Normalmente costumamos procurar uma relação entre o tema do texto e o “power point”.
Hoje a relação é por antítese.
O sentimento de inveja que exala do título “Coisas que li e que gostava de ter escrito”, é contraditório com o nível de beleza subjacente a todas as imagens da apresentação.
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UMA INTRODUÇÂO NECESSÁRIA
Completando o nosso raciocínio, iniciado na apresentação do “power point” , gostaríamos de explicar porque nos pronunciámos daquela forma.
De facto, nunca tivemos a capacidade de compreender e apresentar os argumentos de forma tão esclarecedora como o faz Francisco Trindade, no magnífico texto que reproduzimos a seguir, quando neste Blogue demos algum destaque ás intervenções televisivas de Medina Carreira.
É um sentimento tão forte, que só um resquício de inveja, ou estupidez, da nossa parte, pode justificar.
Que a penitência desta nossa humilde confissão, ajude quem vá ler o texto, a entender a importância dos argumentos.
De facto em poucas palavras, Francisco Trindade, conseguiu fazer-nos perceber, porque estando nós de acordo com a substância de algumas críticas de Medina Carreira, não conseguíamos definir, que afinal a divergência estava no nível de generalização, em que ele situava os argumentos.
O nosso desconforto e profundo desacordo tinha origem afinal, na ocultação sistemática que ele faz, das verdadeiras e grandes vítimas da situação, como muito bem denuncia Francisco Trindade.
DO BLOGUE ANOVIS ANOPHELIS
DE FRANCISCO TRINDADE
A "honestidade" e a "coragem" de Medina Carreira
Quem confunde truculência com coragem e descaramento com honestidade atribui facilmente estas virtudes a quem faz carreira daqueles vícios. Há quem encontre um prazer masoquista em ouvir "dizer as verdades" mesmo quando estas "verdades" não consistem em mais que profetizar desgraças futuras esquecendo as presentes.
Diz Medina Carreira: "Gastamos mais do que produzimos", e talvez seja verdade - em média. Diz ele: "Vivemos acima das nossas possibilidades", e talvez seja verdade - mais uma vez, em média.
O que não é corajoso nem honesto é utilizar neste discurso a primeira pessoa do plural. Os corajosos não se refugiam nas médias, os honestos não as instrumentalizam. Os corajosos e honestos afrontam quem pode retaliar, não quem não pode. O discurso de Medina Carreira teria algum merecimento se distinguisse claramente entre quem gasta e quem produz; ou se identificasse os muitos portugueses que vivem abaixo das suas possibilidades para que alguns poucos vivam muito acima das de todos.
Mas para isto teria que dizer nomes, e se os dissesse perderia o tempo de antena que a oligarquia com tanto gosto lhe oferece. E teria que se incluir a si próprio entre os divulgadores da doutrina política - digo bem, política - que tem validado, num mundo a que por ironia chamamos "desenvolvido", os sacrifícios humanos no altar da economia e, para cúmulo, o sacrifício da própria economia no altar das finanças.
Além de cobarde e desonesto, o discurso de Medina Carreira é insultuoso para os portugueses porque os mete a todos no mesmo saco. Eu não me chamo Isaltino Morais, nem Valentim Loureiro, nem Dias Loureiro, nem Jardim Gonçalves, nem Oliveira e Costa; não pertenço às máfias do futebol, da construção civil, do tráfico de pessoas ou da lavagem de dinheiro; e levo muito a mal que uma figura mediática prostitua a sua autoridade de professor de Economia para me misturar com gente dessa
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