês.

Há trinta e cinco anos que moldaram a exclusão social, que esculpiram as várias faces da miséria e, agora, sem recato e sem pejo, um de vocês faz o discurso da indignação.

Há trinta e cinco anos começaram a edificar o medo, e o medo está em todo o lado: nas oficinas, nos escritórios, nos entreolhares, nas frases murmuradas, na cidade, na rua. O medo está vigilante. E está aqui mesmo, ao nosso lado.

Há trinta e cinco anos encenaram e negociaram, conforme a situação, o modo de criar novas submissões e impor o registo das variantes que vos interessavam.

Há trinta e cinco anos engendraram, sobre as nossas esperanças confusas, uma outra história natural da pulhice.

Há trinta e cinco anos que traíram os testamentos legados, que traíram os vossos mortos, que traíram os vossos mártires.

Há trinta e cinco anos que asfixiam o pensamento construtivo; que liquidaram as referências norteadoras; que escarneceram da nossa pessoal identidade; que a vossa ascensão não corresponde ao vosso mérito; que ignoram a conciliação entre semelhança e diferença; que condenam a norma imperativa do equilíbrio social.
Riam-se, riam-se. Vocês são uma gente que não presta para nada; que não vale nada.

Malditos sejam!
TROVOADAS


AGORA È O SEU TEMPO……VÁ TREINANDO!!!


Hoje não será só um “Power point ” mas dois, que pelo contraste do tema, são reflexo do nosso quotidiano.
Tem aspectos que muitas vezes nos passam despercebidos e é nisso que pretendemos que medite!.
Este será portanto tema para um exercício de atenção...e análise, para o mundo que nos rodeia e ao qual tantas vezes somos indiferentes.

Uma vezes pelo seu lado belo, outras pelo seu lado trágico, outras pelo seu lado insólito, outras...outras...
Umas vezes despovoado, outras pelo contrário, cheio de gente e de vida.
Em qualquer circunstância, “ver com olhos de ver”, trás sempre novidade, mesmo a quem “vê”.
Agora divirta-se com este dois exemplos.

Alargue a sua imaginação, para tirar partido do que vê, ou indo mesmo para além do que vê!!!
Aprecie em novas perspectivas, os encantos do mundo que o rodeia, ou de que faz parte.
Em conclusão o que acontece é o seguinte:

Temos a certeza que já viu imensas fotografias de desertos, que á partida poucas variáveis lhe poderiam apresentar.
Já viu certamente, imensas fotografias de Veneza.


Agora repare com cuidado!!!.


Alguma vez “viu” um deserto assim?



NESTE LINK
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Alguma vez “viu” Veneza desta maneira?

NESTE LINK
PRESIDENCIAIS
DEBATE
FRANCISCO LOPES-CAVACO SILVA
Por motivo de força-maior, só hoje tivemos oportunidade de assistir á gravação do debate de Francisco Lopes, com Cavaco Silva.
A primeira das nossas observações, é para dar os nossos sinceros parabéns a Francisco Lopes, que neste debate excedeu as nossas expectativas e esteve ao seu melhor nível, perante aquele que potencialmente seria o seu mais difícil e complicado adversário.
Neste debate, a sua experiência política, calejada na defesa das classes trabalhadoras, veio ao de cima em todo o seu esplendor.
Chegou mesmo a obrigar os habituais sorrisos de circunstância de Cavaco Silva, se transformassem muitas vezes, em dolorosos esgares de mal contido rancor, que muita azia deve ter provocado aos seus “assessores de imagem”.
A sua calma, serena precisão no rigor dos argumentos, elevaram o nível do debate a um padrão, raramente produzido na nossa televisão “pós 25 de Abril”.
Por outro lado, os argumentos de Cavaco Silva, revestiram-se de algum artificialismo e diríamos até, de alguma demagógica ingenuidade.
Bem pode Cavaco Silva lembrar a “generosa”criação do 14º mês para os pensionistas, esquecendo que já era uma aquisição normal das classes trabalhadoras.
Falar da integração dos trabalhadores agrícolas na Segurança Social, quando já quase não havia trabalhadores agrícolas e os que ainda existiam, lá iam tendo algum apoio social, nas tradicionais Casas do Povo.
Quanto á sua terceira “grande” obra, para demonstrar a sua eficácia como primeiro-ministro, lembrou a sua intervenção em Setúbal, chamando a si a resolução em 1983, dos problemas da fome em Setúbal.
Ele, devia era ter vergonha do comportamento dos governos nessa época e concretamente na ocultação que tentaram fazer, dos graves problemas com que se defrontava a zona de Setúbal, só porque a maioria da sua população era comunista.
Não lhe ouvimos uma palavra sobre a acção meritória do então Bispo de Setúbal, D.Manuel Martins e da intensa campanha que levou a cabo, combatendo e denunciante os erros, incoerências, hipocrisias, injustiças e a fome que grassava, consequência directa do desemprego dos trabalhadores, vítimas do encerramento de grandes unidades fabris, ou da redução de pessoal, nos estaleiros da Lisnave e Setenave, que deixaram cerca de 30 mil pessoas sem trabalho e outras tantas, com salários em atraso.
Não fora D. Manuel Martins, ter instituído nessa ocasião um Fundo de Solidariedade na dependência da Cúria Diocesana, de onde lhe vinham os apoios e sabe-se lá qual seria o trágico fim de muitos desses trabalhadores e de suas famílias.
Afrontando o poder político, mostrando a realidade insistentemente, chegou ao extremo de dizer, que o governo estava a "matar pela raiz os direitos sociais", obrigando o Executivo a mudar de opinião e a admitir finalmente que havia fome em Setúbal, contrariamente ao que o governo afirmava.
Só então decidiram adoptar um “Plano de Emergência” para a região.
Não fora o empenho, as denúncias e generosa actividade de D. Manuel Martins e a situação dramática, teria descambado em tragédia, porque “os pobres não têm voz” como ele frisou muitas vezes.
Para aquele governo, se morressem todos os comunistas, não faziam cá falta nenhuma, dizemos nós!!!
Lembramos com orgulho, que foi a propósito das suas firmes e exemplares tomadas de posição em defesa dos trabalhadores, dos pobres e dos explorados, que passou a ser chamado “Bispo Vermelho”, numa alusão ao Partido Comunista.
Curiosamente, muitas vezes confessou o Bispo, que esse cognome nunca o incomodou, antes pelo contrário, pois sempre tomou partido na defesa dos mais fracos, seus direitos e da sua dignidade.
Cavaco Silva no debate, continuou a procurar elencar a sua “ OBRA” e argumentou que era ele que “tinha tido o mérito de inaugurar a Auto-Europa em Setúbal”.
Achei o argumento tão ridículo, que teria desculpado uma boa gargalhada a Francisco Lopes.
Este, no entanto manteve-se impávido e sereno perante a demagógica e caricata afirmação, fruto da sua inegável superioridade moral e política e certamente pela seriedade com que encarava esse debate.
Talvez por isso e para continuar a realçar os seus “feitos”, entusiasma-se, e avançando na cadeira de dedo em riste e pondo uma intimidante expressão no rosto, regougou::
“Quando saí do governo, as contas públicas estavam equilibradas e agora, as nossas dívidas externa é aquilo que “abafa totalmente o nosso país”.
“Agora vou conduzir o pais para uma linha de rumo, através da minha magistratura activa que permita resolver os dois grandes problemas que é o desemprego e o endividamento externo !!!”
Faltaram foguetes….fogo de artifício e uma pergunta simples: então porque não o fez antes, perguntamos nós!!!
Fez bem lembrar Francisco Lopes, que Cavaco Silva nos anos 90, nos prometia caminharmos no pelotão da frente.
Hoje concluímos que de facto cumpriu a promessa: só que o pelotão é outro, não o da prosperidade prometida, mas sim da pobreza, do desemprego, dos baixos salários da precariedade, da decadência, da destruição do aparelho produtivo.
Estarmos na cauda da Europa, muito por sua responsabilidade.
Para concluir, consideramos que Francisco Lopes nos reservou uma intervenção, lúcida, sensível e inteligente, na argumentação; sólida quanto às verdadeiras causas dos nossos problemas.
Chegou mesmo a demonstrar que Cavaco Silva está ao lado dos especuladores, quando recomenda ao governo que tenha em atenção o que dizem esses exploradores do erário público.
Em plano completamente diferente, dando-lhe uma bela lição de patriotismo, Francisco Lopes citou o magnífico exemplo de Timor, prova que quando as autoridades da Nação se juntam ao povo para definir uma política justa, não há adversário que possa resistir.
Como português e como patriota, fico-lhe grato, por saber que ainda há neste país quem não esteja vendido ao poder do dinheiro e aos interesses das grandes empresas e dos grandes capitalistas.
Não é a nossa condição de comunista, que influencia os critérios, com que analisámos ambas as intervenções.
Diríamos mesmo, que subconscientemente estariamos preparados, para que a “ronha” e a experiência de Cavaco Silva, constitui-se um handicap, capaz de perturbar a argumentação de Francisco Lopes.
Mas o que aconteceu, foi um espectáculo da inabalável solidez dos conhecimentos de Francisco Lopes e a irritada e por vezes quase descontrolada superficialidade, frases feitas e lugares comuns, de Cavaco Silva.
Chegámos a sentir que o candidato Cavaco Silva, tido nos meios de comunicação social, como uma “Avis rara” dos políticos portugueses, era afinal um tigre de papel.
Qualquer adepto ou simpatizante da sua candidatura, terá facilmente percebido que ele não passa de um bluff, que afinal preenche a Presidência, com a empáfia de que quem sente, que tendo um olho num país de cegos ….é rei!!!
Por outro lado, Francisco Lopes provou que sabe da “poda”.
Quem, como ele, vive o quotidiano no seio da luta dos trabalhadores, que está profundamente irmanado com os seus ideais, que fez da sua vida como que um sacerdócio de dedicação integral e exclusiva á luta pela defesa dos interesse dos seus semelhantes, para que definitivamente deixe de haver portugueses de primeira e portugueses de segunda ou terceira, ficou a merecer de todos aqueles que ainda lhe não reconheciam o valor, o talento, o compromisso e a lucidez…… o mais profundo respeito!!!.
A intervenção de Francisco Lopes muitas vezes nos surpreendeu pela serena, exaustiva e meticulosa enumeração dos factos, que provaram ter sido Cavaco Silva um dos principais responsáveis pela gravidade da situação que o país actualmente atravessa, na medida em que foi Primeiro-ministro durante dez anos e é Presidente da Republica há cinco anos.
Em nenhuma circunstância perdeu o fio do seu raciocínio e demonstrou grande inteligência e acutilância na forma como desmontou a falácia das alegações do seu adversário, sobretudo quando se referiu á natureza da cooperação estratégica do Presidente com o governo de Sócrates, não esquecendo de elucidar a importante influência do Presidente, no apoio ao devastador e ruinoso Orçamento de Estado.
Não esqueceu igualmente de o co-responsabilizar na nacionalização do prejuízo do BPN, resultado da mega-fraude de Oliveira e Costa, antigo secretário de Estado para os assuntos fiscais no seu governo e que até agora, já custou ao erário público, mais de 5.000 milhões de euros.
Acusou-o igualmente de aceitar, que os grandes grupos económicos e financeiros continuem a não pagar os impostos que lhes deveriam ser tributados, aceitando e aconselhando o actual governo a obedecer e cumprir as exigências das Agência Financeiras de Rating.
Ao denunciar as consequências funestas do Orçamento de Estado, incriminou este de provocar um trágico aumento do desemprego, falência de pequenas e médias empresas e destruição da classe média.
Para concluir, não esqueceu de enumerar as alternativas possíveis a essas medidas, em defesa dos interesses das classes trabalhadoras, dos reformados, dos pequenos e médios comerciantes, não descurando a necessária estabilidade das classes médias, sem desprezar a necessária e objectiva moralização da Banca e a correcção dos imorais privilégios dos Bancos e grandes grupos empresariais.
Por fim, a memória que durante muito tempo vamos reter do candidato Cavaco Silva, tem a ver com os seus hilariantes sinais exteriores de pânico, ou de ódio mal contido, perceptíveis pelos trejeitos da face e nos movimentos do corpo, quando atacado pelo candidato Francisco Lopes.
Tão evidentes e incomuns foram eles, que só encontra justificação pela angústia de estar a ser derrotado, denunciado e sobretudo inferiorizado por um comunista, a cuja ideologia, é notória, indisfarçável e insuportavelmente alérgico.
Para terminar temos que confessar haver uma coisa em que Cavaco Silva foi superior.
O seu sempre impecável nó da gravata...... estava melhor que o de Francisco Lopes.

PARA VER O VIDEO DO DEBATE
FRANCISCO LOPES-CAVACO SILVA, PODE CLICAR AQUI

terça-feira, 21 de dezembro de 2010



AS ORIGENS
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DO NATAL




“Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homem.”

(Mateus 15:9)
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Iniciamos com esta citação bíblica, como justificação e conteúdo histórico, relativo ao esforço que a Igreja Católica tem feito, para celebrar o falso dia do nascimento de Cristo!
Seria absolutamente inexplicável o facto de não haver mandamento ou instrução alguma na Bíblia, que faça referência, ou determine celebrar esse acontecimento, que tanto significado tem para a Igreja Católica e nomeadamente para os católicos praticantes, quando adoptam essa data, como a do nascimento do chamado Cristo Redentor.
O que se passou de facto, foi a necessidade de atrair as populações pagãs, principalmente os místicos de Mitra, que habitualmente no dia 25 de Dezembro (altura do solstício de Inverno) celebravam a liturgia do mistério mítrico, como a festividade dedicada ao "nascimento do deus sol invencível".
O Natal é na realidade, a mesma velha festividade de adoração do Sol.
Os cristãos primitivos não festejavam, ou sequer conheciam o Natal, pois a Páscoa da Ressurreição de Cristo numa reminiscência do Judaísmo de onde derivava o Cristianismo, era de facto a celebração mais importante.
Foi em 354, que o papa Libério, decretou em Roma, como forma a assimilar as festas pagãs e cristianizá-las.
No entanto, já num almanaque romano de 336, ano que se considera ser o da adopção da religião cristã, por Constantino imperador de Roma, como religião do Estado, havia uma relação entre o solstício de Inverno e um festejo do nascimento de Cristo.
O ritual de oferecer prendas nesta ocasião deriva igualmente das festas pagãs, designadas de Sigilárias, em que para além de se darem prendas às crianças, se decoravam as casas com plantas e ramos verdes, e davam esmolas em dinheiro, alimentos ou prendas aos pobres, reminiscências que estão na base das lendárias oferendas dos reis Magos.
É de tudo isto e mais alguns factos, que fala o próximo “power point”.


NESTE LINK
UMA MARAVILHOSA E IMPRESSIONANTE

HISTÓRIA DE AMOR
Quando eu era novo, por volta dos anos 50, uma das estrelas maiores do firmamento artístico, era sem dúvida a cantora Edith Piaf (Édith Giovanna Gassion).
Constava entre quem dela falava, que tinha uma vida desregrada, que era senhora de todos os vícios e de todos os amores, enfim com uma vida completamente desregrada e de excessos.
Do seu rol de amores constavam imensas celebridades, tais como: os cantores Yves Montand, Charles Aznavour, Georges Moustaki , Gilbert Bécaud, Jacques Pills, os actores Paul Meurisse, Marlon Brando, o pugilista Marcel Cerdan.
Já com bastante idade, em 1962, apaixonou-se e casou com um jovem, vinte anos mais novo do que ela, Théo Sarapo (Theophanis Lamboukas) cabeleireiro grego, que se tornou posteriormente cantor e actor,
Todos lhe atribuíam a intenção de viver á conta do amor que Edith Piaf tinha por ele, atribuindo-lhe o papel de “gigolô”, até porque ela tinha-o tornado seu herdeiro universal.
Só que nessa qualidade e em memória desse grande amor, os sete anos de viuvez que se seguiram,sem que se tivesse voltado a casar, serviram para ele se entregar completamente a pagar as dívidas que a sua amada Edith Piaf, tinha deixado, como consequência da vida desregrada, sobretudo nos seus últimos anos de vida.
É essa a comovente história que descreve o “power point” que se segue:
PREÇO DA GASOLINA
Acabamos de receber um “power point”, que propõe uma estratégia para conseguir levar as duas principais gasolineiras a estabelecerem um preço justo para a gasolina.
Estamos de acordo no essencial, mas não na duplicação do alvo ali definido, que são a BP e a GALP.
Não queremos prejudicar a eficácia desta campanha, mas pensamos que se simplificarmos e definirmos um só inimigo principal, a GALP, reforçamos as probabilidades de êxito.
A cabeça principal deste cartel é de facto, como todos sabemos, a GALP e como tal, se for ela o alvo exclusivo e não um de dois, asseguramos o êxito da iniciativa com mais probabilidade.
Julgamos que esta proposta é legítima, tacticamente inteligente e mais eficaz para atingir esse objectivo, na medida em atinge os interesses específicos da mentora e principal beneficiária da situação.
Quando há bastante tempo, recebemos vários emails e “power points”, que propunham medidas para combater o irracional aumento dos combustíveis, aconselhando a não comprar gasolina á terça-feira ou noutros dias, numa ou duas companhias, considerámos essas medidas ridículas e sem qualquer consequência prática, como era óbvio.
Já nessa ocasião propusemos, que mais eficaz seria acordar em deixar de comprar na GALP, pelas razões atraz invocadas.
Vivemos uma experiência semelhante em 1959, quando então assumimos uma estratégia semelhante contra a L’OREAL, cabeça de um cartel de fabricantes de cosmético que se formou nessa altura, que só não foi um êxito total porque vivíamos numa Ditadura.
O entusiasmo e adesão maciça dos profissionais dos ramos afectados, que a iniciativa proporcionou, compensaram sobejamente os gravíssimos problemas pessoais que o governo de então nos criou, por termos sido o porta-voz da iniciativa.
Este foi os “power point” que recebemos:
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Esta é a nossa contra proposta:

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010


É NATAL... PARA TODOS!!!

FESTA... PARA ALGUNS!!!

ESTA É A NOSSA MANEIRA DE DESEJAR BOAS-FESTAS E UM FELIZ NATAL!!!



TIGRES EM
EXTINÇÃO

Por Jorge Cadima

Professor da Universidade de Lisboa e analista de política internacional



Artigo publicado em “Odiários.info”

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“O «Tigre Celta», que durante anos foi propagandeado como «caso de sucesso» da integração europeia, acabou devorado pela União Europeia e o FMI. (…) Se alguma virtude tem esta mais recente tempestade europeia, é a de mandar às malvas boa parte das patranhas que nos têm sido vendidas (com argumentos de direita ou «de esquerda») sobre o capitalismo europeu e a União Europeia. Cada dia se torna mais claro que a UE não é mais que um centro de comando do grande capital.”

O «Tigre Celta», que durante anos foi propagandeado como «caso de sucesso» da integração europeia, acabou devorado pela União Europeia e o FMI. É o destino fatal dos «casos de sucesso» do capitalismo dos nossos dias. Já foi assim com a Islândia, como antes o fora com os «tigres asiáticos» ou a Argentina. Desta vez, a versão oficial é que os bancos irlandeses «se excederam».
Mas em Julho passado, os dois grandes bancos irlandeses (Anglo Irish e Bank of Ireland) foram aprovados nas «provas de resistência» que a União Europeia conduziu ao seu sistema bancário.
Os «excessos» sempre tiveram a chancela oficial daqueles que lucraram com os excessos. Que não são os mesmos que agora vão pagar a factura.
Fala-se do pacote de 85 mil milhões de euros e diz-se que é dinheiro do FMI e da UE «para a Irlanda». Mas mais de 20% (17,5 mil milhões) desse montante é dinheiro irlandês, na sua maioria do Fundo Nacional de Reserva para as Pensões (Financial Times, 29.11.10). Que agora vai ser saqueado para entregar à banca. Mais concretamente, para entregar aos credores seniores das obrigações dos bancos, que não vão ficar a arder nem um cêntimo: «Após muito debate, foi também decidido que os obrigacionistas seniores que emprestaram dinheiro aos bancos irlandeses [para cometer «excessos» - NA] não vão sofrer perdas. “Não haverá nenhum corte de cabelo na dívida sénior” disse Olli Rehn, o Comissário da UE para as questões económicas e monetárias» (FT, 29.11.10).
E quem são estes credores seniores, que ficarão com a melena intacta, enquanto o povo irlandês vai à máquina zero?
Segundo o Financial Times (23.11.10), os bancos europeus são credores de mais de 500 mil milhões de dólares de dívida irlandesa. Os bancos ingleses de 150 mil milhões (6,6% do PIB britânico). Os bancos alemães vêm logo a seguir com 139 mil milhões de dólares (4,2% do PIB alemão). No caso da pequena Bélgica a dívida é de 54 mil milhões (uns estonteantes 11,7% do seu PIB).
O pacote UE/FMI não foi para salvar a Irlanda, mas para salvar o grande capital financeiro dos centros da UE, que se arriscava a sair tosquiado do regabofe. Mais uma vez, salva-se a banca e enterram-se os estados.
As dívidas da Irlanda já não serão dívidas aos bancos, mas aos estados da UE (através dos mecanismos EFSM e EFSF). Amanhã dirão de novo que as contas dos estados são insustentáveis, que é preciso cortar salários, pensões, serviços públicos.
E o saque continua: «o governo espanhol está a estudar a venda de participações na empresa gestora da lotaria nacional e nos aeroportos, enquanto a Irlanda encara privatizações nos seus sectores de electricidade e gás, como parte de um pacote de ajuda conjunta da União Europeia e FMI» (Telegraph, 1.12.10). Do tigre não vai sobrar nem a carcaça.
Se alguma virtude tem esta mais recente tempestade europeia, é a de mandar às malvas boa parte das patranhas que nos têm sido vendidas (com argumentos de direita ou «de esquerda») sobre o capitalismo europeu e a União Europeia.
Cada dia se torna mais claro que a UE não é mais que um centro de comando do grande capital.

PORTUGAL TERCEIRO PAÍS DA
UNIÃO EUROPEIA COM MAIS PRECÁRIOS

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Portugal é o terceiro país da União Europeia (UE), depois da Polónia e de Espanha, que apresenta a mais alta taxa de trabalhadores contratados a prazo, de acordo com os números avançados pelo Eurostat.
De acordo com o gabinete de estatísticas europeu, Portugal tem 22% da população empregada contratada a prazo, sendo apenas ultrapassado pela Polónia (26,5%) e por Espanha (25,4%).
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho precário caracteriza-se por uma combinação de diferentes factores, entre os quais, "uma duração limitada ou uma elevada probabilidade de o trabalhador perder o emprego".



VAMOS DIVULGAR ISTO!!!
Já há tempos tínhamos noticiado neste Blogue, as dificuldades por que passava esta iniciativa do governo brasileiro, em virtude da fraca utilização que se fazia sentir desta bela biblioteca digital, desenvolvida em software livre, mas que por esse motivo estava prestes a ser desactivada.
Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desactivar o projecto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno.
Vamos tentar reverter esta situação, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura.
Além das 732 obras de literatura portuguesa, das obras de Machado de Assis, ou a Divina Comédia, pode-se escutar músicas em MP3 de alta qualidade; ou ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci
CLICANDO AQUI

CURTO E ACTUAL...

A avó diz à neta:
- Eu, com a tua idade, já trabalhava.
A neta responde:
- Eu, com a tua idade, vou estar a trabalhar...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

FENÓMENOS DA NATUREZA

Ao colocar este power point que acabei de traduzir e adaptar, aproveito a oportunidade para informar os leitores deste Blogue que durante uns tempos os meus posts irão ser mais espaçados, na medida em que por motivos de saúde, o tempo que gostaria de continuar a dedicar a esta tarefa, vai ser muito reduzido.
Esperando que seja por pouco tempo....


Um abraço a todos.

NESTE LINK



DEVEM-ME DINHEIRO


ARTIGO PUBLICADO NO PENTHOUSE
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José Sócrates em 2001 prometeu que não ia aumentar os impostos. E aumentou. Deve-me dinheiro. António Mexia da EDP comprou uma sinecura para Manuel Pinho em Nova Iorque. Deve-me o dinheiro da sinecura de Pinho. E dos três milhões de bónus que recebeu. E da taxa da RTP na conta da luz. Deve-me a mim e a Francisco C. que perdeu este mês um dos quatro empregos de uma loja de ferragens na Ajuda onde eu ia e que fechou. E perderam-se quatro empregos. Por causa dos bónus de Mexia. E da sinecura de Pinho. E das taxas da RTP. Aníbal Cavaco Silva e a família devem-me dinheiro. Pelas acções da SLN que tiveram um lucro pago pelo BPN de 147,5 %. Num ano. Manuel Dias Loureiro deve-me dinheiro. Porque comprou por milhões coisas que desapareceram na SLN e o BPN pagou depois. E eu pago pelo BPN agora. Logo, eu pago as compras de Dias Loureiro. E pago pelos 147,5 das acções dos Silva. Cavaco Silva deve-me muito dinheiro. Por ter acabado com a minha frota pesqueira em Peniche e Sesimbra e Lagos e Tavira e Viana do Castelo. Antes, à noite, viam-se milhares de luzes de traineiras. Agora, no escuro, eu como a Pescanova que chega de Vigo. Por isso Cavaco deve-me mais robalos do que Godinho alguma vez deu a Vara. Deve-me por ter vendido a ponte que Salazar me deixou e que eu agora pago à Mota Engil. António Guterres deve-me dinheiro porque vendeu a EDP. E agora a EDP compra cursos em Nova Iorque para Manuel Pinho. E cobra a electricidade mais cara da Europa. Porque inclui a taxa da RTP para os ordenados e bónus da RTP. E para o bónus de Mexia. A PT deve-me dinheiro. Porque não paga impostos sobre tudo o que ganha. E eu pago. Eu e a D. Isabel que vive na Cova da Moura e limpa três escritórios pelo mínimo dos ordenados. E paga Impostos sobre tudo o que ganha. E ficou sem abonos de família. E a PT não paga os impostos que deve e tenta comprar a estação de TV que diz mal do Primeiro-ministro. Rui Pedro Soares da PT deve-me o dinheiro que usou para pagar a Figo o ménage com Sócrates nas eleições. E o que gastou a comprar a TVI. Mário Lino deve-me pelos lixos e robalos de Godinho. E pelo que pagou pelos estudos de aeroportos onde não se vai voar. E de comboios em que não se vai andar. E pelas pontes que projectou e que nunca ligarão nada. Teixeira dos Santos deve-me dinheiro porque em 2008 me disse que as contas do Estado estavam sãs. E estavam doentes. Muito. E não há cura para as contas deste Estado. Os jornalistas que têm casas da Câmara devem-me o dinheiro das rendas. E os arquitectos também. E os médicos e todos aqueles que deviam pagar rendas e prestações e vivem em casas da Câmara, devem-me dinheiro. Os que construíram dez estádios de futebol devem-me o custo de dez estádios de futebol. Os que não trabalham porque não querem e recebem subsídios porque querem, devem-me dinheiro. Devem-me tanto como os que não pagam renda de casa e deviam pagar. Jornalistas, médicos, economistas, advogados e arquitectos deviam ter vergonha na cara e pagar rendas de casa. Porque o resto do país paga. E eles não pagam. E não têm vergonha de me dever dinheiro. Nem eles nem Pedro Silva Pereira que deve dinheiro à natureza pela alteração da Zona de Protecção Especial de Alcochete. Porque o Freeport foi feito à custa de robalos e matou flamingos. E agora para pagar o que devem aos flamingos e ao país vão vendendo Portugal aos chineses. Mas eles não nos dão robalos suficientes apesar de nos termos esquecido de Tien Amen e da Birmânia e do Prémio Nobel e do Google censurado. Apesar de censurarmos, também, a manifestação da Amnistia, não nos dão robalos. Ensinam-nos a pescar dando-nos dinheiro a conta gotas para ir a uma loja chinesa comprar canas de pesca e isco de plástico e tentar a sorte com tainhas. À borda do Tejo. Mas pesca-se pouca tainha porque o Tejo vem sujo. De Alcochete. Por isso devem-me dinheiro. A mim e aos 600 mil que ficaram desempregados e aos 600 mil que ainda vão ficar sem trabalho. E à D. Isabel que vai a esta hora da noite ou do dia na limpeza de mais um escritório. Normalmente limpa três. E duas vezes por semana vai ao Banco Alimentar. E se está perto vai a um refeitório das Misericórdias. À Sexta come muito. Porque Sábado e Domingo estão fechados. E quando está doente vai para o centro de saúde às 4 da manhã. E limpa menos um escritório. E nessa altura ganha menos que o ordenado mínimo. Por isso devem-nos muito dinheiro. E não adianta contratar o Cobrador do Fraque. Eles não têm vergonha nenhuma. Vai ser preciso mais para pagarem. Muito mais. Já.