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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

 AO QUE NÓS CHEGÁMOS!!!

Uma coisa que para nós verdadeiramente estrambólica, é desde sempre ou quase sempre, (entendendo este “sempre” como filho dos governos PS , PSD e CDS) os nossos governantes e economistas, assentarem o desenvolvimento do país quase exclusivamente em três  vertentes absolutamente singulares.
O Turismo, o investimento estrangeiro e exploração dos trabalhadores.
A quem começar a ler estas linhas, não desista de continuar, que nós vamos provar que não somos malucos,  nem tão parvos como parece.
Desta trilogia, separemos o baixo salário que não tem relação com as duas primeiras questões .
Aí o problema é outro!!!
Quando se determina que o "Turismo" é uma linha de desenvolvimento importante, está correcto.
Quando se pede "Investimento Estrangeiro", também é nossa opinião que não é asneira.
O problema começa quando se faz destas orientações as principais e quase exclusivas pistas de desenvolvimento deste país.
É um facto que Portugal é lindo e que não há outro que em tão curto espaço tenha uma diversidade de paisagem, clima (que vai das neves na serra da estrela, aos calores tórridos do deserto, no Alentejo), termas ou seja turismo balnear, gastronomia, diversidade linguística, património histórico e uma população hospitaleira como poucas.
De facto Portugal tem imensas potencialidades no campo do turismo.
Por outro lado, é um facto, que sem dinheiro pouco ou nada se pode fazer.
Como é mais fácil pedinchar ao estrangeiro, que criar fontes de produção de riqueza, aí estamos nós, de mão estendida a pedir aos estrangeiros a esmolinha de investimento, por amor de Deus!!!
Esquecemo-nos que os royalties e lucros desse investimento, são para exportar. Não fica cá nada.
Destruímos todo o nosso aparelho produtivo industrial, abatemos barcos indiscriminadamente, pagámos aos grandes latifundiários para não produzirem e dificultámos até á exaustão a vida dos pequenos e médios agricultores, que ainda iam produzindo qualquer “coisinha”, na espectativa frustrada de que melhores dias viriam.
Agora, numa tentativa de imitar os chineses, adoptaram a política dos baixos salários e dos horários desumanos.
Com os baixos salários querem aumentar o comércio interno, e com o aumento do numero de horas de trabalho e encurtamento do período de férias….combater o desemprego???
Sustentámos políticos que um após outro, numa estratégia criminosa de aproveitar a iliteracia política do povo português, se foram alternando, recriando sistematicamente novas esperanças, sempre frustradas, sempre perturbantemente repetitivas.
E para além de tudo isto, que tem a ver com a canalha que nos tem governado, para se governarem, levantam-se estas duas perguntas basilares:
Quando a crise se generalizar, como de certeza vai acontecer, onde vamos buscar os turistas???
Quando as fábricas de papel, que são os Bancos emissores, enfrentarem as consequências da inundação de dinheiro, sem correspondência á produção de bens a que estamos a assistir, quais são as consequências do investimento estrangeiro?
Vendemos tudo o que tínhamos em troca de papel impresso nas tipografias do Banco Central Europeu, da Reserva Federal Americana, ou das mais variadas “ Casas da Moeda”.
E vamos todos comer esse papel, indigesto e venenoso!!!

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