25 DE NOVEMBRO
CORRUPÇÃO, ADVOGADOS E GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS
Sobre o tema da corrupção que campeia no país, temos uma
opinião muito concreta, consolidada pela experiência do que vivemos a partir do
25 de Novembro de 1975.
As forças contrarrevolucionárias que nessa altura assumiram
o poder, viram-se na necessidade de se socorrer de muita gente que sabiam ser corrompível, para agitar as massas, ocupar a máquina do Estado, dominar os meios
de comunicação social e garantir as lealdades necessárias, no sentido de
diminuir o prestígio e a poderosa e justa influência que o Partido Comunista
Português adquiriu, após o glorioso 25 de Abril.
Os artifícios utilizados, fazem-nos lembrar o comportamento
do governo norte-americano, quando em 1945 libertaram todos os mafiosos que
estavam presos no Estados Unidos, para, servindo-se da influência que estes
tinham sobre as suas famílias na Sicília, não só criarem condições que
facilitasse o desembarque das forças aliadas na Itália, como mais tarde, como recompensa,
lhes entregar toda a máquina administrativa, a fim de eliminar a influência do
Partido Comunista Italiano que à época, era um dos maiores partidos comunistas
do mundo.
Dessa tenebrosa decisão, ainda hoje a Itália está sofrendo
as consequências, pois foi ela, a germinadora de todos os Sílvios Berlusconis
que chameiam em Itália e que tantos problemas têm criado, na estabilização e
progresso democrático da Itália.
Em Portugal também tivemos os nossos Frank “Carluccionis”
enquadrando os “Mário Soares” possíveis, para fazerem uma caricatura de
“socialismo”, com a alcunha de “democrático”, para enganar o freguês.
De resto, todos os partidos do chamado “arco do poder”,
outra coisa não fazem logo que chegam ao poder, do que arranjar uns “tachos”
para os seus “boys” e inquinar a máquina do Estado.
Além disso, o Estado
da Nação, permite que alguns deputados advogados e grandes escritórios de
advogados, sejam os principais interlocutores dos interesses pessoais e das
grandes empresas, manobrando artificiosamente a legislação de modo a comtemplar
os interesses dos seus clientes, numa verdadeira promiscuidade dos deputados
com os interesses que servem em detrimento, dos interesses gerais da nação.
Esta interferência tendenciosa e muitas vezes criminosa na
política nacional permite que os acusem de serem os principais agentes da
corrupção que prolifera neste país.
No combate e denúncia da corrupção, há algumas vozes longe
do poder, que se fazem ouvir de vez em quando, mas que pouco ou nada adiantam,
pois a máquina do estado está de tal maneira infiltrada e corrompida, que tudo
o que seja dito e feito no sentido de alterar o “status quo”, transformam-se
numa espécie de vítimas do adágio popular que sentencia “vozes de burro que não
chegam ao céu”.
Sobre esta matéria damos acesso a um importante documento,
onde se faz um levantamento exaustivo da situação e onde abundam os links que
podem levar a outos tantos textos, que escalpelizam muito do que a este nível o
que se está a passar neste deprimido país, descrevendo os problemas,
denunciando os principais intervenientes e chamando os “bois pelos nomes”.
Eis uma espécie de índice, que abre o apetite para uma
cuidadosa leitura desses documentos:
- Nas maiores
sociedades de advogados, cada advogado ganha cerca de 115 mil euros/ano.
- Encontramos, entre
estes advogados, figuras de topo dos partidos políticos integrantes da «troika
vende-Pátria».
- Possuem ligação,
presente ou passada, à Assembleia da República, ao Governo, a assembleias e a
executivos municipais.
- Os advogados com
nomes sonantes têm sido nomeados para o Sector Público Administrativo e para o
Sector Empresarial do Estado.
- São ainda eles que
recebem por encomenda governamental, a elaboração de legislação e a preparação
de concursos públicos (grandes negócios e grandes despesas onde o estado sai
quase sempre lesado).
- Enquanto docentes
universitários, conferencistas e comentadores têm poder sobre a opinião
pública.
- Possuem ainda
ligações aos grandes grupos económicos capitalistas.
- Funcionam como elos
de ligação e instrumentos de expansão dos grupos económicos capitalistas, sejam
eles internos ou externos ao País.
- Conclui-se que têm
contribuído para a subordinação do poder político ao poder económico.
A complementar toda esta informação temos o prazer de
colocar um vídeo com a intervenção de Paulo de Morais na Assembleia da
República, que dimensiona a gravidade desta promiscuidade e prova que esta
nossa afirmação sobre a impunidade dos infratores é uma realidade não só
imoral, como configura um “Estado- Banana”.
Para ter acesso a esse documento basta clicar AQUI
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