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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

GAZA

Em "Publico" 9 de Janeiro de 2009

Numa casa, estavam quatro crianças, demasiado fracas de fome para se conseguirem pôr de pé. As crianças estavam ao lado dos cadáveres das suas mães. Na casa, havia um total de 12 corpos.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) vinha a pedir acesso ao local, no bairro de Zeitoun, na Cidade de Gaza, há vários dias.
A organização lançou ontem uma rara crítica pública ao Estado hebraico, dizendo que os soldados estavam a 80 metros da casa e não havia como não saberem das consequências dos seus ataques no local.
Ao não permitir que chegasse ajuda aos feridos, concluiu o CICV, Israel não cumpriu a lei humanitária internacional.
"O exército israelita tinha de ter conhecimento da situação mas não deu qualquer assistência, nem tornou possível qualquer assistência do Crescente Vermelho palestiniano aos feridos" disse Pierre Wettach, responsável por Israel e territórios palestinianos ocupados do CICV.


Dias antes de ler esta noticia, recebi de um amigo um "power point" que aborda o problema da guerra e da paz, que pode ver clicando AQUI .

Depois de o abrir e esperar um pouco, não esqueça de clicar em F5 para ver em ecran inteiro.

Reproduzo a seguir a mensagem de agradecimento que lhe enviei e que é o meu grito de desespero, a minha incomensurável revolta perante a monstruosa selvajaria , que assola Gaza nesta altura, de forma absolutamente desenfreada.

...... As duas imagens em que um militar, completamente equipado para o combate, de camuflado impecável, pegando ao colo uma criancinha ensanguentada, levou-me a relacionar a cena com o que se está a passar actualmente em Gaza.
É um terror e uma desumanidade tão grande que nos é dado assistir, que mata qualquer intenção de ver na paz, uma solução para o que lá se passa.
Penso, o que nunca julguei possível.
Penso que os sionistas não me permitem pensar em perdão.
Penso que o que estão a fazer aquele povo, não pode ter desculpa nem paz, enquanto assistir a uma criança árabe, por instinto de sobrevivência a atirar uma pedra a um tanque, porque não pode fazê-lo contra os aviões e helicópteros que lhes detroem a família, os matam á fome, lhes roubam a terra onde nasceram e destroem o refúgio que os abriga.
Se soubesses o que me custa ver tanta injustiça, perceberias como me sinto responsável de gritar o meu desespero, perante a incapacidade de fazer alguma coisa para além disto, que é alertar as pessoas para o que se está a passar e cuja culpa não é só dos malvados sionistas, mas também de uma América que leva a Europa por arrasto, para defender o indefensável e criminoso sistema que no fundo é quem está por de traz de todos os principais problemas do mundo, o Capitalismo.
Perdoa-me este desabafo, mas hoje estou particularmente sensível a esta incomensurável infâmia a que alguns seres humanos se prestam e a que a Humanidade está a assistir, aparentemente sem pouco ou nada fazer.

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