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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

UM TEXTO Á LAIA DE
EXPLICAÇÃO DESNECESSÁRIA

Os leitores deste Blogue certamente já notaram que na coluna da direita apareceu mais um quadrado com uma palavra de ordem “NACIONALIZAÇÃO DOS RECURSOS FINITOS DA NATUREZA”.
Aparentemente é uma visão idílica, apelar para a nacionalização dos recursos naturais limitados, produzidos pela Natureza.
Vivendo-se actualmente em regimes que na generalidade assentam na propriedade privada e na posse dos meios de produção, estamos a reclamar o direito de retirar a esses proprietários um direito que as classes dominantes sempre defenderam, para explorar em proveito próprio, o que deveria ser de todos.
É evidente que há uma grande diferença entre a propriedade dos meios de produção e o direito de propriedade de bens que têm origem na Natureza.
O que estamos agora a considerar principalmente, é ser moralmente injusto estar na posse de uma pessoa, uma família, uma companhia, recursos naturais, só pelo facto de para isso terem concorrido os sistemas políticos, que hoje são absolutamente subserviente ao económico, e continuam a determinar a sua propriedade por privados.
O petróleo, o ouro, prata etc., são bens produzidos pela Natureza, que existem sem que para tal tenha sido necessária a intervenção humana.
Esse facto, retira o direito de particularizar a sua posse, mesmo no caso de fulano ou sicrano ter descoberto a sua existência, ou esta ser localizada, pela sorte do destino numa propriedade privada e como tal passar o seu proprietário a ter o direito de beneficiar “em exclusivo” ou não, desse privilégio.
É evidente que no actual estado das relações de produção, esta tese é no mínimo aparentemente mirabolante.
Mas olhando a um conceito mais alargado, porque não acrescentar este conceito, às novas relações de produção, que o explosivo índice de destruição de postos de trabalho torna evidente, necessário e justo?
Incluir o ataque ao imoral conceito de direito privado dos recursos finitos da Natureza, nas actuais lutas por uma maior justiça social, sendo duas coisas completamente diferentes, os seus conceitos morais assentam numa evolução justa dos direitos da humanidade e não nos parece que se possam distinguir um do outro.
A automatização e robotização dos meios de produção, a que diariamente assistimos, torna irrevogável o direito dos trabalhadores beneficiarem desse facto, no sentido de diminuindo o horário de trabalho, permitirem uma vida familiar mais consentânea com a evolução dos tempos.
Beneficiar igualmente as populações com a utilização racional dos recursos naturais, é também moralmente indiscutível.
Neste sentido achamos irrefutável, que o aproveitamento dos generosos proveitos que a Natureza proporciona á humanidade, sejam em seu benefício geral e não de entidades privadas, mesmo no caso em que algo tenham feito para a sua descoberta ou utilização.
As fronteiras, são um argumento válido, para retirar algum valor a esta tese, mas se dentro de cada país a sua utilização reverter para as populações locais, as consequências desse benefício seria imprevisível.
A moralização da exploração descontrolada dessas fontes de riqueza, pelas entidades financeiras multinacionais a que assistimos actualmente, permitiriam canalizar os seus lucros em benefício exclusivo das populações autóctones.

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