A MINH’ALMA TÁ PARVA
E O GOVERNO NÃO ME DEIXA
RECUPERAR!!!
As declarações proferidas hoje por Passos Coelho, ao exigir
maioria absoluta nas próxima eleições legislativas, seria um grave ataque à
minha sanidade mental, se o mundo da assombração e desvario em que vive o
sector de “agitação e propaganda” da coligação, não me tivesse vacinado contra
todo e qualquer desmando político, por mais alienados que sejam os seus
desvarios.
A pesar disso confesso que não estava preparado para ouvir
uma imbecilidade deste nível.
Feito o esforço necessário para me recompor, ao avaliar o
complemento da notícia, onde o coelhal primeiro-ministro afirmava que em
alternativa, não iria fechar portas a uma coligação com o CDS-PP, ou a um
Governo de bloco central com António Costa, recuperei o meu auto domínio, porque
afinal, cheguei à conclusão que não havia nada de novo.
Então, não foi sempre assim?
O problema tem sido esse!!!
Saíam uns, queixando-se do anterior, para no fundo fazer o
mesmo. Terminada a legislatura, dava-se a oportunidade a outros que cuidavam de
dar argumentos para a alternância. Em seguida criavam-se expectativas que “agora
sim, é que as coisas vão mudar” e andamos nisto vai para 40-anos-40, sem que uma
alternativa tenha podido exercer o poder de alterar o rumo do país.
Saturado de ver e ouvir a comunicação social englobar
sistematicamente no mesmo saco, todos os partidos políticos, tenho a
consciência educada, para não me ofender com esse truque, em defesa do meu
equilíbrio emocional.
É uma guerra de todos os dias e a todas as horas, com os
jornais, a rádio, a televisão e até com muitas pessoas conhecidas e
desconhecidas.
A falta de cultura política e a sistemática manipulação a
que o povo português é sujeito diariamente, não deixa outra alternativa, nem
tem outro objectivo, que não seja, condicionar a lucidez e o sentido analítico das
questões sociais, que realmente
importam.
Assim, uniformizando os critérios e colocando tudo e todos
no mesmo saco, roubam a oportunidade de nos preocuparmos em destrinçar o que é
verdade, do que o não é.
Só muito raramente e sobretudo em questões específicas ou de
“lana-caprina” que não envolvam opção política, se clarificam a fundo os
problemas.
Logo que a matéria tem um respício de interferência
política, interpreta-se tendenciosamente ou deturpa-se a verdade, no sentido de
beneficiar a classe dominante.
Poderia afirmar, arriscando o pecado de generalizar, que o
grande problema dos portugueses é terem sido vítimas através dos tempos, de uma
comunicação social tendenciosa e (cientificamente) manipuladora.
Quando uma excepção se verifica, é exctamente para manter a
aparência de uma falsa isenção.
Dito isto dou dois exemplos fresquinhos.
O jornal Badaladas, órgão da igreja, que passa por “jornal”
regional, trazia esta semana a notícia em primeira página e em grandes
paragonas que o PS de Sobral de Monte Agraço, cuja Camara Municipal é desde
sempre comunista, tinham apresentado queixa, contra as irregularidades cometidas
pela Camara.
No interior, em página inteira, reporta a actividade do
Partido Socialista, dando a partir do meio da página, o desenvolvimento da
notícia que tinha sido caixa na primeira página.
Só num pequeníssimo quadrado no canto inferior direito, vem
o desmentido da Camara, que em duas linhas, consegue provar a que ponto a
notícia é tendenciosa. Classificamos assim a artimanha, para por uma questão de
“religiosa delicadeza”, não a acusarmos de fraude ou grandessíssima aldrabice.
É um exemplo, diria ridículo, mas serve de espelho do que
acontece na generalidade da comunicação social.
Quantos títulos garrafais, são desmentidos pelo próprio
texto? Quantas novelas na televisão condicionam as relações sociais equilibradas,
para influenciar a mentalidade dos espectadores? Quanta manipulação informativa
perverte a realidade, tentando justificar o injustificável? Quanta mentira é
tratada como dogma? Quanto astucioso político, passa por sentencioso paladino
da lei e do rigor?
A manipulação a que constantemente são sujeitos os portugueses,
assume invariavelmente o axioma, de que os partidos são todos iguais.
Evidente se são todos iguais, a que propósito iria algum
fazer diferente?
É esta questão que calcinada na mentalidade da maioria dos
portugueses, inibe de raciocinar de forma lúcida e de acordo com os seus
interesses de classe.
No entanto, quem se quiser dar ao trabalho de ir ao portal
da Assembleia da Republica, de uma forma simples e precisa, pode confirmar que
os partidos não são de facto todos iguais.
Facilmente verificará aí, os esforços que o Partido
Comunista faz para alterar a situação política, desmentindo assim esse sórdido “slogan”.
Poderá verificar nesse Portal que as iniciativas
legislativas levadas a cabo nesta legislatura, pelos diversos partidos que
compões a Assembleia da República, foram as seguintes: pelo governo 42, pelo
PSD 20, pelo CDS 18,pelo PS 50, pelo BE 59, pelo PEC 24 e pelo Partido Comunista Português 127, (Pode conferir AQUI).
Quanto ao nível europeu, a intervenção dos deputados do PCP
no Parlamento Europeu, foram os que proporcionalmente mais intervieram nas
sessões plenárias.
Esquemática e resumidamente eis o balanço da intervenção dos
deputados do PCP no Parlamento Europeu (Mandato 2009-2014)
Para aumentar clique sobre a imagem
Para uma informação mais detalhada sobre a desproporcional actividade
dos deputados europeus do PCP, queira ir AQUI
Como se vê, os partidos não são todos iguais e há uma grande
diferença entre o Partido Comunista Português e os restantes, quer no caracter
ideológico , quer nos interesses de classe que defende, independentemente da
proporcionalidade representativa.
A realidade da vida, tem provado que a velha “cassete” atribuídas
às repetidas advertências do Partido Comunista Português, sobre os perigos que
representavam a governação dos três partidos (PS, PSD e CDS) que nos têm
governado desde 1975, eram afinal proféticos avisos, que se transformaram na
realidade trágica que estamos a viver.
QUE O DRAMA DA NOSSA REALIDADE SIRVA PARA OBRIGAR A UMA
PROFUNDA REFLEXÃO, SOBRE OS CAMINHOS E COM QUEM, DEVEM OS PORTUGUESES TRILHAR O
FUTURO.
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