JÁ ESTÁ MAL…….ANIMEM-SE,
AINDA VAI FICAR PIOR!!!!!!
“A moeda tornou-se, em virtude de uma convenção, um meio de troca para tudo o que nos faz falta…..Ela é uma instituição, não natural, mas legal”
Aristóteles
Numa fase mais avançada da evolução comercial, apareceram as notas, em substituição das moedas em ouro que eram até aí, na prática corrente, o elemento que garantia da paridade, com o valor da mercadoria ou serviço prestado.
As notas como é evidente, tinham atrás de quem as emitia, o factor confiança baseada na sua capacidade produtiva e as reservas de ouro que garantiam o seu valor intrínseco, independentemente das oscilações pontuais dos mercados.
Assim as notas e moedas tornaram-se um código artificial passando a valer aquilo que se acreditava corresponder, ao seu potencial financeiro para pagamento das transacções, compra e venda de bens, serviços ou força de trabalho.
Era assim até ao pós-2ª guerra mundial
AINDA VAI FICAR PIOR!!!!!!
“A moeda tornou-se, em virtude de uma convenção, um meio de troca para tudo o que nos faz falta…..Ela é uma instituição, não natural, mas legal”
Aristóteles
Numa fase mais avançada da evolução comercial, apareceram as notas, em substituição das moedas em ouro que eram até aí, na prática corrente, o elemento que garantia da paridade, com o valor da mercadoria ou serviço prestado.
As notas como é evidente, tinham atrás de quem as emitia, o factor confiança baseada na sua capacidade produtiva e as reservas de ouro que garantiam o seu valor intrínseco, independentemente das oscilações pontuais dos mercados.
Assim as notas e moedas tornaram-se um código artificial passando a valer aquilo que se acreditava corresponder, ao seu potencial financeiro para pagamento das transacções, compra e venda de bens, serviços ou força de trabalho.
Era assim até ao pós-2ª guerra mundial
Os Estados Unidos da América saem da 2ª Guerra Mundial, como os grandes beneficiários deste conflito.
A principal consequência da devastação causada pela guerra na Europa, na vertente económica, foi o aparecimento do dólar como moeda de Reserva Mundial.
Para além de não terem sido afectados no seu território pelos efeitos destruidores da guerra, transformaram-se em virtude dela, no país com a maior indústria transformadora, em todo o mundo.
Produziam metade de todo o carvão mundial, 2/3 do petróleo e mais de metade da electricidade.
Produziam navios, aviões, armamento, automóveis, máquinas, produtos químicos e sobretudo detinham 80% das reservas de ouro mundiais.
Em resumo, os Estados Unidos tinham mais ouro, capacidade produtiva e militar, que todo o resto do mundo.
Aproveitando esta pujança económica, financeira e militar, tornaram-se a potência mundial arbitral e reguladora.
Estabeleceram as regras de uma economia mundial aberta, acesso aos mercados e matérias-primas regulados por acordos, em que eram quase sempre os principais beneficiários.
Fazem isto, com a colaboração muito activa da Inglaterra, anterior potência dominante, cuja influência e o peso da Libra Esterlina, tinha sido determinante em todo o mundo.
Estes dois parceiros, para além dos acordos bilaterais (entre Roosevelt e Winston Churchill) levaram a cabo com a colaboração da quase totalidade dos países “ditos” ocidentais e mais alguns, que eram colónias destes, o Acordo de Bretton Woods em consequência do qual foram criados o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.
O FMI era uma organização de carácter supra-nacional, que pretendia assegurar o bom funcionamento financeiro, através das taxas de câmbio e da balança de pagamentos.
Para vigiar e regular a convertibilidade das moedas dos vários países e controlar a prática de manobras que pusessem em causa o regular fluxo de investimentos e comércio internacionais.
O Banco Mundial tinha como finalidade inicial, financiar a recuperação dos países vítimas da segunda guerra mundial, através do chamado Plano Marshall. Assim nasceram os “Euro-Dolares”.
Paralelamente os países árabes, acordaram que o dólar, fosse a moeda suporte do mercado do petróleo o que levou ao nascimento dos chamados “ Petro-dolares”.
Devo recordar, pela influência que tem no desenvolvimento da crise actual, que uma das regras principais estabelecidas no referido “ Acordo de Bretton Woods”, era a definição de que, a cada moeda nacional correspondia um determinado peso em ouro.
Pelo lado dos Estados Unidos da América, comprometeram-se a trocar qualquer quantidade de dólares, pelo equivalente em ouro ao câmbio de 35.00 USD por cada onça troy (equivalente a 31,103 gramas).
Este sistema garantia que os desequilíbrios possíveis se reflectiriam na solidez das moedas nacionais, com a consequentemente repercussão, no volume das reservas, em caso de prevaricação ou não cumprimento.
Todos estes desenvolvimentos levaram os sucessivos governos americanos a desenvolver políticas económico ultra liberais, na ilusória presunção de que o Mercado saberia condicionar os excessos e se auto-regularia.
Com sua vocação imperialista, não se deteve em fomentar ou intervir em conflitos logo após após o final da 2ª Guerra Mundial.
De uma maneira ou outra, todos nos conflitos pós-guerra, tem o dedo dos Estados Unidos com a finalidade de garantir a sua hegemonia económica e militar.
Em Israel, para assegurar uma testa-de-ponte que lhe permitisse intervir nos territórios árabes produtores de petróleo, apoia militar e financeiramente o Estado de Israel.
A guerra que Israel mantém desde então com os árabes, nomeadamente os palestinos e Sírios com ocupação permanente de território destes países, tem sofrido da parte da Organização das Nações Unidas, dezenas e dezenas de condenações, que devido ao veto dos Estados Unidos, nunca sortiram qualquer efeito.
Daqui resulta imenso sofrimento a milhões e milhões de pessoas desalojadas e obrigadas a viverem em campos de refugiados, com um sofrimento muitas vezes semelhante ao que os judeus sofreram nos campos de concentração e que o movimento Sionista justifica, para negar aos palestinos o direito de viver na terra que era sua há milhares de anos.
Esta situação tem colocado problemas gravíssimos, derivados das posições americanas neste conflito.
Não vendo outra saída para o problema, os palestinos por necessidade de sobrevivência e muitos outros árabes por solidariedade, vêem-se constrangidos a recorrer a formas de luta que vítima muitos inocentes.
Os Estados Unidos da América, perfilando-se como polícias do mundo, esbanjando recursos financeiros em tudo o que pudesse aumentar o seu domínio, fornecendo crédito de alto risco e baixa qualidade aos seus cidadãos indiscriminadamente o que provocou o problema do “subprime” , intervindo em guerras, tais com no Vietname, na América Latina, na Coreia, e mais actualmente no Iraque e no Afeganistão , criaram uma situação de crise económica sem precedentes.
Lembro que os primeiros sinais apareceram, quando o Presidente Nixon em 1971 se viu obrigado a não dar cobertura em ouro aos dólares que a Reserva Federal imprimia, tal como o Tratado de Bretton Woods obrigava e consequentemente eliminar os benefícios que o Tratado garantia nessa matéria.
É evidente que tal medida proporcionou aos Estados Unidos ter a liquidez que precisava, para todos os seus desmandos sem aparentemente sofrer as consequências.
Culpados dessa situação são também os seus aliados da União Europeia e alguns países árabes, por darem cobertura ao sistema, eu diria antes aos “esquemas”, movidos certamente pelo receio do descalabro que ora se adivinha, e também porque desses benefícios, embora infinitamente mais pequenos, também beneficiaram.
Sem produção, não há economia sólida e os Estados Unidos na sofreguidão do lucro, indo explorar as mãos de obra estrangeira (sobretudo a chinesa e indiana) abdicou da capacidade de empregar os seus cidadãos.
A maioria dos trabalhadores dos Estados Unidos tem os seus salários reais estagnados há mais de 30 anos.
A economia americana está a afundar-se não só pela necessidade de cobrir os créditos malparados, como também pelos problemas criados pelo seu gigantesco deficit externo, devido ao facto de o povo americano estar a viver, muito acima das suas possibilidades.
No exterior os problemas financeiros também são de uma enorme dimensão.
A China, Índia, Japão, países árabes e países emergentes do Sueste Asiático (Coreia do Sul, Formosa, Hong-Kong e Singapura), com os seus triliões de triliões de dólares de reserva, sem esquecer a própria União Europeia e inclusive a Rússia, que neste momento também é detentora de enormíssimas quantidades de dólares e Títulos do Tesouro americano, negoceiam a diversificação das suas reservas, procurando assim diminuir os riscos de uma quebra da cotação do dólar.
Outros dados da equação que os Estados Unidos têm de resolver, são esses Títulos do Tesouro, porque a maioria destes países incluindo a Arábia Saudita, o aliado mais fiel dos países árabes, tem exigido esses Títulos, em pagamento das transacções comerciais, como alternativa aos dólares.
Este problema já obrigou os Estados Unidos a diminuir a taxa de juro remuneradora destes Títulos, facto que tem causado prejuízos de enorme dimensão a esses países, que tem importantes quantidades dessas obrigações.
A principal consequência da devastação causada pela guerra na Europa, na vertente económica, foi o aparecimento do dólar como moeda de Reserva Mundial.
Para além de não terem sido afectados no seu território pelos efeitos destruidores da guerra, transformaram-se em virtude dela, no país com a maior indústria transformadora, em todo o mundo.
Produziam metade de todo o carvão mundial, 2/3 do petróleo e mais de metade da electricidade.
Produziam navios, aviões, armamento, automóveis, máquinas, produtos químicos e sobretudo detinham 80% das reservas de ouro mundiais.
Em resumo, os Estados Unidos tinham mais ouro, capacidade produtiva e militar, que todo o resto do mundo.
Aproveitando esta pujança económica, financeira e militar, tornaram-se a potência mundial arbitral e reguladora.
Estabeleceram as regras de uma economia mundial aberta, acesso aos mercados e matérias-primas regulados por acordos, em que eram quase sempre os principais beneficiários.
Fazem isto, com a colaboração muito activa da Inglaterra, anterior potência dominante, cuja influência e o peso da Libra Esterlina, tinha sido determinante em todo o mundo.
Estes dois parceiros, para além dos acordos bilaterais (entre Roosevelt e Winston Churchill) levaram a cabo com a colaboração da quase totalidade dos países “ditos” ocidentais e mais alguns, que eram colónias destes, o Acordo de Bretton Woods em consequência do qual foram criados o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.
O FMI era uma organização de carácter supra-nacional, que pretendia assegurar o bom funcionamento financeiro, através das taxas de câmbio e da balança de pagamentos.
Para vigiar e regular a convertibilidade das moedas dos vários países e controlar a prática de manobras que pusessem em causa o regular fluxo de investimentos e comércio internacionais.
O Banco Mundial tinha como finalidade inicial, financiar a recuperação dos países vítimas da segunda guerra mundial, através do chamado Plano Marshall. Assim nasceram os “Euro-Dolares”.
Paralelamente os países árabes, acordaram que o dólar, fosse a moeda suporte do mercado do petróleo o que levou ao nascimento dos chamados “ Petro-dolares”.
Devo recordar, pela influência que tem no desenvolvimento da crise actual, que uma das regras principais estabelecidas no referido “ Acordo de Bretton Woods”, era a definição de que, a cada moeda nacional correspondia um determinado peso em ouro.
Pelo lado dos Estados Unidos da América, comprometeram-se a trocar qualquer quantidade de dólares, pelo equivalente em ouro ao câmbio de 35.00 USD por cada onça troy (equivalente a 31,103 gramas).
Este sistema garantia que os desequilíbrios possíveis se reflectiriam na solidez das moedas nacionais, com a consequentemente repercussão, no volume das reservas, em caso de prevaricação ou não cumprimento.
Todos estes desenvolvimentos levaram os sucessivos governos americanos a desenvolver políticas económico ultra liberais, na ilusória presunção de que o Mercado saberia condicionar os excessos e se auto-regularia.
Com sua vocação imperialista, não se deteve em fomentar ou intervir em conflitos logo após após o final da 2ª Guerra Mundial.
De uma maneira ou outra, todos nos conflitos pós-guerra, tem o dedo dos Estados Unidos com a finalidade de garantir a sua hegemonia económica e militar.
Em Israel, para assegurar uma testa-de-ponte que lhe permitisse intervir nos territórios árabes produtores de petróleo, apoia militar e financeiramente o Estado de Israel.
A guerra que Israel mantém desde então com os árabes, nomeadamente os palestinos e Sírios com ocupação permanente de território destes países, tem sofrido da parte da Organização das Nações Unidas, dezenas e dezenas de condenações, que devido ao veto dos Estados Unidos, nunca sortiram qualquer efeito.
Daqui resulta imenso sofrimento a milhões e milhões de pessoas desalojadas e obrigadas a viverem em campos de refugiados, com um sofrimento muitas vezes semelhante ao que os judeus sofreram nos campos de concentração e que o movimento Sionista justifica, para negar aos palestinos o direito de viver na terra que era sua há milhares de anos.
Esta situação tem colocado problemas gravíssimos, derivados das posições americanas neste conflito.
Não vendo outra saída para o problema, os palestinos por necessidade de sobrevivência e muitos outros árabes por solidariedade, vêem-se constrangidos a recorrer a formas de luta que vítima muitos inocentes.
Os Estados Unidos da América, perfilando-se como polícias do mundo, esbanjando recursos financeiros em tudo o que pudesse aumentar o seu domínio, fornecendo crédito de alto risco e baixa qualidade aos seus cidadãos indiscriminadamente o que provocou o problema do “subprime” , intervindo em guerras, tais com no Vietname, na América Latina, na Coreia, e mais actualmente no Iraque e no Afeganistão , criaram uma situação de crise económica sem precedentes.
Lembro que os primeiros sinais apareceram, quando o Presidente Nixon em 1971 se viu obrigado a não dar cobertura em ouro aos dólares que a Reserva Federal imprimia, tal como o Tratado de Bretton Woods obrigava e consequentemente eliminar os benefícios que o Tratado garantia nessa matéria.
É evidente que tal medida proporcionou aos Estados Unidos ter a liquidez que precisava, para todos os seus desmandos sem aparentemente sofrer as consequências.
Culpados dessa situação são também os seus aliados da União Europeia e alguns países árabes, por darem cobertura ao sistema, eu diria antes aos “esquemas”, movidos certamente pelo receio do descalabro que ora se adivinha, e também porque desses benefícios, embora infinitamente mais pequenos, também beneficiaram.
Sem produção, não há economia sólida e os Estados Unidos na sofreguidão do lucro, indo explorar as mãos de obra estrangeira (sobretudo a chinesa e indiana) abdicou da capacidade de empregar os seus cidadãos.
A maioria dos trabalhadores dos Estados Unidos tem os seus salários reais estagnados há mais de 30 anos.
A economia americana está a afundar-se não só pela necessidade de cobrir os créditos malparados, como também pelos problemas criados pelo seu gigantesco deficit externo, devido ao facto de o povo americano estar a viver, muito acima das suas possibilidades.
No exterior os problemas financeiros também são de uma enorme dimensão.
A China, Índia, Japão, países árabes e países emergentes do Sueste Asiático (Coreia do Sul, Formosa, Hong-Kong e Singapura), com os seus triliões de triliões de dólares de reserva, sem esquecer a própria União Europeia e inclusive a Rússia, que neste momento também é detentora de enormíssimas quantidades de dólares e Títulos do Tesouro americano, negoceiam a diversificação das suas reservas, procurando assim diminuir os riscos de uma quebra da cotação do dólar.
Outros dados da equação que os Estados Unidos têm de resolver, são esses Títulos do Tesouro, porque a maioria destes países incluindo a Arábia Saudita, o aliado mais fiel dos países árabes, tem exigido esses Títulos, em pagamento das transacções comerciais, como alternativa aos dólares.
Este problema já obrigou os Estados Unidos a diminuir a taxa de juro remuneradora destes Títulos, facto que tem causado prejuízos de enorme dimensão a esses países, que tem importantes quantidades dessas obrigações.
Com todos estes problemas que já existem e os que se desenham no horizonte, está garantido o fim da hegemonia dos Estados Unidos.
O capitalismo caracterizado pela financeirização do sistema, é um fenómeno económico contemporâneo, cuja desregulação, está na raiz de todos os problemas mundiais actuais.
O mercado de trabalho, por arrasto sofreu uma alteração radical.
Até há uns anos atrás, a riqueza era totalmente produzida pela força do trabalho, transformada em mercadoria. Os salários correspondiam á riqueza produzida por essa força de trabalho.
Com a automatização da produção, a informatização do planeamento e gestão, bem com a robotização da mão-de-obra, que facilitou a apropriação pelo capital, dos meios de produção afastando os produtores directos, reduzindo drasticamente os postos de trabalho, transformaram os trabalhadores em meros concorrentes a um posto de trabalho.
É evidente a conflitualidade que esta situação gera nas relações de trabalho.
Por outro lado pagam-se elevadíssimos ordenados aos gestores das empresas aos quais se acrescentam exorbitante prémios de gestão. São os lugar-tenentes do grande capital.
Todos estes conflitos de interesses caracterizam esta crise, como já sendo a mais grave de sempre e continua a agravar-se.
É visível que os Estados Unidos estão tentando transferi-la para o resto do mundo, fundamentalmente através da socialização da divida, mas as ondas de choque que essas medidas estão a criar dadas as suas consequências na vida das pessoas, estão a sair furadas.
É evidente que a crise á tão grave, que independentemente das soluções que possam vir a ser tomadas, é unânime considerar, que o imperialismo americano, tem os dias contados.
Na Europa, por mais difícil que possa parecer, deve caminhar para uma economia totalmente independente dos Estados Unidos e confirmar o Euro como uma moeda sólida, liberto da dependência que tem, em relação ao dólar.
No Oriente, adivinha-se uma zona de influência do Yuan chinês e uma outra de ligação ao Rublo.
Na América Latina, por força do Mercosul e de outras alianças económicas que se desenham entre os países da América Latina, para se libertarem da influência dos Estados Unidos, será natural que num futuro próximo, se venha a processar um fenómeno semelhante á União Europeia.
Tudo isto cria fortes expectativas de que a alternativa ao finado capitalismo neo-liberal, será uma nova visão do valor do trabalho e da produção, em detrimento da especulação do capital financeiro.
E finalmente, serão as soluções políticas que determinarão o caminho do económico, contrariamente ao acontece hoje em dia, em que é o financeiro determina a solução política, para escândalo do mundo do trabalho em particular e do nosso pobre e mal governado país.
NOTA FINAL:
Para ter acesso mais pormenorizado á questão do “subprime” e outros aspectos da origem da crise actual, aconselho a ler o artigo que escrevi neste Blogue no dia 19 de Março de 2008, sob o título “AGRANDE CRISE ECONÓMICA E FINANCEIRA MUNDIAL”
O capitalismo caracterizado pela financeirização do sistema, é um fenómeno económico contemporâneo, cuja desregulação, está na raiz de todos os problemas mundiais actuais.
O mercado de trabalho, por arrasto sofreu uma alteração radical.
Até há uns anos atrás, a riqueza era totalmente produzida pela força do trabalho, transformada em mercadoria. Os salários correspondiam á riqueza produzida por essa força de trabalho.
Com a automatização da produção, a informatização do planeamento e gestão, bem com a robotização da mão-de-obra, que facilitou a apropriação pelo capital, dos meios de produção afastando os produtores directos, reduzindo drasticamente os postos de trabalho, transformaram os trabalhadores em meros concorrentes a um posto de trabalho.
É evidente a conflitualidade que esta situação gera nas relações de trabalho.
Por outro lado pagam-se elevadíssimos ordenados aos gestores das empresas aos quais se acrescentam exorbitante prémios de gestão. São os lugar-tenentes do grande capital.
Todos estes conflitos de interesses caracterizam esta crise, como já sendo a mais grave de sempre e continua a agravar-se.
É visível que os Estados Unidos estão tentando transferi-la para o resto do mundo, fundamentalmente através da socialização da divida, mas as ondas de choque que essas medidas estão a criar dadas as suas consequências na vida das pessoas, estão a sair furadas.
É evidente que a crise á tão grave, que independentemente das soluções que possam vir a ser tomadas, é unânime considerar, que o imperialismo americano, tem os dias contados.
Na Europa, por mais difícil que possa parecer, deve caminhar para uma economia totalmente independente dos Estados Unidos e confirmar o Euro como uma moeda sólida, liberto da dependência que tem, em relação ao dólar.
No Oriente, adivinha-se uma zona de influência do Yuan chinês e uma outra de ligação ao Rublo.
Na América Latina, por força do Mercosul e de outras alianças económicas que se desenham entre os países da América Latina, para se libertarem da influência dos Estados Unidos, será natural que num futuro próximo, se venha a processar um fenómeno semelhante á União Europeia.
Tudo isto cria fortes expectativas de que a alternativa ao finado capitalismo neo-liberal, será uma nova visão do valor do trabalho e da produção, em detrimento da especulação do capital financeiro.
E finalmente, serão as soluções políticas que determinarão o caminho do económico, contrariamente ao acontece hoje em dia, em que é o financeiro determina a solução política, para escândalo do mundo do trabalho em particular e do nosso pobre e mal governado país.
NOTA FINAL:
Para ter acesso mais pormenorizado á questão do “subprime” e outros aspectos da origem da crise actual, aconselho a ler o artigo que escrevi neste Blogue no dia 19 de Março de 2008, sob o título “AGRANDE CRISE ECONÓMICA E FINANCEIRA MUNDIAL”
2 comentários:
É bem conhecida a tese de V.I.Lenine segundo a qual o Imperialismo constituía a fase (etapa) superior (suprema, última)do capitalismo. Nessa altura a 1ªGuerra Mundial demonstrava que a guerra era a Economia por outros meios. A 2ª G.M. confirmava os confrontos inter (e intra)imperialistas.Depois disto, ficamos tranquilos??
Os Peixes grandes do aquário capitalista começaram-se a comer,o peixe miudo está-se a organizar, quando menos esperarem comêmo-los!!
Abraço Camarada e parabens por este teu blog.
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