O MUNDO ESTÁ EM PERIGO!!!
O texto que se segue de autoria do Dr. Paul Craig Roberts,
publicado pelo “World News Daily” é assustadoramente realista.
De facto as noticias que correm na Europa, distorcendo toda a verdade do que se está a passar na Ucrânia, permite-nos apesar de tudo, perceber que Putin está a ser muito contido na resposta a dar ao golpe de estado provocado e financiado pelos Estados Unidos, na Ucrânia.
Nós próprios, já tivemos ocasião neste Blogue de mostrar o vídeo, onde a secretária de Estado Norte Americana para os Assuntos Europeus, prestava contas aos financiadores dos 5 biliões de dólares que os Estados Unidos já tinham consumido para fomentar a revolta contra o governo eleito da Ucrânia, começado na praça Maiden, na capital ucraniana, bem como o vídeo onde a mesma personagem se mostrava orgulhosa, na companhia de três nazis colaboracionistas nos tempos de Hitler e que passaram a fazer parte do governo provisório, por sua influência pessoal.
Estes testemunhos indesmentíveis, demonstram até que ponto é importante apreender os argumentos trazidos pelo Dr. Paul Craig Roberts, sobre os perigos que corre a Europa e o Mundo de serem arrastados para um conflito que terá origem no facto dos Estados Unidos estarem em desespero de causa e só sobreviverem graças a esta forma corrupta de capitalismo, baseado no saque e na pilhagem.
O artigo que se segue, cuja tradução é da nossa responsabilidade e cujo original pode ser lido AQUI.
De facto as noticias que correm na Europa, distorcendo toda a verdade do que se está a passar na Ucrânia, permite-nos apesar de tudo, perceber que Putin está a ser muito contido na resposta a dar ao golpe de estado provocado e financiado pelos Estados Unidos, na Ucrânia.
Nós próprios, já tivemos ocasião neste Blogue de mostrar o vídeo, onde a secretária de Estado Norte Americana para os Assuntos Europeus, prestava contas aos financiadores dos 5 biliões de dólares que os Estados Unidos já tinham consumido para fomentar a revolta contra o governo eleito da Ucrânia, começado na praça Maiden, na capital ucraniana, bem como o vídeo onde a mesma personagem se mostrava orgulhosa, na companhia de três nazis colaboracionistas nos tempos de Hitler e que passaram a fazer parte do governo provisório, por sua influência pessoal.
Estes testemunhos indesmentíveis, demonstram até que ponto é importante apreender os argumentos trazidos pelo Dr. Paul Craig Roberts, sobre os perigos que corre a Europa e o Mundo de serem arrastados para um conflito que terá origem no facto dos Estados Unidos estarem em desespero de causa e só sobreviverem graças a esta forma corrupta de capitalismo, baseado no saque e na pilhagem.
O artigo que se segue, cuja tradução é da nossa responsabilidade e cujo original pode ser lido AQUI.
A GUERRA DE WASHINGTON CONTRA A RÚSSIA
Por Paul Craig Roberts
Setembro, 2014
As novas sanções contra a
Rússia anunciadas por Washington e pela Europa, não fazem sentido como medidas
meramente económicas. Seria surpreendente que as indústrias petrolíferas e
militares russas fossem dependentes dos mercados de capitais europeus, de forma
significativa. Tal dependência indicaria uma falha no pensamento estratégico
russo. As empresas russas devem ser capazes de garantir o financiamento
adequado nos bancos russos ou através do governo russo. Se necessitarem de
empréstimos externos, a Rússia pode recorrer à China.
Se as indústrias críticas russas estiverem dependentes dos mercados de capitais europeus, as sanções só ajudarão a Rússia, ao colocar fim, a uma dependência que a enfraquece. Rússia não deve estar dependente do Ocidente de forma alguma.
A verdadeira questão que se coloca, é a finalidade das sanções. A minha conclusão é que o objetivo das sanções é dividir e enfraquecer as relações económicas e políticas da Europa com a Rússia. Quando as relações internacionais são intencionalmente enfraquecidas, a guerra pode ser o resultado. Washington vai continuar a fomentar as sanções contra a Rússia, até que a Rússia mostre à Europa, o alto custo de servir como ferramenta de Washington.
A Rússia precisa interromper este processo de cada vez mais sanções, a fim de evitar o caminho em direção à guerra. Na minha opinião isso é fácil para a Rússia. A Rússia pode dizer à Europa, já que você não gosta das nossas companhias de petróleo, também não devem gostar da nossa companhia de gás e por isso vamos desligar o gás. Ou então a Rússia pode dizer Europa, nós não vendemos gás natural aos membros da OTAN, ou pode também dizer que vamos continuar a vender o gás, mas vocês devem pagá-lo em rublos, e não em dólares. Isso teria a vantagem adicional de aumentar a procura de rublos nos mercados cambiais, tornar mais difícil a vida dos especuladores e dificultar a possibilidade do governo dos EUA, deitar abaixo o rublo.
O verdadeiro perigo para a Rússia é a continuação da sua discreta e moderada resposta às sanções. Ou seja, uma resposta que incentiva mais sanções. Para as evitar, a Rússia precisa mostrar à Europa que as sanções podem vir a ter graves custos para a Europa.
Seria uma resposta russa a Washington, parar de vender aos EUA os motores de foguete russo em que assenta o programa de satélites dos EUA. Isso pode deixar os EUA, sem foguetes para seus satélites durante seis anos, num período entre 2016 e 2022.
Possivelmente, o governo russo estará preocupado com a perda dos lucros com a venda de gás e dos motores de foguetes. No entanto, a Europa não pode ficar sem o gás e iria abandonar rapidamente a sua participação nas sanções, de forma que nenhuma receita do gás estaria perdida. Os norte-americanos de qualquer forma, vão desenvolver seu próprio motor de foguete, de modo que as vendas russas desses motores aos EUA têm, no máximo, mais 6 anos. No entanto, os EUA, com um programa de satélite prejudicado durante seis anos, significaria um grande alívio para todo o mundo, devido ao programa de espionagem norte-americana. Ele também dificultaria a agressão militar dos EUA contra a Rússia durante o período.
O presidente russo, Vladimir Putin e seu governo, têm sido muito discretos e não provocadores, na resposta às sanções e ao problema que Washington continua a causar à Rússia, na Ucrânia. O discreto comportamento russo, pode ser entendido como uma estratégia para minar o uso da Europa por Washington, contra a Rússia, apresentando uma perspectiva não ameaçadora para a Europa. No entanto, uma outra explicação pode ser dada pela presença dentro da Rússia de uma quinta coluna, que representa os interesses de Washington e limitam o poder do governo russo.
Strelkov descreve a quinta coluna americana AQUI
Se as indústrias críticas russas estiverem dependentes dos mercados de capitais europeus, as sanções só ajudarão a Rússia, ao colocar fim, a uma dependência que a enfraquece. Rússia não deve estar dependente do Ocidente de forma alguma.
A verdadeira questão que se coloca, é a finalidade das sanções. A minha conclusão é que o objetivo das sanções é dividir e enfraquecer as relações económicas e políticas da Europa com a Rússia. Quando as relações internacionais são intencionalmente enfraquecidas, a guerra pode ser o resultado. Washington vai continuar a fomentar as sanções contra a Rússia, até que a Rússia mostre à Europa, o alto custo de servir como ferramenta de Washington.
A Rússia precisa interromper este processo de cada vez mais sanções, a fim de evitar o caminho em direção à guerra. Na minha opinião isso é fácil para a Rússia. A Rússia pode dizer à Europa, já que você não gosta das nossas companhias de petróleo, também não devem gostar da nossa companhia de gás e por isso vamos desligar o gás. Ou então a Rússia pode dizer Europa, nós não vendemos gás natural aos membros da OTAN, ou pode também dizer que vamos continuar a vender o gás, mas vocês devem pagá-lo em rublos, e não em dólares. Isso teria a vantagem adicional de aumentar a procura de rublos nos mercados cambiais, tornar mais difícil a vida dos especuladores e dificultar a possibilidade do governo dos EUA, deitar abaixo o rublo.
O verdadeiro perigo para a Rússia é a continuação da sua discreta e moderada resposta às sanções. Ou seja, uma resposta que incentiva mais sanções. Para as evitar, a Rússia precisa mostrar à Europa que as sanções podem vir a ter graves custos para a Europa.
Seria uma resposta russa a Washington, parar de vender aos EUA os motores de foguete russo em que assenta o programa de satélites dos EUA. Isso pode deixar os EUA, sem foguetes para seus satélites durante seis anos, num período entre 2016 e 2022.
Possivelmente, o governo russo estará preocupado com a perda dos lucros com a venda de gás e dos motores de foguetes. No entanto, a Europa não pode ficar sem o gás e iria abandonar rapidamente a sua participação nas sanções, de forma que nenhuma receita do gás estaria perdida. Os norte-americanos de qualquer forma, vão desenvolver seu próprio motor de foguete, de modo que as vendas russas desses motores aos EUA têm, no máximo, mais 6 anos. No entanto, os EUA, com um programa de satélite prejudicado durante seis anos, significaria um grande alívio para todo o mundo, devido ao programa de espionagem norte-americana. Ele também dificultaria a agressão militar dos EUA contra a Rússia durante o período.
O presidente russo, Vladimir Putin e seu governo, têm sido muito discretos e não provocadores, na resposta às sanções e ao problema que Washington continua a causar à Rússia, na Ucrânia. O discreto comportamento russo, pode ser entendido como uma estratégia para minar o uso da Europa por Washington, contra a Rússia, apresentando uma perspectiva não ameaçadora para a Europa. No entanto, uma outra explicação pode ser dada pela presença dentro da Rússia de uma quinta coluna, que representa os interesses de Washington e limitam o poder do governo russo.
Strelkov descreve a quinta coluna americana AQUI
Saker descreve os dois grupos de poder dentro da Rússia como
os Soberanistas Euroásiáticos, que atrás de Putin defendem uma Rússia
independente e os Integracionistas do Atlântico, a quinta coluna que trabalha
para incorporar a Rússia na Europa, sob a hegemonia dos Estados Unidos ou, na
sua falta, para ajudar a dissolver a Federação Russa em vários países mais
fracos, demasiado débeis para impedir o uso do poder de Washington. VER AQUI
Os Integracionistas do Atlântico da Rússia, compartilham as doutrinas Brzezinski e Wolfowitz, com Washington. Estas doutrinas são a base da política externa dos EUA. Estas doutrinas definem a meta da política externa dos EUA, em termos de prevenir o surgimento de outros países, como sejam a Rússia e a China, que possam eventualmente limitar a hegemonia de Washington.
Washington está numa posição de explorar as tensões entre estes dois grupos de poder da Rússia. A Quinta coluna de Washington, não está na melhor posição para vencer. No entanto, Washington pode, pelo menos, contar com a luta causada pela discordância dentro dos Soberanistas Euroasiáticos pela resposta moderada que Putin está a dar às provocações ocidentais. Algumas dessas discordâncias podem ser vistas na defesa que Strelkov faz da Rússia e muito mais pode ser visto AQUI
Os Integracionistas do Atlântico da Rússia, compartilham as doutrinas Brzezinski e Wolfowitz, com Washington. Estas doutrinas são a base da política externa dos EUA. Estas doutrinas definem a meta da política externa dos EUA, em termos de prevenir o surgimento de outros países, como sejam a Rússia e a China, que possam eventualmente limitar a hegemonia de Washington.
Washington está numa posição de explorar as tensões entre estes dois grupos de poder da Rússia. A Quinta coluna de Washington, não está na melhor posição para vencer. No entanto, Washington pode, pelo menos, contar com a luta causada pela discordância dentro dos Soberanistas Euroasiáticos pela resposta moderada que Putin está a dar às provocações ocidentais. Algumas dessas discordâncias podem ser vistas na defesa que Strelkov faz da Rússia e muito mais pode ser visto AQUI
A Rússia, pensando que a Guerra Fria terminou com o colapso
da União Soviética, abriu-se ao Ocidente. Os governos russos confiaram no
Ocidente e como resultado dessa ingenuidade, o Ocidente foi capaz de comprar
numerosos aliados entre as elites russas. Dependentes da alienação dos meios de
comunicação social, essas elites comprometidas, são capazes de assassinar Putin
e tentar um golpe de Estado.
Alguém poderia pensar que agora o governo de Putin poderia reconhecer o perigo e prender os principais elementos da quinta coluna, seguido de julgamento e execução por traição, a fim de a Rússia poder estar unida numa frente contra a ameaça ocidental. Se Putin não dar esse passo, isso significa que Putin não reconhece a dimensão da ameaça ou de que seu governo não tem poder suficiente, para de proteger a Rússia da ameaça interna.
É evidente que Putin e o seu governo não conseguiu ainda ter qualquer descanso, derivado da propaganda ocidental e da agressão económica, recusando-se a defender a área de Donbass do ataque ucraniano e pressionando a República Donetsk a um cessar-fogo, quando suas forças militares estavam à beira de causar uma grande derrota ao exército ucraniano, que se estava a desintegrar. Tudo o que Putin conseguiu foi abrir-se a crítica entre os seus apoiantes, por trair os russos na Ucrânia oriental e meridional.
Os políticos europeus e as elites estão tão claramente no bolso de Washington e Putin tem pouca chance de cortejar a Europa, com um show russo de boa vontade. Nunca acreditei que essa estratégia pudesse funcionar, embora ficasse contente por ele o ter feito. Apenas a ameaça direta de privar a Europa de energia, tem a possibilidade de produzir na Europa uma política externa, independente de Washington. Não acredito que a Europa possa sobreviver a um corte do gás natural russo. Europa iria abandonar as sanções, a fim de garantir o fluxo de gás. Se o domínio de Washington sobre a Europa é assim tão poderoso, ao ponto da Europa estar disposta a suportar uma grande ruptura do seu aprovisionamento energético, como preço a pagar pela sua vassalagem, a Rússia vai saber terminar as suas tentativas inúteis de diplomacia e preparar-se para a guerra.
Se a China ficar à margem, ela será o próximo alvo a ser isolado e receberá o mesmo tratamento.
Washington pretende derrotar ambos os países, seja através de dissidência interna, ou através da guerra.
Alguém poderia pensar que agora o governo de Putin poderia reconhecer o perigo e prender os principais elementos da quinta coluna, seguido de julgamento e execução por traição, a fim de a Rússia poder estar unida numa frente contra a ameaça ocidental. Se Putin não dar esse passo, isso significa que Putin não reconhece a dimensão da ameaça ou de que seu governo não tem poder suficiente, para de proteger a Rússia da ameaça interna.
É evidente que Putin e o seu governo não conseguiu ainda ter qualquer descanso, derivado da propaganda ocidental e da agressão económica, recusando-se a defender a área de Donbass do ataque ucraniano e pressionando a República Donetsk a um cessar-fogo, quando suas forças militares estavam à beira de causar uma grande derrota ao exército ucraniano, que se estava a desintegrar. Tudo o que Putin conseguiu foi abrir-se a crítica entre os seus apoiantes, por trair os russos na Ucrânia oriental e meridional.
Os políticos europeus e as elites estão tão claramente no bolso de Washington e Putin tem pouca chance de cortejar a Europa, com um show russo de boa vontade. Nunca acreditei que essa estratégia pudesse funcionar, embora ficasse contente por ele o ter feito. Apenas a ameaça direta de privar a Europa de energia, tem a possibilidade de produzir na Europa uma política externa, independente de Washington. Não acredito que a Europa possa sobreviver a um corte do gás natural russo. Europa iria abandonar as sanções, a fim de garantir o fluxo de gás. Se o domínio de Washington sobre a Europa é assim tão poderoso, ao ponto da Europa estar disposta a suportar uma grande ruptura do seu aprovisionamento energético, como preço a pagar pela sua vassalagem, a Rússia vai saber terminar as suas tentativas inúteis de diplomacia e preparar-se para a guerra.
Se a China ficar à margem, ela será o próximo alvo a ser isolado e receberá o mesmo tratamento.
Washington pretende derrotar ambos os países, seja através de dissidência interna, ou através da guerra.
Nada do que foi dito por Obama ou qualquer membro do seu
governo, ou qualquer voz influente no Congresso, sinalizou qualquer recuo na
unidade de Washington sobre a sua hegemonia sobre o mundo.
A economia dos EUA está agora dependente de saque e da pilhagem, e a hegemonia de Washington é essencial para essa forma corrupta de capitalismo.
A economia dos EUA está agora dependente de saque e da pilhagem, e a hegemonia de Washington é essencial para essa forma corrupta de capitalismo.
Dr. Paul Craig Roberts
foi secretário-assistente do Tesouro para Política Econômica e editor
associado do Wall Street Journal. Era colunista da Business Week, Scripps
Howard News Service, e Creators Syndicate. Teve muitas distinções
universitárias. As suas colunas na internet têm atraído seguidores em todo o
mundo. Os livros mais recentes de Paul Craig Roberts são The Failure of Laissez
Faire Capitalism and Economic Dissolution of the West and How America Was Lost.
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