Ao enfrentarem as dificuldades do dia-a-dia, imensas pessoas dizem e escrevem que têm vergonha de ser portugueses, dadas as situações injustas e a falta de alternativas em que são colocadas para solucionarem os seus problemas.
O equívoco fundamental dessa gente é confundir o país onde nasceram com a escumalha que o tem dirigido.
Se essas pessoas se dessem ao trabalho de racionalizar os seus problemas, facilmente verificaria que tudo tem origem na forma como sucessivos governos têm defraudado as expectativas da população.
Em Abril de 1974 abriu-se uma janela de esperança, que imediatamente no primeiro de Maio que se seguiu começou a ser fechada pelo inefável Mário Soares, que aproveitando o clima da “guerra fria” iniciou a divisão dos portugueses em dois grupos.
De um lado os comunistas e seus aliados....os maus!.
O equívoco fundamental dessa gente é confundir o país onde nasceram com a escumalha que o tem dirigido.
Se essas pessoas se dessem ao trabalho de racionalizar os seus problemas, facilmente verificaria que tudo tem origem na forma como sucessivos governos têm defraudado as expectativas da população.
Em Abril de 1974 abriu-se uma janela de esperança, que imediatamente no primeiro de Maio que se seguiu começou a ser fechada pelo inefável Mário Soares, que aproveitando o clima da “guerra fria” iniciou a divisão dos portugueses em dois grupos.
De um lado os comunistas e seus aliados....os maus!.
Do outro, os restantes….os bons!
A confusão então estabelecida, nos anos que se seguiram, serviu para consolidar, mascarar, ou camuflar a manobra de reconquista pelos privilegiados do capital, as sinecuras perdidas ou simplesmente ameaçadas.
A confusão então estabelecida, nos anos que se seguiram, serviu para consolidar, mascarar, ou camuflar a manobra de reconquista pelos privilegiados do capital, as sinecuras perdidas ou simplesmente ameaçadas.
O que se fez na realidade foi aproveitar a ingenuidade de alguns, a despolitização de outros, o branqueamento de um regime autoritário e corporativista dos salazarentos tempos e transformar a política num anticomunismo cavernícola .
Os conceitos ideológicos e propagandísticos da política oficial empenhou-se esforçada e exclusivamente em transformar o poder político num lambe-botas do poder económico.
As virtudes da solidariedade transformaram-se em hipócrita caridade, desfrute, tapa fome e cala consciências das bondosas almas que, de bem com a vida, lhes sobejava tempo no cabeleireiro e massagista para ganhar indulgências.
O direito ao trabalho de que hoje só alguns poucos passaram a usufruir, transformou- se num bem escasso, susceptível de ser aplicado e controlado por alguns empresários, lembrando os tempos da escravidão.
Os conceitos ideológicos e propagandísticos da política oficial empenhou-se esforçada e exclusivamente em transformar o poder político num lambe-botas do poder económico.
As virtudes da solidariedade transformaram-se em hipócrita caridade, desfrute, tapa fome e cala consciências das bondosas almas que, de bem com a vida, lhes sobejava tempo no cabeleireiro e massagista para ganhar indulgências.
O direito ao trabalho de que hoje só alguns poucos passaram a usufruir, transformou- se num bem escasso, susceptível de ser aplicado e controlado por alguns empresários, lembrando os tempos da escravidão.
Os supermercados são dos mais prolíferos exemplares, onde a "juventude" dos trabalhadores se equipara aos cuidados que os negreiros tinham com os "dentes" da sua mercadoria.
Vem tudo isto a propósito das indignidades denunciadas pelo “Wikileaks”, que acabo de ler no semanário “Expresso”, sobre o vergonhoso e subserviente comportamento do governo e de inúmeros políticos portugueses, aos seus idolatrados mentores norte-americanos.
Era sua “obrigação”, sempre que tinham uma reunião com um qualquer importante político estrangeiro, ir rápidamente relatar ao “patrão” americano o teor da conversa.
Esta vergonha, este sórdido nojo, que garantidamente foi praticado pelos nossos ministros dos negócios estrangeiros, teve lugar comprovadamente, quando os ministros dos negócios estrangeiros de Cuba, Síria, Rússia, Irão, ou da Palestina, passaram por Portugal para manterem conversas diplomáticas, num plano bilateral dos interesses exclusivos dessas nações.
Saber agora que foram imediatamente relatar o que se tinha passado aos norte-americanos, é perverso, deprimente e inqualificável!!!.
Não tem o Presidente da Républica uma palavra a dizer sobre isto?
Não será um caso de agentes-duplos, que dadas as circunstâncias podem fazer perigar o normal funcionamento das instituições….no mínimo?
A dimensão deste problema é referida em tempo, como passado entre Fevereiro de 2006 e Fevereiro de 2010.
Tendo em atenção que o período de denúncia do Wikileaks é curto, tudo nos leva a crer ser este o comportamento padrão da “diplomacia” portuguesa.
Vem tudo isto a propósito das indignidades denunciadas pelo “Wikileaks”, que acabo de ler no semanário “Expresso”, sobre o vergonhoso e subserviente comportamento do governo e de inúmeros políticos portugueses, aos seus idolatrados mentores norte-americanos.
Era sua “obrigação”, sempre que tinham uma reunião com um qualquer importante político estrangeiro, ir rápidamente relatar ao “patrão” americano o teor da conversa.
Esta vergonha, este sórdido nojo, que garantidamente foi praticado pelos nossos ministros dos negócios estrangeiros, teve lugar comprovadamente, quando os ministros dos negócios estrangeiros de Cuba, Síria, Rússia, Irão, ou da Palestina, passaram por Portugal para manterem conversas diplomáticas, num plano bilateral dos interesses exclusivos dessas nações.
Saber agora que foram imediatamente relatar o que se tinha passado aos norte-americanos, é perverso, deprimente e inqualificável!!!.
Não tem o Presidente da Républica uma palavra a dizer sobre isto?
Não será um caso de agentes-duplos, que dadas as circunstâncias podem fazer perigar o normal funcionamento das instituições….no mínimo?
A dimensão deste problema é referida em tempo, como passado entre Fevereiro de 2006 e Fevereiro de 2010.
Tendo em atenção que o período de denúncia do Wikileaks é curto, tudo nos leva a crer ser este o comportamento padrão da “diplomacia” portuguesa.
Tanto mais que se sabe que nesse período, ” 87-pessoas-87”, colocadas em posições chave no Governo, foram contactadas para revelar assuntos do Estado, além de terem sido efectuados encontros de alto nível com ministros e secretários de Estado, para dar conhecimento das orientações e discussões havidas sobre assuntos que diziam respeito à União Europeia, mas considerados de interesse vital pelos Estados Unidos da América.
Isto configura uma autêntica infiltração no aparelho do Estado português, passiva de ser considerada alta-traição.
Há porventura nesta avaliação algum exagero?
Isto configura uma autêntica infiltração no aparelho do Estado português, passiva de ser considerada alta-traição.
Há porventura nesta avaliação algum exagero?
Então o que é alta-traição?
Temos a certeza que o semanário “Expresso” sabe quem era toda aquela gente, porque os telegramas não eram anónimos e enumeram a quantidade, com uma definição precisa de 87.
Não eram 85, nem 88, mas exactamente 87.
Só não dizem os seus nomes certamente por acordo, conveniência, ou pressão política.
Não acreditamos que possa ser o receio de serem processados, porque até hoje não foi posta em dúvida a autenticidade dos documentos.
Por outro lado, se a origem dos factos fosse furtiva, não teriam qualquer relevância.
Era a importância destes figurões, pelos lugares que ocupavam, papéis e responsabilidades que desempenhavam na hierarquia do governo, que ratificava e consolidava a autenticidade das informações destes delatores.
Mas não é tudo!!!
“51-diplomatas-51” portugueses e altos funcionários de todos os departamentos do Palácio das Necessidades, partilharam informações com a Embaixada dos Estados Unidos entre 2006 e 2010.
Da lista de contactos fazem parte assessores do primeiro-ministro, quadros superiores do Ministério da Administração Interna, da Agricultura, da Economia, da Ciência e Tecnologia, da Justiça, do Ambiente, do Instituto Nacional de Aviação Civil, do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, da Direcção-Geral de Energia e Geologia, da Agência Portuguesa de Ambiente, do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, da Polícia Judiciária e da GNR.
Nesta última organização, os americanos souberam detalhadamente qual era o clima nos bastidores da GNR e das pressões que estes oficiais estavam a fazer sobre o Governo para o envio de tropas para o Afeganistão, por informação de um oficial da própria GNR.
Ingenuamente atrevemo-nos a fazer uma pergunta :
Aconteceu alguma coisa a esse oficial, depois das entidades responsáveis terem conhecimento da sua delação?
Finaliza a notícia do semanário “Expresso”, dando conta de como os americanos se preocupam em conhecer pormenorizadamente o perfil dos seus interlocutores.
Perde-se o semanário “Expresso” a descrever em detalhe uma informação enviada para os Estados Unidos sobre o perfil de um assessor do secretário de Estado do Ambiente, referindo as línguas que fala fluentemente, os seus hóbis, formação académica, entre outros pormenores, terminando com uma curta informação de carácter psicológico sobre o indivíduo:
“É claramente dedicado e acessível, oferecendo uma boa visão sobre o pensamento português e europeu, em relação a temas do ambiente” .
Este tipo de desenho em pormenor, do perfil dos visados, já era do nosso conhecimento, tendo nós ido até um pouco mais além num artigo que em tempos publicámos neste Blogue.
Denunciámos nessa ocasião o conhecimento que tivemos sobre o facto de todos os oficiais do exército, marinha e aviação e que faziam cursos nos Estados Unidos (e todos os fazem!!!), terem ficha aberta.
Temos a certeza que o semanário “Expresso” sabe quem era toda aquela gente, porque os telegramas não eram anónimos e enumeram a quantidade, com uma definição precisa de 87.
Não eram 85, nem 88, mas exactamente 87.
Só não dizem os seus nomes certamente por acordo, conveniência, ou pressão política.
Não acreditamos que possa ser o receio de serem processados, porque até hoje não foi posta em dúvida a autenticidade dos documentos.
Por outro lado, se a origem dos factos fosse furtiva, não teriam qualquer relevância.
Era a importância destes figurões, pelos lugares que ocupavam, papéis e responsabilidades que desempenhavam na hierarquia do governo, que ratificava e consolidava a autenticidade das informações destes delatores.
Mas não é tudo!!!
“51-diplomatas-51” portugueses e altos funcionários de todos os departamentos do Palácio das Necessidades, partilharam informações com a Embaixada dos Estados Unidos entre 2006 e 2010.
Da lista de contactos fazem parte assessores do primeiro-ministro, quadros superiores do Ministério da Administração Interna, da Agricultura, da Economia, da Ciência e Tecnologia, da Justiça, do Ambiente, do Instituto Nacional de Aviação Civil, do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, da Direcção-Geral de Energia e Geologia, da Agência Portuguesa de Ambiente, do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, da Polícia Judiciária e da GNR.
Nesta última organização, os americanos souberam detalhadamente qual era o clima nos bastidores da GNR e das pressões que estes oficiais estavam a fazer sobre o Governo para o envio de tropas para o Afeganistão, por informação de um oficial da própria GNR.
Ingenuamente atrevemo-nos a fazer uma pergunta :
Aconteceu alguma coisa a esse oficial, depois das entidades responsáveis terem conhecimento da sua delação?
Finaliza a notícia do semanário “Expresso”, dando conta de como os americanos se preocupam em conhecer pormenorizadamente o perfil dos seus interlocutores.
Perde-se o semanário “Expresso” a descrever em detalhe uma informação enviada para os Estados Unidos sobre o perfil de um assessor do secretário de Estado do Ambiente, referindo as línguas que fala fluentemente, os seus hóbis, formação académica, entre outros pormenores, terminando com uma curta informação de carácter psicológico sobre o indivíduo:
“É claramente dedicado e acessível, oferecendo uma boa visão sobre o pensamento português e europeu, em relação a temas do ambiente” .
Este tipo de desenho em pormenor, do perfil dos visados, já era do nosso conhecimento, tendo nós ido até um pouco mais além num artigo que em tempos publicámos neste Blogue.
Denunciámos nessa ocasião o conhecimento que tivemos sobre o facto de todos os oficiais do exército, marinha e aviação e que faziam cursos nos Estados Unidos (e todos os fazem!!!), terem ficha aberta.
Nessa consta além do perfil psicológico, a carreira académica , a sua evolução no plano profissional, o seu espírito de iniciativa, o carácter das suas opções políticas e sexuais.
Constam ainda os clubes e instituições que preferem, ou dirigiram, quais os seus familiares e respectivas características, inclinações artísticas, doenças e mais aqueles elementos acima referidas que interessam aos americanos, como sejam as línguas em que eram fluentes, hóbis, etc., etc..
É este o país que temos, são estes os miseráveis dirigentes, serventuários, a soldo de quem lhes garanta o tacho!!!
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