A IMPORTÂNCIA DE SE CHAMAR
"VERA" ”
OU MELHOR…É “BERA” AS EDUCADORAS DE INFÂNCIA, DESEMPREGADAS, NÃO SE CHAMAREM “VERA PEREIRAS”.
Oscar Wilde escreveu
uma peça teatral, que em Portugal se chamou “A importância de se chamar Ernesto”
e no original “The importance of being earnest",
Era a história de um conquistador amoroso, que ardilosamente
adopta o nome de Ernesto, para facilitar as “conquistas”.
A sonoridade da leitura do título, tanto em inglês como em
português, permite justamente uma confusão, entre as palavras “Ernesto” e “honesto”,
o que só por si já introduz uma síntese das confusões, que são o “leit-motiv”
do enredo.
De facto na pronúncia
inglesa, ao dar-se alguma enfase ao acento tónico das sílabas iniciais da
palavra, faz com que se confunda a palavra “earnest” que significa “sério,
circunspecto, cuidadoso” com a palavra “honest” (honesto , recto, sincero) o
que do ponto de vista sonoro deu na versão
portuguesa, uma sonoridade muito semelhante
com a palavra “Ernesto”, aquilo a que gramaticalmente se designa por cacofonia.
Vem tudo isto a propósito do anuncio da oferta de um emprego
de, publicado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional - Centro deEmprego de Tavira
Habilitações mínimas: Licenciatura
Área de Estudos: Educação Especial – Educadores de Infância
Medida Estimulo 2012: Esta oferta obriga a que o candidato esteja
inscrito, como desempregado no Centro de Emprego, há mais de seis meses
consecutivos.
Conhecimentos Profissionais: Conhecimentos inerentes à
profissão de Educadora de Infância
Remuneração oferecida:833 Euros
Agora prepare-se para perceber porque intitulámos este
texto como: A IMPORTÂNCIA DE SER “VERA”.
É que o anuncio “OFICIAL” publicado no site do IEFP
(netemprego.pt) e também no site “oficial do governo” (netemprego.gov.pt),
pertencente ao Ministério da Economia e do Emprego, acrescentava na rúbrica “outros
conhecimentos” dizia:
“SÓ A ADMITIR A VERA
PEREIRA”
É evidente, que ante um escândalo destes, não restou à Instituição
senão retirar há poucas horas, este último requisito, em resultado do alvoroço
público, que ocasionou.
É caso para dizer no entanto,
“Gato escondido com o rabo de fora”!!!
Isto faz-me lembrar alguns concursos públicos, em que as
regras são de tal maneira restritas e específicas, que só um, ou muito poucos concorrentes,
terão as características exigidas e que “por acaso”, correspondem exactamente às
que têm o familiar, amigo ou correligionário, de quem propõe as exigências do
concurso.
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