Mensagem

Mensagem

sábado, 21 de março de 2009


AS DESIGUALDADES AUMENTAM
EM PORTUGAL

EXTRATOS DE UM ESTUDO DE EUGÉNIO ROSA

Pensão média da Segurança Social é apenas de 389 euros por mês enquanto a remuneração média dos executivos é de 798.822 euros por ano

Em Portugal verifica-se uma profunda desigualdade na distribuição dos rendimentos e da riqueza , que se agravou nos últimos anos com a politica seguida por este governo. Dados oficiais comprovam isso.

De acordo com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, em Janeiro de 2009, portanto, este ano, a pensão média dos reformados da Segurança Social era apenas de 386,56 euros, sendo a pensão média recebida pelas mulheres bastante inferior a este montante, pois era somente de 294,44 euros, o que correspondia a 59,9% da pensão média recebida pelos homens no mesmo mês (Janeiro de 2009), que era de 491,59 euros.

Portanto, a grave discriminação a que estão sujeitas as mulheres em Portugal também se verifica na situação da reforma.
Enquanto se verifica esta situação com os reformados, de acordo com um estudo realizado pela CMVM em 2008, a remuneração média anual recebida por cada membro executivo dos Conselhos de Administração das empresas cotadas na bolsa portuguesa (45 empresas) era, já em 2007, de 798.822 euros, variando entre 1.058.898 euros no sector não financeiro e 588.750 euros no sector financeiro.

Para além destas remunerações, os membros dos conselhos de administração ainda tinham direito a importante benefícios, nomeadamente a nível de pensões de reforma.

Segundo o mesmo estudo realizado pela CMVM em 2008, atingiam, em média por Conselho de Administração executivo, 65.499.189,5 euros.

O dr. Silva Lopes defendeu como medida para enfrentar a actual crise o congelamento das remunerações, incluindo as da maioria dos trabalhadores portugueses.
“O ex-ministro das Finanças Silva Lopes defendeu esta quarta-feira o congelamento dos salários e a redução dos salários e pensões mais elevados. Porque o tempo, sublinhou, exige medidas menos ortodoxas” (JN, 5-3-2009).

“MONTEPIO - Remuneração do Órgão de Administração
No exercício de 2008, a totalidade de remunerações atribuída aos membros do órgão de administração é a seguinte
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente (até a Abril)
José da Silva Lopes 410.249,21 euros”

De acordo com Boletim Estatístico de Janeiro de 2009, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, a remuneração base média mensal dos trabalhadores portugueses era, em 2008, de apenas de 891,40 euros. A disparidade é enorme e chocante.

Para além disso, o dr. Silva Lopes, exerceu as funções de presidente do Montepio durante apenas quatro anos, e por esse período de actividade, vai receber do Montepio uma pensão de reforma de cerca de 4.000 euros por mês, a juntar às duas que deve ter, uma da CGD e outra do Banco de Portugal, onde exerceu também funções e, como é do conhecimento público, estas duas entidades pagam pensões “douradas” aos seus ex-administradores. E como tudo isto já não fosse suficiente, o dr. Silva Lopes, depois de ter apresentado a sua demissão de presidente do Montepio, alegando que já tinha 74 anos e precisava de descansar, aceitou o cargo de administrador da EDP Renováveis (são essas as suas funções actuais), onde aufere um vencimento que certamente não será inferior ao que recebia no Montepio.

É esta personalidade, com este comportamento, que defende o congelamento das remunerações da maioria dos trabalhadores portugueses, que só poderia ter como consequência um maior agravamento das desigualdades.

SE QUIZER VER O TEXTO INTEGRAL CLIQUE AQUI

Sem comentários: