Mensagem

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sábado, 15 de março de 2008




EU ESTOU DE ACORDO

Soube hoje que há uma forte hipótese de o Partido Comunista Português se apresentar, no conjunto dos próximos actos eleitorais, sem ser na forma habitual de coligação CDU.
Eu estou de acordo
Eu estou de acordo e desde já confesso que senti um frémito de emoção e uma vontade imensa de levantar o punho fechado e gritar P….C……P!!!. P…….C…….P!!!.
Acontece que de imediato me lembrei de que estava a ser injusto para com as forças que empenhadamente tem participado em coligações com o Partido e das duras condições em que a maioria das vezes o tinha feito.
Que me perdoem esses camaradas o meu reflexo, mas ele não significa menos apreço e compreensão pelo precioso empenhamento que sempre constituiu a sua colaboração, mas reflecte sim, o enorme significado que acho ter o facto de a Direcção do meu Partido admitir que “já”poderemos dar esse pequeno passo.
Se isso se concretizar, tenho a certeza que será fruto de negociações leais e concertadas entre o meu Partido e as forças que habitualmente constituíam a coligação CDU e terão sempre em vista em primeiro lugar o desenvolvimento da luta política, na defesa dos superiores interesses dos portugueses.
Não tenho dúvidas de que, sendo uma decisão aparentemente complexa, se reveste de um significado histórico e constitui uma relevante alteração na correlação das forças políticas.
Fica assim o PCP liberto para, com a pureza do seu programa e a sua natureza de classe, poder exprimir sem nenhum constrangimento a alegria de defrontar os seus adversários com a total fidelidade às suas convicções.
Nós precisamos de ser autênticos, porque nos é atávico. Sempre que isso foi possível, a adesão dos militantes foi excepcional, o que sempre despertou um natural e intenso sentimento de inveja nos nossos adversários.
Peçam sacrifícios aos comunistas, mas deixem-nos ser autênticos.
Que felicidade, que alegria, poder gritar e agir como nós somos, sem constrangimento de qualquer espécie
É verdade que esta decisão não diminuirá as dificuldades que se nos irão deparar, antes pelo contrário, mas de certeza que iremos enfrentá-las com maior disponibilidade e assumindo, em total unidade, todas as consequências e responsabilidades que tal decisão acarreta.
Pelo meu lado, embora caminhando a passos largos para ter de trespassar aos jovens a bandeira da nossa luta, pois a idade não perdoa, resta-me a enorme alegria de poder dizer a esses jovens que despontam para a luta:
Camaradas, é uma honra fazer parte deste Partido que, pela sua coerência exemplar no passado e no presente, se tornou uma referência não só para Portugal mas também para o resto do mundo.
Camaradas, que belo e que orgulho é ser-se comunista.

2 comentários:

Rui Silva disse...

Lamento, meu caro Juvenal, mas tens (temos) de refrear os ânimos a tal respeito, pois o prof. Marcelo, na sua palração de hoje, 16/3, entendeu (ou seja, decretou!) que é muito cedo para o Partido tomar essa decisão (- deve esperar um ano ou ano e meio, para "vêr como param as modas" e agir então, de acôrdo com o momento). A visão oportunista do dito cujo, deveria pois ser a seguida, só que... o PCP é o que é e não o que os palradores desejariam que fosse. Por isso mesmo não tem púlpito oferecido (e ainda por cima bem pago por todos nós). Enfim, eles ladram mas a caravana passa... Um abraço do Rui Silva

Fernando Samuel disse...

«soubeste» essa «notícia» através da comunicação social dominante... Talvez seja bom não te fiares nisso e leres o Avante...