UM GRITO DE ALMA
RAZÕES QUE TENHO, CONTRA O GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS
UMA CATILINÁRIA APLAUDÍVEL POR CÍCERO
ESTADOS UNIDOS EM TODO O SEU ESPLENDOR!!!
RAZÕES QUE TENHO, CONTRA O GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS
UMA CATILINÁRIA APLAUDÍVEL POR CÍCERO
ESTADOS UNIDOS EM TODO O SEU ESPLENDOR!!!
Os Estados Unidos tem um poder militar e económico que lhe
permite presumir que é possível programar e determinar o futuro da humanidade,
de acordo com os interesses da oligarquia que o domina.
Para desgraça de todos, têm tido a seu favor, a vantagem de saber que a sociedade humana ainda se encontra num estágio de evolução assinalavelmente retrógrado, quer seja por incultura, motivações religiosos, interesses económicos, financeiros, miséria material ou moral e/ou falta de sentido patriótico.
Esta situação, aproveitando os meios científicos, técnicos e financeiros que tem ao seu dispor, proporciona-lhes capacidade de manipular e corromper a seu belo prazer, grande parte da humanidade, com particular destaque para as classes sociais menos elevadas, num grau absolutamente incompatível com o estado actual do desenvolvimento, fazendo com que esses benefícios civilizacionais, conquistados pelo homem, graças à inteligência com generosamente a Natureza o beneficiou, limite radicalmente a classe de pessoas que dela beneficia e faça sobressair o lado egocêntrico da natureza humana.
A evolução da sociedade, graças ao militarismo, à especulação financeira e à causa religiosa, tem seguido uma deriva dialética deformada, em consequência de operações militares abusivas, criminosas artimanhas financeiras e utilização reprovável da crença, em benefício exclusivo de uma elite económica, financeira e religiosa, que tudo controla, no sentido de manter os seus ancestrais privilégios.
O mistério que constitui o apoio de grande parte do povo norte-americano à sua governança, torna-se compreensível, por duas ordens de razões; ou o orgulho autossignificante de fazer parte de uma nação dominadora, ou por extensão, o genético apelo ao sentimento de tribo, que potencia a organização dos indivíduos em seitas, claques, partidos, etc., onde cultivam o sentimento gregário com que Natureza nos dotou, no rasto do instinto de sobrevivência e neste caso, especificamente acrescido do culto induzido de autoestima, por fazerem parte da nação mais poderosa do mundo, independentemente da classe social a que pertença, mesmo que esta seja vítima de intolerável segregação.
Estas últimas considerações potenciam-se, quando se tem em atenção tratar-se de um país de emigrantes, na busca do ilusório e propagandeado “sonho americano” cuja máquina administrativa sempre viveu em estado de guerra, necessitando alimentar o seu potencial militar, socorrendo-se para reforço e renovação das suas forças militares de contingentes emigrantes, artificiosamente mobilizados por necessidade de emprego, ou na expectativa de obterem a nacionalidade norte-americana, que lhe garanta a alforria, ou uma hipotética igualdade de oportunidades.
Estas últimas considerações são provadas quotidianamente nos testemunhos que nos chegam através de argumentos cinematográficos (ex:“O sniper americano”), relato dos noticiários e até curiosamente numa experiência pessoal, na medida em que tivemos um parente muito próximo, profissional de elevada categoria profissional, cuja colaboração suscitou a gula do exército.
Enviaram-lhe um convite com a promessa das maiores mordomias e no final, para remediar uma potencial recusa, solicitavam que se não estivesse interessado…poderia indicar um colega que estivesse!!!
Estas dolorosas considerações, são fruto de uma profunda reflexão, sobre o caminho que as “coisas” estão a tomar, tendo em conta o habitual descaramento com que os Estados Unidos interfere de forma secreta ou ostensiva, na vida dos governos e nas relações com outras nações, quer derrubando os primeiros e substituindo-os por ditaduras políticas ou militares, quer invadido territórios com falsos argumentos ou criminosas conivências.
Para ter uma ideia, mesmo assim muitíssimo parcelar, pois só refere “algumas” dessas operações a partir de 1917, a Wikipédia relata alguns desses episódios de forma muito incompleta, ou até truncados, mas em todo o caso bastante significativos.
Refrescar a memória de algumas dessas manobras, próprias de autênticos bandidos sem o mínimo respeito pela democracia, ordem estabelecida, ou vontade das populações, será bom para melhorar a análise que fazemos da sua actuação actual, ou futura.
Não nos podemos esquecer, que para poder continuar essa saga, mantém mais de 300 mil soldados em mil bases militares de mais de 140 países.
Estão nesse caso o desumano bloqueio a Cuba, as últimas ameaças à Venezuela, à volta da qual estabeleceu 20 bases militares, pouco tempo depois de ter aumentado para mais 7, o número de bases militares só na Colômbia, ou mais recentemente o caso do Paraguai, onde acaba de estabelecer uma base militar a que não será estranho, a mãozinha que os Estados Unidos estão a dar, para destabilizar o Brasil, até porque as relações com Dilma Roussef estão a degradar-se, desde que Edward Snowden, denunciou as escutas a que estava sujeita.
A Ucrânia é outro escandaloso caso, cujo enredo conspirativo só agora começa a ser melhor conhecido, graças ao fiasco da intervenção americana.
Apesar de sempre ter feito “o mal e a caramunha” em relação à Ucrânia, questão que utilizou como fulminante para incendiar as relações com a Rússia, só há pouco, concretamente em Fevereiro passado, essa interferência foi objetivamente reconhecido pelo próprio Obama, na entrevista à rede CNN, embora a “desbocada” Vice-secretária de Estado Victoria Nuland, (que mandou f… a Europa), tenha confessando há bastante tempo, (Fevereiro de 2014), ter dado 5 biliões de dólares, para subverter a Ucrânia e promover o golpe de estado nazi-fascista da praça Maidan.
O que se passa naquele país, (tal como nas Filipinas, Austrália e muitos outros países) não pode ser desligado da necessidade geoestratégica dos Estados Unidos estabelecerem bases militares, que lhe permitam concretizar o cerco às duas das principais potências emergentes, a China e a Rússia, numa tentativa desesperada de manter pela força, a hegemonia mundial.
Já passaram mais de uma dezena de anos sobre invasão do Iraque, mas as trágicas consequências dessa insana conspiração, continua ainda hoje a causar dezenas de mortes diariamente.
Não resisto a recordar, o ridicularizado artifício utilizado para essa invasão, baseado na existência das célebres armas de destruição maciça, bem como a comédia em que se transformou Cimeira das Lajes, onde estiveram presentes George W. Bush (EUA), Tony Blair (Reino Unido) e José Maria Aznar (Espanha), sendo recebidos pelo nosso inchado de prestígio pela promoção à elite da governança internacional, o então primeiro ministro Durão Barroso (intima e maritalmente reconhecido com “o cherne”) cujo solícito papel de anfitrião, lhe permitiu abrir das portas na União Europeia, em troca do mais “modesto” papel que desempenhava em Portugal!!!
Na realidade, as verdadeiras razões que estavam por detrás dessa guerra, são ainda hoje pouco conhecido.
O que se passou foi o seguinte: Sadam Hussein, pressionado pelas dificuldades financeiras que lhe estavam a causar entre outras adversidades, a morte de imensas crianças por falta de tratamento, pediu ao presidente Bush (filho) para aumentar o pequeno contingente de petróleo que ficara estabelecido (à ordem do presidente Bush pai), após a primeira invasão do Iraque.
Como o pedido foi recusado, caiu na asneira de ameaçar os Estados Unidos de passar a vender esse pequeno contingente em euros e numa cesta de outras moedas, pondo assim em risco a base de sustentação do dólar que já era nessa altura, os chamados petrodólares.
Os petrodólares nasceram, quando os Estados Unidos à míngua do ouro em Fort Knox e devido à elevada cotação que esse metal tinha atingido, se viram impossibilitados de cumprir os compromissos assumidos em 1946, no chamado “Acordo de Bretton Woods”, onde ficara estabelecido que os EUA pagariam 35 dólares por cada onça de ouro, o que levou o presidente Richard Nixon, a ver-se obrigado em 1971 a anular unilateralmente esses acordos, de que resultou o dólar ficar sem cobertura fiduciária.
Em sua substituição, para manter o dólar como moeda de referência internacional, estabeleceu acordos com a Arábia Saudita e o Qatar, que se comprometeram a tornar obrigatório o pagamento do petróleo em dólares, a troco de considerar os interesses das suas famílias reais, como se de interesses norte-americanas se tratassem.
Foi assim que nasceram os chamados “Petrodólares”.
Esta situação privilegiada do dólar está na actualidade a evoluir rapidamente, pois a Rússia e a China, com o apoio da India, na sequência da sanções impostas à Rússia, após o referendo da Crimeia ter determinado o desejo da sua população, voltar a fazer parte daquele país, em acordo estabelecido há pouco tempo, determinaram que o rublo e o yuan, passarão a ser a moeda corrente nas transacções entre estes países o que levará consequentemente a um aumento da pressão inflacionária sobre os Estados Unidos, tendo em vista não só a divida dos Estados Unidos à China, como a dependência da Europa no comércio com a Rússia, sobretudo ao nível da importação do gaz natural.
Entretanto na Síria, Bashar el Assad, pertencente à seita minoritária alauita, embora o seu governo seja descrito como secular, tem recusado negociar com o Qatar a passagem de um oleoduto até ao mediterrâneo.
Os Estados Unidos, aproveitando para juntar o útil ao “agradável”, na sequência de uma repressão em massa ao movimento da "Primavera Árabe" feita por sunitas, tem estado a fomentar uma guerra civil que tem levado à destruição total da Síria, para gaudio de Israel (que acusam de estar também a “dar uma perninha”) e tudo tem a ganhar com a destruição ou pelo menos o absoluto enfraquecimento da Síria, que nunca deixou de tentar resolver o problema da ocupação dos Montes Golan.
De momento a grande “coqueluche” da mídia internacional é a existência de terrorismo islamita ou terrorismo jihadista que “nasceu” segundo se pode ler na Wikipédia “de grupos fundamentalistas no Oriente Médio e na Ásia Meridional como forma de se opor à expansão soviética na região e como forma de enfraquecer movimentos nacionalistas anti-ocidentais em alguns países, financiados e armados pelos Estados Unidos e o Reino Unido”.
A súbita transformação dos norte-americanos, em fictícios inimigos dos Jihadistas, é absolutamente artificial e para “inglês ver”, já que anteriormente tinham sido armados, treinados e subsidiados, para ajudar Israel, (testa de ponte dos Estados Unidos, na garantia de manter sob pressão o médio oriente produtor de petróleo), na sua luta contra o Hezbollah.
Esta sinistra colaboração, teve o condão de fazer germinar fanáticos degoladores de canivete e sacrílegos arrasadores da memória histórica da humanidade.
Recuando um pouco no tempo, ao avaliarmos a invasão do Afeganistão, não podemos deixar de abordar um dos seus piores efeitos, cujas consequências para a sociedade em geral e os jovens em particular, estão por contabilizar.
Trata-se da questão da droga e nomeadamente dos problemas que se fazem sentir, com origem na recuperação pelos camponeses afegãos, da capacidade de plantar a papoila, de cujo suco se extrai o ópio e outros alcaloides estupefacientes, tais como a morfina, a heroína, etc., etc.
Mais uma vez, temos de responsabilizar os Estados Unidos, na medida em que foram eles que estimularam e criaram as condições necessárias, para os mujahedines que lutavam contra os russos, cultivassem as papoilas, como forma de se autofinanciarem.
Os talibans inicialmente apoiados pelos Estados Unidos apareceram “como um movimento político e militar contra a invasão soviética do Afeganistão, são conhecidos por terem-se feitos portadores do ideal político-religioso de recuperar todos os principais aspectos do Islã (cultural, social, jurídico e económico), com a criação de um Estado teocrático”(Wikipédia)
Curiosamente, durante o pouco espaço de tempo que os Talibans estiveram no poder, a única coisa boa que fizeram, fora reduzir drasticamente a produção da papoila, embora pela força das circunstâncias, esta se tivesse transformado, no principal meio de subsistência dos camponeses afegãos.
Após o incidente da Torres Gémeas, os Estados Unidos reclamaram a extradição de Osama bin Laden que se tinha refugiado no Afeganistão e como o governo Taliban se recusou a fazê-lo, as tropas americanas, não estiveram pelos ajustes e invadiram o Afeganistão, onde ainda hoje estão e não acreditamos que de lá saiam tão cedo, embora digam o contrário.
Se saírem, deixarão certamente bases militares suficientes, para utilizá-las quando quiserem provocar ou ameaçar a Rússia.
Já vai longo este texto, deixando para memória recente, os abraços e homenagens a Kadhafi, pela maioria dos chefes de estado europeus, sendo oportuno recordar o exótico acampamento em S.Julião da Barra, complemento das imensas mordomias que ao tempo, lhe foram prestadas por Sócrates, porque quanto a Cavaco Silva, dono do nó de gravata mais perfeito que pode ser visto em todo o mundo, (O Guiness que se cuide!!!) como Presidente da Republica candidato a ser o pior que Portugal já teve e infelizmente ainda tem, não consta que se tenha dignado a entrar na barraca, porque de dar barraca já estava ele farto.
Essas homenagens terminaram abruptamente, a partir do momento que chegou ao conhecimento do governo dos Estados Unidos, de que a China iria financiar a Líbia e dar apoio técnico em cinco gigantescas infra-estruturas, um mês antes de conseguirem matá-lo.
Isto há cada coincidência!!!
Por fim, recordemos as “bem-aventuranças” israelitas, à sombra do seu grande “protektor” norte-americano, (Reinhard Heydrich, tinha o mesmo papel na Boêmia e Morávia), a propósito de uma comparação que deve ser feita, entre o que sofrem os palestinos e o que sofreram os comunistas, homossexuais, judeus, deficientes e quejandos, às mãos dos nazi-fascistas, cujos descendentes se estão a espalhar por toda a Europa, influenciando já os governos da Ucrânia, Polónia, Áustria e Hungria, “fazendo o gosto ao dedo” disfarçado de nacionalismo, mas igualmente sofrendo de autoritarismo, chauvinismo, racismo, eurofobia, anti-comunismo, anti-emigrantes, islamofobia, etc., etc., na Holanda, Inglaterra, Suiça, Dinamarca, deixando para o fim a França de Marine Le Pen, porque sendo filha de quem é, só a genética tradição de liberdade dos franceses, nos dá alguma esperança que as coisas não se tornem tão más como se estão a desenhar.
Finalmente chegámos à própria Europa, cujo ADN corre nas veias do que de menos mau tem o sistema americano e cuja crise económica nascida em consequência da crise do “Subprime” nos foi em grande parte trespassada, na medida em que provocou um débito a ser pago por todos nós, ingénuos europeus, de 4 triliões de dólares, contas feitas e bazofiadas numa visita à terra natal pelo ex-“big boss” Durão Barroso, ficando o resto para ser pago pelo mundo, ao ter de dar cobertura substantiva aos caudalosos triliões de dólares impressos pela Reserva Federal, que como entidade privada, nesta questão de imprimir dólares, não tem “reserva” que se veja.
Para terminar um saltinho até África.
Não posso deixar de referir uma conversa tida há muitos e muitos anos com um familiar que desempenhava um cargo de elevada responsabilidade no Banco mundial e que a propósito de África me dizia, em relação a um qualquer incidente nesse continente, que para os norte-americanos a África estratégicamente não contava porque o problema estava resolvido, penso que contando com a fácil corrupção dos seus dirigentes, logo que fosse necessário.
Com o andar dos tempos a China foi conquistando uma influência quase generalizada, através da compra de matérias-primas a preços justos, oferta de apoios técnicos especializados em excelentes condições, financiamento e oferta de mão-de-obra qualificada, em condições a que os africanos não estavam habituados, por totalmente diferente da que as nações colonialistas praticavam.
Com o desenvolvimento da globalização e pretenso domínio mundial da economia, os Estados Unidos começaram a deparar naquele continente com resistências que não estavam nos seus cálculos e assim viram-se na necessidade de alterar os seus planos e procurar estabelecer bases militares que à partida lhes possam facilitar a abordagem dos problemas militares naquele continente, em consonância com a sua pretensão de domínio mundial.
Assim viram-se obrigados a negociar o estabelecimento debases militares no Burkina Faso, Yemen, Mauritânia, Djibouti, Etiópia, Quénia, ilhas Seychelles e planeiam estabelecer-se em muitas outras, a começar no Sudão do Sul.
Para terminar mesmo, a cereja em cima do bolo, que é uma listagem com a Cronologia das operações militares no estrangeiro dos Estados Unidos, lista oficial, desde 1798 até aos dias de hoje, onde constam 280 operações militares, 191 das quais a partir do século XX e 34 já no século XXI.
A verdadeira face do criminoso militarismo norte-americano é retratado nesta frase lapidar:
DOS CENTOS DE OPERAÇÕES MILITARES, NOS ÚLTIMOS 215 ANOS, SÓ 10 FORAM AUTORIZADAS PELO CONGRESSO!!!
Para desgraça de todos, têm tido a seu favor, a vantagem de saber que a sociedade humana ainda se encontra num estágio de evolução assinalavelmente retrógrado, quer seja por incultura, motivações religiosos, interesses económicos, financeiros, miséria material ou moral e/ou falta de sentido patriótico.
Esta situação, aproveitando os meios científicos, técnicos e financeiros que tem ao seu dispor, proporciona-lhes capacidade de manipular e corromper a seu belo prazer, grande parte da humanidade, com particular destaque para as classes sociais menos elevadas, num grau absolutamente incompatível com o estado actual do desenvolvimento, fazendo com que esses benefícios civilizacionais, conquistados pelo homem, graças à inteligência com generosamente a Natureza o beneficiou, limite radicalmente a classe de pessoas que dela beneficia e faça sobressair o lado egocêntrico da natureza humana.
A evolução da sociedade, graças ao militarismo, à especulação financeira e à causa religiosa, tem seguido uma deriva dialética deformada, em consequência de operações militares abusivas, criminosas artimanhas financeiras e utilização reprovável da crença, em benefício exclusivo de uma elite económica, financeira e religiosa, que tudo controla, no sentido de manter os seus ancestrais privilégios.
O mistério que constitui o apoio de grande parte do povo norte-americano à sua governança, torna-se compreensível, por duas ordens de razões; ou o orgulho autossignificante de fazer parte de uma nação dominadora, ou por extensão, o genético apelo ao sentimento de tribo, que potencia a organização dos indivíduos em seitas, claques, partidos, etc., onde cultivam o sentimento gregário com que Natureza nos dotou, no rasto do instinto de sobrevivência e neste caso, especificamente acrescido do culto induzido de autoestima, por fazerem parte da nação mais poderosa do mundo, independentemente da classe social a que pertença, mesmo que esta seja vítima de intolerável segregação.
Estas últimas considerações potenciam-se, quando se tem em atenção tratar-se de um país de emigrantes, na busca do ilusório e propagandeado “sonho americano” cuja máquina administrativa sempre viveu em estado de guerra, necessitando alimentar o seu potencial militar, socorrendo-se para reforço e renovação das suas forças militares de contingentes emigrantes, artificiosamente mobilizados por necessidade de emprego, ou na expectativa de obterem a nacionalidade norte-americana, que lhe garanta a alforria, ou uma hipotética igualdade de oportunidades.
Estas últimas considerações são provadas quotidianamente nos testemunhos que nos chegam através de argumentos cinematográficos (ex:“O sniper americano”), relato dos noticiários e até curiosamente numa experiência pessoal, na medida em que tivemos um parente muito próximo, profissional de elevada categoria profissional, cuja colaboração suscitou a gula do exército.
Enviaram-lhe um convite com a promessa das maiores mordomias e no final, para remediar uma potencial recusa, solicitavam que se não estivesse interessado…poderia indicar um colega que estivesse!!!
Estas dolorosas considerações, são fruto de uma profunda reflexão, sobre o caminho que as “coisas” estão a tomar, tendo em conta o habitual descaramento com que os Estados Unidos interfere de forma secreta ou ostensiva, na vida dos governos e nas relações com outras nações, quer derrubando os primeiros e substituindo-os por ditaduras políticas ou militares, quer invadido territórios com falsos argumentos ou criminosas conivências.
Para ter uma ideia, mesmo assim muitíssimo parcelar, pois só refere “algumas” dessas operações a partir de 1917, a Wikipédia relata alguns desses episódios de forma muito incompleta, ou até truncados, mas em todo o caso bastante significativos.
Refrescar a memória de algumas dessas manobras, próprias de autênticos bandidos sem o mínimo respeito pela democracia, ordem estabelecida, ou vontade das populações, será bom para melhorar a análise que fazemos da sua actuação actual, ou futura.
Não nos podemos esquecer, que para poder continuar essa saga, mantém mais de 300 mil soldados em mil bases militares de mais de 140 países.
Estão nesse caso o desumano bloqueio a Cuba, as últimas ameaças à Venezuela, à volta da qual estabeleceu 20 bases militares, pouco tempo depois de ter aumentado para mais 7, o número de bases militares só na Colômbia, ou mais recentemente o caso do Paraguai, onde acaba de estabelecer uma base militar a que não será estranho, a mãozinha que os Estados Unidos estão a dar, para destabilizar o Brasil, até porque as relações com Dilma Roussef estão a degradar-se, desde que Edward Snowden, denunciou as escutas a que estava sujeita.
A Ucrânia é outro escandaloso caso, cujo enredo conspirativo só agora começa a ser melhor conhecido, graças ao fiasco da intervenção americana.
Apesar de sempre ter feito “o mal e a caramunha” em relação à Ucrânia, questão que utilizou como fulminante para incendiar as relações com a Rússia, só há pouco, concretamente em Fevereiro passado, essa interferência foi objetivamente reconhecido pelo próprio Obama, na entrevista à rede CNN, embora a “desbocada” Vice-secretária de Estado Victoria Nuland, (que mandou f… a Europa), tenha confessando há bastante tempo, (Fevereiro de 2014), ter dado 5 biliões de dólares, para subverter a Ucrânia e promover o golpe de estado nazi-fascista da praça Maidan.
O que se passa naquele país, (tal como nas Filipinas, Austrália e muitos outros países) não pode ser desligado da necessidade geoestratégica dos Estados Unidos estabelecerem bases militares, que lhe permitam concretizar o cerco às duas das principais potências emergentes, a China e a Rússia, numa tentativa desesperada de manter pela força, a hegemonia mundial.
Já passaram mais de uma dezena de anos sobre invasão do Iraque, mas as trágicas consequências dessa insana conspiração, continua ainda hoje a causar dezenas de mortes diariamente.
Não resisto a recordar, o ridicularizado artifício utilizado para essa invasão, baseado na existência das célebres armas de destruição maciça, bem como a comédia em que se transformou Cimeira das Lajes, onde estiveram presentes George W. Bush (EUA), Tony Blair (Reino Unido) e José Maria Aznar (Espanha), sendo recebidos pelo nosso inchado de prestígio pela promoção à elite da governança internacional, o então primeiro ministro Durão Barroso (intima e maritalmente reconhecido com “o cherne”) cujo solícito papel de anfitrião, lhe permitiu abrir das portas na União Europeia, em troca do mais “modesto” papel que desempenhava em Portugal!!!
Na realidade, as verdadeiras razões que estavam por detrás dessa guerra, são ainda hoje pouco conhecido.
O que se passou foi o seguinte: Sadam Hussein, pressionado pelas dificuldades financeiras que lhe estavam a causar entre outras adversidades, a morte de imensas crianças por falta de tratamento, pediu ao presidente Bush (filho) para aumentar o pequeno contingente de petróleo que ficara estabelecido (à ordem do presidente Bush pai), após a primeira invasão do Iraque.
Como o pedido foi recusado, caiu na asneira de ameaçar os Estados Unidos de passar a vender esse pequeno contingente em euros e numa cesta de outras moedas, pondo assim em risco a base de sustentação do dólar que já era nessa altura, os chamados petrodólares.
Os petrodólares nasceram, quando os Estados Unidos à míngua do ouro em Fort Knox e devido à elevada cotação que esse metal tinha atingido, se viram impossibilitados de cumprir os compromissos assumidos em 1946, no chamado “Acordo de Bretton Woods”, onde ficara estabelecido que os EUA pagariam 35 dólares por cada onça de ouro, o que levou o presidente Richard Nixon, a ver-se obrigado em 1971 a anular unilateralmente esses acordos, de que resultou o dólar ficar sem cobertura fiduciária.
Em sua substituição, para manter o dólar como moeda de referência internacional, estabeleceu acordos com a Arábia Saudita e o Qatar, que se comprometeram a tornar obrigatório o pagamento do petróleo em dólares, a troco de considerar os interesses das suas famílias reais, como se de interesses norte-americanas se tratassem.
Foi assim que nasceram os chamados “Petrodólares”.
Esta situação privilegiada do dólar está na actualidade a evoluir rapidamente, pois a Rússia e a China, com o apoio da India, na sequência da sanções impostas à Rússia, após o referendo da Crimeia ter determinado o desejo da sua população, voltar a fazer parte daquele país, em acordo estabelecido há pouco tempo, determinaram que o rublo e o yuan, passarão a ser a moeda corrente nas transacções entre estes países o que levará consequentemente a um aumento da pressão inflacionária sobre os Estados Unidos, tendo em vista não só a divida dos Estados Unidos à China, como a dependência da Europa no comércio com a Rússia, sobretudo ao nível da importação do gaz natural.
Entretanto na Síria, Bashar el Assad, pertencente à seita minoritária alauita, embora o seu governo seja descrito como secular, tem recusado negociar com o Qatar a passagem de um oleoduto até ao mediterrâneo.
Os Estados Unidos, aproveitando para juntar o útil ao “agradável”, na sequência de uma repressão em massa ao movimento da "Primavera Árabe" feita por sunitas, tem estado a fomentar uma guerra civil que tem levado à destruição total da Síria, para gaudio de Israel (que acusam de estar também a “dar uma perninha”) e tudo tem a ganhar com a destruição ou pelo menos o absoluto enfraquecimento da Síria, que nunca deixou de tentar resolver o problema da ocupação dos Montes Golan.
De momento a grande “coqueluche” da mídia internacional é a existência de terrorismo islamita ou terrorismo jihadista que “nasceu” segundo se pode ler na Wikipédia “de grupos fundamentalistas no Oriente Médio e na Ásia Meridional como forma de se opor à expansão soviética na região e como forma de enfraquecer movimentos nacionalistas anti-ocidentais em alguns países, financiados e armados pelos Estados Unidos e o Reino Unido”.
A súbita transformação dos norte-americanos, em fictícios inimigos dos Jihadistas, é absolutamente artificial e para “inglês ver”, já que anteriormente tinham sido armados, treinados e subsidiados, para ajudar Israel, (testa de ponte dos Estados Unidos, na garantia de manter sob pressão o médio oriente produtor de petróleo), na sua luta contra o Hezbollah.
Esta sinistra colaboração, teve o condão de fazer germinar fanáticos degoladores de canivete e sacrílegos arrasadores da memória histórica da humanidade.
Recuando um pouco no tempo, ao avaliarmos a invasão do Afeganistão, não podemos deixar de abordar um dos seus piores efeitos, cujas consequências para a sociedade em geral e os jovens em particular, estão por contabilizar.
Trata-se da questão da droga e nomeadamente dos problemas que se fazem sentir, com origem na recuperação pelos camponeses afegãos, da capacidade de plantar a papoila, de cujo suco se extrai o ópio e outros alcaloides estupefacientes, tais como a morfina, a heroína, etc., etc.
Mais uma vez, temos de responsabilizar os Estados Unidos, na medida em que foram eles que estimularam e criaram as condições necessárias, para os mujahedines que lutavam contra os russos, cultivassem as papoilas, como forma de se autofinanciarem.
Os talibans inicialmente apoiados pelos Estados Unidos apareceram “como um movimento político e militar contra a invasão soviética do Afeganistão, são conhecidos por terem-se feitos portadores do ideal político-religioso de recuperar todos os principais aspectos do Islã (cultural, social, jurídico e económico), com a criação de um Estado teocrático”(Wikipédia)
Curiosamente, durante o pouco espaço de tempo que os Talibans estiveram no poder, a única coisa boa que fizeram, fora reduzir drasticamente a produção da papoila, embora pela força das circunstâncias, esta se tivesse transformado, no principal meio de subsistência dos camponeses afegãos.
Após o incidente da Torres Gémeas, os Estados Unidos reclamaram a extradição de Osama bin Laden que se tinha refugiado no Afeganistão e como o governo Taliban se recusou a fazê-lo, as tropas americanas, não estiveram pelos ajustes e invadiram o Afeganistão, onde ainda hoje estão e não acreditamos que de lá saiam tão cedo, embora digam o contrário.
Se saírem, deixarão certamente bases militares suficientes, para utilizá-las quando quiserem provocar ou ameaçar a Rússia.
Já vai longo este texto, deixando para memória recente, os abraços e homenagens a Kadhafi, pela maioria dos chefes de estado europeus, sendo oportuno recordar o exótico acampamento em S.Julião da Barra, complemento das imensas mordomias que ao tempo, lhe foram prestadas por Sócrates, porque quanto a Cavaco Silva, dono do nó de gravata mais perfeito que pode ser visto em todo o mundo, (O Guiness que se cuide!!!) como Presidente da Republica candidato a ser o pior que Portugal já teve e infelizmente ainda tem, não consta que se tenha dignado a entrar na barraca, porque de dar barraca já estava ele farto.
Essas homenagens terminaram abruptamente, a partir do momento que chegou ao conhecimento do governo dos Estados Unidos, de que a China iria financiar a Líbia e dar apoio técnico em cinco gigantescas infra-estruturas, um mês antes de conseguirem matá-lo.
Isto há cada coincidência!!!
Por fim, recordemos as “bem-aventuranças” israelitas, à sombra do seu grande “protektor” norte-americano, (Reinhard Heydrich, tinha o mesmo papel na Boêmia e Morávia), a propósito de uma comparação que deve ser feita, entre o que sofrem os palestinos e o que sofreram os comunistas, homossexuais, judeus, deficientes e quejandos, às mãos dos nazi-fascistas, cujos descendentes se estão a espalhar por toda a Europa, influenciando já os governos da Ucrânia, Polónia, Áustria e Hungria, “fazendo o gosto ao dedo” disfarçado de nacionalismo, mas igualmente sofrendo de autoritarismo, chauvinismo, racismo, eurofobia, anti-comunismo, anti-emigrantes, islamofobia, etc., etc., na Holanda, Inglaterra, Suiça, Dinamarca, deixando para o fim a França de Marine Le Pen, porque sendo filha de quem é, só a genética tradição de liberdade dos franceses, nos dá alguma esperança que as coisas não se tornem tão más como se estão a desenhar.
Finalmente chegámos à própria Europa, cujo ADN corre nas veias do que de menos mau tem o sistema americano e cuja crise económica nascida em consequência da crise do “Subprime” nos foi em grande parte trespassada, na medida em que provocou um débito a ser pago por todos nós, ingénuos europeus, de 4 triliões de dólares, contas feitas e bazofiadas numa visita à terra natal pelo ex-“big boss” Durão Barroso, ficando o resto para ser pago pelo mundo, ao ter de dar cobertura substantiva aos caudalosos triliões de dólares impressos pela Reserva Federal, que como entidade privada, nesta questão de imprimir dólares, não tem “reserva” que se veja.
Para terminar um saltinho até África.
Não posso deixar de referir uma conversa tida há muitos e muitos anos com um familiar que desempenhava um cargo de elevada responsabilidade no Banco mundial e que a propósito de África me dizia, em relação a um qualquer incidente nesse continente, que para os norte-americanos a África estratégicamente não contava porque o problema estava resolvido, penso que contando com a fácil corrupção dos seus dirigentes, logo que fosse necessário.
Com o andar dos tempos a China foi conquistando uma influência quase generalizada, através da compra de matérias-primas a preços justos, oferta de apoios técnicos especializados em excelentes condições, financiamento e oferta de mão-de-obra qualificada, em condições a que os africanos não estavam habituados, por totalmente diferente da que as nações colonialistas praticavam.
Com o desenvolvimento da globalização e pretenso domínio mundial da economia, os Estados Unidos começaram a deparar naquele continente com resistências que não estavam nos seus cálculos e assim viram-se na necessidade de alterar os seus planos e procurar estabelecer bases militares que à partida lhes possam facilitar a abordagem dos problemas militares naquele continente, em consonância com a sua pretensão de domínio mundial.
Assim viram-se obrigados a negociar o estabelecimento debases militares no Burkina Faso, Yemen, Mauritânia, Djibouti, Etiópia, Quénia, ilhas Seychelles e planeiam estabelecer-se em muitas outras, a começar no Sudão do Sul.
Para terminar mesmo, a cereja em cima do bolo, que é uma listagem com a Cronologia das operações militares no estrangeiro dos Estados Unidos, lista oficial, desde 1798 até aos dias de hoje, onde constam 280 operações militares, 191 das quais a partir do século XX e 34 já no século XXI.
A verdadeira face do criminoso militarismo norte-americano é retratado nesta frase lapidar:
DOS CENTOS DE OPERAÇÕES MILITARES, NOS ÚLTIMOS 215 ANOS, SÓ 10 FORAM AUTORIZADAS PELO CONGRESSO!!!
É OBRA!!! QUE GRANDE PALMARÉS!
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