Mensagem

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sábado, 5 de junho de 2010

UMA LIÇÃO DE VIDA

O power point de hoje é de facto
uma lição de vida e de cidadania.

Foi certamente inspirado no poema de Bertold Brecht, que fala do homem que viu levar os pretos e não se importou, porque não era preto.
Em seguida levaram os operários, e depois os miseráveis e por fim os desempregados.
Ele continuava sem se importar porque não era operário, nem miserável e até estava muito bem empregado.
Quando o vieram buscar é que viu que já era tarde, porque não havia ninguém para se importar.

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FRONTEIRA

Por: Miguel Martins
O que vale é ter
a mística,
a mágica,
a transcendental agógica
de nada querer a não ser
só querer existir
se absolutamente fôr.

Mas absolutamente ser
é algo tão quente e tão frio
e em simultâneo tão distante
e tão cheio
e tão vazio
que não tem montante nem
jusante,
é sempre e uma só fonte
ou um só rio,

num lugar só
e nos outros todos
no mesmo instante.

O que vale é nada ser
quando se está no
centro de tudo,
da máquina infame
das coisas todas
à volta,

sobretudo
daquelas que são
só da Terra,
com todo o lodo
e a revolta.

O que vale é chegar-se
à máxima distância,
à suprema fragrância,
o que vale é virar aquela
página que só há por dentro
e tomar conta do silêncio
em cada momento.

Por fora já nada importa.


O que vale é
entrar pela porta extrema
que pela enorme ausência
por dentro a pouco e pouco
se constrói.

Só então já nada dói.
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O IMPÉRIO E A MENTIRA

UMA LEITURA IMPRESCINDÍVEL

ESCRITO POR FIDEL CASTRO RUIZ

Em 3 de Junho de 2010

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Eu não tive outra alternativa senão escrever duas reflexões sobre Irão e a Coreia, que explicam o perigo eminente de uma guerra, com o uso de armas nucleares.
Em tempo oportuno, já tinha expressado a opinião uma delas se poderia resolver, se a China decidisse vetar a proposta dos Estados Unidos, no Conselho de Segurança da Nações Unidas.
A outra depende de factores que escapam completamente á possibilidade de controle, devido ao comportamento fanático do Estado de Israel, convertido pelos Estados Unidos no estatuto de uma forte potência nuclear, que não aceita qualquer controle da superpotência.
Quando se produziu a primeira intervenção dos Estados Unidos para esmagar a Revolução Islâmica, em Junho de 1953, em defesa dos seus interesses e os do seu aliado mais próximo o Reino Unido, que levou ao poder Mohammad Reza Pahlavi, Israel era um pequeno estado que ainda não se tinha apoderado de quase todo o território palestino, parte da Síria e não pouco da vizinha Jordânia, defendida até então pela Legião Árabe e da qual não restou nem a sombra.
Hoje, com centenas de mísseis com ogivas nucleares e apoiada pelos aviões mais modernos que lhe são fornecidos pelos Estados Unidos, ameaçam a segurança de todos os Estados da região, árabes e não árabes, muçulmanos e não muçulmanos, que estejam ao alcance do amplo raio de acção dos seus mísseis, que podem cair a poucos metros dos seus objectivos.
No passado domingo, dia 30 de Maio, quando eu escrevi a reflexão sobre o Império e a droga, ainda não tinha acontecido o brutal ataque contra a frota que transportava alimentos, medicamentos e outros artigos para o milhão e meio palestinos sitiados no pequeno fragmento do que fora a sua própria Pátria durante milhares de anos.
A grande maioria das pessoas gastam seu tempo e esforço para atender às necessidades que lhes são impostas pela vida – entre elas a alimentação, o direito de lazer e estudo, e outros problemas vitais da própria família - não podem parar na procura de informações sobre o que está acontecendo no planeta.
Podemos vê-los em todo o lado, com as expressões de tranquilidade e esperando que os outros vão encontrar soluções para os problemas que os afligem. Podem ser felizes e sorrir. Animam desta maneira todos os que têm o privilégio de observar com serenidade, as realidades que ameaçam todos nós.
A estranhíssima invenção de que a Coreia do Norte tinha afundado a corveta sul-coreana Cheonan,- concebida com tecnologia de ponta, dotada de um eficiente sistema de sonar e sensores acústicos submarinos -, nas suas águas territoriais, teria sido culpada do terrível tragédia que custou a vida a 40 marinheiros sul-coreanos e fez dezenas de feridos

Não era fácil para mim, desvendar o problema. Em primeiro lugar, não tinha como explicar, como seria possível para qualquer governo, por muita autoridade que tivesse, utilizar os mecanismos de comando para dar a ordem de torpedear um navio com insígnia.
Por outro lado não acredito nem por um segundo, na versão de que Kim Jong Il dera essa ordem.
Há falta de provas para se chegar a uma conclusão, mas estava seguro de que a China vetaria um projecto de resolução do Conselho de Segurança para sancionar a Coreia do Norte. Por outro lado, não tinha dúvida alguma de que os Estados Unidos não poderiam evitar o uso de armas nucleares, por parte do incontrolável governo de Israel.
Nas primeiras horas da tarde do dia 01 de Junho começou a levantar-se o véu sobre o que realmente aconteceu.
Eu escutei a 10 e 30 p.m. o conteúdo de uma análise rigorosa do jornalista Walter Martinez, que realiza o programa Dossier, que é estrela na televisão da Venezuela.
Ele concluiu que os Estados Unidos tinham feito acreditar a cada uma das Coreias, no que cada uma alegava, com o objectivo de resolver o problema da devolução do território ocupado pela base de Okinawa, dado que o novo o líder do Japão, fazendo eco dos anseios do que o seu país assim o exigia.
O seu partido tinha ganho um enorme apoio nas eleições por causa das promessas que fez de conseguir a retirada da base militar ali instalada, que era um punhal com mais de 65 anos, no coração do Japão, hoje desenvolvidos e ricos. Através do Global Research é verdadeiramente espantoso saber os detalhes do que aconteceu, graças ao artigo de Wayne Madsen, jornalista de investigação que trabalham em Washington DC, que divulgou informações de fontes de informação da inteligência no site Wayne Madsen Report.
Essas fontes, afirmou – “ ... suspeitam que o ataque contra a corveta de guerra anti-submarina da Marinha da Coréia do Sul, foi um ataque com falsa bandeira, feito para parecer vir da Coreia do Norte ".
Um dos principais propósitos para o aumento das tensões na península coreana era aplicar pressão sobre o primeiro-ministro japonês Yukio Hatoyama, para este mudar sua política sobre a retirada de Okinawa da base do Corpo de Marines dos EE.UU.
Hatoyama admitiu que as tensões sobre o afundamento do Cheonan tiveram uma grande influência sobre sua decisão de permitir que os marines dos EE.UU. permanecessem em Okinawa.
A decisão Hatoyama provocou a divisão no governo de coligação de centro-esquerda, feito saudado em Washington devido á ameaça do líder do Partido Social Democrata Mizuho Fukushima de abandonar a coligação, devido á mudança de atitude em relação a Okinawa.
"O Cheonan foi afundado perto da ilha Baengnyeong, na extremidade ocidental da costa sul-coreana, mas frente á costa da Coréia do Norte.
A ilha está altamente militarizada e dentro do alcance de fogo da artilharia costeira norte-coreana, que está do outro lado de um estreito canal.
"O Cheonan, uma corveta da guerra anti-submarina, tinha sonar com tecnologia de ponta e além disso também operava em águas com amplos sistemas de sonar hidrofónico e sensores acústicos submarinos.
Na Coreia do Sul não existe nenhuma evidência de sonar ou o áudio de um torpedo, submarino ou mini-submarino na área. Para mais, não havia quase nenhuma navegação no canal e o mar estava calmo no momento do naufrágio.
"No entanto, a ilha de Baengnyeong tem uma base de inteligência militar estadounidense-sulcoreana e os SEALS [Forças Especiais] da Marinha dos EE.UU. operam a partir daquela base. Além disso, havia quatro navios da Marinha EE.UU. naquele sector, que faziam parte do exercício Foal Eagle EE.UU - Coreia do Sul, durante o afundamento do Cheonan. Uma investigação do metal e vestígios químicos do torpedo suspeito, mostra que é de origem alemã.
"Há suspeitas de que os SEALS da Marinha dos EE.UU. mantêm uma amostra de torpedos europeus para efeitos de poder tornar plausíveis ataques com bandeira falsa. Além disso, Berlim não vende torpedos à Coreia do Norte e no entanto, a Alemanha tem um programa de estreita cooperação com Israel, para o desenvolvimento de um conjunto de submarinos e armas submarinas.
"A presença de USNS Salvor, um participante nas manobras Foal Eagle, tão perto da ilha Baengnyeong durante o afundamento da corveta sul-coreana, também suscita interrogações.
"O Salvor, um navio civil de resgate e salvamento da Marinha, que participou na actividade de colocação de minas por marines tailandeses no Golfo da Tailândia em 2006, estava próximo no momento da explosão, com uma equipa de 12 mergulhadores de águas profundas.
"Pequim ficou satisfeito com a alegação de inocência de Kim Jong Il da Coréia do Norte depois de uma viagem urgente de comboio de Pyongyang a Pequim, a propósito da suspeita do papel da Marinha dos EE.UU.no afundamento do Cheonan, associada às suspeitas particulares sobre o papel desempenhado pelo Salvor.
As suspeitas são as seguintes.
"1. O Salvor participava numa operação de instalação de minas no fundo do mar; por outras palavras, colocava minas anti-submarinas disparadas horizontalmente no fundo do mar.
"2. O Salvor estava realizando inspecção de rotina e manutenção da minas no fundo do mar, e colocando-as em um modo electrónico activo - disparo por gatilho sensível - como parte do programa de inspecção.
"3. Um mergulhador dos SEALS colocou uma mina magnética em Cheonan, como parte de um programa clandestino destinado a influenciar a opinião pública na Coreia do Sul, Japão e China.
"As tensões na península coreana terão ensombrado convenientemente todos os outros itens da agenda, durante a visita da secretária de Estado Hillary Clinton a Pequim e a Seul."
Assim, de uma forma surpreendentemente fácil, os Estados Unidos conseguiram resolver um importante problema: a liquidar o governo de Unidade Nacional do Partido Democrático Yukio Hatoyama, embora com um altíssimo custo:

1 - Ofendeu profundamente os seus aliados da Coreia do Sul.
2 - Destacou a habilidade e a rapidez com que actuou o seu adversário
Kim Jong II.
3 – Fez sobressair o prestígio da China, cujo presidente, com plena autoridade moral se empenhou pessoalmente e enviou os principais líderes chineses a falar com o Imperador Akihito, primeiro-ministro e outros altos dignitários do Japão.
Os líderes políticos e opinião pública mundial, tem uma prova do cinismo e total falta de escrúpulos que caracterizam a política imperial dos Estados Unidos.

Tradução da responsabilidade de:Juvenal Lucas

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