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sábado, 2 de outubro de 2010

VIVA A GREVE GERAL!!!

Carvalho da Silva, anunciou que depois de reunir o Conselho Nacional da GGTP, foi aprovada por unanimidade a proposta de se ir para a Greve Geral no dia 24 de Novembro.
Esta notícia deixou-nos verdadeiramente entusiasmados e automaticamente mobilizados.
Um aspecto muito positivo, é vislumbrar-se a possibilidade da UGT vir também a aderir a esta greve.
Ainda estamos no campo das hipóteses, mas pessoalmente temos a certeza que tal vai ser uma realidade.
A lógica do nosso raciocínio é elementar.
Dada a gravidade da situação económica e o clima que se está a criar para que esta greve seja um êxito esmagador, a UGT percebeu perfeitamente, que se não aderir, a revolta que grassa entre os trabalhadores dos seus sindicatos, aquela Central, embora seja uma amamentação do PS, corre sério risco de se desintegrar.

Não foi por acaso, que mesmo antes de a CGTP ter enviado um ofício a formalizar o convite á UGT para aderir á greve, já o seu secretário-geral João Proença tinha tentado contactar telefónicamente Carvalho da Silva.
Acreditamos de boa-fé, que os ordenadinhos e mordomias dos dirigentes da UGT, nada tenham a ver com o seu empenhamento patriótico e solidário com os trabalhadores.
Isto parece uma boca foleira, mas se calhar…. sensata !!!)
As condições políticas que fundamentam esta iniciativa, são tão justas e calam tão fundo na nossa revolta, que só peca por tardia.
Nas condições que estão criadas, só a luta dos trabalhadores pode gerar uma alternativa válida.
A única sombra que pesa sobre o nosso entusiasmo, deve-se ao facto de Carvalho da Silva, ao referir as múltiplas razões que justificam esta greve, utilizou entre muitos outros argumentos para justificar a necessidade de uma grande mobilização para juntar na greve geral outras organizações e pessoas, o facto de haver um sério risco nas condições actuais de descontentamento, homens e mulheres, que até agora têm sofrido isoladamente a condenação a uma vida de miséria , tenham como solução para o seu desespero criar um clima de desordem e violência .

Embora sendo uma ideia justa, ficou-nos a sensação que, em última análise, o resultado podem contraproducente, por pensarem que estão a mobilizá-los, só para os pacificar.
Este tipo de coisas, deve ser analizado com muito cuidado e com muito tacto.
Temos sérias dúvidasque nesse caso concreto, a greve constitua um argumento estimulante, na medida em que como todos nós sabemos, a greve só tem um efeito de pressão política e os desgraçados que nada mais podem perder e sem consciência cívica ou política, podem considerar uma manipulação a tentativa de obter a sua adesão e aproveitarem a circunstância e partirem para a violência e para a desobediência cívica.
O governo também está atento a esta problemática.

E se não estamos enganados, será essa a razão das medidas de prevenção que estão a tomar, pese embora a crise económica seja de uma dimensão gigantesca, como todos sabemos, facilmente foram disponibilizados milhões de euros para comprar carros de água, barreiras metálicas e carros blindados, semelhantes ao que são utilizados no Iraque pela, para enfrentar os motins da população, utilizando o ardiloso argumento, de que são para reforçar os meios existentes, tendo em vista a próxima reunião da NATO.

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