Fascínio
Por: Miguel Martins
(humilde homenagem a José Carlos Ary dos Santos)
Ah! A alegria!
Ah! A tristeza!
Ah! A comoção!
Bão!
O que seria
se não fôssemos
poetas com a alma
rasgada pela emoção!
O que andaria pelos nossos
dias,
não fossem estes
peitos rasgados por uma
explosão,
o que faríamos não fossem
estes momentos
de acontecerem todas
as coisas,
sobretudo a ternura,
mas também
a solidão?
Tudo ao mesmo tempo!
Bão!
Grande romaria
esta,
a de homens
profetas da emoção!
Venham, venham,
que não tenho medo!
Venham,
que é enormemente
redentor
este segredo!
E venha quem vier,
venha mesmo,
não espere, que
estarei sempre mordendo
com um nunca dizer
não!
Venha o que vier,
é a emoção o que
mais lavra!
Riso e lágrimas,
venham juntos,
venham todas
as páginas do
poema!
Rasguem-me sempre
o peito,
expludam com
uma agitação intensa,
se é que se pode
dizer duas vezes
a mesma coisa,
mas venham a sério,
que está estupefacta
a emoção!
Bão!
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