A HUMANIDADE EM PERIGO
UMA REFLEXÃO SOBRE UMA CITAÇÃO DE JORGE DE SENA, O BLOGUE “ADARGUMENTANDUM”
E O CASO JULIEN ASSANGE
“O vitorianismo é esse
orgulho, a presunção definitiva (…) de que Deus era inglês… Orgulho, pudor
hipócrita, generosidade, humanitarismo, mediania cautelosa, mediocridade
brilhante, conforto, progresso técnico, pastiches do medievalismo Tudor (…), e
um império que a Inglaterra recebera como prémio de ser a mais branca e a mais
cristã das raças… Londres era a maior e mais civilizada cidade do mundo; e,
nele, a City era, desse mundo, a capital financeira. Este dogma da autoridade –
–
e da respectiva subordinação é a base intocável da sociedade vitoriana:
autoridade do «espírito» sobre o corpo, da igreja sobre a religião, do patrão
sobre o empregado, do pai sobre os filhos, do corpo político sobre as massas,
de «moral» sobre a vida.”
Esta citação de Jorge de Sena, que li no Blogue "Adargumentandum"
a propósito do pedido de extradição que o governo sueco fez, para posteriormente
facilitar a entrega aos Estados Unidos de Julien Assange, é aproveitada pelo
autor, para relembrar a escabrosa protecção que num próximo passado, os
ingleses proporcionaram a Pinochet.
Julien Assange, que como sabemos é responsável por tornar público
documentos confidenciais norte-americanos, onde se denunciam “democráticas
mistificações”, fraudes, agressões e violações do direito internacional do
governo americano, “ainda” se encontra na embaixada do Equador em Londres, onde
procurou abrigo na qualidade de refugiado político, para evitar ser extraditado
para a Suécia, onde oportunisticamente lhe foram feitas acusações de violação
sexual.
Acabamos de saber que
Assembleia Nacional do Peru, após uma reunião de emergência, resolveu pedir ao
Conselho de Segurança da ONU, uma reunião de urgência, perante a ameaça dos
ingleses invadirem a sua embaixada em Londres, por esta ter concedido aquele asilo
político, ao fundador do WikiLeaks.
Estamos de acordo com todos os argumentos e a posição de
protesto assumida, pelo autor do texto do Blogue “Adargumentandum”
Apenas nos separa uma pequena divergência, no que diz
respeito à utilização que o autor faz, da citação de Jorge de Sena que
consideramos desactualizada.
Onde se lê nessa
citação, “de que Deus era inglês”,
hoje Jorge de Sena teria dito que Deus é a “Reserva Federal dos Estados Unidos”,
entidade privada autónoma, composta por 7 bancos privados, sem praticamente nenhuma
ligação ao governo e responsável por imprimir em papel, os dólares americanos,
principal exportação dos Estados Unidos, utilizados obrigatoriamente para transaccionar
o petróleo que as várias nações precisam e dar liquidez à banca norte-americana.
Esta posição privilegiada do dólar só é possível, graças às
garantias dadas pelo governo norte-americano á casa real da Arábia Saudita e
por arrasto ao Qatar e Koweit, de lhes garantir militarmente se for caso disso,
os privilégios, em virtude de serem as principais fontes de fornecimento
mundial de petróleo.
É com esse papel impresso, chamado dólar, que os Estados
Unidos pagam o consumo
dos produtos importados, custeiam os exorbitantes gastos militares,
correspondentes a 70% da economia dos Estados Unidos, gastos com o chamado
complexo militar industrial e obrigam
todo o mundo a pagar a maior falcatrua financeira que constituiu a questão do “sub-prime”
e que está a custar à Europa 4 triliões de Euros, pagos com o suor dos
trabalhadores europeus.
Mais adiante, na
referida citação, dá-se a “City” como
referência de capital financeira, embora consideremos que embora ela tenha sido
a criadora dos “offshhores”, uma oferta criminosa ao capitalismo internacional,
de uma oportunidade de fuga fiscal, de que a Inglaterra seria na altura a sua principal
beneficiária, está hoje ultrapassada pela “Wall Street” de Nova Iorque.
Mais adiante onde se lê “autoridade
de ser-se inglês, de ser-se superior, de ser-se mais poderoso, ou mais rico”,
Jorge de Sena reconheceria hoje, que essa “psicopatia” assenta como uma luva,
na elite judaico-financeira dos Estados Unidos.
Para finalizar a abordagem que estamos a fazer à citação de
Jorge de Sena, quando ele reflecte que no seu tempo o “dogma da autoridade – e da respectiva subordinação é a base intocável
da sociedade vitoriana: autoridade do «espírito» sobre o corpo, da igreja sobre
a religião, do patrão sobre o empregado, do pai sobre os filhos, do corpo
político sobre as massas, de «moral» sobre a vida”, hoje certamente não lhe
repugnava escrever que a eterna autoridade do patrão sobre o empregado, está
transformada numa “prepotência ilimitada”
do patrão sobre o empregado.
Quanto à presunção da superioridade do falido “Império Inglês”, embora ainda mantenha
uma elite poderosa, xenófoba, ela sobrevive porque se apoia no poder militar e financeiro
de outra casta não menos xenófoba, mas disfarçada de mais democrática, (seja
essa democracia lá o que for!!!!), que são a elite judaico-financeira dos
Estados Unidos da América.
O mundo e particularmente a Europa, ainda não se apercebeu,
que a crise que andamos todos a pagar, digamos melhor, todos os que trabalham,
serve quase exclusivamente para materializar a criação de uma sociedade elitista,
em que os privilegiados serão somente dois décimos da população, sendo que os
outros oito décimos estão condenados a escravidão.
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