Mensagem

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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014


           UMA VISÃO DO FUTURO          
Como estamos no primeiro dia de um novo ano, pareceu-nos justo começar por propor novas tecnologias para uma nova sociedade.
O vídeo que colocamos no fim deste texto, é uma espécie de aperitivo, para o grande banquete em que num futuro breve se transformará a sociedade.
Acreditamos, que muito do que se irá passar num próximo futuro em termos de equilíbrio social, passará pela actual “mina” de fontes e processos de informação, que começa a ser acessível à maior parte da população, tendendo a retirar às diversas elites, o poder exclusivo da comunicação e dos mais variados níveis de conhecimento.
A este propósito, lemos hoje no Jornal de Notícias, na página dedicada à Sociedade, uma curiosa e apropriada afirmação Luis Barbosa, presidente da Cruz Vermelha, que resume, inconscientemente esse fenómeno, quando diz: “Nós hoje temos pessoas pobres com email”.
Para nós sempre foi vital, o acesso a um índice de cultura generalizado, como fonte de maior lucidez nas opções de interesse colectivo.
As novas tecnologias, se por um lado roubam muitos postos de trabalho, são um elemento tão inovador no acesso ao conhecimento e facilitador da transmissão universal de uma mensagem, que coloca nas mãos de cada um, a possibilidade de universalizar o seu pensamento, estendendo a sua voz a todo o mundo.
Esta é uma realidade que coloca na dependência de cada um, dar-lhe um sentido prático, com o objectivo de ser utilizado no progresso da sociedade, quando se discute a justiça ou não, das medidas governamentais, sejam elas locais, ou fora da jurisdição nacional.
A humanidade tem agora a possibilidade de corrigir o caminho que as coisas têm estado a tomar, desde que colocou nas mãos do Capital, a exclusividade da posse dos meios de produção e lhe permitiu, aumentando desmesuradamente a bolsa do desemprego, manipular o mundo do trabalho a seu belo prazer, podendo assim explorar os trabalhadores a níveis até há pouco impensáveis.
As novas tecnologias, no início do seu aparecimento, permitiram surpreender totalmente, pela novidade, uma sociedade impreparada para as suas consequências e permitiu, que o capitalismo por ser dono da generalidade dos meios de produção, absorvesse para si exclusivamente os seus benefícios.
Mas existe a “Dialética da Natureza”.
Aquilo que grande parte da humanidade coloca nas mãos de “Deus”, nada mais é do que reflexo da existência dessa maravilhosa condição natural, de tender a equilibrar tudo o tende a divergir no desenvolvimento equilibrado e harmonioso das próprias leis da Natureza, seja por ela corrigido…mais cedo ou mais tarde.
É o caso das novas tecnologias, que em primeiro lugar deram uma supremacia de poder a uma classe limitada da humanidade, mas a própria difusão das suas virtudes serve de antídoto, para corrigir os seus excessos.
Na prática, o que está a acontecer, é permitir aos donos dos meios de produção, despedir a seu belo prazer quem não lhe permita obter o lucro que ambiciona.
É na sequência deste fenómeno que as elites capitalistas imaginaram o domínio possível da humanidade, criando a capacidade de sobrepor o poder financeiro ao poder político, que até então estava naturalmente encarregada de gerir (uma vezes bem outras mal) a evolução da sociedade.
É esta capacidade dos novos instrumentos tecnológicos, facilitarem a difusão das ideias e generalizar o conhecimento e a crítica aos defeitos que tal sociedade encerra, que torna possível a mobilização geral para o combate de todos os trabalhadores que estão a ser vítimas desse processo.
A evolução social que logicamente deveria beneficiar todos, acabou por só favorecer alguns e tornou-se numa arma de opressão da humanidade tão importante como em tempos passados o foi a descoberta do ferro ou mais tarde as armas de fogo.
Está no horizonte a generalizada luta dos trabalhadores pelo direito ao trabalho, que é o primeiro direito que um individuo adquire pelo facto de se ir inserir numa sociedade, que teve encargos e esforço de outras gerações, para lhe dar os confortos e benefícios que as sociedades civilizadas criaram.
Está no horizonte, a possibilidade de uniformização da luta dos trabalhadores, no sentido de diminuindo as horas de trabalho, ter mais tempo para gozar o seu natural direito à felicidade, dedicando os tempos livres a coisas que transformem a sua vida, naquilo que a tem direito pelo facto da mãe Natureza ter dado ao homem o privilégio da consciência de existir.
Está no horizonte, que os benefícios do desenvolvimento tecnológico, terão de ser para toda a humanidade e não apenas para uma camada de privilegiados.
Está no horizonte, que os meios tecnológicos que em princípio serviram para maior exploração dos trabalhadores, são os mesmos que irão permitir aos trabalhadores reivindicar maior participação nos seus benefícios.
Está no horizonte, que as facilidades de intercomunicação dilatarão as capacidades de universalizar os novos conceitos de justiça social, desenvolvendo naturalmente uma maior unidade e coesão na acção reivindicativa dos trabalhadores de todo o mundo.
Está no horizonte, uma nova luz de esperança na mais nobre luta que o homem jamais travou, como seja a de acabar com a exploração do homem pelo homem, como impõe a própria natureza das coisas.

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