EDUARDO LOURENÇO
E A "SUBMISSÃO MANSA" DE PORTUGAL
Está a
decorrer a 15ª edição de Correntes d´Escritas, onde intervêm vários escritores,
poetas e ensaístas, numa demonstração de que a “Cultura” ainda vai “mexendo” e resistindo,
como o demonstra a qualidade dos
intervenientes e salas cheias de assistentes no Centro de Congressos Hotel Axis,
na Povoa de Varzim.
Entre os
intervenientes, destacou-se no 1º dia e na 1ª mesa a brilhante e lúcida intervenção
de Eduardo Lourenço, que entre outras graves e dolorosas afirmações, considerou
que "Fomos invadidos por uma espécie
de vampiros” referindo-se dramaticamente à falta de opções de futuro,
acrescentando “Eu sei o que é estar à
beira do abismo. Estou a olhar para ele, para o meu fim”.
Mário Rufino em “Correntes d´Escritas: apocalipse em
directo” descreve assim
esta participação:
“Passo curto, titubeante, vagaroso.
Voz pausada. Eduardo Lourenço é imponente mesmo na sua fragilidade física.
Senta-se e olha para o público. Provavelmente assim o terá feito, mais nervoso
do que hoje, na primeira vez perante um outro público, ainda eu não era
nascido. Apoiado em Manuel Alberto Valente, subiu o palco e sentou-se. É a
primeira mesa das Correntes 2014”
O brilhantismo intelectual de Eduardo Lourenço, foi o facto
mais assinalável neste primeiro dia e para ler não só algumas das sua afirmação
mais importantes, mas também um ou dois comentários muito lúcidos e oportunos que
vem no fim da sua intervenção CLIQUE AQUI ou AQUI
Sem comentários:
Enviar um comentário