A PIADA DO ANO
Já nem sequer me refiro às questões dos vírus que infectam os computadores, as manipulações possíveis para obtenção dos dados pessoais, o controle remoto de computados etc.,etc.
Refiro a facilidade como se pode enganar o próximo, desde que haja alguma ingenuidade, dissimulada irreflexão ou que as criaturas sejam facilmente influenciáveis ou candidamente crédulas.
Algumas situações deste tipo são de um asqueroso mau gosto, como por exemplo, quando se servem da miséria alheia como fonte de receita, difundem notícias falsas por puro sadismo, apelam aos generosos sentimentos para fins condenáveis, dão falsas notícias de hipotéticas burlas, etc.
Outras há, que são hilariantes, de um bom gosto notável e de uma inteligência tal, que só nos provoca admiração pelas capacidades da imaginação criativa, algumas verdadeiramente geniais.
É o caso de um vídeo que recebi há pouco, enviado por um querido amigo, que ingenuamente acreditou na autenticidade da notícia que o antecedia, como um facto extremamente relevante, quando afinal se tratava de uma dessas graças tão bem armadilhada, que qualquer pessoa menos atenta “engole” com prazer e não regateia elogios.
O vídeo em questão e que vou reproduzir no fim deste texto, já o tinha colocado neste Blogue há mais de um ano, creio.
Na altura, porque apareceu sem qualquer comentário, devo ter referido que era um belíssimo e elaborado trabalho de computador, que certamente serviria para avaliarmos até que ponto pode ir a arte e a perícia dos técnicos, que se dedicam a este tipo de coisas.
Desta vez, o mesmo vídeo, chegou à minha caixa de correio, com uma chamada de atenção especial.
Rezava assim a recomendação que se” impunha”, para se valorizar “convenientemente” o que se ia ver:
LER ANTES DE ASSISTIR AO VÍDEO
Isso é quase inacreditável. Veja como todas as bolas caem nos cones.
Esta incrível máquina foi construída como um esforço colaborativo entre o Robert M. Trammell Music Conservatory e Sharon Wick School of Engenharia da Universidade de Iowa ..
Surpreendentemente, 97% dos componentes de máquinas vieram da John Deere Industries and Irrigation Equipamentos de Bancroft, Iowa...Sim, equipamentos agrícolas,!
A equipe gastou 13.029 horas entre set-up, alinhamento, calibragem e ajustes antes de filmar este vídeo, mas como você pode vê-lo valeu a pena o esforço.
Ele agora está em exibição no Matthew Gerhard Alumni Hall, na Universidade e já está programado para ser doado ao Smithsonian.
Independentemente de todos os pormenores de que se reveste o relato para valorizar o trabalho dos artistas que fizeram o vídeo a ideia dos equipamentos agrícolas “John Deere Industries and Irrigation Equipamentos de Bancroft, Iowa.” não lembrava ao diabo!!!
Chorei a rir, cada vez que relatei aos meus familiares e amigos a engraçada fantasia de quem acrescentou aquele requintadamente pormenorizado texto, que chega ao pormenor de avaliar em 13.029 ( ….29!!!) horas consumidas a fabricar e sincronizar (alinhar e calibrar???) aquele espantoso aparelho.
Chega ao extremo de potenciar aquela ficção, com o delirante devaneio de transformar o fruto de uma invulgar imaginação, numa peça de museu, digna de figurar entre as peças das colecções da Smithsonian Institution, não como julgo até seria possível e normal (dada a sua extraordinária qualidade) no sector de arquivos de vídeo, som, e outros recursos electrónicos, mas como materialização de vários instrumentos musicais, através da utilização de várias peças vulgarmente utilizadas nos equipamentos agrícolas da John Deere!!!
Esta máquina não existe no mundo concreto, no mundo real, nem as pessoas cujos nomes são referenciados, nem as Instituições de que eles hipotéticamente fariam parte.
Para completar a informação aos nossos leitores, os autores desta animação computadorizada em 3D é Wayne Lytle e a sua equipe na Animusic em Austin, Texas.
Agora, tal como prometemos, vamos apresentar o tal vídeo que acima referimos e que afinal já o tínhamos publicado neste Blogue, há bastante tempo.
Já que estamos com a mão na massa, aproveitamos a passagem do ano, para lhe oferecermos outra obra prima do mesmo género criado pelos mesmos autores e interpretado por robôs auto programados, tocando alguns trechos da conhecida música do repertório clássico, “Quadros de uma exposição” de Mussorgsky , onde são apresentados três quadros da suite:
Promenade, Baba Yaga e para finalizar O Grande Portão de Kiev.
Goze este maravilhoso monumento ao génio humano, quer no aspecto puramente melódico da composição, quer pela multiplicidade de técnicas utilizadas com simulacros de instrumentos, que vão das trompetes, ás tubas, ás baterias, xilofones, passando por um misterioso e particularmente esquisito instrumentista que percute uma guitarra de uma corda só
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