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terça-feira, 10 de março de 2015

CAVACO SILVA O REI DO NÓ DA GRAVATA


CAVACO SILVA 
O RETRATO DE UM CABOTINO
Não considero a euro-deputada Ana Gomes como uma desbocada, embora aceite que algumas vezes faça esse papel.
Considero no entanto que tendo em vista a sua origem política num grupelho que fazia do radicalismo a sua razão de existir, quando um jovem percebe até que ponto é frustrante e mal direcionado o seu fulgor revolucionário, sofre um trauma terrível, difícil de ultrapassar.
Neste caso concretamente, a correcção fez-se aderindo a um projecto que tinha de certo modo alguma continuidade ideológica no campo social e porque considerava o Partido Comunista Português seu adversário principal, podia desse modo dar continuidade à rivalidade política que desde sempre alimentara.
Julgo que não percebeu afinal, que a sua consciência revolucionária para a construção de uma nova sociedade sem explorados, nem exploradores, tinha mais afinidades com esse adversário (ou inimigo?), que propriamente com o partido a que aderiu, numa tentativa de correcção do seu trajecto político.
A consequência objectiva desse facto, é que o seu percurso nessa força política, tem sido muito acidentado e cheia de contradições com a linha geral adoptada pela direcção do partido.
Daí ser possível compreender muitos dos desajustamentos que várias vezes demonstrou com as políticas do partido, dito socialista, na medida em que de facto deparou nesse “grupo político”, grandes contradições entre o que diziam e o que faziam.
A dificuldade em resolver este problema, ainda se faz sentir a cada passo, mas acreditamos que com o tempo a sua clarividência fará perceber que não está no lugar certo.
Vem tudo isto a propósito da sua lúcida intervenção de hoje no Conselho Superior da Antena 1, independentemente de um inapropriado (para não dizer outra coisa mais grave) elogio que por arrasto faz ao Mário Soares, em que o nosso cavacal presidente, se tivesse alguma vergonha, perante a realidade subjacente à argumentação daquela deputada e dos mais altos quadros políticos do país, o mínimo que poderia fazer, era demitir-se.

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