Mensagem

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domingo, 28 de junho de 2015



    A DIREITA É O DINHEIRO
   A ESQUERDA É O TRABALHO
SINTESE DE TODO O “ARCO-IRIS” DA POLÍTICA
É absolutamente notável, a Direita ter chegado à generalidade dos governos europeus, graças não só ao afastamento dos eleitores da coisa pública, como fruto de uma despolitização generalizada.
Por outro lado, enquanto a Direita está sempre pronta e militante a defender os seus interesses, a Esquerda, não só confunde muitas vezes os seus, como abdica de os defender, por apatia, por não entender que tudo na vida é política e consequentemente, não saber valorizar o poder do seu voto.
Nós sempre consideramos que mais vale votar errado, do que não votar; porque quando não votamos, estamos de certeza, a dar o voto ao nosso adversário ou inimigo principal.
Basta pensar que em Portugal, bastaria um voto adequado dos pensionistas e reformados, para impedir que o actual governo de direita, que nunca defendeu ou defenderá os seus direitos naturais, jamais fosse eleito.
Acrescentar a manipulação científica dos órgãos de comunicação social, cuja propriedade está nas mãos da Direita, com raríssimas excepções, mantendo a aparência de defender os princípios teóricos de uma democracia, só os respeitam enquanto isso vende e não prejudica os seus interesses.
Por outro lado, sempre que assim não é, “compra-se” a opinião pública, injectam-se as notícias, abastardam-se os destaques, utilizam-se as personalidades mais adequadas, não só as que habitualmente fazem o jogo, com se recompensa adequadamente as mais renitentes, compra-se o que for necessário, porque se pensa que tudo é subornável e dinheiro…coisa que nunca falta….é só por as máquinas a “imprimir” e o “zé” que pague.
Enchem-nos os ouvidos que a Grécia não é Portugal, para acreditarmos que o que acontecer à Grécia será por culpa dos gregos e connosco “será sempre” diferente!!!
Querem fazer- nos crer que assistimos ao drama da Grécia, quási como longínquos espectadores, pois não temos nada a ver com isso.
Como se a problemática económica, financeira e política do nosso país, fosse diferente da dos gregos.
Como se não enfermássemos dos mesmos males e a crise não reflectisse uma pandemia financeira mundial, reflexo de um vírus que poderíamos designar de “veluti globum” (Globalização) produzida pelo neocapitalismo, cuja essência dita liberal, tende a transformar a humanidade numa “neo-escravatura”.  
A única diferença de facto, é que enquanto a Grécia está de momento, com 41º de febre, nós ainda estamos com 38º.
A sintomatologia é a mesma, o tratamento que nos receitam é igual, embora em dose mais moderada…por enquanto.
Resta-nos esperar que a “febre” aumente, ou o povo resolva mudar de médico e de tratamento.
O problema substantivo, é que quem nos receita a terapêutica, não nos quer curar.
Quer manter-nos “acamados”, com assistência médica permanente e consequentemente, consumir remédios, pagar “consultas”, como se de doença crónica e incapacitante se tratasse.
Mas, deixemos por agora as metáforas e falemos então do que se está a passar no concreto.
Caímos na esparrela de gastar muito mais do que produzimos. Sabemos disso!
A questão não é de agora, e só nos admira que não falem do esbanjamento de recursos, na delapidação do património nacional e dos campeonatos de corrupção a que temos assistido, desde o 25 de Novembro do Mário Soares, passando pelo Cavacal reinado.
Quanto ao desgoverno causado pelo actual preso nº44 e dos seus PEC(ados) 1,2,3 e 4, fica-nos a curiosa memória, de por recomendação da Senhora Merkel (segundo confissão do actual encarcerado 1º ministro), se gastou à tripa forra, para salvar a economia do descalabro causado em 2007 pelo  “Subprime norte-americano”, tendo como conceito governativo a máxima: “As dívidas do governo, são para se ir pagando”.
Afinal, são para começar a pagar já….e com língua de palmo!!!
Em consequência, algumas (poucas) escolas foram luxuosamente decoradas enquanto outras, continuam a cair de podres.
A ameaça de bancarrota que se seguiu, fez mudar de governo, para gáudio do Presidente da República, que sentindo-se presidente de alguns portugueses, ao querer provar que nunca se engana e raramente tem dúvidas, conseguiu espremer a tolerância dos portugueses, a ponto de só as vacas dos Açores, sorrirem de felicidade (como ele próprio referiu!!!) com a sua mujidela.
Na realidade, os ideólogos neoliberais tinham imaginado essa a fórmula, de estimular os governos a gastar o que se tem e o que não se tem, funcionando como um algoritmo para controlar a economia das nações!!!
Eles bem sabem que alguém teria de pagar e está à vista o resultado!!!
Para acautelar qualquer problema e evitar que saia o tiro pela culatra, determinaram que nos impostos não se toca, e os créditos vão ser pagos, diminuindo as despesas do estado, ou seja, em primeira instância, utilizando as verbas destinadas às despesas sociais, o mesmo é dizer, que o comum dos cidadãos teria de perder a capacidade de manter os direitos adquiridos.
Tão simples quanto isso.
Esta exigência que têm um nítido caracter de classe, assenta essencialmente na exploração dos trabalhadores, não só eliminando direitos adquiridos, como fazendo dos benefícios sociais, para os quais descontaram durante todo o tempo que estiveram em actividade, uma fonte de receita sólida, para compensar os empréstimos a juros especulativos.
Esta proposta de solução, é um verdadeiro crime de lesa-humanidade, pois é moralmente inaceitável que se quebre um contrato de dezenas e dezenas de anos dos trabalhadores com o Estado, para o compensar dos encargos sociais que futuramente viriam a beneficiar e acabam defraudados pelo roubo que lhe é feito, à sombra do próprio Estado.
Por outro lado, é ética e politicamente inaceitável, a intenção dos governos de direita, considerarem ilegítimo aumentar os impostos aos mais ricos, tachar os elevados benefícios da especulação financeira, assim como as remunerações escabrosas dos altos quadros das grandes empresas, ou os escandalosos rendimentos do capital financeiro e nomeadamente da Bolsa.
Nós até dispensamos trazer a colação, a questão dos paraísos fiscais (offshores), que são de uma natureza tão imoral, que criá-los (como fez a Inglaterra) e aceitá-los (como todos os governos de direita o fazem) classifica a bandidagem que governa a humanidade.
Quando se estilhaçam os direitos adquiridos, feitos legalmente com o Estado, que deveria ser natural e obrigatoriamente “Pessoa de bem”, está-se a negar a própria natureza da sociedade, que existe para garantir a defesa dos interesses dos cidadãos e proporciona-lhe a felicidade, a que todos os seres humanos têm direito.
Em contrapartida, quando se pretende-se sonegar a equidade dos rendimentos subtraindo-os a uma fiscalidade proporcional, está-se a promover uma filosofia elitista onde a mão-de-obra é filhastra e o resto é que conta.
São estes, os aspectos mais dramáticos, imorais e excessivos, da tragédia com que se debate a sociedade grega, pioneira na experiência neoliberal de domínio mundial dos povos e das nações.
Recordamos que na fila, somos o senhor que se segue.
No entanto, independentemente de sermos as próximas vítimas, temos de nos preparar para em Setembro ou Outubro, consoante o cavacal presidente da república (que tem o nó de gravata mais perfeito do mundo) o determine, darmos a resposta adequada à criminosa canalha que nos governa e aos transformistas do socialismo, pois disso depende muito o futuro de Portugal e dos portugueses.
Tudo o que acima relatamos, é a essência da sociedade dos 2/10, tal como a descrevemos neste Blogue e cujo acesso se encontra num link no cabeçalho.
Recordamos resumidamente que essa sociedade prevê que só 20% da humanidade terá direito em viver o sentimento de felicidade que a Natureza lhe outorgou, distinguindo-a dos restantes animais.
Os restantes 80%, segundo as teses neoliberais, podem e devem ser descartadas do acesso ao direito ao trabalho, dado o excesso de mão-de-obra existente e dos automatismos que no actual modo de produção, coloca nas mãos do patronato a quási exclusividade dos meios de produção.
Raras vezes se fala nisso, mas o direito ao trabalho, é o 1º direito do ser humano, na medida que nascendo numa sociedade organizada, ao nascer começa imediatamente a beneficiar dessa organização e a creditar-lhe a obrigatoriedade da respectiva compensação.
Torna-se evidente que a necessidade de compensá-la dos encargos que acrescem, por cada ser humano que é gerado, só é possível, quando um individuo na idade justa, tem acesso a um posto de trabalho.
Nos tempos que correm, em que os automatismos e a informática diminuem substancialmente os postos de trabalho, são exigíveis novas relações de produção para dar a todos os cidadãos, o direito de compensar a sociedade dos encargos que gera e promover novos índices de felicidade, pela libertação do ser humano de horários de trabalho exageradamente extensos.
Numa sociedade ideal, evoluída, equitativa, solidária, e socialista, há a possibilidade real de transformar num futuro longínquo, o hobby preferido, na fonte de rendimento e compensação justa, que todo o cidadão deve dar, à sociedade onde está inserido.

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