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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

RETRATO DA FURIA DE UM POVO

Recebi um e-mail , com um "power point", de uma pessoa que não conheço, mas é certamente leitor deste Blogue.
Deu para perceber que seria a forma de criticar a defesa acérrima que tenho feito dos Palestinos e criticado a barbárie Israelita.
Serve-se essa apresentação de fotografias de árabes em fúria, ameaçando a torto e a direito tudo o que lhes parece estar por de traz do drama que os seus irmãos palestinos sofrem ás mãos dos Israelitas, com a conivência dos Estados Unidos e a passividade colaborante da Europa.
Sentencia o autor do "power point" na imagem final:
Com a nossa atitude de hoje, no futuro necessitaremos de muita sorte.
Não acredito em profecias e nesta muito menos.
Se ele está com medo, aconselho-o a comprar um cão!!!.
O tempo se encarregará de corrigir os actuais problemas e finalmente chegará o dia em que humanidade se libertará deste corrupto e explorador sistema capitalista.
A clarividência das populações impor-se-há, substituindo-os por formas organizativas que defendam os interesses genuínos das populações.
A este meu correspondente que por "reenvio", me fez chegar o "power point", respondi-lhe com o seguinte texto:

Não há dúvida que é arrepiante e assustador o ódio expresso por estes árabes.
É fruto de quê?
Quem terá a culpa desta situação?
Quando neste "power point" se põe a pergunta : "se num qualquer país árabe seria permitido uma manifestação deste tipo", eu diria, com tanto radicalismo mas de sinal contrário, de certeza que não!
Mas as razões seriam as mesmas, para nós "fingirmos que consentimos" (leia-se, o segredo que os mídia nacionais e internacionais fazem dessas acções!) para justificar que a nossa democracia é melhor?
Não será o mundo ocidental, fingindo que de facto tem um regime "dito" democrático, que pratica as maiores barbaridades e procura pela força das armas, desde tempos imemoriais, explorar as riquezas dos árabes e não só, matando aqui e ali milhões de muçulmanos e outros inocentes, aproveitando a sua superioridade militar, a perfídia dos seu políticos, e as fragilidades do sistema económico vigente ainda na maior parte do mundo.
Não é na história moderna da nossa "democracia", que se permite cometer as maiores barbaridades, não só com aquele povo, mas se virmos bem, com quase todos os povos do mundo.
Temo pelo dia em que esses ódios extravasem e não se consiga conter esse ódio acumulado.
Não só os árabes, mas também os orientais e os africanos.
Não somos nós, europeus e norte-americanos, com a nossa sistemática, artificiosa e desumana exploração das suas potencialidades minerais e humanas, que temos de nos culpar, por ter criado essa potencial e explosiva situação.
Infelizmente para os árabes em particular, a sua pacífica religião moldou essas populações numa serie de comportamentos, que embora socialmente as suas virtudes mereçam neste ou naquele caso um louvor, tem lhes feito e vai continuar a fazer estagnar o seu desenvolvimento civilizacional nos campos tecnológico, político e económico, até conseguirem libertar-se dos fundamentos que lhes estão na origem.
O normal desenvolvimento da nossa Sociedade Ocidental, ao permitir fomentar indiscriminadamente a competição entre os seus cidadãos e noutro plano entre as várias nacionalidades, afirmaram e superiorizaram, por vezes através de lutas fratricidas e selváticas, uma relação social e sistemas políticos, que sem olhar a meios ou hierarquias reinantes, procurou pela sua superioridade militar e económica, impor-se ao resto do mundo, semeando para tanto, ódios mortais entre as populações exploradas e por vezes chacinadas, para possibilitar manter a continua ostentação do chamado mundo ocidental.
Por outro lado a civilização árabe, por virtude principalmente da sua religião, que responde no âmbito social e politico a todas as suas necessidades das suas populações, substituem aquilo que entre a maior parte das nações ocidentais corresponde ao papel político dos partidos confundindo a sua forma organizativa com o papel da religião no seu quotidiano, através da osmose do social e económico com o religioso.
Não assenta na competição individual, a essência do seu desenvolvimento, que sendo base da organização da Sociedade Ocidental lhe proporcionou os meios necessários para se enriquecer e ter acesso aos confortos da vida, de que goza actualmente baseado exclusivamente na exploração do homem pelo homem.
Ao permitir qualquer individuo, através da sua inteligência, competência, estatuto social ou económico, influência familiar ou partidária ou simplesmente por aquilo a que chamamos sorte, o que até parece muito justo, permitindo e fomentando a possibilidade de obter para si individualmente benefícios particulares sem controlo, pode parecer a quem beneficia do sistema, como uma coisa natural, mas na realidade, este tipo de sociedade cria vícios intrínsecos no homem, que ocultam a necessidade de se ser solidário e transformam o nosso colectivo, numa sociedade, mãe de todos os vícios.
Por outro lado, do pouco que conheço da religião árabe, a que a maioria esmagadora dos muçulmanos obedece, sei o suficiente para perceber que ela exige um cumprimento de regras no quotidiano da sua vida e na convivência quer a nível familiar, quer a nível económico e político, que lhes reduz as armas com que poderiam competir neste mundo de cruel e de constante competição.
Nada os inibe de ser tão inteligentes como nós, mas ao praticarem uma religião que em numerosos aspectos está nos antípodas daquela que mais praticantes tem entre nós, a católica apostólica romana, que na sua reconhecido e tradicional hipocrisia de como o Frei Tomás, "Faz o que ele diz, não faças o que ele faz", sigla matriz de um comportamento que dissimuladamente liberta o homem para "parecer", mais do que para "ser".
Pelo contrário, os muçulmanos têm uma religião que os obriga a "ser" mais do que "parecer", mas cujas consequências são visíveis, derivadas e assente principalmente no desequilíbrio hierárquico da sua organização politica que não só permite como fomenta a subserviência dessas populações às sua classes reinantes ou dirigentes.
A opção hereditária, mantêm o poder na classe governante, independentemente da capacidade ou qualidade dos seus descendentes.
Outra questão fundamental para o seu atraso é o papel reservado ás mulheres por, ao secundarizar esse enorme potencial humano, condenou de maneira fatal o seu desenvolvimento harmónico.
Não sei se me fiz entender.
Resumo tudo o que disse, traduzindo o sentimento que toda a vida cultivei acerca dos árabes.
Pobre povo que por virtude ou defeito da sua religião se vêem confrontados com um mundo que pelo contrário se serve da religião para oprimir, manipular, e explorar o próximo, fazendo da palavra o meio ideal para confundir os sentimentos.
Em consequência de comportamentos que aconselha mas não pratica, conseguiu tornar-se a maior potência económica e financeira mundial e deu azo a escândalos que só o compadrio e corrupção dos meios financeiros internacionais, tem parcialmente ocultado.
Estou a falar da Igreja católica e não da religião cristã, que entre uma coisa e outra há uma distância abissal.
Espero não ter sido maçador e esclarecido suficientemente o meu ponto de vista.
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