Sobre esta matéria, já nos pronunciámos anteriormente desenvolvidamente.
Defendemos então a tese, que andamos todos a ser enganados, na convicção de que não será possível o governo criar um número de postos de trabalho, que satisfaça uma parte substancial da mão-de-obra disponível.
Infelizmente a realidade é uma enorme tragédia, até porque o problema não é exclusivo de Portugal.
Bom seria que assim fosse, pois tal como no passado, uma emigração massiva, era na circunstância uma solução de sobrevivência , muito conhecida dos portugueses , em vários períodos da sua história.
Bom seria que assim fosse, pois tal como no passado, uma emigração massiva, era na circunstância uma solução de sobrevivência , muito conhecida dos portugueses , em vários períodos da sua história.
Embora este governo pretenda ocultar a verdadeira dimensão da tragédia do desemprego em Portugal, como é pormenorizadamente demonstrado pelo estudo do economista Eugénio Rosa que pode ler
AQUI , o problema nacional e internacional, não deriva exclusivamente de um circunstancialismo, geograficamente localizado. É o caso da chamada “offshoring” ou "terceirização estrangeira", que aproveitando os baixos salários existentes noutros países, particularmente na Ásia, leva o grande Capital Industrial a aproveitar para transferir para lá numerosos sectores, com a finalidade de explorar a sua mão-de-obra barata.
Acreditamos que essa será uma etapa do Capitalismo limitada no tempo, dado que a evolução natural dessas sociedades, permite adivinhar que as reivindicações dos seus trabalhadores, á medida que o seu desenvolvimento económico se vá consolidando, terão a mesma evolução que no passado tiveram a dos trabalhadores da sociedade ocidental.
É na tradição dessas históricas lutas reivindicativas e sindicais, que ainda hoje assenta básicamente a esperança dos trabalhadores, por um mundo melhor, livre da exploração do homem pelo homem.
Podem vir agora com novas teorias de justiça social, nomeadamente com a tese do “Capitalismo Consciente” que problema fundamental continua e continuará a residir naturalmente nas características e natureza exploradora do Sistema Capitalista e nas relações de produção, que ele desde sempre determinou.
O aparecimento da informática, da robotização e das tecnologias de ponta, nomeadamente a nano tecnologia na propriedade e ao serviço do patronato e do grande Capital, coloca nas mãos destes, totalmente, o controle do mundo produtivo.
Com a queda da União Soviética, o mundo do trabalho ficou desprotegido.
Sem essa referência fundamental, os trabalhadores perderam muita da sua capacidade reivindicativa.
O Sistema Capitalista tendo a Banca como seu instrumento, entraram num delírio de exploração da humanidade em geral, do trabalho e da produção em particular, numa dimensão escandalosa, que deu origem aos problemas com que se debate actualmente toda a economia mundial, com alguma excepção da China e dos países emergentes do Sueste Asiático.
Só a luta por uma profunda alteração das relações de produção, poderá solucionar a angústia, o sofrimento e a perturbação que essa exploração e a respectiva diminuição dos postos de trabalho, estão provocando.
Só criando uma nova ordem social e um sistema político em que o socialismo seja a matriz moral das relações de produção, se dará o passo civilizacional, que justifica a inteligência com que a Natureza privilegiou o ser humano.
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