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domingo, 26 de janeiro de 2014



           25 DE NOVEMBRO       

CORRUPÇÃO, ADVOGADOS E GRANDES    ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS

Sobre o tema da corrupção que campeia no país, temos uma opinião muito concreta, consolidada pela experiência do que vivemos a partir do 25 de Novembro de 1975.

As forças contrarrevolucionárias que nessa altura assumiram o poder, viram-se na necessidade de se socorrer de muita gente que sabiam ser corrompível, para agitar as massas, ocupar a máquina do Estado, dominar os meios de comunicação social e garantir as lealdades necessárias, no sentido de diminuir o prestígio e a poderosa e justa influência que o Partido Comunista Português adquiriu, após o glorioso 25 de Abril.

Os artifícios utilizados, fazem-nos lembrar o comportamento do governo norte-americano, quando em 1945 libertaram todos os mafiosos que estavam presos no Estados Unidos, para, servindo-se da influência que estes tinham sobre as suas famílias na Sicília, não só criarem condições que facilitasse o desembarque das forças aliadas na Itália, como mais tarde, como recompensa, lhes entregar toda a máquina administrativa, a fim de eliminar a influência do Partido Comunista Italiano que à época, era um dos maiores partidos comunistas do mundo.

Dessa tenebrosa decisão, ainda hoje a Itália está sofrendo as consequências, pois foi ela, a germinadora de todos os Sílvios Berlusconis que chameiam em Itália e que tantos problemas têm criado, na estabilização e progresso democrático da Itália.

Em Portugal também tivemos os nossos Frank “Carluccionis” enquadrando os “Mário Soares” possíveis, para fazerem uma caricatura de “socialismo”, com a alcunha de “democrático”, para enganar o freguês.

De resto, todos os partidos do chamado “arco do poder”, outra coisa não fazem logo que chegam ao poder, do que arranjar uns “tachos” para os seus “boys” e inquinar a máquina do Estado.

 Além disso, o Estado da Nação, permite que alguns deputados advogados e grandes escritórios de advogados, sejam os principais interlocutores dos interesses pessoais e das grandes empresas, manobrando artificiosamente a legislação de modo a comtemplar os interesses dos seus clientes, numa verdadeira promiscuidade dos deputados com os interesses que servem em detrimento, dos interesses gerais da nação.

Esta interferência tendenciosa e muitas vezes criminosa na política nacional permite que os acusem de serem os principais agentes da corrupção que prolifera neste país.

No combate e denúncia da corrupção, há algumas vozes longe do poder, que se fazem ouvir de vez em quando, mas que pouco ou nada adiantam, pois a máquina do estado está de tal maneira infiltrada e corrompida, que tudo o que seja dito e feito no sentido de alterar o “status quo”, transformam-se numa espécie de vítimas do adágio popular que sentencia “vozes de burro que não chegam ao céu”.

Sobre esta matéria damos acesso a um importante documento, onde se faz um levantamento exaustivo da situação e onde abundam os links que podem levar a outos tantos textos, que escalpelizam muito do que a este nível o que se está a passar neste deprimido país, descrevendo os problemas, denunciando os principais intervenientes e chamando os “bois pelos nomes”.

Eis uma espécie de índice, que abre o apetite para uma cuidadosa leitura desses documentos:

- Nas maiores sociedades de advogados, cada advogado ganha cerca de 115 mil euros/ano.

- Encontramos, entre estes advogados, figuras de topo dos partidos políticos integrantes da «troika vende-Pátria».

- Possuem ligação, presente ou passada, à Assembleia da República, ao Governo, a assembleias e a executivos municipais.

- Os advogados com nomes sonantes têm sido nomeados para o Sector Público Administrativo e para o Sector Empresarial do Estado.

- São ainda eles que recebem por encomenda governamental, a elaboração de legislação e a preparação de concursos públicos (grandes negócios e grandes despesas onde o estado sai quase sempre lesado).

- Enquanto docentes universitários, conferencistas e comentadores têm poder sobre a opinião pública.

- Possuem ainda ligações aos grandes grupos económicos capitalistas.

- Funcionam como elos de ligação e instrumentos de expansão dos grupos económicos capitalistas, sejam eles internos ou externos ao País.

- Conclui-se que têm contribuído para a subordinação do poder político ao poder económico.

A complementar toda esta informação temos o prazer de colocar um vídeo com a intervenção de Paulo de Morais na Assembleia da República, que dimensiona a gravidade desta promiscuidade e prova que esta nossa afirmação sobre a impunidade dos infratores é uma realidade não só imoral, como configura um “Estado- Banana”.

Para ter acesso a esse documento basta clicar AQUI

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