Mensagem

Mensagem

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

PORTAS O PROVEDOR DOS IDOSOS, CONDESTÁVEL DOS AGRICULTORES, PATRONO DOS CONTRIBUINTES



O ESPLENDOR DA DESONESTIDADE

MUDAM-SE AS REGRAS.....NÃO DE FUTURO…MAS DO PASSADO!!!
Numa semana cheia de acontecimentos determinantes para a vida dos portugueses, várias razões nos impediram de expormos os nosso pontos de vista, sobre o que se estava a passar.
Hoje, retomando o “fio à meada” não resistimos a chamar a atenção para uma manipulação obscena que foi determinado pelo governo, para corte nas pensões de sobrevivência.
Em primeiro lugar queremos contestar a impressão manipulada pelo governo, “de que só os beneficiários de pensões milionárias seriam atingidos”, como se fosse essa a questão mais importante.
Quando dizemos “pensões milionárias”, talvez devêssemos dizer  “pensões multi- milionárias”, pois basta fazer as contas: Se o governo afirma que se vai limitar a recolher com esta medida 100 milhões de Euros e que os atingidos são cerca de 25.000, conclui-se, que a cada um caberá em média diminuir em 4.000 euros o seu rendimento.
Há nestes números algo de incompreensível, que não baterá certo, mas a questão fundamental que se coloca, nada tem a ver com os valores apontados. 
A QUESTÃO CENTRAL É O GOVERNO ESTAR A QUEBRAR UM CONTRATO DE CONFIANÇA COM OS CIDADÃOS!!! 
De facto o que está em causa é a questão de o governo ser ou não ser, uma “pessoa de bem”!!!
Não está em causa o governo restringir ou penalizar uma prestação social, que só deve beneficiar quem dela precisar e na medida em que precise. 
O que está em causa é o governo é quebrar rectroactivamente uma prestação social, decorrente de um esquema contributivo. 
Isto é quem beneficia dessa prestação pagou para ela e portanto negar o seu pagamento, é uma violação de um contrato e como tal, uma ilegalidade por mais que o Dr. Marcelo Rebelo de Sousa considere que 96,6 por cento dos restantes contribuintes, não são atingidos.
Quando ouvi esta afirmação lembrei-me logo do poema de Martin Niemöller, com versões atribuídas a Vladimir Maiakovski umas vezes, outras a Bertoldt Brecht. 

E NÃO SOBROU NINGUÉM, 
Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. 
Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. 
Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. 
Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. 
Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse.



Mas voltando à “vaca fria”:
Mais, considera o Dr. Marcelo, repetindo o mesmo 5 ou 6 vezes (para vincar e deixar claro que era uma crítica ao governo), durante a sua arenga, que o governo sabia que iria cortar 100 milhões de euros nas pensões, há mais de uma semana, pois ele fazia parte do acordo no memorando de entendimento com a Troika, assinado por ocasião da 8ª e 9ª avaliação.
Não quis sua excelência, exorbitar na crítica ao governo, considerando a taxa aplicada aos pensionistas de sobrevivência não como uma ilegítima e ilegal quebra de contrato, mas considerando então entre outras, as seguintes “La Palissianas” razões: 
É uma solução muito mais justa… que ser extensível a todos os pensionistas.  É muito mais justa… do que apanhar quem tenha uma só pensão.
É muito mais justa… que aplicar uma taxa igual para todos
Acabadas as justificações, não quis deixar de evocar o badalado e muito gesticulado argumento de Paulo Portas, com outra equivalente gesticulação de um lado ao outro da mesa onde arengava, correspondentes respectivamente à entrada de 1.200 milhões de Euros de um lado e a respectiva saída por outro, de muito mais.
A conclusão óbvia de que há um grave desequilíbrio entre o que o Estado recebe e o que paga, nem sequer merece da sua parte a referência, de que o pagamento do prémio de um seguro, é sempre maior em determinada altura, que o conjunto de pagamentos que ao mesmo tempo é feito pelo conjunto de contribuintes.
Curiosamente lembra que a taxa que agora passa a considerar o valor das pensões de sobrevivência nem sequer é feito sobre a pensão de sobrevivência, mas noutra que possa existir, deixando para as “calendas gregas” avaliar os casos em que não estão previstos o acumular dos rendimentos de um eventual salário, ou rendimentos de capital.
Estamos bem tramados, a começar pelo governo, passando pelo presidente da republica, pelos comentadores oficiais, meios de comunicação social e sobretudo pela fragilidade ideológica do Partido Socialista e da sua liderança!!!

UMA COISA TEMOS A CERTEZA.
OS TRABALHADORES SABERÃO DAR A RESPOSTA ADEQUADA, NA DEVIDA ALTURA!!!
PARA COMEÇAR…
TODOS À MANIFESTAÇÃO DA CGTP, DO PRÓXIMO DIA 19 DE OUTUBRO

Sem comentários: