CAVACO ATIRA-SE A EX-MINISTRO
POR CAUSA DE EX-MINISTROS
por Filipe Paiva Cardoso
Publicado em 31 de Dezembro de 2010 no jornal I
Publicado em 31 de Dezembro de 2010 no jornal I
A história dava o início de um óptimo filme. Oliveira Costa, ex-secretário de Estado de Cavaco Silva, e Dias Loureiro, ex-ministro de Cavaco Silva, viram-se envolvidos num escândalo num banco. Um banco onde Cavaco Silva tinha acções. Ora, este ex-secretário de Estado e este ex-ministro de Cavaco Silva acabaram constituídos arguidos por causa do banco, que foi nacionalizado - e, até agora, levou com ele 5 mil milhões aos contribuintes.
Com a nacionalização, promulgada por Cavaco, este banco ficou sob alçada da Caixa Geral de Depósitos, banco liderado por Faria de Oliveira, ex-ministro de Cavaco Silva. Não só isso, mas Faria de Oliveira faz também parte da Comissão de Honra da candidatura de Cavaco. Lado a lado com Norberto Rosa, também ex-secretário de Estado de Cavaco Silva, e também hoje na CGD.
Anteontem este enredo começou a entrar em fricção. Cavaco, cansado de ser criticado ("atacado", na sua opinião) decidiu atirar a batata quente para Faria de Oliveira. Restou ao presidente da CGD passar a batata quente para o governo (ver em baixo), governo esse que já antes tinha passado a batata quente à administração da Caixa: "Compete à administração da CGD defender a sua honra", disse Silva Pereira, ministro da Presidência.
Independentemente destas voltas e de todos os "exs" de Cavaco, certo é que o ano que está aí à porta vai trazer mudanças significativas a este dossiê. Primeiro porque o executivo vai ter de dar um destino ao BPN - nem que seja deitá-lo ao lixo - e depois porque ficou claro que nem Francisco Bandeira (presidente do BPN indicado pela CGD), nem Faria de Oliveira têm condições para continuar nos respectivos cargos - o primeiro já falou ontem numa "nova e autónoma administração" para o BPN e o segundo já desde o Verão que é apontado como "de saída".
Por saber fica se o acordo PS/PSD - um gestor de cada partido no Banco de Portugal e na CGD - sobreviverá. F. P. C
Com a nacionalização, promulgada por Cavaco, este banco ficou sob alçada da Caixa Geral de Depósitos, banco liderado por Faria de Oliveira, ex-ministro de Cavaco Silva. Não só isso, mas Faria de Oliveira faz também parte da Comissão de Honra da candidatura de Cavaco. Lado a lado com Norberto Rosa, também ex-secretário de Estado de Cavaco Silva, e também hoje na CGD.
Anteontem este enredo começou a entrar em fricção. Cavaco, cansado de ser criticado ("atacado", na sua opinião) decidiu atirar a batata quente para Faria de Oliveira. Restou ao presidente da CGD passar a batata quente para o governo (ver em baixo), governo esse que já antes tinha passado a batata quente à administração da Caixa: "Compete à administração da CGD defender a sua honra", disse Silva Pereira, ministro da Presidência.
Independentemente destas voltas e de todos os "exs" de Cavaco, certo é que o ano que está aí à porta vai trazer mudanças significativas a este dossiê. Primeiro porque o executivo vai ter de dar um destino ao BPN - nem que seja deitá-lo ao lixo - e depois porque ficou claro que nem Francisco Bandeira (presidente do BPN indicado pela CGD), nem Faria de Oliveira têm condições para continuar nos respectivos cargos - o primeiro já falou ontem numa "nova e autónoma administração" para o BPN e o segundo já desde o Verão que é apontado como "de saída".
Por saber fica se o acordo PS/PSD - um gestor de cada partido no Banco de Portugal e na CGD - sobreviverá. F. P. C
1 comentário:
Cheguei aqui por acaso, mas em boa hora...
Queria deixar um abraço.
Claro que quando lutamos, queremos ver logo os resultados de nossos esforços o que nem sempre ocorre. Defender a luta, a ação, mesmo que não tenhamos retorno no imediato é crucial. O fato de reagirmos a uma situação com a qual não concordamos, já nos serve de algum alento, há-de concretizar a coragem para a ruptura.
Bom 2011!
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