Olhar à esquerda

          MARINHO E PINTO           

  O BEPPE GRILLO PORTUGUÊS         

MAIS DEPRESSA SE APANHA UM MENTIROSO QUE UM COXO

Sempre achámos algo de estranho e exagerado, no comportamento de António de Sousa Marinho e Pinto.
Mas como “cada um, é como cada qual” e na medida em que nada o relacionava com a nossa vida profissional, desportiva ou cultural, somente os seus comentários nos despertavam alguma atenção, dado que normalmente se pronunciava indignadamente sobre casos da corrupção que proliferava em Portugal, sendo olhado com simpatia, sem que nunca tivéssemos oportunidade de lhe atribuir qualquer opção política específica e muito menos, apetite por uma carreira política.
Reconhecíamos nele uma figura pública, que também fizera o seu trajecto malhando na (in) Justiça portuguesa e denunciando muitas das suas deficiências, chegando a bastonário da Ordem dos Advogados, por duas vezes, o que segundo percebíamos, lhe granjeava numerosos inimigos, sem jamais termos apercebido pretender alterar o rumo da sua carreira de advogado, embora muito polémico.
Quando apareceu a concorrer às eleições europeias pelo Partido da Terra, fundado por Gonçalo Ribeiro Telles em 1993, que até aí tivera uma actuação simpática mas inócua e sem qualquer repercussão conhecida, tivemos uma grande surpresa, que se transformou em espanto, quando percebemos a dimensão da votação que tinha recebido nestas eleições para o Parlamento Europeu, o que permitiu não só a sua eleição, como ainda por arrasto, eleger o numero 2 da sua lista.
As primeiras manifestações da sua nova carreira de político profissional a que tivemos ocasião de assistir, foram duas pequenas intervenções em noite de eleições, comentando os seus resultados.
Numa delas, as suas afirmações foram exageradamente autossuficientes e quase gloriosas sobre a importância da sua figura, como causa e consequência do êxito do MPT.
Embora concordássemos, tudo indicava ser a sua notoriedade pessoal que justificativa o êxito do Partido que o apadrinhava e justificava a glosa que começávamos a ouvir de que MPT, eram as iniciais de M arinho P into T erra.
Levados por uma natural curiosidade, fizemos questão de assistir no dia seguinte, ao programa da RTP, “Prós e Contras”, para começar a perceber a base do pensamento político do ex-bastonário da Ordem dos Advogados.
Foi um programa importantíssimo, porque percebemos que afinal Marinho e Pinto não passa de um trauliteiro, um demagogo, populista, autossuficiente, indisciplinado numa discussão colectiva e sobretudo capaz de utilizar a sua voz tonitruante que já lhe reconhecíamos, para mentir e caluniar outros partidos e políticos honestos.
Isto não é uma afirmação leviana, ou tendenciosa.
A prova do que afirmamos, pode ser testemunhada neste mesmo espaço, para quem se der ao trabalho de rever os programas que reproduzimos nos dois vídeos que se seguem.
No primeiro reproduz-se o programa “Prós e Contras” onde aos 23.37 se pode assistir a despropósito e sem nenhuma razão que o justificasse, (a não ser um demagogia desenfreada sem fazer sentido), a afirmação de que o PCP “proclama sempre vitória em todas as eleições”, e ao sentir o exagero da afirmação, caldeou-a de imediato, como que generosamente, “agora o PCP desta vez tem razão para isso”. 
Depois entretém-se a fazer uma disparatada e estrambólica contabilidade a somar os deputados do BE com os do PCP, para chegar à conclusão que perderam um deputado, sem explicar o alcance dessa contabilidade, que se percebe ser um raciocínio hiperbólico, para diminuir o efeito de um aumento da votação no PCP, como nunca tinha acontecido.
Perante esta provocação, o deputado João Ferreira, (24.17) tranquilamente, lembrou que desde há 5 anos Marinho Pinto tinha andado a apelar à abstenção.
Indignado, Marinho Pinto qual virgem ofendida, levou 1 minuto a desmentir essa afirmação do deputado do PCP, chegando ao descaramento de afirmar (25.10) “que nunca tinha feito um apelo à abstenção”, mas sim ter dito que “pessoalmente se abstinha…o que é muito diferente!!!”(25.37).

Afinal temos ali a denúncia de mais um cavernícola anticomunista, daqueles que irão certamente acabar por acusar os comunistas de comer criancinhas ao pequeno-almoço, ou matar os velhotes com uma injecção atrás da orelha.
Se calhar é uma versão melhorada e actualizada do Dr. Fernando Nobre, que jurava a pés juntos não aceitar cargos políticos….até lhos oferecerem!!!
Este se calhar, como já tem cargo político, prepara-se jurar nunca não aceitar cargos privados…até que seja corrido da vida política!!!
Para já, pelas afirmações que se seguiram, levou-nos a desconfiar que se prepara para abandonar o Parlamento Europeu, para se candidatar ao nosso Parlamento, logo que as eleições legislativas, aproximem!!!

ALGUÉM QUER APOSTAR??

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