Mensagem

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terça-feira, 31 de maio de 2011

CONSELHO SUPERIOR

UM ACTO PATRIÓTICO, A AUSÊNCIA DO
PCP E BE NA REUNIÃO COM A TROIKA.


Hoje, no “Programa da Manhã”, da Antena 1, teve lugar um debate com Maria da Flor Pedroso e os 5 elementos que semanalmente se pronunciam sobre a situação política, no programa “Conselho Superior”, Paula Teixeira da Cruz (PSD), Ana Gomes (PS), Bagão Félix (CDS), Octávio Teixeira (PCP) e Miguel Portas (BE).

A mais fácil e principal conclusão que se pode tirar do que foi argumentado, exceptuando a peleja de paixão clubista entre Paula Teixeira da Cruz e Ana Gomes, sobre quem é que teve mais culpa no eclodir da Crise, foi que os três partidos que assinaram o Memorando, nada mais farão do que cumprir o programa do FMI/BCE, outorgando-lhe o direito a uma supervisão de 3 em 3 meses, a levar a cabo pelos “fiscais” daquelas entidades.

Por mais voltas que dessem,” os três da vida airada” ou como agora são mais conhecidos, a “Troika portuguesa”, não conseguiram libertar-se do argumento que o programa de todos eles, será o programa do FMI/BCE, nos próximos anos.

Por duas ou três vezes, apareceu pela boca de Paula Teixeira da Cruz, a condenação do PCP e do BE, por estes se terem negado a ir ao “beija-mão” da “Troika” estrangeira e portanto ter voluntariamente perdido uma ocasião apresentado os seus argumentos. A este pressuposto, acrescentava que no seu entender, a ida destes dois Partidos á reunião com a Troika, poderia ter modificado a situação.

Santa palração, que regurgita hipocrisia e que se nós acreditássemos que o louro do cabelo reflectisse a demagogia do argumento, Paula Teixeira da Cruz era certamente uma estonteante loura platinada.

Embora com grande dificuldade, dada a indisciplina reinante na discussão, Octávio Teixeira ainda conseguiu argumentar que a entidade que o PCP reconhecia como interlocutora válida e adequada para negociar com a Troika, era o Governo Português, única entidade com o direito e a capacidade de negociar o Memorando, caso o FMI/BCE admitissem qualquer espécie de negociação, o que até não foi o caso.

Bem me recordo de ouvir Octávio Teixeira e Miguel Portas, embora de forma diversa, garantirem por várias vezes e em ocasiões diferentes, que o documento que foi apresentado a todos os partidos políticos, era “ipso facto” o mesmo que foi aprovado e assinado pelos três partidos.

Conclusão, a reunião com a Troika estrangeira, só serviu para dar aos Partidos o conhecimento do que iam assinar, porque não houve qualquer alteração no texto, e nestas circunstâncias morre pela base a crítica á ausência do PCP e do BE, nessas pseudo negociações.

Facilmente se percebe, que não tendo havido qualquer negociação e consequentemente qualquer alteração ao célebre Memorando, a ausência do PCP e do BE, revestiu-se de uma forma de censura e lição de patriotismo, aos três da “vira airada” e de defesa da soberania, contra os desígnios da Troika estrangeira.

É um orgulho como português, ser militante de um Partido, que tão lúcida e patrioticamente, defende os interesses de Portugal e dos portugueses.

Que viva o PCP, exemplo de consistência ideológica, na luta contra a exploração do homem pelo homem e na defesa do povo e dos trabalhadores.

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