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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

MARCELO REBELO DE SOUSA
ELOGIA FRANCISCO LOPES

"O comentador televisivo, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou na TVI, o candidato presidencial comunista, Francisco Lopes, pela "capacidade de surpreender" nos recentes debates televisivos.
Rebelo de Sousa mostrou-se impressionado com a prestação de Francisco Lopes nos debates entre os vários candidatos à Presidência da República, mas manteve que "os portugueses, de certo modo, já têm a cabeça feita" em relação ao seu sentido de voto e que, por isso, os debates "foram um grande flop" de audiências. As eleições estão marcadas para 23 de Janeiro de 2011.
O professor de Direito disse ainda que esta campanha para as eleições presidenciais "tem dois candidatos" (Cavaco Silva e Manuel Alegre), e "dois não-candidados" (Defensor Moura e Fernando Nobre).
Relativamente a Francisco Lopes, Marcelo referiu que é "o candidato que defende o seu partido, o PCP”.
Consideramos que só por “falta de tempo” se limitou a resumir “defende o seu partido”, não acrescentando que o PCP, Partido Comunista Português, é o partido da classe operária, de todos os trabalhadores, dos micros, pequenos e médios empresários.
Longe de nós pensarmos que tão isenta, devota e prodigiosa inteligência, estivesse com “papas na língua”ao não considerar “pedagógicamente”que o Partido Comunista nasceu para defender quem trabalha, quem produz e em suma, para lutar contra o Sistema Capitalista que sobrevive da exploração do trabalho dos outros, da apropriação das mais-valias, da especulação financeira e
da classe dos banqueiros, a quem essa mesma sociedade dá o privilégio, de por cada euro que recebe dum depositante, o Banco Central dá-lhe a prerrogativa emprestar 10 euros, com direito aos respectivos juros, só porque “sim”.

A PROPÓSITO DO DEBATE
CAVACO SILVA-MANUEL ALEGRE

A propósito telegénica indignação, do irascível “facies”de Cavaco Silva quando no debate com Manuel Alegre foi abordada a questão da SLN e do BPN, gostaríamos de ter visto então serem lembradas, as afirmações que proferiu após o debate com Francisco Lopes, quando questionado pela TVI24 sobre essa questão.
Nessa ocasião, Cavaco Silva refugiou-se habilidosamente em questões semânticas ao afirmar: “Nunca trabalhei no BPN, nunca comprei nem vendi nada do BPN, nunca recebi qualquer remuneração do BPN, é um caso de Justiça e o Presidente da República não deve interferir nos processos judiciais”.
De facto, segundo o “Expresso” noticiou na época, Cavaco Silva tinha comprado 105.378 acções da SLN e a filha 149.640 a um euro cada em 2001.
Em Dezembro de 2003, venderam-nas a 2,4 euros, obtendo um lucro de 351.900 euros.
O valor da venda das acções foi determinado por contrato, cujo conteúdo se desconhece, patrocinado por um favor contratual de Dias Loureiro ou de Oliveira e Costa, seus ex-ministro e ex-secretário de Estado e este ultimo financiador da sua campanha eleitoral.
Coincidência ou não, nomeou na ocasião o seu ex-ministro, Dias Loureiro, responsável pela sua campanha presidencial, para o Conselho de Estado.
João Semedo, deputado do BE que integrava a comissão de inquérito ao caso BPN, considerou então que: “Cavaco Silva respondeu habilidosamente sobre o seu envolvimento, tendo repetido exactamente o conteúdo do comunicado emitido em 2008 e que beneficiou deste sistema pouco transparente de compra e venda de acções e que seria interessante saber se as acções compradas e posteriormente vendidas, foram sujeitas ao direito de preferência dos restantes accionistas”.

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