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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

BARCOS À VELA

Hoje, porque o nosso veleiro SAGRES foi notícia, vem a propósito mostrar alguns concorrentes em beleza ao nosso esplendoroso navio escola.
Ao tentar aportar ao antigo território português de Macau, foi-lhe recusada a entrada, com o argumento de que era um navio de guerra.
Parece que para recusar a entrada ao navio português a autonomia de que goza Macau, é o factor decisivo. Curioso, para não dizer caricato argumento, quando alguém se atreve a incluir na classificação de “navio de guerra”, sem ser étimológicamente , com as potencialidades que têm alguns vasos de guerra, tais como os submarinos atómicos americanos.
É caso para pensar: Será que as autoridades de Macau estão a seguir o velho ditado “Cautela e caldos de galinha….”, não vão os portugueses quererem reaver á força..... o seu antigo território!!!

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UM TEXTO LINDO!!!

Publicado no “Diário de Notícias pelo jornalista FERREIRA FERNANDES

A SOLDADO DESCONHECIDA

Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado em part-time e bombeira voluntária. Acumulava trabalhos e não cargos - e essa pode ser uma primeira explicação para a não conhecermos.
Afinal, um jovem daqueles que frequentamos nas revistas de consultório, arranja forma de chamar os holofotes. Se é futebolista, pinta o cabelo de cores impossíveis; se é cantora, mostra o futebolista com quem namora; e se quer ser mesmo importante, é mandatário de juventude.
Não entra é na cabeça de uma jovem dispersar-se em ninharias acumuladas: um curso no Porto, caixeirinha em Santa Maria da Feira e bombeira de Verão. Daí não a conhecermos, à Josefa. Chegava-lhe, talvez, que um colega mais experiente dissesse dela: "Ela era das poucas pessoas com que um gajo sabia que podia contar nas piores alturas." Enfim, 15 minutos de fama só se ocorresse um azar...
Aconteceu: Josefa morreu em Monte Mêda, Gondomar, cercada das chamas dos outros que foi apagar de graça.
A morte de uma jovem é sempre uma coisa tão enorme para os seus que, evidentemente, nem trato aqui.
Interessa-me, na Josefa, relevar o que ela nos disse: que há miúdos de 21 anos que são estudantes e trabalhadores e bombeiros, sem nós sabermos.
Como é possível, nos dias comuns e não de tragédia, não ouvirmos falar das Josefas que são o sal da nossa terra?

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