Mensagem

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terça-feira, 28 de agosto de 2012


   A IMPORTÂNCIA DE SE CHAMAR
                     "VERA"   
OU MELHOR…É “BERA” AS EDUCADORAS DE INFÂNCIA, DESEMPREGADAS, NÃO SE CHAMAREM “VERA PEREIRAS”.

Oscar Wilde escreveu uma peça teatral, que em Portugal se chamou “A importância de se chamar Ernesto” e no original “The importance of being earnest",
Era a história de um conquistador amoroso, que ardilosamente adopta o nome de Ernesto, para facilitar as “conquistas”.
A sonoridade da leitura do título, tanto em inglês como em português, permite justamente uma confusão, entre as palavras “Ernesto” e “honesto”, o que só por si já introduz uma síntese das confusões, que são o “leit-motiv” do enredo.
 De facto na pronúncia inglesa, ao dar-se alguma enfase ao acento tónico das sílabas iniciais da palavra, faz com que se confunda a palavra “earnest” que significa “sério, circunspecto, cuidadoso” com a palavra “honest” (honesto , recto, sincero) o que do ponto de vista sonoro deu na  versão portuguesa, uma sonoridade muito semelhante  com a palavra “Ernesto”, aquilo a que gramaticalmente se designa por cacofonia.   
Vem tudo isto a propósito do anuncio da oferta de um emprego de, publicado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional - Centro deEmprego de Tavira
Habilitações mínimas: Licenciatura
Área de Estudos: Educação Especial – Educadores de Infância
Medida Estimulo 2012: Esta oferta obriga a que o candidato esteja inscrito, como desempregado no Centro de Emprego, há mais de seis meses consecutivos.
Conhecimentos Profissionais: Conhecimentos inerentes à profissão de Educadora de Infância  
Remuneração oferecida:833 Euros
Agora prepare-se para perceber porque intitulámos este texto  como:  A IMPORTÂNCIA DE SER “VERA”.
É que o anuncio “OFICIAL” publicado no site do IEFP (netemprego.pt) e também no site “oficial do governo” (netemprego.gov.pt), pertencente ao Ministério da Economia e do Emprego, acrescentava na rúbrica “outros conhecimentos” dizia:
 “SÓ A ADMITIR A VERA PEREIRA”
É evidente, que ante um escândalo destes, não restou à Instituição senão retirar há poucas horas, este último requisito, em resultado do alvoroço público, que ocasionou.
 É caso para dizer no entanto, “Gato escondido com o rabo de fora”!!!
Isto faz-me lembrar alguns concursos públicos, em que as regras são de tal maneira restritas e específicas, que só um, ou muito poucos concorrentes, terão as características exigidas e que “por acaso”, correspondem exactamente às que têm o familiar, amigo ou correligionário, de quem propõe as exigências do concurso.

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