Mensagem

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

                     Fascínio                 
Por: Miguel Martins
                   
(humilde homenagem a José Carlos Ary dos Santos)


  Ah! A alegria!

  Ah! A tristeza!

  Ah! A comoção!

  Bão!

  O que seria
se não fôssemos
poetas com a alma
rasgada pela emoção!

O que andaria pelos nossos
dias,
não fossem estes
peitos rasgados por uma
explosão,

o que faríamos não fossem
estes momentos
de acontecerem todas
as coisas,
sobretudo a ternura,
mas também
a solidão?

  Tudo ao mesmo tempo!

Bão!

  Grande romaria
esta,
a de homens
profetas da emoção!

  Venham, venham,
que não tenho medo!

  Venham,
que é enormemente
redentor
este segredo!

 

  E venha quem vier,
venha mesmo,
não espere, que
estarei sempre mordendo
com um nunca dizer
não!

Venha o que vier,
é a emoção o que
mais lavra!

  Riso e lágrimas,
venham juntos,
venham todas
as páginas do
poema!

  Rasguem-me sempre
o peito,
expludam com
uma agitação intensa,
se é que se pode
dizer duas vezes
a mesma coisa,
mas venham a sério,
que está estupefacta
a emoção!

  Bão!

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