Mensagem

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013


                  JOSÉ MILHAZES               
        O MODERNO JOÃO COITO
Ouvi com alguma estupefação, uma entrevista de José Milhazes na rádio, a propósito do lançamento do seu livro “Cunhal, Brejnev e 25 de Abril”.

Presentemente, este pretenso “historeador” (Toureiro da história…) é igualmente correspondente da Agência Lusa, SIC e RDP em Moscovo e colaborador da Fundação Mário Soares.

Sobre esta última instituição não quero fazer qualquer consideração, mas achamos que dará muito jeito a Mário Soares, encontrar quem se preste a denegrir o prestígio de Álvaro Cunhal, na medida em que toda a vida, o génio político e dimensão humana daquele líder comunista, ensombrou e constituiu um inultrapassável exemplo de coragem e dignidade, que era a antítese do comportamento de “prima dona”, manipulador e ambicioso de Mário Soares.

Tendo em vista a origem humilde José Milhazes, filho de pescadores e que se formou na Universidade Estatal de Moscovo (Lomonossov), graças à ajuda do PCP, o mínimo que lhe era exigido, era rigor e honestidade na análise da História e nomeadamente do papel do Partido, que tanto o tinha ajudado a construir o seu futuro.

Como é evidente, chocaram-me os argumentos utilizados na entrevista, pois do conhecimento embora superficial que tenho sobre algumas matérias que desenvolveu, não correspondem em nada do que conheço, em relação ao que foi dito pela referida personagem.

De igual modo, mas com imenso conhecimento de causa, pensa João Vasconcelos-Costa, que escreve no Blogue “No Moleskine”

Antigo militante do PCP e dissidente do Partido desde 1968, por ocasião da invasão da Checoslováquia, considera o funcionamento mental de José Milhazes, “primário, mentalmente indigente, deturpador e totalmente desprovido de rigor científico”, considerando enfim que “perder tempo com ele, é o mesmo que gastar cera com ruim defunto”.

Faço minhas as suas palavras, exclusivamente neste caso, na medida em que se deu ao trabalho de testemunhar e clarificar a totalidade das questões que me indignaram.

Ainda por cima, este testemunho vem de uma pessoa que viveu muitos dos factos abordados no livro e embora, como já disse, tenha discordado e abandonado o PCP em 1968, devido à posição favorável do Partido, em relação à invasão da Checoslováquia pela União Soviética.

A sua experiência não lhe permite aceitar esta alteração da verdade dos factos, independentemente da sua actual posição em relação ao Partido Comunista Português, como facilmente se deduz ao ler o seu excelente comentário à obra de José Milhazes “Cunhal, Brejnev e 25 de Abril”.


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