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quarta-feira, 5 de agosto de 2015



A PROPÓSITO DE UMA DECLARAÇÃO DE JORGE PIRES
Pela importância que se reveste e para dar uma ideia concreta dessa relevância, transcrevemos a seguir 4 parágrafos de uma Declaração de Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, deixando no fim deste texto, a possibilidade de ter acesso à versão integral desse extraordinário documento, clarificador da real situação do caso BES e das enormes consequências que poderão ter para o povo português.

 Declaração de Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP
«Sobre os desenvolvimentos no caso BES/Novo Banco e na CGD»

Um ano após a aplicação da medida de Resolução ao Banco Espírito Santo e da criação do Novo Banco, como banco de transição, são ainda mais evidentes os contornos e os
elevados custos da operação, para o Estado e para os portugueses.
Cenário que valoriza ainda mais a importância que teve a criação da Comissão de Inquérito proposta pelo PCP, nomeadamente na constatação de factos que confirmam as responsabilidades políticas de sucessivos governos na situação que foi criada.

Apesar de ser recorrentemente afirmado pelo Governo que o fundo de resolução não
implicaria recursos públicos, os factos aí estão: não apenas todos os recursos do Fundo de Resolução são públicos por resultarem do pagamento de impostos por parte das instituições bancárias, como grande parte do capital injectado no Fundo tem origem no Estado, por empréstimo, num total de 4200 milhões de euros. Ou seja, dos 4900 milhões de euros utilizados, apenas cerca de 700 milhões representam um avanço das contribuições dos bancos.

Depois da socialização do prejuízo do BPN que já consumiu quase 2 700 milhões de euros a que se juntam os 2 400 milhões de euros em prejuízos acumulados das empresas que gerem os destroços do banco, o Governo PSD/CDS decidiu realizar uma intervenção da mesma natureza junto do BES, com a criação do Novo Banco.

Um ano depois da medida de Resolução do BES, está mais clara a importância do projectode Resolução do PCP apresentado na Assembleia da República e recusado por PSD e CDS e com a abstenção do PS, de constituição de uma unidade técnica para o apuramento dos beneficiários da delapidação do BES e responsabilização pelo pagamento dos prejuízos causados.

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