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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

EGIPTO, O SOL ESTÁ A NASCER

As Revoluções populares a que estamos a assistir, quer na Tunísia, no Egipto ou Yemen, são um sinal dos tempos.
Julgo que poucas ou nenhumas pessoas estariam habilitadas a conceber tão rápida alteração do equilíbrio de forças, no mundo árabe.
Julgamos poder dizer, que todos nós (os progressistas), acreditávamos que o mundo árabe não podia continuar a ser por muito mais tempo, vítima da espoliação, exploração e violência que meia dúzia de títeres que se apoderaram do poder, os sujeitavam.
Mas nunca tão depressa. Era uma questão para as próximas gerações …..e vá lá!!!
Afinal, temos o privilégio de assistir ao inicio da emancipação desses, que já foram expoentes da civilização humana, mas sujeitos á força bruta de povos ocupantes, colonizadores, estagnaram tragicamente no tempo.
Hoje um incontrolável grito da liberdade percorre todo o mundo árabe, no desejo irreprimível de recuperar o tempo perdido, e libertar-se das grilhetas civilizacionais a que o chamado "Ocidente" o tem sujeito.
Ainda há pouco nós tínhamos recebido o texto que publicamos a baixo e que de uma forma satírica, determinava a política de fundo, para os média, a utilizar com as notícias sobre esses povos.

Doze Regras para a Redacção dos Grandes Media Internacionais quando a notícia é do Médio Oriente:
1) No Médio Oriente são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. É inconveniente falar em «represálias» quando se tratar do exército israelita.
2) Os árabes, palestinianos ou libaneses não têm o direito de matar civis. A isso chama-se «terrorismo».
3) Israel tem o direito de matar civis. A isso chama-se «legítima defesa».
4) Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedido. A isso chama-se «reacção da comunidade internacional».
5) Os palestinianos e os libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso chama-se «sequestro de pessoas indefesas».
6) Israel tem o direito de sequestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinianos e libaneses desejar. Actualmente são mais de 10 mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter sequestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos palestinianos. Isto chama-se «prisão de terroristas».
7) Quando se mencionam as palavras «Hezbollah» e «Hamas», é obrigatório a mesma frase conter a expressão «apoiado e financiado pela Síria e pelo Irão».
8) Quando se menciona «Israel», é proibida qualquer menção à expressão «apoiado e financiado pelos EUA». Isso poderia dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.
9) Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões «territórios ocupados», «resoluções da ONU», «violações dos Direitos Humanos» ou «Convenção de Genebra».
10) Tanto os palestinianos como os libaneses são sempre «cobardes», que se escondem entre a população civil. Se eles dormem nas suas casas, com as suas famílias, a isso dá-se o nome de «dissimulação» e «cobardia». Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles dormem. A isso chama-se «acção cirúrgica de alta precisão».
11) Os israelitas falam melhor inglês, francês, espanhol e português que os árabes. Por isso eles e os que os apoiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redacção (de 1 a 10) ao grande público. A isso chama-se «neutralidade jornalística».
12) Todas os jornalistas que não estão de acordo com as Regras de Redacção acima expostas, devem ser dispensados da sua função por serem apoiantes de «terroristas anti-semitas de alta periculosidade».

Da nossa lavra, acrescentaríamos agora uma 13ª regra.
Nós não somos supersticiosos!
Quando falarem de Hosni Mubarack o querido líder dos EUA, Reino Unido , França e Alemanha, que agora se preparam para lhe tirar o tapete debaixo dos pés, da forma nojenta que lhes é habitual sempre que os seus interesses económicos e geoestratégicos estão em causa, não se esqueçam da traição que constituiu a paz que ele fez com Israel.
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, e seus generais, ainda não debandaram, porque consideram a ajuda militar e financeira que recebem dos Estados Unidos (anualmente de 1,3 biliões de dólares, só inferior á que dão a Israel!) uma recompensa "intocável" em troca da paz com Israel, "uma compensação intocável para criar e manter a paz com Israel", como teria dito o embaixador americano no Cairo, segundo o documento da Wikileaks, publicado ontem no jornal britânico The Guardian.
Estão enganados, e Israel já percebeu isso!!!
A justiça dos povos é lenta , mas inexorável!!!

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