Mensagem

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quinta-feira, 4 de junho de 2015



ESTOU FURIOSO COM O 
SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
Desde muito novo, fui influenciado em termos desportivos, por um tio que era daqueles adeptos radicais e ultra-facciosos do Benfica.
Ainda me lembro vagamente, de ser levado ao velho campo do Benfica nas Amoreiras, quando tinha para aí os meus 5 ou 6 anos.
Com o andar dos tempos, fui ganhando particular afecto ao Sporting e porque era um apaixonado do futebol, recordo que durante algum tempo, cheguei a ser sócio simultaneamente do Sporting e do Benfica, para poder ir assistir aos jogos, todas as semanas.
Não me recordo de qual teria sido a origem preferir o Sporting, mas desde sempre me lembro de ser essa a minha preferência.
Quando penso nisso, uma das hipóteses, era querer contrariar esse meu tio, por discordar do seu facciosismo, a outra seria a minha congénita tendência de proteger os mais fracos e como todos na família eram do Benfica, devo ter achado que no Sporting é que estava bem.
Não sei situar exactamente a época em que se processou a dita viragem (se é que chegou a existir!), posso como segunda hipótese atribuir a influência aos meus colegas de brincadeira e de turma no Liceu Passos Manuel, que eram os Roquettes e os primos Rebelos de Andrade, com os quais fundámos um clube a que demos o nome de “Águias Brancas” e cujo padrinhos (certamente por influência dos Roquettes) foram os jornalistas Cândido de Oliveira fundador do jornal “A Bola” e Tavares da Silva, mais tarde selecionador nacional.
Já que estou a recordar essa efeméride, não posso deixar de assinalar que a equipe dos “Águias Brancas” enquanto existiu, nunca perdeu um jogo, contra equipas semelhantes de outras escolas e tinha uma estrela, que ao mesmo tempo jogava nos infantis do Estoril Praia e se chamava “Pica”. Era um jogador genial, que por várias vezes mereceu uma “caixa” a descrever os seus feitos, no jornal “A Bola” de tão habilidoso que era. Infelizmente morreu ainda jovem, atropelado quando passeava de bicicleta. Dos restantes componentes da equipe, dois ou três profissionalizaram-se no futebol e da ligação dos Roquettes ao Sporting, fala a história desse clube.
A ligação a um clube, é daquelas afinidades que estão na chamada “massa do sangue” que mais não é do que o remanescente “instinto gregário” que se desenvolveu nas origens do homem, como instintiva manifestação de auto-defesa e sobrevivência.
Esse sentimento, radica-se no intuitivo sentimento de tribo, que se opõe objectivamente ao profundo desejo de liberdade e originalidade que a civilização trouxe à humanidade.
É neste complexo mundo de sentimentos, que as opções são tomadas e definem o caracter apaixonado de grande parte dos adeptos dos clubes ou simples associações.
O gregarismo e a liberdade são o essencial do comportamento das massas, não só em relação aos clubes desportivos, como em todas as outras actividades colectivas do género humano.
Pela minha parte, sempre dediquei ao Sporting um afecto que pensava e penso, irá  morrer comigo.
No entanto estou a passar por uma fase, em que a dimensão da indignidade que a direcção do clube do meu coração cometeu, ao financiar-se com os dinheiros provindos da exploração criminosa do povo da Guiné Equatorial, não me deixa outra alternativa senão esquecer, que alguma vez tive como preferência este clube.
Pensar que no meu Sporting foram capazes de descer tão baixo, para alimentar a sua pretensiosa vaidade, de hipoteticamente virem a ser candidatos a campeões de qualquer coisa, é um sentimento que me indigna e revolta.
Socorrer-se do dinheiro que Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, com fama de canibal e proveito de ser o maior criminoso de África, que se apropria de tudo o que ao Estado pertence e  rouba os desgraçados naturais da Guiné Equatorial, a quem escraviza e explora, perante a passividade duma sociedade que faz da exploração capitalista o seu modo de vida, é superior a tudo o que pudesse imaginar e possa admitir.
Aquilo que me prende ao Sporting, aquilo que me honrava nas derrotas, era pensar na dignidade que presidia ao seu orgulhoso passado e mantinha a chama dos ideais mais nobres que o desportivismo pode gerar.
Agora, sinto-me tremendamente envergonhado.
Tenho esperança que este sentimento seja passageiro, porque a fase má que estamos a viver, tem os seus dias contados. A nojeira há-de vir ao de cima e os sócios do Sporting, certamente vão corrigir este criminoso acto de gestão..  
As virtudes desportivas hão-de falar mais alto, assim como o respeito pela história deste clube que tinha desde sempre, as virtudes do “fair play” como legenda, no comportamento dos seus atletas e das suas direcções.
A deslealdade traiçoeira de um treinador, que a propósito de se intitular artificiosamente de profissional, resumiu a questão da lealdade desportiva e o reconhecimento que deve ao Benfica, a uma miserável traição, paga a peso de ouro é certo, com dinheiro roubado a um dos povos mais desgraçadamente miserável do mundo, nada tem de comum com o desporto e muito menos com o espírito sportinguista.
Para que se saiba quem é Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, o bandido que está a pagar as vaidades do senhor “Bruno do Caralho” (falta o v….eu sei. Foi de propósito porque de tão furioso, apetece-me praguejar !!!), é necessário reflectir no significado dessas notas manchadas de sangue, que nos chegam da África Equatorial, onde aquele criminoso ditador  segundo a Wikipédia merece a seguinte resumidíssima biografia:
90% de todos os políticos da oposição vivem no exílio, 550 ativistas anti-Obing estão presos injustamente e vários foram mortos desde 1979 .Em Julho de 2003, a estação de rádio estatal declarou que Obiang era um deus "em permanente contacto com o Todo Poderoso" e que "pode decidir matar sem ninguém o chamar a prestar contas e sem ir para o inferno". Ele próprio fez comentários semelhantes em 1993.
De forma semelhante a Idi Amin, Obiang permitiu propositadamente que se espalhassem rumores sobre se seria ou não canibal. Rumores fictícios sobre o canibalismo têm sido utilizados durante séculos entre o povo fang do centro e oeste africano de forma a criar medo entre os oponentes, dos quais Obiang descende.
Em 2003, Obiang informou o país de que se sentia obrigado a tomar controlo total sobre o tesouro nacional de forma a prevenir que funcionários públicos fossem tentados a participar em práticas corruptas. Para evitar esta forma de corrupção, Obiang depositou mais de metade de um bilião de dólares em contas controladas por ele mesmo e por sua família no Banco Riggs em Washington, D.C., levando um tribunal federal estado-unidense a multar o banco em 16 milhões de dólares
O “power point” que se segue, completa o retrato do facínora ditador Obiang, que para vergonha dos portugueses, conseguiu entrar para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) (perante a memorável passividade e aprovação do presidente Cavaco Silva, o homem que vive para manter o nó de gravata mais perfeito do mundo!)  a pesar da Guiné Equatorial ser um país onde ninguém fala português.
Bem gostaria de saber quanto e a quem pagou para comprar o prestígio de fazer parte de uma organização tão específica como esta.

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