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domingo, 1 de agosto de 2010

PARA O PRAZER DOS OLHOS

O título deste “power point”, peca por defeito.
De facto, muitos mais sentidos , para além do que o olhar são chamados a apreciar esta encantadora apresentação!
Confira a nossa opinião.



NESTE LINK



POSTOS DE TRABALHO

A CENOURA COM QUE O CAPITAL,
ACENA AOS TRABALHADORES !!!

Chega a parecer impossível tanta gente, com poucas excepções, estar enganada no que diz respeito às expectativas de manter ou poder vir a obter um posto de trabalho, estável, adequado e razoavelmente pago.
É um facto que toda a propaganda é feita no sentido de manter em alta as expectativas dos cidadãos.
No entanto, bastaria ver a evolução dos níveis do desemprego, a permanente e definitiva destruição dos postos de trabalho e os objectivos das políticas neo-liberais, que grassam no mundo, desde a queda da União Soviética.
O argumento da pseudo racionalização dos custos, o exigível aumento da produtividade e nomeadamente as deslocalizações das empresas para o próximo e longínquo Oriente, em busca de mão-de-obra barata, vão sendo argumentos vulgarmente utilizados, para justificar este autêntico cataclismo, no mundo do trabalho.
Estamos convencidos de que, quando esse argumento da deslocalização das empresas se esgotar, por um lógico aumento do nível de vida dessas populações trabalhadoras, agora exploradas até á exaustão, chegará a vez de serem elas próprias as próximas vítimas do desemprego galopante, porque a questão de fundo não é regional, mas sim universal.
No Ocidente a criação de novas empresas e os consequentes e limitados aumentos de postos de trabalho, jamais compensará o excessivo número de desempregados, como é evidente.
A automatização e a robotização da produção, é o factor decisivo para se perceber que não há qualquer hipótese de compensar os postos de trabalho destruídos, com a criação de novas empresas e seu consequente e limitado número de postos de trabalho.
O capitalismo através das políticas neo-liberais dos seus governos, anunciam medidas para minorar esta tragédia, mas essas promessas limitam-se a iludir a raiz dos problemas que lhe estão na origem e nada de essencial se irá modificar, sem uma profunda e revolucionária alteração das relações de produção.
A característica principal do capitalismo é, através da posse dos meios de produção, explorar as classes trabalhadoras que têm necessidade de vender a sua força de trabalho.
O aparecimento das novas tecnologias, preferencialmente utilizadas e desenvolvidas na máquina produtiva para a substituição da mão-de-obra e obtenção de maiores lucros, está a condenar sem remissão os trabalhadores á miséria e ao desemprego, fazendo desaparecer aceleradamente postos de trabalho, não só em Portugal mas igualmente em todo o mundo.
Não vale a pena argumentar que “outros” serão criados, a não ser para iludir as tragédias que o desemprego maciço proporciona e com esse artifício abjecto, ir tentando manter a paz social.
A realidade objectiva, é outra, completamente diferente!!!
De tão evidente, achamos quase conspiratório o silêncio dos midia, sobre este tema.
Raramente vimos trazer á colação a informática, a robótica, a burótica, ou a nano tecnologia, como algumas das principais causas da onda de desemprego que assola o mundo do trabalho.
Raramente vimos alertar para o que acontecerá quando a investigação científica, hoje ao serviço do capital industrial, colocar nas mãos do capitalismo financeiro todas as possibilidades de produção e automatização que as novas tecnologias já permitem e as que se adivinham para um próximo futuro.
Herbert Henzler, director da filial alemã da empresa de consultadoria McKinsey prevê:
“A indústria vai seguir o caminho da agricultura. No futuro apenas uma ínfima percentagem da população irá buscar os seus rendimentos à produção de mercadorias”.
Segundo John Cage, dirigente da empresa informática norte-americana – Sun Microsystems- “contratamos os nossos empregados por computador, trabalham por computador e são despedidos por computador”, “limitamo-nos a ir buscar os mais inteligentes e por agora damos preferência aos bons cérebros da India”.
“Desde o começo há 13 anos o volume de negócios da nossa firma passou de 0 para 6.000 milhões de dólares”.
Por outro lado o magnata Washington SyCip afirma: “Um quinto dos candidatos aos postos de trabalho, bastará para produzir todas as mercadorias e prestação de serviços necessários á sociedade….podendo-se admitir mais 1 ou 2% para os herdeiros das grandes fortunas” (textual).
Quando interrogado sobre os outros quatro quintos que desejam e precisam de trabalhar, reconhece:
”Ah, essas vão ter problemas consideráveis…”
Por outro lado o célebre Zbigniew Brzezinski, ex- conselheiro do ex-presidente americano Jimmy Carter, tem esta solução históricamente documentada:
“Uma sábia mistura de divertimento estupidificante e de alimentação suficiente, permitirá manter de bom humor a população frustrada do planeta”.
Um tal tal Professor Roy, numa conferência da “ Fundação Presídio” do tristemente celebre Mikhail Gorbatchev, recheada de capitalistas bem-pensantes , sentenciava como solução para resolver o problema do desemprego :
” O voluntariado a favor da colectividade, a participação em actividades desportivas e nas associações de todo o tipo, mediante uma remuneração modesta, ajudaria milhões de cidadãos a serem conscientes do seu próprio valor”. São estes homens que se julgam senhores do mundo que afirmam estarmos a caminho de uma nova civilização e que o modelo mundial do futuro se baseia na fórmula ….um quinto….quatro quintos, isto é um quinto tem trabalho e quatro quintos …..ficam “a ver navios” e mesmo esse quinto, teria salários miseráveis, pois a sua função seria varrer ruas ou ser criados para todo o serviço a troco de um miserável alojamento.
Foram a estas considerações, de que tivemos conhecimento há bem mais de uma dezena de anos, através da leitura de um texto de Werner Schwab intitulado “A ARMADILHA DA GLOBALIZAÇÃO- A SOCIEDADE DOS DOIS DÉCIMOS” , que se ficou a dever a inspiração de criar este Blogue e cujo texto é uma das primeira publicações que incluímos nele, quando começámos em 28 de Fevereiro de 2008.
Ainda hoje aconselhamos vivamente a sua leitura, cuja actualidade na sua maior parte, se mantém intacta.
A importância desse texto é de tal ordem, que fizemos dele uma espécie de “Bíblia”, que nos mostra e a todos os trabalhadores, a dimensão da tragédia que nos preparam os capitalistas.
As dificuldades que se desenham no horizonte e sobretudo as estratégias de unidade internacional que teremos de acautelar em defesa do futuro dos trabalhadores, são evidentemente, no futuro, a única solução para sobrevivência da própria humanidade.
Na realidade, se a propriedade dos meios de produção continuasse nas mãos dos capitalistas e se consequentemente toda a parafernália de meios tecnológicos que a ciência cria se tornasse sua propriedade privada, as relações de produção não poderiam produzir outro efeito que não fosse um mundo de miséria generalizado. Admitimos que quem nos está a ler agora possa entender estas “profecias” como exageradas, ou mesmo irrealistas.
Por acaso nós também. Mas certamente por razões diferentes e dialéticas!!!
De facto não acreditarmos que se possa chegar a este estado de coisas, sem grandes e dramáticas convulsões sociais.
Quando a humanidade se confrontar com situações-limite, como as atrás descritas, a revolucionária transformação social será uma saída dialéctica, dada a incompatibilidade da Natureza com aqueles criminosos desígnios.
De facto, se deixássemos ao capital a capacidade de determinar a mão-de-obra necessária e ele possuísse o direito exclusivo de determinar o destino dos trabalhadores, a sua capacidade de no próximo futuro os substituir por máquinas (dia a dia mais sofisticadas e capazes de produzir massivamente aquilo que até há pouco exigia mão-de-obra humana) teria, como resultado lógico, a escravização da humanidade.
A robótica, a informática e o conhecimento que temos dos avanços e inenarráveis capacidades da nova ciência “A Nanotecnologia”, dá-nos a certeza de que a crise de desemprego será cada vez mais grave.
E tanto mais grave será, por quanto os governos irão conseguindo segurar as massas populares desempregadas, com falsos artifícios de desenvolvimento, complementando com medidas sociais, próximas da caridade de estado.
Por outro lado, se os principais meios de comunicação se mantiverem nas mãos do capitalismo, se os gestores, lugar-tenentes e seus fiéis serventuários, pagos regiamente e servindo de valhacoito aos governantes jubilados, continuarem nos lugares chave do Estado, a luta irá ser mesmo muitíssimo difícil, mas inevitável.
A consciencialização e a luta dos trabalhadores só se faz contra o “status quo”.
O conservadorismo e o medo, muitas e muitas vezes, tolhem a lucidez da análise. Mas tudo tem o seu limite.
Por agora aconselhamos a relerem o texto de Werner Schwab, que mais atrás referimos.
Prometemos voltar a este assunto, neste Blogue, abordando sobretudo os indícios que a ciência nos vai dando no campo da nanotecnologia e outros, para demonstrar o rigor, dimensão e actualidade das enormes preocupações que temos descrito neste texto, sobre a problemática do trabalho e dos trabalhadores.
Só mais um pormenor, sobre o texto de Werner Schwab.
O texto é terrível, pelos exemplos expostos, pela filosofia que o grande capital adopta para manter os privilégios.
No entanto estamos seguros que o autor, se não tivesse morrido há algum tempo e se o escrevesse hoje, os horizontes das suas previsões, seriam muito mais negras.
No seu tempo ainda não era possível prever a vertiginosa evolução científica a que hoje assistimos.
Usando técnicas de inteligência artificial, os programas de computador estão cada vez mais capazes de integrar o conhecimento publicado com os dados experimentais, de localizar padrões e relações lógicas que permitem o surgimento de novas hipóteses, com muito pouca intervenção humana.

Se não vejamos por exemplo alguns avanços, vindos a lume somente nesta semana:

1 - Em Portugal já há quem controle o PC com o pensamento

Ver
VIDEO .

A Anditec, utilizando a tecnologia Brainfingers, permite controlar um computador apenas e só através de sinais obtidos junto do cérebro humano.
A solução inicialmente desenhada para fins lúdicos por um ex-cientista da NASA revelou-se, nos últimos tempos, numa alternativa válida para utilizadores com deficiências motoras, que impedem o uso do rato e do teclado.

2 - Robôs e médicos vão trabalhar juntos em Hospital da Escócia


Os robôs vão assumir as funções que os humanos geralmente dispensam: entrega de comida e medicamentos, recolha de objectos e múltiplas actividades de limpeza.
Os autómatos vão dispor de corredores subterrâneos para se deslocarem aos vários pontos do hospital, mas também poderão partilhar os mesmos espaços com pessoal médico e doentes - basta que alguém pegue num PDA e chame uma das máquinas.
Uma vez recebido o sinal de chamada, o robô entra para um dos elevadores que se encontram nos corredores subterrâneos e sobe para os quartos e enfermarias, para receber instruções.


3 - Nano-robôs usados para destruir tumores



O uso de nano-robôs para curar tumores ainda está na fase de investigação, mas os resultados são promissores
De acordo com a Yahoo News!, investigadores norte-americanos desenvolveram nano-robôs que conseguem viajar na corrente sanguínea de um paciente até a um tumor, onde aplicam uma terapia capaz de "desactivar" os genes cancerígenos.
Os resultados, publicados na Nature, provam que o novo tratamento designado por interferência ARN (de ácido ribonucleico; RNAi, em inglês) tem potencial para funcionar em pessoas.
A manipulação de ARN para bloquear genes com o potencial de causar doenças não é nova, mas houve sempre o problema de como administrar o medicamento.
Agora, uma equipa no California Institute of Technology, em Pasadena, EUA, recorreu à nano tecnologia para criar minúsculos robôs de polímero cobertos com uma proteína que se liga aos receptores de diferentes tipos de tumores.
Deste modo, assegura-se que só as células cancerígenas são destruídas neste processo, o que não acontece hoje, com os convencionais tratamentos de quimioterapia e radioterapia, que também destroem células saudáveis.
Parte deste estudo, que ainda está na fase inicial, será apresentado numa reunião da American Society of Clinical Oncology..


4 - Robôs iniciam viagem entre a Itália e a China

Se durante as férias deparar com uma carrinha Piaggio sem condutor numa estrada da Europa, não se assuste: Não é uma carrinha fantasma, mas sim uma das duas carrinhas guiadas por robôs do VisLab Intercontinental Autonomous Challenge.
As duas carrinhas guiadas por robôs partiram, na passada terça-feira, de Milão com o objectivo de percorrer mais de 13 mil quilómetros, antes de chegar a Xangai, China. Pelo meio, as carrinhas e os respectivos motoristas robóticos terão de enfrentar várias provas arriscadas, como as concorridas avenidas de Moscovo, e a travessia da Sibéria e do Deserto de Gobi.


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5 - Em Malibu, já há nadadores-salvadores robóticos

Emily (de Emergency Integrated Lifesaving Lanyard), pode parecer apenas uma tosca bóia robotizada, mas a verdade é que pode mover-se sobre a água a uma velocidade máxima de 60 quilómetros por hora, durante 35 minutos.
Segundo a Technology Review, a empresa Hydronalix prevê desenvolver, nos próximos tempos, uma versão de nadador-salvador robótico mais avançada, que circula autonomamente junto da costa e dirige-se para junto de pessoas cujos movimentos na água indiciam um possível caso de afogamento.

6 - Telemóveis que são robôs

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Chamam-se Callo e Cally e são dois robôs capazes de imitar o comportamento humano. São designados por "phone bots" porque são, basicamente, telemóveis com membros acoplados.
A invenção é de cientistas canadianos que estão decididos a integrar os robôs no nosso dia-a-dia. Por isso, construíram dois robôs que são telemóveis aos quais foram acoplados membros.
O Callo e a Cally podem dançar, chorar, interagir um com o outro e, entre outras coisas, mostrar expressões no ecrã.

7 - Hoje no YouTube: casal japonês casado por robô


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Um casal de jovens japoneses teve um casamento inovador, já que quem presidiu à cerimónia foi um robô
Já se sabe que os japoneses gostam muito de robôs e estão sempre à procura de novas tarefas para estas máquinas.
Mas nunca antes um robô tinha assumido o papel de casamenteiro, pelo menos é que o garante a empresa que fabricou o humanóide I-Fairy.
Segundo a Associated PressFoi, este o robô que celebrou o matrimónio Tomohiro Shibata e Satoko Inoue.


8 – Computador que lê mentes

Investigadores da Universidade Carnegie Mellon University, nos EUA, criaram um computador que consegue ler a mente, analisando ondas cerebrais quando as pessoas pensam em palavras específicas.
A investigação vai ajudar a perceber o funcionamento do cérebro e possivelmente melhorar o tratamento de disfunções na língua e de outras deficiências.
«Estamos a tentar responder a uma questão que tem séculos: como é que o cérebro organiza o conhecimento?», disse Tom Mitchell, um dos responsáveis pelo projecto.
O computador foi calibrado para estudar a actividade cerebral de nove voluntários, quando pensavam em 58 palavras diferentes.
As pessoas pensavam nas palavras e o programa interpretava, criando uma “média” comum aos voluntários.


9- Cientistas criam robô que produz excrementos


Nos Laboratórios Robóticos de Bristol foi criado um robô que consome biomassa, produz hidrogénio e electricidade e, no fim, deita fora o excedente .
Chama-se EcoBot III e é um robô que consome fluidos que contêm extractos minerais e sais. O robô digere a "comida" e produz electricidade e hidrogénio a partir desta biomassa.
Os cientistas da equipa de Ioannis Ieropoulos dotaram ainda o robô com um sistema que lhe permite deitar fora excrementos, tal como se fosse um animal.
Nesta fase, o EcoBot apenas consegue extrair 1% da energia que os seus alimentos contêm, noticia a Wired. O objectivo final é utilizar o robô e a sua energia para purificar água.


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10 - O robô que tem mau perder

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Investigadores do Inesc-ID desenvolveram uma aplicação que permite que um robô assuma várias expressões faciais enquanto assiste a uma partida de xadrez.
A investigação, que tem por base alguns modelos da psicologia, está inserida no projecto europeu Living With Robots and Interactive Companions (LIREC).
Até à data os investigadores portugueses desenvolveram duas plataformas: uma que corre num robô iCat da Philips e outra que permite jogar xadrez com agentes dotados de inteligência virtual num smartphone Android.

POR HOJE FICAMO-NOS POR AQUI, MAS PROMETEMOS VOLTAR AO ASSUNTO, PORQUE CONSIDERAMOS EM TESE, QUE A SITUAÇÃO É CATASTRÓFICA PARA OS TRABALHADORES E AS PERSPECTIVAS, A MANTEREM-SE AS ACTUAIS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO, ENCAMINHAM-SE PARA A ESCRAVIZAÇÃO DA ESMAGADORA MAIORIA DA HUMANIDADE.

NADA MENOS!!!









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