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domingo, 28 de setembro de 2008

ASSIM VAI A CRISE

DO NEO-LIBERALISMO

PARA OS NEO-LIBERAIS
O ESTADO É MAU QUANDO AJUDA OS POBRES
É BOM QUANDO DÁ AOS RICOS

Nos EUA é o Bush a dar dinheiro
dos contribuintes aos especuladores (ver texto abaixo)
Na Europa são os amigos do TRATADO DE LISBOA
a prometerem fazer o mesmo.

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A DERROCADA

por Henrique Custódio

O governo norte-americano de George W. Bush decidiu «comprar» por 700 mil milhões de dólares (cerca de 480 mil milhões de euros) as dívidas de qualquer entidade financeira nos próximos dois anos, isto com o objectivo confesso de as salvar da falência.
O professor Marcelo Rebelo de Sousa, com judiciosa displicência, já traduziu o acto por «nacionalização» - no que tem sido secundado pelos comentadores encartados do costume -, e o extraordinário é que tão vilipendiado «palavrão» não segregou o menor engulho:
aparentemente, as tenebrosas nacionalizações que de há 30 anos para cá foram erigidas pelos governos do PS e do PSD (com umas colaborações do CDS) em «inimigo público n.º 1» em Portugal, passaram de repente, nas vozes do dono que campeiam pelo panorama informativo nacional, a trivialidade não apenas aceitável, mas credora de elogios.
Percebe-se porquê: toda esta gente está farta de saber que tão monstruosa injecção de capital nada tem a ver com as clássicas nacionalizações, onde os Estados assumem o controlo económico e político dos sectores nacionalizados, que assim ficam a salvo da gula dos privados e passam a ser geridos em nome dos interesses colectivos.
O que Bush fez - e também é tranquilamente reconhecido - foi utilizar os recursos públicos de que os EUA dispõem para cobrir as escandalosas perdas financeiras a que a especulação desenfreada conduziu a generalidade do sistema financeiro norte-americano.
Fez isto para salvar da falência um sistema confirmadamente corrupto e venal, pagando com dinheiros públicos - ou seja do povo norte-americano em geral - os desmandos e os prejuízos de um capitalismo já não apenas irreformável, mas que tomou o freio nos dentes.
Neste «plano dos 700 mil milhões» não há qualquer referência a contrapartidas devidas ao Estado por parte das empresas beneficiárias da ajuda pública (portanto, tão gigantesca ajuda à banca privada é totalmente «grátis»), tal como a administração Bush, tão solícita com os banqueiros, não reserva um cêntimo desta verba colossal para ajudar os milhões de famílias norte-americanas que já perderam, ou estão em risco de perder, as suas casas em consequência directa desta crise.

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