Mensagem

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quinta-feira, 13 de novembro de 2014


Camaradas e amigos
Mantive até há pouco o Blogue http://olharaesquerda.blogspot.pt/, na intenção de ir comentando o dia-a-dia político e sobretudo divulgar um documento que considerei e continuo a considerar, como uma descrição profética do pensamento e acção, que preside ao modo de desenvolvimento das relações políticas do capitalismo, na era da globalização.
Esse importante documento, resultou de um dos primeiros encontros da fundação Presídio, que os norte-americanos criaram para Gorbachev, nas antigas instalações da central dos serviços secretos, a sul da ponte de Golden Gate em S. Francisco da Califórnia nos Estados Unidos e que até então tinha como razão de existir, a guerra fria contra a União Soviética, até que a queda do muro de Berlim e subsequente implosão da União Soviética a tornou inútil ou desnecessária.
Esta organização muito pouco falada, diria mesmo quase secreta, serve para reunir a selecta e reduzida fina flor (do entulho, diria eu!) da política, da banca e dos grandes monopólios, para discutir e uniformizar a filosofia comportamental, dos que se julgam donos do mundo.
A conclusão fundamental dessa reunião assenta na premissa de que 2/10 da população satisfazem todas as necessidades da humanidade, reservando para os restantes 8/10 problemas de sobrevivência, resolvidos através da caridade, do trabalho escravo, da alienação através do audiovisual, sugerindo que para manter a dignidade (como seres humanos!) as pessoas se dediquem ao trabalho voluntário.
Esta descrição, que pode ser lida e desenvolvida em pormenor, no livro “A Armadilha da Globalização – O assalto à democracia e ao bem-estar social” de Hans-Peter Martin e Harald Shumann da editora Globo, cujo resumo se encontra no link que para o efeito colocámos no cabeçalho deste Blogue, resume premonitoriamente, o que tem sido o caminho da humanidade nas últimas décadas. 
Complementarmente tenho desenvolvido, sempre que possível e oportuno, a opinião que sem acabar com os offshores e o estabelecimento de novas relações de produção, tudo o que se diga e se faça no âmbito de acabar com a exploração do homem, pode ser útil, mas não passa disso. 
Os anos que pesam no meu bilhete de identidade e que me têm debilitado física e intelectualmente, têm ocasionado estragos, sobretudo ao nível da memória, que se estão a tornar inultrapassáveis, exigindo um esforço que começa a ser muito, muito difícil de manter, sobretudo com a regularidade com que o fazia.
São estas, fundamentalmente, as razões que me obrigam a alterar a direcção de trabalho a este Blogue.
Não posso e nem quero abandonar a luta, na medida em que tenho a presunção de ainda posso ter ainda alguma utilidade, sobretudo a nível da luta ideológica, fruto da larga experiência que a vida me deu e da excepcional credibilidade da maioria das fontes de informação a que tenho acesso.
Achei por isso, sem exigir mais do que posso dar, ir facultando sempre que tal se proporcione, textos, factos e opiniões relevantes que cheguem ao meu conhecimento e tenham significado para uma tomada de posição coerente em defesa dos interesses das classes trabalhadoras, dos reformados, pensionistas e todos aqueles que na actualidade são vítimas da exploração desenfreada com que as classes dominantes nos estão a flagelar, como é o caso do texto que se segue.

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