Mensagem

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sábado, 28 de fevereiro de 2015



A MINH’ALMA TÁ PARVA 
E O GOVERNO NÃO ME DEIXA RECUPERAR!!!
As declarações proferidas hoje por Passos Coelho, ao exigir maioria absoluta nas próxima eleições legislativas, seria um grave ataque à minha sanidade mental, se o mundo da assombração e desvario em que vive o sector de “agitação e propaganda” da coligação, não me tivesse vacinado contra todo e qualquer desmando político, por mais alienados que sejam os seus desvarios.
A pesar disso confesso que não estava preparado para ouvir uma imbecilidade deste nível.
Feito o esforço necessário para me recompor, ao avaliar o complemento da notícia, onde o coelhal primeiro-ministro afirmava que em alternativa, não iria fechar portas a uma coligação com o CDS-PP, ou a um Governo de bloco central com António Costa, recuperei o meu auto domínio, porque afinal, cheguei à conclusão que não havia nada de novo.
Então, não foi sempre assim?
O problema tem sido esse!!!
Saíam uns, queixando-se do anterior, para no fundo fazer o mesmo. Terminada a legislatura, dava-se a oportunidade a outros que cuidavam de dar argumentos para a alternância. Em seguida criavam-se expectativas que “agora sim, é que as coisas vão mudar” e andamos nisto vai para 40-anos-40, sem que uma alternativa tenha podido exercer o poder de alterar o rumo do país.
Saturado de ver e ouvir a comunicação social englobar sistematicamente no mesmo saco, todos os partidos políticos, tenho a consciência educada, para não me ofender com esse truque, em defesa do meu equilíbrio emocional.
É uma guerra de todos os dias e a todas as horas, com os jornais, a rádio, a televisão e até com muitas pessoas conhecidas e desconhecidas.
A falta de cultura política e a sistemática manipulação a que o povo português é sujeito diariamente, não deixa outra alternativa, nem tem outro objectivo, que não seja, condicionar a lucidez e o sentido analítico das questões sociais,  que realmente importam.
Assim, uniformizando os critérios e colocando tudo e todos no mesmo saco, roubam a oportunidade de nos preocuparmos em destrinçar o que é verdade, do que o não é.
Só muito raramente e sobretudo em questões específicas ou de “lana-caprina” que não envolvam opção política, se clarificam a fundo os problemas.
Logo que a matéria tem um respício de interferência política, interpreta-se tendenciosamente ou deturpa-se a verdade, no sentido de beneficiar a classe dominante.
Poderia afirmar, arriscando o pecado de generalizar, que o grande problema dos portugueses é terem sido vítimas através dos tempos, de uma comunicação social tendenciosa e (cientificamente) manipuladora.
Quando uma excepção se verifica, é exctamente para manter a aparência de uma falsa isenção.
Dito isto dou dois exemplos fresquinhos.
O jornal Badaladas, órgão da igreja, que passa por “jornal” regional, trazia esta semana a notícia em primeira página e em grandes paragonas que o PS de Sobral de Monte Agraço, cuja Camara Municipal é desde sempre comunista, tinham apresentado queixa, contra as irregularidades cometidas pela Camara.
No interior, em página inteira, reporta a actividade do Partido Socialista, dando a partir do meio da página, o desenvolvimento da notícia que tinha sido caixa na primeira página.
Só num pequeníssimo quadrado no canto inferior direito, vem o desmentido da Camara, que em duas linhas, consegue provar a que ponto a notícia é tendenciosa. Classificamos assim a artimanha, para por uma questão de “religiosa delicadeza”, não a acusarmos de fraude ou grandessíssima aldrabice.
É um exemplo, diria ridículo, mas serve de espelho do que acontece na generalidade da comunicação social.
Quantos títulos garrafais, são desmentidos pelo próprio texto? Quantas novelas na televisão condicionam as relações sociais equilibradas, para influenciar a mentalidade dos espectadores? Quanta manipulação informativa perverte a realidade, tentando justificar o injustificável? Quanta mentira é tratada como dogma? Quanto astucioso político, passa por sentencioso paladino da lei e do rigor?
A manipulação a que constantemente são sujeitos os portugueses, assume invariavelmente o axioma, de que os partidos são todos iguais.
Evidente se são todos iguais, a que propósito iria algum fazer diferente?
É esta questão que calcinada na mentalidade da maioria dos portugueses, inibe de raciocinar de forma lúcida e de acordo com os seus interesses de classe.
No entanto, quem se quiser dar ao trabalho de ir ao portal da Assembleia da Republica, de uma forma simples e precisa, pode confirmar que os partidos não são de facto todos iguais.
Facilmente verificará aí, os esforços que o Partido Comunista faz para alterar a situação política, desmentindo assim esse sórdido “slogan”.
Poderá verificar nesse Portal que as iniciativas legislativas levadas a cabo nesta legislatura, pelos diversos partidos que compões a Assembleia da República, foram as seguintes: pelo governo 42, pelo PSD 20, pelo CDS 18,pelo PS 50, pelo BE 59, pelo PEC 24 e pelo Partido Comunista Português 127, (Pode conferir AQUI).
Quanto ao nível europeu, a intervenção dos deputados do PCP no Parlamento Europeu, foram os que proporcionalmente mais intervieram nas sessões plenárias.
Esquemática e resumidamente eis o balanço da intervenção dos deputados do PCP no Parlamento Europeu (Mandato 2009-2014) 
Para aumentar clique sobre a imagem

Para uma informação mais detalhada sobre a desproporcional actividade dos deputados europeus do PCP, queira ir AQUI
Como se vê, os partidos não são todos iguais e há uma grande diferença entre o Partido Comunista Português e os restantes, quer no caracter ideológico , quer nos interesses de classe que defende, independentemente da proporcionalidade representativa.
A realidade da vida, tem provado que a velha “cassete” atribuídas às repetidas advertências do Partido Comunista Português, sobre os perigos que representavam a governação dos três partidos (PS, PSD e CDS) que nos têm governado desde 1975, eram afinal proféticos avisos, que se transformaram na realidade trágica que estamos a viver.
QUE O DRAMA DA NOSSA REALIDADE SIRVA PARA OBRIGAR A UMA PROFUNDA REFLEXÃO, SOBRE OS CAMINHOS E COM QUEM, DEVEM OS PORTUGUESES TRILHAR O FUTURO.

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