Mensagem

Mensagem

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

 
CARTA ABERTA 
A FRANCISCO MOITA FLORES
Esta é a segunda carta aberta que lhe dirijo.
A primeira foi enviada para o jornal que lhe dá guarida, ou seja o “Correio da Manha”, com o pedido  expresso de  lhe dar conhecimento.
Porque não tenho a certeza que o tenham feito, na medida em que não se dignou sequer a acusar a recepção, vou enviar esta segunda missiva para a Câmara Municipal de Santarém onde, dadas as funções que lá desempenha, não duvido que lhe será entregue.
Sendo assim, par caso de não ter recebido a primeira, deixo-lhe aqui a hipótese de tomar conhecimento dela, clicando AQUI, ou indo ao meu Blogue " http://olharaesquerda.blogspot.com/"  no dia 6 de Julho de 2009, com o título “O CARRO E OS CORNOS”.
Esta não vai ser tão longa como foi a primeira, na medida em que nela procurei justificar detalhadamente  porque a sua falta de carácter, deixou de ser para mim novidade.
A consideração que tinha por si desapareceu, porque o senhor se encarregou insistentemente de provar, quanto enganado estava a seu respeito.
Passemos aos factos que agora importam.
O senhor resolveu agora, terçar armas no referido jornal por Alberto João Jardim, num artigo intitulado “Impressão Digital” “Colonialismo.
Estão bem um para o outro.
A sua profecia de que: “o saco negro das dívidas da Madeira não passa de um ruído que os madeirenses atirarão para trás das costas, entregando a Alberto João Jardim nova maioria absoluta nas próximas eleições”, é mais própria do astrólogo senegalês conhecido por “professor Bambo”, do que dum professor Universitário, que devia ser competente nas matérias, honesto na análises, idóneo no discurso e rigoroso no julgamento.
Espanta-me que reconheça “A haver essa censura seria dos eleitores do continente, que pagam a factura hoje, como pagaram ontem. Quem conhece, ou já viveu dinâmicas eleitorais, sabe que o povo chamado às urnas não quer saber de notícias nem de opiniões.”
Pois garanto-lhe caro “professor” que talvez o senhor esteja redondamente enganado.
Mas se no Continente a informação é o que é, na Madeira nem se fala.
Contrariamente aquilo que o senhor afirma, o povo quando chamado ás urnas procura mais do que pensa “saber notícias e opiniões”.
Acontece é que as fontes onde se informa, estão de uma maneira geral inquinadas por pessoas como o senhor, por jornais que defendem os interesses dos seus patrões, das rádios e novelísticas televisões, que são a “voz do dono”.
Com o panorama informativo que temos em Portugal, como queria o senhor “professor” que fosse de outra forma?
E particularmente na "democrática" Ilha da Madeira?
Porem com estranha e paradoxal  lucidez o senhor afirma a seguir:
“Transformou o arquipélago, deu-lhe modernidade e qualidade de vida, fez crescer a riqueza, trabalho, mobilidade. Ao pé de Trás-os-Montes ou do Alentejo, é um paraíso. Foram precisos milhões para essa transformação, e para tanto Jardim percebeu desde cedo que a chantagem, o insulto, a ameaça independentista, o enxovalho (quem não se recorda dos ataques ao senhor Silva, as humilhações a Marques Mendes, a arrogância contra Passos Coelho) aos inimigos do continente – desde os ‘cubanos’, aos colonialistas, aos comunistas, à maçonaria, inimigos inventados, ainda por cima folclóricos – dão tempo de antena e visibilidade ao homem. E foi esmifrando o que podia e não podia.
Os líderes do PSD temiam-no, os primeiros-ministros, por mais discursos rígidos que fizessem, soçobravam, a chicana de Jardim pô-los todos em sentido. E de cócoras. Por esta atitude agressiva, insultuosa, os comentadores desvalorizavam o chorrilho de palavras e com este andar guerrilheiro, e trautileiro (certamente quereria dizer trauliteiro) construiu um dos cantos mais bonitos do país. É verdade que a sua dívida é mais do dobro da dívida das autarquias todas juntas e os autarcas são o saco de boxe de governos sucessivos.”
E agora espantem-se as pessoas honestas e integras deste país!!!.
O senhor, que é presidente de uma Câmara Municipal, professor universitário, uma das vozes dos chamados “opinion makers” ou seja “fazedores da opinião pública” remata este chorrilho de incontroláveis actos de obscena governação, fora aqueles que todos conhecemos e não entram nesta canalha relação de desaforos, insolências, escândalos e injúrias, dizendo:
“A verdade é que se vivesse na Madeira votava em Jardim. Ele é a história e o progresso daquela região. É o único dirigente que, num Estado sem rumo, sabe sacar para aqueles que governa aquilo que entende.”
Pois!!! E os outros que paguem!!!
Que diferença acha o senhor, que  há entre isto e a mais pura vigarice???
Que dizer desta desavergonhada classe dirigente de vendilhões do templo, como o senhor e Alberto João Jardim, que de tão cientes que o Sistema nunca os chamará à responsabilidade, se permitem apoiar actos da mais profunda sordidez política e ainda por cima admitir que a importante arma que está ao alcance do povo, que é o voto, sirva exactamente para premiar estas escabrosas imoralidades.
Sabe, são bastante curiosos e elucidativos os comentários que fizeram sobre si, no meu Blogue,  quando lá publiquei a primeira carta aberta que lhe enviei.
Uma das pessoas referia entre outras coisas pouco abonatórias mas esclarecedoras, a seu resapeito,  que esse desprezível “professor universitário” tinha sido filiado no Partido Comunista Português.
De certeza absoluta que foi por engano ou oportunismo...digo eu!!!
Juvenal

Sem comentários: