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quinta-feira, 19 de maio de 2011

SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A CLASSE MÉDICA
E O SERVIÇO DE SAÚDE QUE (AINDA) VAMOS TENDO

Os visitantes deste Blogue certamente estranharam não ter colocado nenhum post desde o passado dia 9.
Adoeci com uma virose e a cura, ajudou a piorar as coisas. Eu explico!
Desde que me reformei e mudei para vila de A dos Cunhados, mantive a morada de Lisboa, onde continua a residir o meu filho mais novo, para manter a médica de família de há mais de 30 anos.
O problema foi que essa médica reformou-se e achámos que era altura de nos transferirmos para a Extensão de Saúde de A dos Cunhados, onde de facto residimos.
Foi mais uma oportunidade para avaliar o nosso “precioso” Serviço Nacional de Saúde (SNS), na sua pior faceta.
Se em Lisboa as coisas não estavam bem, aqui estão bem pior.
As dificuldades para obter uma vulgar consulta são enormes. Em pouco tempo, tivemos de mudar de médico três vezes.
Actualmente parece-nos ter encontrado uma médica que deve ser do tipo “João Semana”.
Na nossa última consulta, marcada para as 11h30, acabou por ser perto das 14h00.
Quando fomos atendidos a médica ainda não tinha almoçado e quando lhe observámos que já era muito tarde e que poderíamos voltar á tarde, agradeceu, mas disse disse-nos que não podia ir ainda almoçar, porque tinha de atender mais uns quantos doentes, pois tinha na sua lista de consultas desse dia….. mais de 50 doentes!!!.
Por muito espírito de sacrifício que essa magnífica profissional tenha, não acreditamos que aguente esse ritmo muito tempo.
Em 2008 a Câmara Municipal de Torres Vedras elaborou um inverosímil “ PLANO 21“, cheio de belas elucubrações, dirigido teoricamente para melhorar o problema da saúde em A dos Cunhados.
Terminava esse capítulo do pomposo documento, aconselhando como "Marketing" (a palavra usada é mesmo esta!!!) para a área da saúde:

“A DOS CUNHADOS...MAIS PERTO DA VIDA!”

Eu diria, pela nossa experiência, que era mais correto dizer:

“A DOS CUNHADOS….MAIS PERTO DE O MANDAR PARA A OUTRA VIDA!”.

A dos Cunhados, além de ser a única vila do concelho, tem mais de 6.000 habitantes, mas se precisarmos de uma consulta urgente, temos de ir a Torres Vedras.
Para obter uma receita, das 3 ou 4 vezes que fui ao Centro de Saúde pedir medicamentos, só na primeira me aceitaram logo o pedido. Nas outras, regras burocráticas passaram a determinar a hora desse expediente e mesmo assim nunca consegui que aceitassem o pedido à primeira. Sempre me exigiram que voltasse posteriormente, para poder entregar o pedido. Na última vez então foi extraordinário; marcaram-me como data possível para “aceitar o pedido” mais de 15 dias, com o argumento de que não tinham médicos, sendo que após a entrega do pedido, sempre teria que esperar mais uns tantos, para ter a “sorte” de me passarem a receita.
Agora, vítima de uma terrível virose, passei a noite a vomitar. Quando já nada mais havia para vomitar, devido ao esforço dos falsos arrancos, desmaiei por duas vezes. Com imensas dificuldades respiratórias devido ao enfizema, achei que só havia a solução de chamar uma ambulância para me levar ao hospital de Torres Vedras.
Quando lá cheguei eram 07h00
Internado no Serviço de Urgência, estavam presentes dois médicos e pelo menos 8 enfermeiras, que conversavam entre si animadamente.
Uma delas, uma hora depois, em irritada conversa, comentava com uma colega a sua reacção a uma qualquer reclamação de um doente em termos tais que, apreensivo, resolvi evitar de fazer qualquer reclamação.
Entretanto, como o tempo se ia passando e eu estava muito aflito e extremamente nauseado, cautelosamente fiz um apelo a uma das enfermeiras presentes, para que me valesse.
A resposta displicente, foi de que tinha de vir o médico primeiro.
Conforme o tempo se ia passando e porque nenhuma providência a meu respeito fosse tomada, apelei mais uma ou duas vezes para que me valessem, obtendo sempre a mesma resposta , que o médico tinha que me observar primeiro.
Pensava eu ingenuamente, que perante a minha aflição e ao fim de tanto tempo, o meu apelo levasse alguém a transmitir a um dos dois médicos ali presentes, que muito perto de mim e há muito tempo se entretinham a consultar os computadores, a tomar alguma providência. Expectativa vã.
Em dada altura, apareceu um jovem de casaco de cabedal, que ao perceber que também era médico quando passou por mim, lhe solicitei que me valesse. Disse-lhe que já ali estava há duas horas, cheio de náuseas e ninguém me atendia. Tentativa frustrada por uma resposta evasiva.
Um pouco mais tarde percebi que deveria ser talvez o chefe dos serviços, ou coisa parecida, porque posteriormente, ainda sem bata, o vi rodeado de estagiários a passar em revista os vários doentes, que estavam nas urgências.
Quando pensava que finalmente iria chegar a minha vez, foi com os estagiários para outro lado e eu continuei á espera.
Em desespero de causa, chamei uma enfermeira e disse-lhe que era uma desumanidade deixarem-me naquele sofrimento há tanto tempo, quando tinha a certeza que logo que me fosse colocado o soro na veia a agonia passaria.
Ofendida certamente pela audácia de ter diagnosticado o tratamento, respondeu-me que se quisesse dava-me um copo de água com sal que tinha o mesmo efeito. Limitei-me a observar que se pretendia ser espirituosa, não tinha graça nenhuma…e acabei por arranjar uma “inimiga”!!! Só mais tarde me apercebi disso!!!
Passava das dez horas quando apareceu um médico croata, com um sotaque muito difícil, que finalmente mandou que me colocassem o tal soro nas veias, juntamente com os respectivos complementos que rapidamente começaram a fazer efeito e a fazer desaparecer as náuseas, com que há muitas horas me debatia.
Entretanto, comecei com sinais de diarreia, para evitar sujar os lençóis, pedi para ir á casa de banho.
Com grande sacrifício lá fui, procurando segurar nas mãos a garrafa de soro e a agulha que me tinham colocado na veia, porque o adesivo não tinha aderência e corria o risco da agulha sair.
Para minha surpresa, quando voltei á sala das urgências para me deitar, a tal enfermeira tinha mandado tirar a maca e mandou-me sentar num cadeirão, na sala fronteira.
Muito combalido, lá me sentei, pois bem me apetecia estar deitado.
Pouco tempo depois, num gesto involuntário, toquei no braço do cadeirão e como o adesivo que segurava a agulha estava solto, deixou sair a agulha da veia. Era sangue a pingar por todo o lado.
Colocaram-me um penso, que tinha de pressionar com a mão na medida em que o novo adesivo, igual ao anterior, não colava, e fiquei á espera que me colocassem novamente o soro.
O problema do adesivo não era só meu, porque todos os doentes que estava na mesma situação, tinham igualmente os adesivos a saltar. Informaram-me posteriormente que a fraca qualidade dos adesivos se devia á opção do hospital ter comprado os mais baratos.
Quando passado muito tempo, lembrei à enfermeira que estava sem soro, disse-me que já não iam colocar mais nenhum.
Estranhei, porque a garrafa que me tinham tirado ainda estava quase cheia e certamente ainda estaria muito desidratado. Refiro este facto porque mais tarde ressenti-me disso dolorosamente.
Às duas da tarde, deram-me alta e uma medicação composta por um antibiótico, um antiácido e um analgésico.
Nenhuma recomendação para beber água.
Algumas horas depois de começar a tomar essa medicação, começaram a doer-me os rins.
Pela madrugada as dores tornaram-se lancinantes. Cheguei a pensar voltar novamente ao hospital, mas a memória da forma como tinha sido tratado desencorajava-me.
Decidi parar o tratamento e como era uma questão de dor nos rins, comecei a beber litros e litros de água.
Lentamente a situação foi melhorando e a meio da manhã estava suportável.
Quando investiguei a medicação que me tinha sido receitada, percebi que uma das principais contra-indicações para o analgésico era a sua aplicação em pessoas desidratadas, que era exactamente o meu caso.
Graças a ter parado a medicação e às monumentais quantidades de água que tinha ingerido, lá fui conseguindo resolver o problema.
Na investigação mais específica sobre o analgésico, cheguei á conclusão que ele tinha sido proibido nos Estados Unidos e em mais de trinta países incluindo Japão, Austrália e a maioria dos países integrantes da União Europeia, sendo unicamente autorizado em Portugal, Rússia, Macedónia, Bulgária, Roménia e países do terceiro mundo.
Estava explicada a preferência do médico croata!!!
Curiosamente, tempos atrás a minha companheira estava com muitas tonturas e uma esquisita aerofagia, o que nos levou a recorrer numa situação de emergência ao “CATUS” de Torres Vedras.
Quem a atendeu foi exactamente esse médico croata que lhe receitou o mesmo analgésico, que para ele deve ser “chapa 3”. Dessa vez felizmente, não teve qualquer consequência negativa, pelo menos aparentemente.
Acontece que os sintomas da minha companheira eram prenúncio de uma situação muito mais grave e que terminou dias depois com o seu internamento de urgência no Hospital de Torres Vedras com uma úlcera no estômago perfurada e deficiência respiratórias, que a tem obrigado desde então a apoiar a respiração com oxigénio 24 horas por dia.
Estas graves situações, demonstrativas de algumas das fragilidades do nosso Sistema de Saúde, bem como da incompetência de alguns profissionais que se aproveitam da protecção classista, para não serem responsabilizados pelos seus erros, são uma praga maior e mais grave, do que a maioria pensa.
Infelizmente, não tem sido escassa, a minha necessidade de recorrer aos serviços hospitalares.
Dessa prática, algumas péssimas recordações nos têm ficado no que diz respeito á incompetência técnica de alguns médicos e à ausência do tradicional conceito humanista, que era comum à esmagadora maioria da classe médica.
Antigamente, o tipo de médico que classificamos de “João Semana” era comum, ou pelo menos, não era invulgar.
Hoje, devido ao reduzido ”numerus clausus” de acesso às Universidades de Medicina que impera há muitos anos, são exigidas elevadíssimas médias, para se poder entrar para um curso de medicina.
O facto de ser esse o único critério para a admissão dos candidatos, rouba a oportunidade a muitas verdadeiras vocações de terem acesso à profissão.
Em contrapartida, permite que os filhos de paizinhos ricos, que lhes podem proporcionar todos os requintes de preparação que o ensino privado possibilita, possam ir para medicina, não por vocação, mas exclusivamente porque é uma profissão muitíssimo bem remunerada e com um estatuto social muito alto.
Depois é só ter capacidade de decorar os quatro calhamaços da Anatomia de Testut e quejandos.
Quantas vocações impedidas de concretizar os seus sonhos, não dariam excepcionais médicos, se não tivessem de enfrentar este handicap, tão difícil de igualar ou ultrapassar.
Outro aspecto negativo da nossa sociedade no campo da medicina, é na sua evolução estar a reduzir a sua actividade praticamente aos hospitais, clinicas e consultórios particulares.
Ao rarear o exercício da sua profissão no seio do povo, perdem o exercício da solidariedade dessa vivência e diminuem drasticamente uma prática essencial de humanismo e experiência de vida.
A sensação que se tem hoje do serviço médico é que ele foi transformado num grande negócio e que os seus agentes transformaram a procura do lucro, no seu principal desiderato.
Vem esta reflexão a propósito de, em várias ocasiões, ter deparado com alguns profissionais, que embora autorizados certamente pela Ordem dos Médicos a exercerem medicina porque nas provas técnicas se mostraram exímios, no ponto de vista humano, ficam a léguas do mínimo que seria exigível a um verdadeiro médico.
No que diz respeito á área técnica, embora possamos considerar que temos profissionais excepcionais, a impunidade de que se reveste a actividade médica, e a protecção classista permite que os incompetentes estejam protegidos de serem chamados á responsabilidade pela maior parte das asneiras que cometem e dos comportamentos deontológicos incorrectos.
De ambos temos bons exemplos.
Quando fomos operados ao coração para colocar três “By-pass”, ao acordarmos, ainda semi-inconsciente, por estarmos com a boca muito seca, pedimos água. Em vez de nos molharem os lábios, foram buscar um copo de água e deu-nos a beber. Conclusão, não fora o socorro imediato, de alguém que viu a nossa fatal aflição e já teríamos “ido desta para a melhor”.
Ainda nessa mesma ocasião, quando recuperávamos na sala de recobro, verificámos que o doente que estava na cama da frente, recebia com muita frequência a visita do médico de serviço nocturno, que mexia e remexia nos computadores.
De manhã, á entrada do novo turno, o médico director do serviço, ao passar a ronda pelos doentes operados, quando chegou a esse doente, mandou fechar as cortinas e percebi que havia um problema grave, porque começou a dar ordens aos gritos, o pessoal a correr para um lado e para o outro, ficando com a impressão que o médico tinha decidido operar ali mesmo o doente. Tempos depois vejo correr as cortinas e o pessoal menor a lavar tudo e a fazerem a cama.
Perguntámos o que se passara e foi-me dito que a doente tinha morrido, com problemas no “pacemaker” .
Pudemos facilmente deduzir que já estivera a funcionar mal toda a noite, justificado pelas múltiplas idas e vindas do médico de turno da noite e a suas nervosas mexidas no computador e restante aparelhagem, bem como a gritaria do médico-chefe quando entrou de serviço, levaram-nos a pensar que uma operação mais atempada, talvez lhe tivesse salvado a vida.
Noutra ocasião, devido a uma crise de falta de ar provocada pelo grave enfizema que nos atormenta, recorremos aos serviços de urgência do Hospital de Torres Vedras e fomos colocados numa sala com soro, oxigénio e sei lá que mais.
No corredor em frente, estava um doente numa maca que tinha chegado antes de mim.
No dia seguinte às 09h00, quando entrou o turno de dia, e observaram a senhora, o médico que tinha entrado de serviço, em grande frenesim, mobilizou o pessoal e levou a doente rapidamente para uma sala especial. Soube posteriormente que afinal a senhora estava com um AVC e durante toda a noite, nenhuma providência tinham sido tomada.
Faz também parte da nossa memória exemplos de casos de médicos, que colocam os seus interesses financeiros acima de profundas ligações de amizade, familiares e até das suas obrigações éticas.
Quando era jovem, os meus pais alojaram na nossa casa de Lisboa, para fazer o seu curso de medicina juntamente com o meu irmão, um conterrâneo que era sobrinho de um padrinho meu. Durante o tempo em que esteve a tirar o curso, não pagou absolutamente nada.
Passados alguns anos, tivemos de recorrer ao s seus serviços para fazer uma pequena intervenção cirúrgica, a um tumor axilar, no seu consultório. Coisa simples, que para nosso escândalo, nos fez pagar como se de um doente normal se tratasse.
O curioso da história, é que dadas as nossas antigas relações de amizade, para podermos conversar um pouco, ficamos no consultório durante a consulta de quatro ou cinco doentes, o que nos permitiu perceber que a sua primeira preocupação era saber qual a instituição que iria pagar a consulta, na medida em que eram todos trabalhadores rurais, alguns porventura sócios da Casa do Povo local, com a qual tinha contrato de assistência.
Este tipo de questões é para nós quase incompreensível e profundamente doloroso, até porque achamos que devia ser uma enorme felicidade para qualquer consciência bem formada, pode colocar-se ao serviço do próximo, numa actividade tão nobre e imprescindível como é a própria natureza da medicina.
Pelo nosso lado, seria a opção profissional mais desejada, pela gratificante natureza da sua missão, não fora reconhecer não termos a qualidade indispensável para enfrentar certas necessidades técnicas e operacionais que ela exige.
É do elevado conceito em que temos a medicina, que justifica a crítica sincera que fazemos ao comportamento da generalidade dos novos médicos, que se preocupam mais com as questões financeiras, que com as questões éticas e deontológicas.
Um caso exemplar da protecção classista e da impunidade da que se reveste a actividade médica, passou-se também connosco, no Hospital Egas Moniz, serviço de urologia.
Numa ecografia de rotina, para uma posterior consulta sobre um problema na próstata, foi-nos detectado um cancro na bexiga.
Dada a gravidade da situação, a médica que nos fez o exame recomendou-nos a ida imediata ao nosso médico assistente, propondo-se, dada a emergência, fazer o relatório á mão para ser mais rápido.
Quando me dirigi ao sector onde o meu médico assistente se devia encontrar, que por acaso era no mesmo andar, foi-me dito que ele estava de férias.
Regressei ao local do exame e perguntei á médica o que havia de fazer, ao que ela me respondeu que fosse ter com o serviço de urologia e mostrasse o exame a qualquer médico da equipe.
Assim fiz e foi-me recusado ser atendido por qualquer um dos médicos que estavam de serviço.
Não me restava outra solução senão apresentar uma queixa por escrito, que resultou num pedido de desculpas do Director do Serviço, mas não respondeu á principal pergunta que tinha feito na minha queixa, que era ser informado do nome do médico que se tinha recusado a ver o meu exame, na intenção de apresentar queixa á Ordem dos Médicos.
Na ocasião, naturalmente preocupado, fui ter com a minha médica de família e perante o relatório, me enviou para o Instituto do Cancro (IPO), onde passado poucos dias fui operado.
Não quero parecer piegas, mas infelizmente a saga deontológica continuou com o médico operador que me saiu na rifa. Na consulta analisou a ecografia e mandou-me fazer os exames preparatórios para ser operado.
Posteriormente, não trocou comigo mais de que o bom dia de circunstância e informou o dia em que ia ser operado.
No dia seguinte á operação foi á enfermaria, e o diálogo inexistente ….terminou antes de eu poder fazer qualquer pergunta.
A situação voltou a agravar-se e voltei a ter de ser operado pelo mesmo médico.
A nossa troca de palavras dois dias depois da operação, situou-se ao nível de “com se sente”, ou “como está” e como não me disse quando teria alta, procurei falar com ele e encontrei-o ainda no corredor a falar com mais dois colegas.
Disse-lhe que queria somente fazer uma pergunta e para não perturbar sentei-me num banco bem á vista, com a “pendureza” do saco de soro, á espera que acabasse a conversa.
Passado bastante tempo, quando acabou a conversa com os colegas, abalou e deixou-me especado, frustrado sem saber se teria alta ou não.
É evidente que ele tinha todo o direito de não interromper o diálogo com os colegas, que pelos silêncios e expressão corporal, deduzi que estavam a avaliar situações de serviço.
A minha mágoa tem origem no facto de só querer uma informação insignificante, e do ponto de vista humano, sentir alguma humilhação pela atitude de indiferença ou sobranceria do médico.

UM POUCO DE BOA VONTADE….OU DE ÉTICA PROFISSIONAL….PODEM POUPAR MUITO SOFRIMENTO.
OS NOVOS MÉDICOS TERÃO MUITO A APRENDER NO CAMPO DAS HUMANIDADES.

2 comentários:

teresa disse...

Lamento tanto sofrimento infligido e factos angustiantes,terríficos e pouco dignificantes, de quem se diz médico, das instituições, dos nossos dirigentes, do mundo materialista e egoísta em que temos que sobreviver.Convém alertar quem de direito para tantos incidentes . Há um gabinete de utente e ordem juridica, bem como ordem dos médicos a quem devem ser reportados estes factos.
Aconselho vivamente uma cópia do seu blog para a direcção do Hospital , Ordem dos médicos e Ministra da Saúde. Se fosse a sua mãe era o que faria , sem medo, com convicção da desumanidade que lhe infligiram. Também os Enfermeiros têm uma Ordem que servirá para reclamações ods seus membros, há gente boa e capaz de estar nos serviços, há também gente desumana e incompetente que raramente é punida. Esses relatos a serem verídicos e disso não duvido, merecem análise e controlo pela insanidade. Nada justifica atitudes como as que foram descritas por si . Casa de horror essa unidade que se diz hospitalar. Desejo-lhe mais e melhor saúde,melhor assistencia no futuro .Beijo e fique bem .

JUVENAL disse...

O seu comentário é muito consolador.É minha convicção profunda de que de nada serve reclamar, porque os interesses de classe são tão fortes, como ficou comprovado, quando insistentemente exigi que me fosse dado o nome do médico que tinha recusado agir, quando foi detectado o primeirto cancro.Reclamei por escrito, como relatei e com que resultado prático?Nenhum!!!
A única solução é lutar com todas as forças que me restam, por uma nova política.
Hoje está muito claro que só há dois lados.
Não como artificialmente queriam fazer crer entre PS e PSD.
Hoje é muito claro que dum lado estão como sempre estiveram PS, PSD e CDS, e do doutro CDU E BE.
Não é possível deixar que seja o diabo a escolher.
É obrigatório, no interesse de Portugal e do povo português fazer uma verdadeira opção de esquerda e essa só pode ser garantida pela CDU.