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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

UMA FÁBULA Á LA FONTAINE

La Fontaine, frequentava a corte do Luís XIV, o Rei Sol, onde a vaidade, estupidez e agressividade humanas se espelhavam no comportamento dos nobres, que se entretinham exclusivamente com “futilidades”, e a explorar o povo.
Essas condutas serviram-lhe para inspirar histórias, na tradição popular das fábulas de Fedro e de Esopo.
Utilizava esse expediente, para valorizar a ética e a moral, numa sociedade corrupta e vazia de valores, disfarçando esses procedimentos e adaptando-os ás características dos animais.
Nas suas fábulas, La Fontaine contava histórias de animais com característica bem humanas, com suas virtudes e os seus defeitos.
Assim ele fazia sua crítica aos usos e costumes da época recorrendo á subtileza, ironia e astúcia, para enfabular as suas reflexões.
O interesse de que se revestem as fábulas de La Fontaine, baseam-se na análise de fenómenos da vida corrente, na crítica social e na sua inter-relação com os comportamentos humanos.
La Fontaine dizia: "Sirvo-me de animais para instruir os homens”.
O “power point” que vos apresento, conta a história de uma rã, na linha dessas velhas fábulas.
Quando abri esta apresentação, vi nela o retrato a corpo inteiro, de como este povo tem sido “levado” a partir do 25 de Abril de 1974.
A forma sinuosa como a contra-revolução foi avançando, subtilmente, devagarinho e paulatinamente reconquistando todo o terreno e privilégios perdidos com essa gloriosa jornada revolucionária, está indirectamente enfabulada de forma preciosa, nesta história de uma rã que a pouco e pouco acaba sendo cosida em água a ferver.
Por isso, penso ser importante chamar a atenção para a moral desta história.
É a nossa vida e dos nossos descendentes que estão em causa.
Que esta fábula dos tempos modernos sirva de reflexão, para sabermos sair da água enquanto é tempo, e ainda temos possibilidades.
Quem avisa….amigo é!!!
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