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domingo, 14 de junho de 2009

AINDA O DUBAI


PARA QUEM NÃO SAIBA, EXACTAMENTE
O QUE ESTE EMIRADO REPRESENTA.

Volto á questão do Dubai, na medida em que este assunto, é muito pouco tratado nos meios de comunicação social.
Esse comportamento, tem significado!!!.

O resultado da política capitalista, nos seus aspectos mais negativos, tem expressão prática no Dubai.
O escândalo é de tal grandeza, que e o silêncio relativo que o rodeia, só se justifica por não ser do interesse das classes privilegiadas, publicitar as enormidades que ali são cometidos, não só em termos financeiros, como humanos.
As classes que beneficiam de tamanhas obscenidades, sabem a dimensão da imoralidade que tudo aquilo representa, quando há tanta miséria no mundo e milhões de pessoas morrem de fome.
Já me referi a esta questão de forma muito pormenorizada, em extenso artigo de investigação que publiquei neste Blogue no dia 24 de Agosto de 2008.
Mais recentemente, no passado dia 12 de Junho, numa pequena alusão a propósito da publicação dum "power point", com a reprodução rigorosa do “Taj Mahal” uma das “7 Maravilhas do Mundo”.
Este mausoléu situado em Agra, uma cidade da Índia, foi começado em 1630 e só terminou 22 anos depois, utilizando o trabalho esforçado de 22 mil homens.
Na sua decoração foram utilizadas múltiplas qualidades de pedras semi-preciosas e a cúpula foi decorada com fios de ouro.
Pois no Dubai, como já referi nos artigos anteriores, foi feita não só a reprodução rigorosa do “Taj Mahal”, como também foram reproduzidos alguns dos mais conhecidos monumentos mundiais, com absoluta fidelidade: Pirâmides do Egipto, Torre Eiffel (com mais 20 metros) Jardins Suspensos da Babilónia, etc., etc.
O Xeque Rachid Bin Saeed Maktoum, recriou no deserto, a partir da criação inicial de canais semelhantes aos de Veneza, praticamente tudo o que é hoje o Dubai e em menos tempo do que levou a construir o falado Tag Mahal. .
Entre as várias inacreditáveis atracções criadas no emirato, não relacionadas no power point que apresentamos hoje, encontra-se um oásis artificialmente criado a cerca de 60 quilómetros, em pleno deserto, com piscinas, spas, bungalows e hotéis.
Chega-se ao exagero de lá serem colocados animais selvagens, para proporcionar “safaris” ou em alternativa promover noites no deserto, á volta de fogueiras, com o realismo da vivência com tribos nómadas, estas sim no seu ambiente natural e praticando as suas tradições milenares.
Estes empreendimentos já referidos, são quase ridiculamente insignificantes ao compararmos com a dimensão dos projectos que estão a ser levados a cabo ou já terminados no emirado do Dubai e que absorvem dois terços de todas as gruas existentes no mundo.
A questão relativa á origem dos capitais que proporcionam estas ciclópicas construções, e a situação de escravatura a que a maior parte dos trabalhadores sem qualificação, estão sujeitos, são questões que deviam indignar não só as pessoas, mas os próprios governos que são conhecedores de como se passam as coisas, não só no domínio das relações laborais, como no campo do branqueamento de capitais.
Considerando o que se tem feito em termos de magnificência das obras arquitectónicas , não há dúvida que são impressionantes e que jamais o homem produziu obra de dimensão semelhante em toda a história da humanidade.
É esse o testemunho, de que trata o “Power point “ que publico hoje.
Embora ele retrate um pouco do que é na actualidade o Dubai, acredite….a realidade fica muito....muito, para alem do relatado na apresentação.
Mais uma vez lhe recomendo a leitura do artigo que escrevi em 24 de Agosto do ano passado, até para que esta apresentação lhe sirva de cicerone e actualize algumas das obras que nele foram apresentadas e que estavam inacabadas na altura, para poder ter uma compreensão mais aproximada, da loucura que é o Dubai, hoje em dia.
Não se esqueça de uma coisa muito importante.

CONTRARIAMENTE AO QUE DIZ O POWER POINT NO FIM, NÃO É O DINHEIRO DO PETRÓLEO QUE PAGA TUDO AQUILO.

DO PETRÓLEO SÓ VÊM 5% DAS RECEITAS.
O RESTO VEM DA ZONA FRANCA E DE BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS.

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